domingo, 30 de junho de 2019

30 DE JUNHO - SUSAN HAYWARD


EFEMÉRIDE - Susan Hayward, actriz norte-americana, de seu verdadeiro nome Edythe Marrenner, nasceu em Nova Iorque no dia 30 de Junho de 1917. Morreu em Hollywood, em 14 de Março de 1975. Oriunda de um meio operário do bairro de Brooklyn, em Nova Iorque, os pais tinham origem irlandesa e sueca.  Passou uma infância pobre, juntamente com dois irmãos.
Depois de terminar o colégio, teve pequenos empregos. Enveredou depois, com sucesso, por uma carreira de modelo, que a fez apareceu nas páginas de várias revistas femininas.  Foi descoberta pelo produtor de cinema David O. Selznick e foi aprovada num teste cinematográfico.
Assinou o seu primeiro contrato com a Warner Bros., que lhe deu o nome artístico de ‘Susan Hayward’.  Uma passagem rápida, em que fez apenas figurações e pequenos papéis.
Passou para a Paramount Pictures. Interpretou “Beau Geste”, um filme de aventuras na legião estrangeira, contracenando com Gary Cooper e Ray Milland. Achando-se subaproveitada, não renovou o contrato e assinou um novo com o produtor independente Walter Wanger (1946).
Trabalhou então para grandes realizadores e contracena com actores de renome. Alguns filmes de sucesso foram: “As Neves do Kilimanjaro”, “Demetrius e os Gladiadores”, “Duelo de Paixões”, “Meu Coração Canta”, “David e Betsabá”, “Casei-Me Com Uma Bruxa”, “Eu Chorarei Amanhã” e “Desespero”, que lhe deu a sua primeira nomeação os Oscars.
Em 1953, recebeu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Cannes, pelo seu trabalho em “Eu Chorarei Amanhã”.
Em 1958, ganhou o Oscar de Melhor Actriz, pela sua interpretação na película “Quero Viver”, onde fazia o papel de uma empregada de mesa acusada de homicídio e executada numa câmara de gás.
Foi casada duas vezes, tendo tido dois filhos do primeiro casamento. O seu segundo marido faleceu em 1966.
Susan Hayward faleceu, aos 57 anos, vítima de um tumor no cérebro. Encontra-se sepultada no Our Lady of Perpetual Help Cemetery, Carrollton, Geórgia, nos Estados-Unido. Tem uma estrela no Hollywood Walk of Fame.

sábado, 29 de junho de 2019

29 DE JUNHO - IAN PAICE


EFEMÉRIDE - Ian Anderson Paice, baterista de rock britânico, famoso pela sua participação na banda hard rock Deep Purple, nasceu em Nottingham no dia 29 de Junho de 1948. É autodidacta e canhoto.
O seu primeiro contacto com a música foi tocar violino. Aos 15 anos, escolheu a bateria como instrumento. Começou a sua carreira tocando na banda Dance do seu pai, no começo dos anos 1960. Depois, aderiu a um projecto musical chamado Georgie & the Rave-Ons, até fundar o Deep Purple em 1968. Antes de chegar à sua formação actual, a banda passou por algumas mudanças, sendo Paice o último membro da formação original, permanecendo activo até hoje.
Durante um período de inactividade do grupo Deep Purple (1977/1980), gravou - ao lado de Doug Yule - o álbum “Velvet Underground Squeeze”. Colaborou, em 1990, no álbum “Run Devil Run” de Paul McCartney.
Paice é conhecido por usar um estilo de batida bem Funk Fusion e tem influenciado muitos bateristas. Ele mistura admiravelmente jazz e rock ‘n’ roll. Numa lista da revista “Rolling Stone”, Paice ficou na posição 21 dos 100 Maiores Bateristas de Todos os Tempos. Numa lista similar feita pela revista “Roadie Crew”, em 2015, ele aparece na 9ª posição.
Em Junho de 2016, teve um AVC, que obrigou os Deep Purple a anular dois concertos que se iam realizar na Suécia. Ele declarou, depois, que não tinha ficado com nenhuma sequela grave ou permanente, prevendo o regresso à actividade no mês seguinte. Reapareceram, com efeito, em Gotemburgo, no dia 1 de Julho de 2016. 
Ian Paice é casado e tem três filhos, vivendo no Reino-Unido.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

