terça-feira, 30 de setembro de 2014

30 DE SETEMBRO - MIGUEL DE BULHÕES E SOUSA

EFEMÉRIDEDom Frei Miguel de Bulhões e Sousa, de seu nome original Manuel José Correia da Silva, religioso da Ordem dos Pregadores (Dominicanos) onde professou em Novembro de 1723, morreu em Portugal no dia 30 de Setembro de 1778. Nascera em Verdemilho, Aradas, Aveiro, em 13 de Agosto de 1706. Foi ordenado padre em Março de 1730.
Foi eleito bispo de Malaca, Singapura, em Março de 1746, aos 40 anos de idade. Fora ordenado bispo pelas mãos de Dom Tomás Cardeal de Almeida, patriarca de Lisboa, e de Dom Frei João da Cruz Salgado de Castilho, bispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, Brasil.
Com a renúncia de Dom Frei Guilherme de São José em Novembro de 1747, ficou vaga a Sé de Belém do Pará, para a qual Dom Miguel foi nomeado bispo coadjutor em 8 Dezembro. Em Maio de 1748, sucedeu a Guilherme de São José no bispado do Pará.
Dom Miguel chegou a Belém do Pará no dia 9 de Fevereiro de 1749, tomando posse cinco dias depois. Em Junho, reabriu o Seminário de Nossa Senhora das Missões e confiou a direcção ao padre jesuíta Gabriel Malagrida.
Em Maio de 1753, o rei D. José I mandou que Dom Miguel de Bulhões assumisse o governo da Província. Em Dezembro de 1755, Dom Miguel abençoou a nova Catedral de Belém, obra de António Landi.
Dom Miguel viveu o episódio da expulsão dos jesuítas dos domínios portugueses em 1759. Com efeito, em Janeiro, D. José I, rei de Portugal, mandara sequestrar os bens da Companhia de Jesus, por influência do marquês de Pombal. Em Fevereiro desse mesmo ano, Dom Miguel tomou posse como Visitador e Reformador dos Jesuítas. Os jesuítas foram expulsos dos domínios portugueses, determinando assim a decadência total das actividades missionárias.
Dom Frei Miguel de Bulhões e Sousa foi nomeado bispo de Leiria em Março de 1760. Deixou o Pará no dia 12 de Setembro, viajando no mesmo navio em que iam os jesuítas expulsos.
Morreu aos 72 anos, sendo sepultado na Catedral de Leiria. O seu corpo apareceu intacto, quando foram feitas escavações no local, já na segunda metade do século XX. A gravura acima representa o seu brasão de armas. 

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

29 DE SETEMBRO - SEBASTIAN COE

EFEMÉRIDESebastian Newbold Coe, político e ex-atleta britânico, nasceu em Londres no dia 29 de Setembro de 1956. Recebeu o grau de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico em 2002.
Corria provas de meio fundo, como os 800 e os 1500 metros. Venceu a prova dos 1500m nas Olimpíadas de Moscovo (1980) e de Los Angeles (1984). Estabeleceu, ao longo da sua carreira, onze recordes mundiais, sendo três em pista coberta.
Começou a praticar atletismo aos 14 anos de idade e, treinado pelo pai, conquistou em 1975 o seu primeiro título nacional de juniores nos 1500 metros, antes de se classificar em 3º lugar nos Europeus de Juniores (Atenas) com 3 m 45 s.
Em 1976, fez 1 m 47 s 7 nos 800 metros. No ano seguinte, conquistou o seu primeiro título internacional, correndo os 800m dos Europeus em pista coberta no tempo de 1 m 46 s 5.
No Verão de 1978, bateu o recorde da Grã-Bretanha de 800 metros com 1 m 44 s 25. Alguns dias mais tarde, em Londres, recuperou o recorde (que havia sido entretanto batido por Steve Ovett) fazendo 1 m 43 s 97.
Prosseguindo os seus estudos de História da Economia na Universidade de Loughborough, Sebastian Coe tornou-se durante o Verão de 1979 o primeiro atleta a acumular os recordes mundiais de 800, 1500 e milha. Em Julho, quando dos Bislett Games realizados em Oslo, batera o recorde mundial dos 800 m com 1 m 42 s 33, melhorando a antiga melhor marca detida desde 1976 pelo cubano Alberto Juantorena. Duas semanas depois, ainda em Oslo, bateu o recorde mundial da milha com 3 m 49 s 0. Em Agosto, estabeleceu o seu terceiro recorde mundial no espaço de 41 dias, correndo em 3 m 32 s 03 os 1500 metros do meeting de Zurique. Foi então considerado o Atleta do Ano pela redacção desportiva da BBC.
Em 1980, bateu o recorde do mundo dos 1000 metros com 2 m 13 s 40, tornando-se o primeiro atleta a deter simultaneamente os recordes mundiais das quatro principais provas de meio fundo.
Em Junho de 1981, em Florença, melhorou o seu próprio recorde mundial de 800 metros (1 m 41 s 73). Menos de um mês mais tarde, colocou o recorde dos 1000 m em 2 m 12 s 18 e depois o da milha em 3 m 48 s 53, mais tarde melhorado para 3 m 47 s 33 em Bruxelas.
Diversas lesões graves perturbaram então a sua actividade, sendo mesmo hospitalizado. Voltou às pistas em 1984 e classificou-se para os Jogos Olímpicos de Los Angeles, onde ganhou a medalha de prata dos 800 metros e a de ouro dos 1500 metros.
Em 1986, conquistou o título europeu dos 800 metros em Estugarda e classificou-se em segundo na final dos 1500. Em Setembro, estabeleceu a melhor marca da sua carreira nos 1500 m com 3 m 29 s 77.
Em 1987, uma tendinite impediu-o de estar presente nos Mundiais de Roma. Em 1988, ainda não restabelecido de uma infecção pulmonar contraída quando de um estágio em altitude, viu-se impedido de ser seleccionado para os J.O. de Seul.
Sebastian Coe pôs fim à sua carreira de atleta em 1990. Foi recordista mundial dos 800 metros entre 1979 e 1997, dos 1500 entre 1979 e 1980 e da milha entre 1981 e 1985.
Depois de abandonar o atletismo, ingressou no Partido Conservador e foi eleito para deputado da Câmara dos Comuns. Foi membro do Parlamento do Reino Unido de 1992 a 1997, tornando-se membro vitalício em 2000.
Em 2007, foi eleito vice-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo. Presidiu ao Comité Organizador das Olimpíadas de Londres de 2012.

domingo, 28 de setembro de 2014

CONTRA O RACISMO!!


