
Giacomo estudou órgão com o pai até este morrer, tinha ele quase seis anos. Prosseguiu os estudos com outros familiares, que vinham transmitindo o interesse pela música desde há muitas gerações. Aos dez anos, começou a cantar no coro da igreja e parecia fadado para seguir a tradição familiar e ser um músico modesto. Em 1876, porém, ao ouvir a “Aida” de Verdi, numa representação em Pisa, sentiu despertar nele um tal fogo e paixão, que percebeu estar possuído de um instinto que o levaria naturalmente à composição de óperas.
Obteve uma bolsa de estudos da rainha Margherita e, também com a ajuda financeira de um tio, entrou para o Conservatório de Milão, sendo graduado em 1883. Nesse mesmo ano, para participar num concurso, compôs a sua primeira ópera. Não ganhou o primeiro prémio, mas chamou a atenção do dono de uma editora musical que lhe encomendou uma segunda ópera. Esta (“Edgar”) foi, no entanto, recebida sem entusiasmo no Teatro Scala de Milão, em 1889. Já a terceira ópera “Manon Lescaut”, estreada em Turim em 1893, teve grande sucesso.
A ópera seguinte (A Boémia) teve a sua primeira representação em 1896, sob a regência de Arturo Toscanini, que se tornaria amigo de Puccini para o resto da vida. E os êxitos nunca mais pararam: “Tosca” (Roma), “Madame Butterfly” (Nova Iorque), etc. etc.
A actividade de Puccini tornou-se depois mais escassa e, em 1903, foi vítima de um acidente de automóvel que o deixou coxo. Quando morreu deixou uma ópera inacabada (Turandot) que foi completada mais tarde por Franco Alfano e Luciano Berio.
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