28 DE JUNHO - PAT MORITA



EFEMÉRIDE - Noriyuki “PatMorita, actor americano de origem japonesa, nasceu em Isleton no dia 28 de Junho de 1932. Morreu em Las Vegas, em 24 de Novembro de 2005. Ficou conhecido sobretudo pelos papéis de Arnold, na série de TV “Happy Days”, e de mestre Miyagi, no filme “Karate Kid”, pelo qual foi nomeado para o Oscar de Melhor Actor coadjuvante, em 1984.
Filho de imigrantes japoneses, o pai era um empresário, dono de uma loja de presentes em Chinatown. Morita desenvolveu uma tuberculose espinhal aos dois anos e passou a maior parte dos nove anos seguintes em hospitais do norte da Califórnia. Durante longos períodos, teve o corpo inteiro envolto por ligaduras e foi-lhe dito que nunca viria a andar. Frequentemente sozinho e isolado, o jovem Morita fazia fantoches com meias, para se divertir. Actuou nas ruas algumas vezes, ganhando algum dinheiro extra.
Depois de um cirurgião ligar quatro vértebras na sua coluna, Noriyuki aprendeu finalmente a andar, aos 11 anos. Nessa época, a sua família, de origem japonesa, foi enviada para um campo de concentração, para ficarem detidos durante a II Guerra Mundial. Ele foi transportado do hospital directamente para o campo do rio Gila, no Arizona, para se juntar à família.
Durante algum tempo, após a guerra, a família geriu o Ariake Chop Suey, um restaurante em Sacramento. Ele entretinha os clientes com piadas e servia de mestre de cerimónias em jantares festivos.
Formou-se na Armijo High School em Fairfield, voltando depois para a área de Sacramento, onde arranjou um emprego na Aerojet-General, uma companhia aeroespacial que desenhava e fabricava motores para foguetões.
Só depois de subir na empresa, até ao lugar de chefe do departamento de operações computacionais, é que Morita, decidiu que estava a seguir um caminho errado. Demitiu-se e tornou-se comediante stand-up. Foi membro de uma trupe de comédia de improviso, The Groundlings.
O seu primeiro papel no cinema foi o de um capanga estereotipado, em “Thoroughly Modern Millie” (1967). Também actuou como vice-almirante, no filme “Midway”, em 1976. Depois, fez o papel de um capitão do exército sul-coreano, na série “M*A*S*H”. 
Desempenhou um papel de relevo na série “Happy Days” (1975/1976).  Em 1977, estrelou a série “Blansky's Beauties”, como Arnold. Pat Morita regressou à “Happy Days”, na temporada 1982/1983. Apareceu num episódio de “The Odd Couple” e teve também um papel na série da NBC,Sanford and Son”, em meados de 1970, como chefe de cozinha japonês.
Morita ganhou fama mundial, protagonizando um sábio professor de karaté, em “The Karate Kid”. Foi indicado igualmente para o Golden Globe de Melhor Actor coadjuvante.
Morita actuou no filme para TV “Amos” (pelo qual foi indicado para o Golden Globe Award e o Emmy Award), contracenando com Kirk Douglas. Escreveu e estrelou um filme sobre a II Guerra Mundial, “Captive Hearts” (1987). Actuou também, em 1999, na película “Inferno”, ao lado de Jean Claude Van Damme.
Em 1998, ele foi a voz do imperador da China, numa animação da Disney. Um dos seus últimos papéis no cinema foi no filme independente “Only the Brave” (2005), sobre o 442º Regimento de Infantaria dos EUA, onde interpretou o pai principal.
Morita, que foi casado três vezes, morreu de causas naturais, na sua casa em Las Vegas, aos 73 anos. Ao longo da sua carreira, interpretou uma centena de filmes.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