28 DE SETEMBRO - JOANA DUARTE

EFEMÉRIDEJoana Duarte, actriz e modelo portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 28 de Setembro de 1986. Tornou-se conhecida ao entrar na série televisiva “Morangos com açúcar” (2005, TVI).
Participou noutras produções televisivas (cerca de 15), nomeadamente em “Ilha dos Amores”, “'Deixa-me Amar”, “Olhos nos Olhos”, “Meu Amor” e “Anjo Meu”.
A sua formação artística foi feita através de um Curso de Interpretação na Escola Profissional de Teatro de Cascais, em aulas particulares com Ângela Durans e no workshop “A Cena da Dramaturgia” no IJP de Lisboa.
Joana é representada pela agência L'Agence, encontrando-se na categoria Talents. Foi capa de numerosas revistas, entre elas a “GQ” (Novembro de 2005 e Dezembro de 2009), “Maxmen” (Abril de 2008), “EDIT MAG” (Julho/Agosto de 2010) e “ONFIRE” (Setembro de 2010). Em 2012, foi também capa da “Playboy”, com fotografias feitas na praia em poses ousadas e nu integral.
Participou igualmente em numerosos desfiles de moda, como o Fashion Pool realizado em Tróia (2010). Fez publicidade a: Herbal Essences, Yorn, Swatch, Sumol, TMN e Pantène, entre outras marcas.
Depois da série “Anjo Meu”, Joana Duarte decidiu dar um novo rumo à sua vida e tornou-se hospedeira de bordo.

sábado, 27 de setembro de 2014

CARLOS DO CARMO - 50 anos de carreira (2014)


GLOSANDO SOFIA

Montagem de Fátima Souza (Bahia)

27 DE SETEMBRO - ROBERT MONTGOMERY

EFEMÉRIDERobert Montgomery, actor, realizador e produtor de cinema norte-americano, morreu em Nova Iorque no dia 27 de Setembro de 1981, vítima de cancro. Nascera em Beacon, em 21 de Maio de 1904. 
Tendo por origem uma família rica, tudo perderam quando o pai se suicidou em 1922. Robert mudou-se então para Nova Iorque para tentar a carreira de escritor ou actor. Acabou por ter a sua primeira grande oportunidade em Hollywood, em 1929, e nunca mais parou.
Em 1935, foi eleito presidente da Screen Actors Guild, sendo reeleito em 1946. Foi nomeado duas vezes para os Oscars: em 1937 com “Night Must Fall” e em 1942 com “Here Comes Mr. Jordan”. Durante a Segunda Guerra Mundial ingressou na Marinha.
Em 1945, voltou ao cinema, estreando-se como realizador no filme “They Were Expendable”, substituindo John Ford, por este ter de se ausentar por motivos de saúde. O primeiro filme que lhe foi inteiramente creditado como realizador foi “Lady in the Lake” em 1947.
Em 1953, ganhou um Emmy pelo programa “Robert Montgomery Presents”. Em 1955, recebeu um Tony de Melhor Director pela peça “The Desperate Hours” apresentada na Broadway.
Participou em vários programas de televisão e, em 1960, encerrou a sua carreira. Em 1968, escreveu o livro “An Open Letter from a Television Viewer”.
Foi casado duas vezes, tendo dois filhos com a primeira esposa. Ambos morreram igualmente de doença cancerígena (1995 e 2000). Robert Montgomery protagonizou mais de sessenta filmes, tendo sido realizador de seis e produtor de três. 

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

DESESPERO

26 DE SETEMBRO - MARCO FORTES

EFEMÉRIDEMarco Fortes, atleta português de lançamento do peso e do disco, nasceu em Lisboa no dia 26 de Setembro de 1982.
Representou o Sporting CP de 1996 até 2010, transferindo-se depois para o SL e Benfica. A sua evolução como atleta deve-se também ao treinador Vladimir Zinchenko.
Os seus recordes pessoais são 21,02 no lançamento de peso, igualmente melhor marca portuguesa (2012), e 58,32 no lançamento de disco (2009). É igualmente recordista português de peso em pista coberta (20,91 em 2012).
Do seu palmarés fazem parte 12 títulos de Campeão Nacional de Lançamento do Peso (2002/2013) e um de Campeão Nacional do Disco (2009).
Ganhou Medalhas de Ouro no lançamento de peso nos Jogos da Lusofonia, em Macau (2006) e em Lisboa (2009). Conquistou ainda uma Medalha de Ouro nos Campeonatos Ibero-Americanos de 2010, realizados em Espanha.
Na Taça da Europa de Lançamentos de Inverno, recebeu duas Medalhas de Prata: Sofia (2012) e Leiria (2014), ambas no lançamento do peso. 

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

25 DE SETEMBRO - MICHAEL DOUGLAS

EFEMÉRIDEMichael Kirk Douglas, de seu verdadeiro nome Michael Kirk Demsky, actor e produtor de cinema norte-americano de origem judaica, nasceu em New Brunswick no dia 25 de Setembro de 1944. Ganhou o Oscar de Melhor Actor Principal, em 1988, com o filme “Wall Street”. É filho do também famoso actor Kirk Douglas e é casado com a actriz Catherine Zeta-Jones.
Graduou-se em Arte Dramática em 1968, na Choate School University de Santa Barbara. Começou a ser conhecido do público ao protagonizar a série televisiva “The Streets of San Francisco” (1972/76).
Ganhou fama nos meios cinematográficos quando produziu “Voando sobre um ninho de cucos”, filme que era um projecto pessoal do seu pai, que tinha adquirido os respectivos direitos nos anos 1960. Quando assumiu a produção, Michael teve de convencer o pai a entregar o papel a Jack Nicholson, que considerava ser o actor mais indicado. Com esta película, ganhou o Oscar de Melhor Produtor em 1976. Produziu, entre outros filmes, “Síndrome da China”, em que também actuou, ao lado de Jane Fonda e Jack Lemmon.
Nos anos 1980, trabalhou muito em vários filmes de sucesso e o stress levou-o a consumir drogas e álcool. Internou-se em Setembro de 1992, na clínica Sierra Tucson Center, para desintoxicação.
Apesar da sua carreira estar cheia de êxitos, o filme erótico e de suspense de Paul Verhoven, “Basic Instinct” (1992), ao lado de Sharon Stone, deu-lhe ainda maior destaque.
Em 2010, anunciou que tinha um tumor cancerígeno na garganta e iniciou o respectivo tratamento. Comunicou, mais tarde, que estava curado e ia regressar ao trabalho, o que veio a acontecer. 