27 DE JUNHO - JOSEPH JACKSON


EFEMÉRIDE - Joseph Walter Jackson, pugilista amador, operário, músico e agente-director artístico norte-americano, mais conhecido por ser pai do cantor, compositor e dançarino Michael Jackson, morreu em Las Vegas no dia 27 de Junho de 2018.  Nascera em Fountain Hill, em 26 de Julho de 1928. Foi o grande responsável pela revelação do cantor. Era também conhecido como “o velho Joe Jackson”.
Era o mais velho de 4 irmãos. Os pais separaram-se, quando ele tinha apenas doze anos. Joseph mudou-se com o pai para a cidade de Oakland, onde viveu até aos 18 anos, mudando-se, então, para East Chicago, para viver com a mãe.
Em Indiana, conheceu a sua futura esposa, Katherine Scruse, com quem viria a ter dez filhos. Casaram-se em Novembro de 1949. (Separaram-se oficialmente em 1994, depois de diversos adultérios de Joseph e de alguns filhos extraconjugais). Fixaram-se em Gary (Indiana), onde Joseph trabalhou como operador de guindastes, na United States Steel. Em meados da década de 1950, iniciou uma carreira musical, em parceria com o seu irmão Luther, tocando guitarra numa banda chamada The Falcons. O grupo acabou por se desfazer e Joseph voltou a trabalhar na U. S. Steel.
Em 1964, Joseph descobriu que os seus filhos mais velhos, Jackie, Tito e Jermaine tinham talento musical. Para comprovar a sua descoberta, Joseph pediu que Tito tocasse para ele, enquanto Jackie e Jermaine cantavam. Considerando que eles tinham muito talento, Joe desenvolveu um grupo, antecessor dos Jackson Five, com a participação de dois jovens da vizinhança. Depois, permitiu que Michael e Marlon entrassem no grupo.
Com pouco tempo de duração, os Jackson Five alcançaram um certo êxito, sob a liderança de Joseph. Em 1967, os irmãos Jackson tornaram-se cantores profissionais e começaram, em 1968, as suas performances e shows na Motown Records. Pouco tempo depois, já se tinham tornado num grande sucesso. Entretanto, corriam boatos de que Joseph explorava os seus filhos.
Uma outra imagem de Joseph tornou-se amplamente criticada, depois da década de 1980, quando a imprensa reportou que ele maltratava os seus filhos, principalmente Michael. Quando ia com a família, ordenava e obrigava que todos os filhos o chamassem simplesmente por Joseph.
Michael Jackson confessou que, quando era criança, fora moral e fisicamente molestado pelo pai, que o obrigava a contínuos ensaios, dava-lhe chicotadas, pancada, além de lhe dirigir inúmeros impropérios. Contudo, Michael também admitiu que a disciplina rígida imposta pelo seu pai fora importante para alavancar a sua carreira.
Joseph foi ainda acusado de entrar no quarto dos filhos, mascarado, informando ser um sequestrador, para os ensinar a fechar as janelas antes de dormir. Michael Jackson disse ter tido vários pesadelos com o pai, por causa do ocorrido.
Michael afirmou, durante o documentário “Living with Michael Jackson”, que sentia vontade de vomitar quando se lembrava do pai.
Joe Jackson morreu aos 89 anos, após uma longa batalha contra um cancro no pâncreas. Tivera, entretanto, dois AVC e várias hospitalizações.

quarta-feira, 26 de junho de 2019

26 DE JUNHO - ALFRED DöBLIN


EFEMÉRIDE - Bruno Alfred Döblin, médico e escritor alemão ligado ao Expressionismo e influenciado pelo Futurismo, morreu em Emmendingen no dia 26 de Junho de 1957. Nascera em Estetino, em 10 de Agosto de 1878. Adquiriu a nacionalidade francesa em 1936.
Nasceu em Estetino (então Stettin, Prússia, hoje Szczesin, Polónia) no seio de uma família de comerciantes de origem judaica. Formado em Medicina, Alfred Döblin trabalhou como neurologista entre 1905 e 1930, tendo servido, como médico, na frente alsaciana durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1912, casara-se com Erna Reiss, de quem teve quatro filhos.
No mesmo período, começou a dedicar-se (e a salientar-se) como escritor e intelectual, na cena cultural de Berlim. A reacção de Döblin ao programa artístico futurista apareceu em 1913, sob a forma de um manifesto intitulado “Aos romancistas e seus críticos. Programa Berlinense”, em que reconhece a necessidade de uma actualização das formas de expressão artística, inclusive a literatura, condenando, porém, elementos do manifesto futurista, como o repúdio pela tradição estética, a incitação à guerra e a doutrinação intelectual.
Em 1916, recebe o Prémio Theodor Fontane de Literatura, juntamente com a quantia de 600 marcos alemães, pela obra “Die drei Sprünge des Wang-lun”.
Em 1920, passou a integrar a Associação de Escritores Alemães, tornando-se presidente da mesma em 1924. Nesse período, ele circulou por diversos grupos artísticos, como o movimento em torno de Herwarth Walden e a sua revista “Der Sturm” (“A Tempestade”).  Como outros escritores da época, utilizava também a rádio para difusão dos seus trabalhos.
Em 1929, obteve sucesso mundial com o romance “Berlin Alexanderplatz”, escrito durante a guerra. Fugindo ao nacional-socialismo e ao clima de perseguição enfrentado pelos judeus, Döblin, a esposa e os filhos emigraram, primeiro para França, em 1933, e em seguida para os EUA (via Espanha e Portugal) em 1940, para escapar à invasão nazi. Em 1941, Döblin converteu-se à religião católica, num acto revestido de alguma polémica entre a comunidade intelectual judaica exilada nos EUA.
Em Outubro de 1945, Alfred Döblin foi um dos primeiros a regressar do exílio e a envolver-se activamente no “saneamento” e renascimento da actividade cultural alemã do pós-guerra. Em 1949, foi um dos co-fundadores da Academia de Ciências e Literatura Alemã em Mogúncia (Mainz). Algo desapontado com a evolução política na Alemanha do pós-guerra, Döblin regressou a França em 1953.
Morreu em 1957, devido ao agravamento da doença de Parkinson, de que padecia desde 1953. A sua mulher viria a suicidou-se, em Paris, três meses depois.