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

24 DE SETEMBRO - CARLOS MADEIRA CACHO

EFEMÉRIDE Carlos Ferreira Madeira Cacho, físico nuclear português, nasceu na Golegã em 24 de Setembro de 1919. Morreu em Lisboa no dia 14 de Agosto de 1976.
Iniciou os estudos secundários no Liceu Gil Vicente em Lisboa, finalizando-os no Liceu Sá da Bandeira em Santarém, cedo se destacando como um dos melhores alunos. Frequentou depois o Curso Preparatório das Escolas Militares, na Faculdade de Ciências de Lisboa. Concorreu à Escola Naval, mas não foi admitido devido a um fraco desempenho na prova de natação. Regressou a Santarém, onde exerceu actividade docente no Colégio de Santa Margarida. Trabalhou também num armazém de tecidos de algodão e numa firma de produtos alimentares. Cumpriu o serviço militar obrigatório como oficial miliciano.
Inscreveu-se em Ciências Físico-Químicas na Faculdade de Ciências de Lisboa. Durante a frequência do curso, beneficiou de bolsas de estudo e de isenção de propinas e deu explicações. Concluiu o curso com a média de 18 valores.
Em 1949, obteve uma bolsa da Junta Nacional de Educação, indo para a Universidade de Chicago, onde trabalhou durante quase quatro anos no Instituto Enrico Fermi, mais propriamente no laboratório de Luis Alvarez.
Frequentou seguidamente, durante dois anos, a partir de 1954, a Universidade de Oxford, como bolseiro do Instituto de Alta Cultura. Foi nesta época, que conheceu e contactou com Albert Einstein. Foi-se tornando cada vez mais reconhecido nos domínios da Física Nuclear. Regressou a Portugal em 1956, sendo nomeado, três anos depois, director-geral do Laboratório de Física e Engenharia Nucleares (1959/1976).
Representou Portugal em diversas organizações: Agência Internacional de Energia Atómica, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, Agência Europeia de Energia Nuclear e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, entre outras.
Foi agraciado com a Comenda da Ordem Militar de Cristo (1961) e com o grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito Industrial (1967).

terça-feira, 23 de setembro de 2014

RAY CHARLES - "Unchain my Heart" (1964)


23 DE SETEMBRO - ROBERT BLOCH

EFEMÉRIDERobert Albert Bloch, escritor norte-americano, mais conhecido pelo seu romance de horror “Psicose”, morreu em Los Angeles no dia 23 de Setembro de 1994, vítima de cancro. Nascera em Chicago, em 5 de Abril de 1917. “Psicose” foi adaptado ao cinema por Alfred Hitchcock, num filme protagonizado por Janet Leigh e Anthony Perkins (“Psycho”, 1960). Robert Bloch foi também guionista e autor prolífico de obras de ficção científica.
Estudou em colégios particulares de Maywood e Milwaukee. Quando era criança, ficou bastante impressionado com o cinema de terror, tendo assistido aos nove anos de idade a “O Fantasma da Ópera”. Começou a ler compulsivamente revistas literárias da especialidade. Ainda era aluno do ensino secundário e já escrevia algumas histórias. Ao longo da sua carreira, utilizou vários pseudónimos: Tarleton Fiske, Sherry Malone, E.K. Jarvis, Wilson Kane, John Sheldon e Will Folke.
Terminados os estudos, adquiriu uma máquina de escrever em segunda-mão e redigiu e vendeu o seu primeiro conto, “The Feast In The Abbey”, à revista “Weird Tales”. Com a Grande Depressão, causada pela queda na Bolsa de Valores de Nova Iorque, teve dificuldade em arranjar emprego, pelo que – até 1942 – dedicou todo o seu tempo à escrita.
Na década de 1940, começou a demonstrar interesse também pela mente de assassinos psicopatas, por julgar que tinha esgotado o tema do sobrenatural. Publicou em 1943 “Yours Truly, Jack The Ripper”, novela em que recriou a vida do mais famoso de todos os assassinos em série. Em 1947, publicou o seu primeiro romance, “The Scarf”, que conta a história de um jovem que se tornou assassino devido a um trauma de infância.
Em 1942, ingressara na agência publicitária Gustav Marx, onde permaneceu durante onze anos. Em 1953, foi viver para Hollywood, fazendo guiões para filmes, paralelamente com a sua actividade de escritor.
Bloch foi por diversas vezes galardoado com prémios, tendo recebido entre outros: um Prémio Hugo, um Bram Stoker Award e um World Fantasy Award. Foi presidente da Mistery Writers of America (1970/71) e membro da Science Fiction and Fantasy Writers of America

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

CASA DOS SEGREDOS


"LISBOA QUE AMANHECE" - Sérgio Godinho & Caetano Veloso


ELIS REGINA & TOM JOBIM - "Águas de Março" - 1974


LEONARD COHEN - "No cure for love"


22 DE SETEMBRO - GEORGE C. SCOTT

EFEMÉRIDE George Campbell Scott, actor norte-americano, morreu em Westlake Village, Califórnia, no dia 22 de Setembro de 1999, vítima de um problema vascular abdominal. Nascera em Wise, Virgínia, em 18 de Outubro de 1927.
Aos oito anos, ficou órfão de pai e mãe. Em 1945, ingressou na Marinha, onde permaneceu durante quatro anos. Quando deixou a Marinha, matriculou-se no curso de Jornalismo da Universidade de Missouri. Foi casado cinco vezes e teve seis filhos. A última esposa, a actriz Trish Van Devere, foi casada com ele até à sua morte. Foi sempre desbocado e arrogante, sendo considerado um rebelde em Hollywood. Mesmo assim, era muito respeitado como actor.
Começou no teatro, nos anos 1950, com um papel na peça “Ricardo III”. Chamou a atenção dos críticos, sendo contratado para a televisão. Em 1959, fez parte do filme “Anatomia de um Crime”, o seu primeiro papel a valer nomeação para um Oscar, na categoria de Actor Secundário. Apesar da sua opinião crítica sobre os Oscars, seria nomeado várias outras vezes para estes prémios.
Em 1964, ao filmar “A Bíblia”, apaixonou-se por Ava Gardner, mas não foi correspondido, devido sobretudo ao seu hábito de beber demais, o que o tornava por vezes violento.
Fez vários filmes para televisão, antes de obter o papel pelo qual ficaria mais conhecido no mundo cinematográfico: o de general George S. Patton na película “Patton”, em 1970. O filme ganhou o Oscar de Melhor Filme e George C. Scott também venceu o de Melhor Actor. No dia da cerimónia de entrega dos prémios, porém, ficou em casa a assistir a um jogo de hóquei, recusando-se a ir recebê-lo. Durante a sua carreira fez mais de setenta filmes (cinema e televisão), recebendo dois Globos de Ouro (1971 e 1998).

domingo, 21 de setembro de 2014

21 DE SETEMBRO - JACQUELINE SUSANN

EFEMÉRIDEJacqueline Susann, actriz e escritora norte-americana, morreu em Nova Iorque no dia 21 de Setembro de 1974, vítima de cancro na mama, diagnosticado em 1972 e posteriormente com metástase num pulmão. Nascera em Filadélfia, Pensilvânia, em 20 de Agosto de 1918.
Foi actriz de destaque na Broadway, tendo participado em 21 peças de teatro, antes de se dedicar exclusivamente à literatura.
Ficou muito conhecida pelos seus romances, sobretudo “Valley of the Dolls” (“Vale das Bonecas”, 1966), um livro que bateu todos os recordes de vendas da época, com 17 milhões de exemplares, e que deu origem a uma série televisiva e a um filme com o mesmo nome (1967), protagonizado por Suzan Hayward e Sharon Tate.
Jacqueline não tornara pública a sua doença e, em Junho de 1974, após uma derradeira visita ao filho, que estava numa instituição especializada em autismo, foi internada num hospital, onde faleceu três meses depois, para surpresa dos seus milhões de admiradores. 

sábado, 20 de setembro de 2014

DESPORTO (quadras)

DESPORTO
(quadras)
 1
CÊ ERRE-SETE  é um ás
Que ficará na história.
Humildade do rapaz
Merece cada vitória.
2
O Eusébio foi um Sol
Que brilhou p’lo mundo fora.
É lenda do futebol
Que Portugal ‘inda chora.     (a)
3
Ronaldo é um herói,
Herói dos tempos modernos,
Com ele Portugal constrói
Momentos que são eternos.
4
Desporto deves fazer
Desde a mais tenra idade,
Para evitares sofrer
De qualquer enfermidade.

Gabriel de Sousa

(a) – 9º Prémio nos Jogos Literários de Montargil – 2014

20 DE SETEMBRO - JAVIER MARÍAS

EFEMÉRIDEJavier Marías Franco, escritor, tradutor e editor espanhol, considerado um dos romancistas mais relevantes da literatura espanhola contemporânea, nasceu em Madrid no dia 20 de Setembro de 1951.
Passou parte da infância no nordeste dos Estados Unidos, juntamente com a família. Na sua juventude, traduziu, escreveu guiões e participou como figurante em algumas longas-metragens do seu primo Ricardo Franco Rubio. Licenciou-se em Filosofia e Letras na Universidade Complutense de Madrid (1973).
Em 1970, escreveu o seu primeiro romance intitulado “Los dominios del lobo”, que foi publicado no ano seguinte. Entre a escrita e a publicação desta primeira obra, conheceu o escritor Juan Benet, com quem iniciou uma grande amizade e que foi uma figura importante na sua vida pessoal e literária.
De 1983 a 1985, leccionou Literatura Espanhola e Teoria da Tradução na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Envolveu-se na mesma actividade em 1984, no Wellesley College, em Boston, Estados Unidos, e entre 1987 e 1992, na Universidade Complutense de Madrid.
Em 1988, lançou o romance “Todas las almas”. Apesar de ser uma obra de ficção, narra a história de um professor espanhol que dá aulas em Oxford, o que levou muitos leitores a julgar que o personagem do livro era o próprio autor, o que não correspondia à realidade.
O romance “Corazón tan blanco”, lançado em 1992, alcançou um enorme sucesso junto do público e da crítica, resultando na sua consagração definitiva como escritor. Este livro foi traduzido para dezenas de línguas, o que garantiu também o seu reconhecimento internacional. O famoso crítico alemão Marcel Reich-Ranicki classificou Javier Marías como «um dos mais importantes autores vivos a nível mundial». Sucesso similar foi alcançado pelo romance publicado em 1994, “Mañana en la batalla piensa en mí”, que foi premiado na Europa e nas Américas. Especialmente estas duas obras têm sido catalogadas, por muitos, entre os clássicos da literatura castelhana.
Em 2002, iniciou a publicação do que alguns consideram ser a sua obra mais ambiciosa, “Tu rostro mañana”. Devido à sua extensão, superior a 1 500 páginas, Marías decidiu publicá-lo em três partes, intituladas respectivamente, “Fiebre y lanza” (2002), “Baile y sueño” (2004) e “Veneno y sombra y adiós” (2007).
Galardoado com diversos prémios nacionais e internacionais, recebeu em 1997 o Prémio Nelly Sachs, por muitos considerado como a antecâmara do Prémio Nobel da Literatura. Em Junho de 2006, foi eleito membro da Real Academia Española de la Lengua.
Actualmente, é tido como um dos escritores vivos mais importantes da língua castelhana. Os seus artigos de imprensa têm tido também grande influência na cultura, tanto em Espanha como na América Latina, sendo publicados em jornais como “El País” e “El Semanal” e na revista mexicana “Letras Libres”. Escreveu também para o “New York Times”, “La Repubblica” e “Frankfurter Algemeine Zeitung”.
Desde 1971, já publicou mais de trinta obras, entre romances, ensaios e colectâneas de artigos e contos. Os seus livros foram editados em 44 países, traduzidos em cerca de 40 idiomas e vendidos em mais de quatro milhões e meio de exemplares em todo o mundo. Desde 1999, possui a sua própria editora – Reino de Redonda.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