terça-feira, 25 de junho de 2019

25 DE JUNHO - RICARDO SALGADO


EFEMÉRIDE - Ricardo do Espírito Santo Silva Salgado, economista e banqueiro português, nasceu em Cascais no dia 25 de Junho de 1944. Foi presidente do Banco Espírito Santo e era, em 24 de Julho de 2014, o banqueiro há mais tempo no activo em Portugal. Era conhecido geralmente como “O Dono Disto Tudo”.
Ricardo Salgado passou os primeiros anos da sua vida em Lisboa, vivendo na Lapa. Fez todo o seu percurso escolar em escolas públicas, frequentando uma primária na Lapa e, mais tarde, o Liceu Pedro Nunes. Em 1969, licenciou-se em Economia no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa.
Cumpriu o serviço militar na Marinha Portuguesa, onde fez o Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval, antes de se juntar ao Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa, em 1972. Neste mesmo ano, no Banco Espírito Santo & Comercial de Lisboa, assumiu a direcção do gabinete de estudos económicos e posteriormente a direcção de crédito, onde ficou até 1975, altura em que o banco foi nacionalizado.
Foi para o exterior, onde participou na reconstrução do Grupo Espírito Santo, primeiro a partir do Brasil (1976/1982) e depois na Suíça (1982/1991), de onde regressou para investir em Portugal. Começou pela criação do Banco Internacional de Crédito em 1986, quando a Constituição da República Portuguesa ainda não permitia reprivatizações. Mais tarde, este banco foi absorvido pelo Banco Espírito Santo.
Em 1991, após a reprivatização, Ricardo Salgado assumiu a presidência executiva do Banco Espírito Santo e deu início a um percurso que conduziu a um aumento de quota de mercado de 8% para 20% e à internacionalização do BES. Em 2002, foi nomeado para o Supervisory Board da Euronext NV (Amesterdão) e, em 2006, participou na fusão da Euronext com o New York Stock Exchange, tendo feito parte do seu Conselho como membro ‘não executivo’ até 2011. Foi administrador ‘não executivo’ do Banco Bradesco (Brasil) de 2003 a 2012.
Foi presidente da comissão executiva e vice-presidente do Conselho de Administração do Banco Espírito Santo. Foi ainda membro do conselho superior do Grupo Espírito Santo. Acumulou estas funções com as de presidente do Conselho de Administração do Espírito Santo Financial Group sedeado no Luxemburgo e do Banco Espírito Santo de Investimento. Foi ainda administrador do Espírito Santo Bank of Florida (EUA), da E.S. International Holding (Luxemburgo), da Espírito Santo Resources (Bahamas), do Banque Privée Espírito Santo (Suiça) e do Banque Espírito Santo et de la Vénétie (França). Foi mentor da internacionalização do BES, apostando no triângulo estratégico África/Brasil/Espanha. A área internacional pesava metade dos lucros do banco. Em 2012, o banco liderado por Ricardo Salgado foi o único dos três maiores bancos privados portugueses a aumentar capital, recorrendo apenas aos accionistas e ao mercado de capitais, sem recorrer ao dinheiro dos contribuintes. Em Janeiro de 2013, o BES foi o único banco português a gerir a operação que marca o regresso de Portugal aos mercados desde que o país foi alvo de intervenção da troika.
Em Junho de 2014, o banco liderado por Salgado levou a cabo uma operação de aumento de capital, considerada pelo banqueiro como a de maior sucesso desde a privatização em 1992. O aumento de capital do BES foi totalmente subscrito, tendo a procura superado 178% da oferta disponível.
No entanto, no mês seguinte, Salgado foi afastado da liderança do Banco e substituído por Vítor Bento, devido à revelação de prejuízos e irregularidades de contas, mais tarde confirmados como consequências de uma «gestão ruinosa» praticada por Salgado.
Fora nomeado Economista do Ano, pela Associação Portuguesa de Economistas (1992) e Personalidade do Ano, pela Câmara Portuguesa de Comércio do Brasil (2001).
Recebeu as seguintes condecorações: cavaleiro da Ordem Nacional do Mérito de França (1994); grande-oficial da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil (1998); Medalha de Mérito Empresarial da Câmara Municipal de Cascais (1999); cavaleiro da Ordem Nacional da Legião de Honra de França (2005); e Grã-Cruz da Ordem do Mérito da República da Hungria (2012).
Em Dezembro de 2014, Salgado foi considerado o Pior Presidente Executivo de 2014 pela BBC. Esta escolha foi baseada no facto de Salgado ser o principal agente na queda do segundo maior banco português.
Em Julho de 2013 fora-lhe atribuído o doutoramento Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa, tendo sido distinguido por serviços prestados à Economia, à Cultura, à Ciência e à Universidade.
Ricardo Salgado é membro do Instituto Internacional de Estudos Bancários desde 2003 e seu presidente entre Outubro de 2005 e Dezembro de 2006.
Mais recentemente, veio à tona de água o reverso da medalha…
- Operação Monte Branco: Em Julho de 2014, no Estoril, Salgado foi detido em sua casa, por alegado envolvimento nesta Operação, «que investiga a maior rede de branqueamento de capitais alguma vez detectada em Portugal». Depois de prestar declarações no Tribunal Central de Instrução Criminal, foi posteriormente libertado e sujeito à prestação de uma caução de três milhões de euros. Segundo a Procuradoria-Geral da República, Salgado estava indiciado por crimes de burla, abuso de confiança, falsificação e branqueamento de capitais. De acordo com o que foi defendido pelo procurador do Ministério Público, após o interrogatório, o banqueiro ficou ainda proibido de se ausentar do território nacional e de efectuar contactos com determinadas pessoas que estão relacionadas com o processo.
Por pressão do Banco de Portugal, Ricardo Salgado pedira demissão - em Junho de 2014 - do cargo de presidente da Comissão Executiva do BES, tendo sido substituído por Vítor Bento. Em Julho de 2014, demitiu-se da presidência do BESI.
Ricardo Salgado transferiu para a mulher e os três filhos quase 2 mil milhões de euros, cinco meses antes do colapso do BES.
Em Maio de 2015, enfrentou acusações de prática de actos dolosos de gestão ruinosa. Salgado ordenara que a contabilidade do Espírito Santo Internacional fosse alterada, o que mostra que ele terá mentido na comissão parlamentar de inquérito. Estas práticas terão lesado depositantes, investidores e demais credores, segundo as acusações do Banco de Portugal.
Em Julho de 2015, foi constituído arguido, indiciado por crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, falsificação informática, branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no sector privado, no âmbito das investigações relacionadas com o denominado “Universo Espírito Santo”. O juiz decidiu aplicar ao arguido a medida de coacção de prisão domiciliária com vigilância policial (24 horas).
Em Junho de 2016, o Banco de Portugal condenou Salgado a uma multa de quatro milhões de euros e à proibição de exercer qualquer actividade na banca durante 10 anos. Foi condenado por cinco actos ilícitos referentes à venda de dívida da Espírito Santo International a clientes do antigo BES e da ESAF.
- Operação Marquês: Ricardo Salgado é igualmente arguido neste processo. Está acusado de corrupção activa de titular de cargo político, branqueamento de capitais, abuso de confiança, falsificação de documento e fraude fiscal qualificada. No Ministério Público, confrontado com milhões transferidos do GES, terá negado que alguma vez tenha pago luvas ao antigo primeiro-ministro.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

24 DE JUNHO - ADRIENNE SHELLY


EFEMÉRIDE - Adrienne Shelly, de seu verdadeiro nome Adrienne Levine, actriz e realizadora norte-americana, nasceu em Nova Iorque no dia 24 de Junho de 1966. Morreu na mesma cidade em 1 de Novembro de 2006.
Celebrizou-se com os filmes “The Unbelievable Truth” (1989) e “Trust” (1990). O seu último trabalho, já como realizadora, foi “Waitress”, lançado postumamente em 2007.
Foi actriz fetiche do realizador Hal Hartley. Adepta dos preceitos e valores do cinema independente, ela preferiu - nos últimos anos de vida - passar para o outro lado da objectiva, actuando como actriz somente em algumas séries de televisão e documentários.
Foi encontrada morta em casa, em West Village, Manhattan, pelo seu marido, Andy Ostroy. A filha do casal tinha dois anos, na época.
Adrienne Shelly foi assassinada por Diego Pillco, um trabalhador equatoriano da construção civil, indocumentado, de 19 anos, que mais tarde disse que a matou porque temia que Shelly o denunciasse e o deportassem.
«Foi uma sensação estranha. O assassino será um homem livre aos 44 anos, enquanto a vida vibrante da minha esposa foi apagada aos 40», afirmou o marido. O operário estava a fazer a renovação de um apartamento por cima do andar em que morava o casal. Houve uma discussão entre ambos, devido aos fortes ruídos e, depois, foi a agressão, o assassinato e a encenação de suicídio por enforcamento…

domingo, 23 de junho de 2019

23 DE JUNHO - FRANCES McDORMAND


EFEMÉRIDE - Frances Louise McDormand, actriz norte-americana, nasceu em Gibson City (Illinois) no dia 23 de Junho de 1957.
Filha adoptiva de um pastor protestante e de uma enfermeira aposentada (ambos canadianos), McDormand nasceu com o nome Cynthia Ann Smith, transcrito para Frances Louise McDormand, após ser adoptada. É provável que a sua mãe biológica tenha sido uma das paroquianas da igreja Discípulos de Cristo, onde o pai pregava.    A sua irmã Dorothy foi ordenada ministra nessa igreja, assim como os seus outros dois irmãos, todos adoptivos (o casal McDormand não teve filhos naturais).
O pai especializara-se em recuperar congregações da sua igreja, que tinham falido. Por isso, a família viajava frequentemente. Frances viveu em várias pequenas cidades, no Illinois, Georgia, Kentucky e Tennessee, antes de se fixarem na área urbana de Pittsburgh (Pensilvânia), onde se formou no 2º grau, em 1975, diplomando-se em Teatro (1979).
Em 1982, obteve o mestrado em Belas-Artes, na Escola de Teatro da Universidade de Yale. O seu primeiro trabalho como actriz profissional foi em Trinidad-Tobago, numa peça escrita por Derek Walcott e financiada pela Fundação MacArthur.
Conquistou dois Oscars de Melhor Actriz: em 1997, pelo seu papel em “Fargo”, e em 2018 em “Three Billboards…”.
É casada, desde 1984, com o realizador Joel Coen, que fez dela a sua actriz talismã. Quando não interpreta filmes do seu marido, tem sido dirigida por outros realizadores, tanto em papéis principais como em papéis secundários.
Também actua com regularidade em peças teatrais, como “Um eléctrico chamado Desejo”, de Tennessee Williams, em 2004.
Em 2008, voltou a ser dirigida por Joel Coen, na comédia “Burn After Reading”, onde contracena com George Clooney, John Malkovich e Brad Pitt.
Foi presidente do júri em Berlim (2004) e no Festival de San-Sebastian em 2011.