19 DE SETEMBRO - HIROSHI YAMAUCHI

EFEMÉRIDEHiroshi Yamauchi, homem de negócios japonês, presidente da Nintendo de 1949 a 2002, morreu em Quioto no dia 19 de Setembro de 2013. Nascera na mesma cidade em 7 de Novembro de 1927. Em 2008, a sua fortuna foi considerada a maior do Japão pela revista “Forbes”. Foi também dono do Seattle Mariners, famoso clube de basebol americano, transferindo a sua posição para a Nintendo of America em 2004. Quando faleceu era o segundo maior accionista da Nintendo.
Foi o grande responsável pela transformação da empresa familiar, que até então apenas produzia cartas de jogar, na maior e mais lucrativa companhia de videojogos do mundo.
Era conhecido pela sua dureza para com os funcionários, sobretudo aqueles que duvidavam das suas capacidades, e por ser um óptimo empreendedor. Em 1958, fez uma parceria com a The Walt Disney Company para produzir cartas cujos temas eram os famosos personagens daquela empresa. Ao fim de um ano, já tinham vendido mais de 600 000 baralhos. Anos mais tarde, decidiu diversificar a actividade da sociedade, trabalhando com uma rede de motéis e com várias companhias de táxi.
Em 1975, observando o sucesso crescente dos videojogos nos Estados Unidos e no Japão, fez uma parceria com a empresa Magnavox para distribuir a sua consola Odyssey no Japão. Em 1977, contratou Shigeru Miyamoto, considerado um dos maiores nomes da indústria de jogos, que mais tarde criaria Donkey Kong, jogo que deu início ao sucesso da empresa no mercado de videojogos.
Hiroshi Yamauchi estimulava a competição entre os seus colaboradores, escolhendo depois os projectos que seguiriam em frente.
Abriu uma congénere nos Estados Unidos (1980) e lançou diversas consolas (domésticas e portáteis) e muitos jogos, vendidos em todo o mundo sob a marca Nintendo Entertainment System (NES). 1989 foi o ano do Game Boy, cujas vendas ultrapassaram os 100 milhões de exemplares.
Reformou-se em 2002. Quatro anos depois, doou cerca de 51 milhões de euros ao Hospital Universitário de Quioto

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

GILBER BÉCAUD - Et maintenant (1987)

18 DE SETEMBRO - MRPP

EFEMÉRIDEO MRPP – Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado foi fundado em 18 de Setembro de 1970. De inspiração maoista, defendia a ideia que o Partido Comunista Português adoptara uma ideologia “revisionista”, tendo deixado de ser o “partido do proletariado”. Para a prossecução da revolução era necessário reorganizá-lo – daí o nome escolhido.
Teve como seu secretário-geral Arnaldo Matos. O seu órgão informativo foi sempre o “Luta Popular”, cuja primeira edição foi lançada em 1971 (ainda no tempo da ditadura). A seguir ao 25 de Abril, chegou a ser diário durante algum tempo.
O MRPP foi um partido muito activo antes do 25 de Abril de 1974, especialmente entre estudantes e jovens operários de Lisboa e sofreu a repressão das forças policiais, reivindicando como mártir José Ribeiro dos Santos, um estudante assassinado pela polícia política durante uma reunião de estudantes no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF) em 12 de Outubro de 1972.
O MRPP ganhou fama com as suas grandes e vistosas pinturas murais. Continuou em grande actividade durante os anos de 1974 e 1975. Nessa altura tinha nas suas fileiras membros que mais tarde viriam a ter grande relevo na política.
Logo a seguir ao 25 de Abril, o MRPP foi acusado pelo PCP (que desde sempre foi “eleito” como o seu maior inimigo) de ser subsidiado pela CIA. Essa acusação teria como motivo uma crença baseada, em parte, na cooperação entre o MRPP e o Partido Socialista, durante o chamado “Verão quente” e igualmente em quase todas as actividades sindicais.
A partir de 26 de Dezembro de 1976, o MRPP, após congresso, passou a designar-se Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, com a sigla PCTP/MRPP.
Actualmente, o seu membro mais conhecido é o advogado Garcia Pereira. Nas eleições legislativas de 2011, teve o seu melhor resultado, alcançando 62 491 votos, correspondente a 1,12% do total da votação.
Entre os antigos militantes, salientam-se: Ana Gomes, Diana Andringa, Durão Barroso, Fernando Rosas, José Ribeiro dos Santos, Maria José Morgado, Saldanha Sanches e Maria João Rodrigues

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

17 DE SETEMBRO - KEN KESEY

EFEMÉRIDEKen Kesey, de seu verdadeiro nome Kenneth Elton Kesey, escritor americano, mais conhecido pelo seu primeiro romance “Voando sobre um Ninho de Cucos” (1962), que foi inspirado nas suas próprias experiências quando trabalhou num hospital de veteranos, nasceu em La Junta, Colorado, no dia 17 de Setembro de 1935. Morreu em Eugene, Oregon, em 10 de Novembro de 2001.
Aquele romance foi adaptado ao cinema pelo realizador Miloš Forman, com Jack Nicholson e Louise Fletcher a fazerem parte do elenco. Ficou também conhecido por ser uma figura “contra-cultural”, que se considerava uma ponte entre a Geração Beat dos anos 1950 e os Hippies de 1960.
Escreveu vários romances, uma peça de teatro e dois livros para crianças. Simultaneamente com a sua actividade de escritor, Ken Kesey – com o seu grupo “Merry Pranksters” – foi também um dos mais importantes inspiradores do movimento psicadélico dos anos 1960.
Tudo começara por volta de 1959. Nessa época, Ken Kesey era estudante na Universidade Stanford e habitava Perry Lane, um bairro de Palo Alto, na baía de São Francisco, onde se concentravam os boémios da cidade. Ali encontrou Vie Lovell, um jovem licenciado de psicologia, que lhe falou em certas experiências com drogas, que modificavam o estado da consciência. Por alguns dólares, Kesey ofereceu-se como voluntário para experimentar várias drogas, entre elas o LSD que só era conhecido em alguns meios científicos. Ele teve então a sensação de ter encontrado «a chave que permitiria ao homem abrir o seu espírito e alargar o seu campo de consciência para além de tudo o que se poderia imaginar».
Foi o começo de uma grande aventura. O bairro Perry Lane mudou rapidamente de aspecto. As drogas, em particular o LSD, eram largamente consumidas. Kesey e os seus amigos experimentaram todas as fantasias que eles chamaram “psicadélicas” – músicas e sons em profusão, dilúvio de pinturas fluorescentes e comportamentos incompreensíveis para as pessoas “bem-pensantes” das redondezas.
Em 1963, o bairro foi comprado por um empresário da construção civil. Kesey adquiriu então uma casa na Califórnia (La Honda), onde constituiu um grupo à volta dele e, sobretudo, à volta do LSD, que nessa época ainda não era interdito.
Kesey estava vigiado pela polícia, porque alguns componentes do grupo consumiam igualmente marijuana. Foi para o México onde, mais tarde, os Pranksters se juntaram a ele, mas por pouco tempo. Regressou aos Estados Unidos, onde apareceu em eventos organizados por grupos psicadélicos que, entretanto, se tinham formado. Foi convidado mesmo para um programa de televisão, onde provocou Edgar Hoover, o chefe do FBI. Foi preso por «posse de marijuana». Depois de vários processos, foi condenado a 90 dias de prisão, 6 meses de trabalho comunitário e 1 500 dólares de multa. Estava-se em 1966 e a aventura dos Pranksters chegava ao fim.
Depois de cumprida a pena, Ken Kesey instalou-se com a mulher e os filhos em Springfield, onde passou a dedicar-se integralmente à literatura.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

16 DE SETEMBRO - ESTHER VILAR



EFEMÉRIDE Esther Vilar, de seu verdadeiro nome Esther Margareta Katzen, médica e escritora argentina de origem alemã, nasceu em Buenos Aires no dia 16 de Setembro de 1935.
Ela é sobretudo conhecida pelo seu livro de 1971 “O Homem Domado” (“Der Dressierte Mann”) e por outras obras publicadas posteriormente sobre o mesmo tema, que argumentam – ao invés da retórica feminista – que as mulheres em culturas industrializadas não são oprimidas e que, pelo contrário, exploram um sistema bem estabelecido de manipulação dos homens.
Os pais de Esther eram judeus imigrantes da Alemanha, tendo-se separado quando ela tinha apenas 3 anos.
Ao terminar os estudos de medicina na Universidade de Buenos Aires, obteve uma bolsa e foi para a Alemanha Ocidental em 1960. Especializou-se em Psicologia e Sociologia, tendo trabalhado durante um ano como assistente médica num hospital alemão. Antes de se afirmar como escritora, exerceu ainda as profissões de tradutora, vendedora, operária numa fábrica de termómetros, modelo de calçado e secretária.
Casou-se em 1961 com o autor alemão Klaus Wagn, de quem se divorciou poucos anos depois. Alegou então, «não ter terminado com o homem, mas apenas com o casamento/instituição».

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

15 DE SETEMBRO - FRANÇOIS DE LA ROCHEFOUCAULD



EFEMÉRIDEFrançois de La Rochefoucauld, príncipe de Marcillac e mais tarde duque de La Rochefoucauld, escritor, moralista e memorialista francês, nasceu em Paris no dia 15 de Setembro de 1613. Morreu, igualmente em Paris, em 17 de Março de 1680.
Pertencendo a uma das mais ilustres famílias da nobreza francesa, seguiu a carreira militar, tendo participado na campanha de Itália em 1629. Envolvendo-se em intrigas contra o cardeal Richelieu, foi detido e preso durante oito dias, optando depois por se exilar nas suas terras (1631). Depois da morte de Richelieu (1642), voltou à corte e às conspirações, tendo participado activamente na Fronde, a guerra civil que agitou a França entre 1648 e 1653.
Em 1652, gravemente ferido nos olhos, decidiu pôr ponto final na sua carreira de soldado. Passou em Paris os últimos anos da sua vida, destacando-se em salões literários, especialmente nos da marquesa de Sévigné, de Madeleine de Sablé e, mais particularmente, no de Marie-Madeleine de La Fayette.
La Rochefoucauld foi um dos maiores cultores de máximas e epigramas, divertimento social que ele transformou em género literário, escrevendo textos de profundo pessimismo. O seu mais famoso livro, “Reflexões ou Sentenças e Máximas morais”, foi editado pela primeira vez em 1665. Até à quinta edição, ele foi condensando as suas máximas, ao mesmo tempo que abrandava o tom e restringia a sua amargura.
La Rochefoucauld, que era um pessimista desencantado com o género humano, achava que a necessidade de ser objecto de estima e admiração estava por trás de quase todas as manifestações de bondade, sinceridade e gratidão.
Além das “Reflexões”, publicou as “Memórias” (1662), onde descreveu as intrigas com a morte de Luís XIII, as guerras de Paris e da Guiana e a prisão dos príncipes.
Era reconhecido como um moralista e escritor de grande valor, tendo ingressado na Academia Francesa. Como grande parte dos seus contemporâneos, ele via a política como um jogo de xadrez.
Por curiosidade, saliente-se que Jean de La Fontaine lhe dedicou a sua fábula nº XI – “O Homem e a sua imagem”.

domingo, 14 de setembro de 2014

14 DE SETEMBRO - ROBERT WISE



EFEMÉRIDERobert Earl Wise, realizador e produtor de cinema norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 14 de Setembro de 2005. Nascera em Winchester, Indiana, em 10 de Setembro de 1914.
Wise queria ser jornalista, mas a depressão económica que grassava nos Estados Unidos mudou os seus planos e, em 1933, foi parar aos estúdios da RKO Pictures, como moço de recados. Tornou-se depois montador de som (“O Delator”, de John Ford) e montador de filmes a partir de 1939, sendo um dos mais reputados da época. Orson Welles requisitou os seus serviços para as películas “Citizen Kane” (1940) e “O esplendor dos Amberson” (1942).
Cinco anos mais tarde, cooptado pelo produtor Val Lewton, Wise assinou a sua primeira longa-metragem como realizador. “A Maldição do Sangue de Pantera”, co-realizado com Gunther Friesch, foi assim o primeiro de uma série de filmes fantásticos que realizou ao longo da carreira.
Fez filmes notáveis, como “Helena de Tróia”, “Marcado pela sarjeta” e “Desafio do além”. A consagração definitiva chegou com dois filmes musicais. Em 1961, realizou “West Side Story” que ganhou dez Oscars (entre os quais o de Melhor Filme e de Melhor Realizador) e é considerado um dos cinco melhores musicais de toda a história do cinema. Quatro anos mais tarde, realizou “The Sound of Music” que recebeu cinco Oscars, entre os quais também o de Melhor Filme e de Melhor Realizador. Entretanto, em 1963, encenara “The Haunting”, que ainda hoje é considerado uma obra-prima do filme fantástico.
Em 1967, recebeu o Prémio Irving Thalberg da Academia das Artes e das Ciências do Cinema pelo conjunto da sua obra.
A carreira de Robert Wise, que durou quase 60 anos, foi muito eclética, com cerca de 40 filmes de quase todos os géneros. No ocaso da sua vida, produziu ainda filmes para DVD, chegando a aparecer em sessões para a respectiva promoção.
Entre muitos actores que dirigiu, salientam-se: Boris Karloff, Robert Mitchum, Julie Andrews, Burt Lancaster e Paul Newman. Faleceu aos 91 anos de idade, vítima de insuficiência cardíaca.

sábado, 13 de setembro de 2014

13 DE SETEMBRO - SAM WILSON



EFEMÉRIDESamuel Wilson, comerciante norte-americano que inspirou a personificação dos Estados Unidos conhecida como “Tio Sam”, nasceu em Menotomy Arlington (Massachusetts) no dia 13 de Setembro de 1766. Morreu em Troy (Nova Iorque), em 31 de Julho de 1854.
Quando da Guerra anglo-americana de 1812, Wilson obteve um contrato de fornecimento de carnes para o exército dos Estados Unidos, que ele enviava em barris para Troy. Como os barris eram propriedade do governo, estavam todos marcados com as iniciais “U.S.” (de United States), que os soldados jocosamente diziam querer significar “Uncle Sam”. Com o tempo, acredita-se que o facto tenha caído no uso popular para tudo o que estivesse marcado com aquelas iniciais.
Uma resolução do Congresso dos Estados Unidos, aprovada em Setembro de 1961, reconheceu oficialmente Sam Wilson como estando na origem do símbolo e imagem do “Tio Sam”. Em Menotomy Arlington, um monumento assinala o local do seu nascimento.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

12 DE SETEMBRO - RAYMOND BURR



EFEMÉRIDE Raymond William Stacey Burr, actor canadiano naturalizado norte-americano, muito conhecido pelos seus papéis no cinema e na televisão, especialmente nas séries “Perry Mason” (1957) e “Ironside” (1967), morreu em Healdsburg, Califórnia, no dia 12 de Setembro de 1993. Nascera em New Westminster, Colúmbia Britânica, Canadá, em 21 de Maio de 1917.
Burr passou parte da sua infância na China, onde o pai trabalhava como agente comercial. Após os pais se divorciaram, mudou-se para Vallejo, Califórnia, na companhia da mãe e dos irmãos.
Burr trabalhou numa fazenda e, em seguida, como vendedor de fotografias, para ajudar no sustento da família, em plena Grande Depressão. Cantou também em cabarets. Após dois anos na US Navy, durante a Segunda Guerra Mundial, foi licenciado após ter sido ferido em Okinawa.
Em 1937, começara a sua carreira de actor na Pasadena Playhouse. Em 1941, estreou-se na Broadway com a peça “Crazy with the Heart”. Foi contratado depois pelo estúdio RKO Pictures, interpretando especialmente papéis de vilão. Entre 1946 e 1957, trabalhou em mais de sessenta filmes. Recebeu óptimas críticas pela sua interpretação em “Um Lugar ao Sol” (1951), contracenando com Elizabeth Taylor e Montgomery Clift. Fez o papel de Lars Thorwald em “Janela Indiscreta”, uma produção de 1954 dirigida por Alfred Hitchcock.
Segundo escreveu o jornalista Michael Seth Starr no livro “The Secret Life of Raymond Burr”, o actor era homossexual, mas ocultou a sua condição durante a maior parte da vida, por receio de prejudicar a carreira em virtude dos preconceitos da sociedade. Foi casado três vezes, o que não o terá impedido de manter uma relação homo durante 35 anos.
Em 1992, foi-lhe diagnosticado um cancro no cólon, mas recusou-se a ser operado, morrendo no ano seguinte.
Burr recebeu dois Emmy Awards durante a sua carreira e tem uma estrela na Calçada da Fama no Hollywood Boulevard.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

CHICO BUARQUE - "Construção" (Clipe ao Vivo)


ANDREA BOCELLI - "Con te Partiro"


11 DE SETEMBRO - JOHN P. O'NEILL



EFEMÉRIDEJohn Patrick O'Neill, perito norte-americano de antiterrorismo, agente especial e também director assistente do FBI, morreu em Nova Iorque no dia 11 de Setembro de 2001. Nascera em Atlantic City (Nova Jersey), em 6 de Fevereiro de 1952.
Queria consagrar-se à arqueologia mas, em 1976, com 24 anos, ingressou no FBI. Até 1995, ele foi um simples agente e ocupou-se sobretudo de casos de drogas, do crime organizado e de serviços de informações.
Em 1995, obteve uma promoção, passando a ser coordenador da luta antiterrorista. Começou a estudar intensamente as raízes do atentado no World Trade Center em 1993, depois de ter assistido à captura de Ramzi Yousef, que tinha sido o seu cabecilha. Foi assim que passou a acumular conhecimentos sobre a Al Qaeda e Osama Bin Laden.
Era já o nº 2 do FBI, quando aconteceu o atentado contra o USS Cole no Iémen (2000), que pôs em evidência a má colaboração dos diplomatas americanos naquele país – o que foi denunciado na imprensa por O’Neill. 
Devido a desacordos pessoais no seio do FBI e do governo federal, pediu a demissão no Verão de 2001 e foi nomeado então chefe da segurança do WTC, a partir de Agosto. O seu corpo sem vida foi encontrado depois da queda das Torres Gémeas, quando dos atentados de 11 de Setembro de 2001.
Em 2002, O’Neill foi assunto de um documentário transmitido no canal Public Broadcasting Service, intitulado “O Homem que sabia”. No ano seguinte, foi publicado o livro “The Man Who Warned America” de Murray Weiss, retratando a sua vida e o facto de ter tentado em vão prevenir a administração Bush da eventualidade de um atentado eminente em solo americano.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

10 DE SETEMBRO - ANTÓNIO REIS



EFEMÉRIDEAntónio Reis, poeta e cineasta português, morreu em Lisboa no dia 10 de Setembro de 1991. Nascera em Valadares, em 27 de Agosto de 1927. Dedicou-se igualmente à pintura e à escultura. Publicou três livros de poesia.
 A curta-metragem “Trás-os-Montes” (1976) foi, juntamente com as longas-metragens “Gente da Praia da Vieira” de António Campos e “Mau Tempo, Marés e Mudança” de Ricardo Costa, uma das primeiras “docu/ficções” do cinema português. Estas três obras tiveram como precursoras os filmes “Acto da Primavera” (1962) realizado por Manoel de Oliveira (com A. Reis como assistente) e “Ala-Arriba!” (1948) de Leitão de Barros.
Tendo sido membro activo do Cineclube do Porto, António Reis iniciou-se na actividade cinematográfica como assistente. Em 1963, realizou o seu primeiro documentário, encomendado pela Câmara Municipal do Porto – “Painéis do Porto”. Manteve-se nos filmes documentários, com “Alto do Rabagão” de 1966, ano em que assinou também o argumento de “Mudar de Vida”, um filme de Paulo Rocha.
A película “Jaime” (1974) viria chamar definitivamente a atenção do público e da crítica para a sua actividade de realizador, ao ser premiada no Festival de Cinema de Locarno como a Melhor Curta-Metragem.
Após a Revolução dos Cravos, em Abril de 1974, António Reis e sua mulher, a psiquiatra Margarida Cordeiro, co-realizadora de uma parte importante dos seus filmes, enveredaram por um cinema não convencional, de vertente lírica, baseado em elementos da cultura popular de locais isolados do interior do país, sobretudo no nordeste. O filme “Trás-os-Montes”, que participou em catorze festivais internacionais, incluindo o de Roterdão e o de Veneza, foi a primeira dessas obras, a que se seguiu “Ana”. António Reis e Margarida Cordeiro retratam, nestes filmes, diversos locais em que o 25 de Abril de 1974 não impediu o êxodo rural.
Rosa de Areia” (1989), estreado no Festival de Berlim, de carácter mais ficcional, foi o último trabalho de António Reis. Tal como António Campos, Manoel de Oliveira ou João César Monteiro, ele foi um dos cineastas portugueses que se inspiraram no conceito de antropologia visual para criar obras de forte expressão poética.

terça-feira, 9 de setembro de 2014

9 DE SETEMBRO - CLAUDE NOUGARO



EFEMÉRIDEClaude Nougaro, poeta, compositor e cantor francês, nasceu em Toulouse no dia 9 de Setembro de 1929. Morreu em Paris, em 4 de Março de 2004. Iniciou a sua carreira profissional como compositor e, a partir de 1958, passou a interpretar igualmente as suas próprias canções.
Grande amador de jazz e de música latina e africana, dedicou-se, ao longo da sua carreira, a um inusitado casamento de géneros, unindo canções francesas àqueles ritmos. Simultaneamente com as suas actividades literárias e musicais, entregou-se também à pintura e ao desenho.
Era filho de um cantor de ópera e de uma professora de piano italiana. Foi criado pelos avós paternos. Ainda adolescente, já escutava Glenn Miller, Édith Piaf e Louis Armstrong, o que o inspirou a seguir a vida artística.
Entre 1944 e 1947, frequentou sucessivamente, como pensionista, a Abadia-Escola de Sorèze, o Colégio Montaigne de Vence e o Colégio de Cusset.
Depois do serviço militar em Rabat (1949), começou a fazer jornalismo, escrevendo para diversos jornais, entre eles o “Journal des curistes” de Vichy e “L'Écho” da Argélia. Em paralelo, escrevia canções para Marcel Amont e Philippe Clay. Conheceu por essa época Georges Brassens, que ficou a ser seu mentor e amigo.
Nougaro enviou alguns dos seus textos a Marguerite Monnot, compositora de Édith Piaf, que os musicou. Começou a actuar no cabaret parisiense “Lapin agile” (1954), declamando poemas de sua autoria. Foi aqui que decidiu cantar os seus próprios textos, para ganhar a vida. Seguiram-se actuações em vários cabarets.
Em Outubro de 1958, gravou o seu primeiro álbum. O sucesso só chegaria porém em 1962, quando assinou contrato com a Philips. Antes, participara em alguns concertos de Dalida.
Um acidente de automóvel imobilizou-o durante vários meses em 1963. No ano seguinte, fez uma viagem ao Brasil. No regresso a França, deu espectáculos em salas de prestígio: Olympia de Paris, Palais d'Hiver de Lyon e Théâtre de la Ville de Paris.
Em 1965, começou uma longa colaboração com o pianista de jazz Maurice Vander, que passou a ser o seu principal parceiro musical. Se bem que não fosse atraído pela política, os acontecimentos de Maio de 1968 inspiraram-lhe “Paris Mai” que foi proibido na rádio. No mesmo ano, gravou o seu primeiro álbum ao vivo, no Olympia: “Une soirée avec Claude Nougaro”.
A sua carreira prosseguiu de um modo regular. Em 1975, passou a gravar para a Barclay, mas sem grandes sucessos. Vendeu a casa que tinha no bairro de Montmartre e partiu para Nova Iorque, à procura de inspiração. Foi recompensado com a publicação de três novos álbuns e com dois prémios importantes.
A sua saúde começou a degradar-se a partir de 1995, ano em que foi operado ao coração. De 1998 a 2004, dedicou-se mais a concertos e festivais. Em 2003, não conseguiu actuar no Festival do Verbo em Toulouse, por motivos de saúde. No ano anterior, apresentara-se em várias localidades francesas, num espectáculo falado (gravado em DVD), onde revisitou vários dos seus textos.  
Depois de algumas intervenções cirúrgicas no princípio do ano, faleceu em Março de 2004, vítima de cancro no pâncreas. O funeral foi celebrado em Toulouse, na Basílica de Saint-Sernin cujo carrilhão tocou as notas da sua canção “Toulouse”. As cinzas foram dispersas no rio Garonne. Entre outras homenagens da cidade onde nasceu, um jardim municipal, um colégio e uma estação de metro têm hoje o seu nome.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

8 DE SETEMBRO - STEFANO CASIRAGHI



EFEMÉRIDEStefano Casiraghi, empresário e desportista italiano, segundo marido da princesa Carolina do Mónaco, nasceu em Milão no dia 8 de Setembro de 1960. Morreu em Monte Carlo, em 3 de Outubro de 1990.
Casiraghi descreveu-se uma vez como uma pessoa «nascida para ser empresário», porque estava envolvido em todos os sectores de negócios, desde exportação de calçado até investimentos e construções, passando pela indústria naval. Ele tinha parques de estacionamento, carros para alugar, restaurantes, boutiques, heliportos, edifícios de apartamentos, fábricas e lojas de souvenirs. Possuía interesses financeiros no Norte de África, no Médio Oriente, em Roma, em Milão, em Paris e em Nova Iorque.
Casou-se com a princesa Carolina do Mónaco em 29 de Dezembro de 1983. O pai dela, Rainier III, assim como muitas outras pessoas, não confiavam muito nele. Os jornais italianos apelidaram-no mesmo de “Carolino” e pensavam que ele seria apenas um “brinquedo” nas mãos da princesa. Contudo, Stefano surpreendeu tudo e todos ao tornar-se um homem poderoso no principado de Mónaco, em pouquíssimo tempo. Em sete anos, ele emergiu como a sombra de Rainier e representou uma surpresa para o próprio sogro, devido à sua arte para os negócios e à sua prudência. O casal teve três filhos: Andrea (1984), Charlotte (1986) e Pierre (1987).
Casiraghi morreu num acidente, durante uma prova de motonáutica, ao largo de Saint-Jean-Cap-Ferrat (Alpes Marítimos, França), defendendo o título de campeão. Ondas grandes e espontâneas viraram o seu barco, o “Pinot di Pinot”, que não tinha um tecto completo. Especialistas que estudaram o desastre disseram que Stefano teria sobrevivido, caso o barco possuísse um tecto completo. Apenas algumas semanas antes, ele escapara à morte quando o barco onde seguia explodiu fora da costa de Guernsey e, desde logo, começara a planear retirar-se das corridas após defender o seu título. Muitos acreditaram que a Máfia estivesse envolvida no acidente, mas não houve evidências que sustentassem tal ideia.

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