sábado, 22 de junho de 2019

22 DE JUNHO - TONICO PEREIRA


EFEMÉRIDE - Tonico Pereira, de seu verdadeiro nome António Carlos de Sousa Pereira, actor brasileiro, nasceu em Campos dos Goytacazes no dia 22 de Junho de 1948.
Conhecido pelos seus papéis cómicos, ele é consagrado tanto na televisão como no cinema, onde já actuou em mais de 50 produções. As suas primeiras experiências como actor foram no Grupo Laboratório de Teatro, da Universidade Federal Fluminense, em 1968.
A sua imagem popularizou-se com o personagem Zé Carneiro, na série de televisão infantil “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, entre 1977 e 1985.
Tonico também interpretou papéis cómicos no teatro, como Harpagão de Molière e Bobo Feste de Shakespeare. Nos palcos, Tonico Pereira transitava da comicidade popular até à tragicidade patética.
Recebeu o Troféu Candango de Melhor Actor, pelo seu papel em “O Cego que Gritava Luz”.
De 2001 a 2014, integrou o elenco de “A Grande Família”, da Rede Globo, vivendo o hilariante Mendonça. Era para ter uma só participação e ficou 13 anos. Em 2015, viveu o mesmo personagem na série substituta “Chapa Quente”, numa participação.
Em 2010, foi lançada a sua biografia “Tonico Pereira - Um Actor Improvável”, na Colecção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Foi também homenageado com a Medalha Pedro Ernesto, a mais importante comenda da cidade do Rio de Janeiro.
Mesmo com uma sólida carreira como actor, Tonico Pereira tem sido também comerciante. Foi dono de um bar, de uma peixaria e proprietário de uma agência de carros. Actualmente, é dono de uma pequena loja no bairro do Botafogo, que estampa camisetas e canecas com frases de sua autoria.
Fez um dos personagens mais importantes da novela “A Regra do Jogo” (2015) e também em “A Força do Querer” (2017).
Tonico é casado com a bailarina e coreógrafa Marina Salomão, com quem tem dois filhos gémeos. Também é pai de dias filhas do seu primeiro casamento com Eliane Pereira.

sexta-feira, 21 de junho de 2019

21 DE JUNHO - HENRIQUETA MARTINS CATHARINO


EFEMÉRIDE - Henriqueta Martins Catharino, educadora, pioneira do feminismo e responsável directa pela formação de um dos mais ricos acervos memoriais de vestuário, cultura popular e histórico da Bahia, um dos mais importantes do Brasil, morreu em Salvador no dia 21 de Junho de 1969. Nascera em Feira de Santana, em 12 de Dezembro de 1886.
Era um dos catorze filhos do rico comerciante e industrial Bernardo Catharino, português que emigrou ainda jovem para o Brasil, e de Úrsula Costa Martins Catharino, de família tradicional da cidade do interior baiano. O pai tornou-se, na primeira metade do século XX, o maior empresário do estado da Bahia. A mãe, por sua vez, possuía uma forte formação católica.
A grande riqueza familiar permitiu que Henriqueta tivesse, em casa, a melhor educação disponível naquela época, quando poucas eram as mulheres que estudavam. Era a professora Cândia Campos de Carvalho, que lhe orientava os estudos, que incluíam ainda aulas de alemão, inglês e francês, o idioma mais falado na altura. Tinha, também, aulas de piano e de artes. Fez muitas viagens à Europa, sobretudo a Paris, então o principal centro cultural do mundo.
Juntamente com a médica Francisca Praguer Fróes (1872/1931), uma das primeiras feministas do Brasil, o seu nome figura entre as mulheres que primeiro se preocuparam com o papel activo da Mulher na sociedade. Lutava pela ampliação dos direitos civis, tais como o direito ao voto e a inserção de forma efectiva no mercado do trabalho.
O seu espírito de iniciativa manifestou-se, ainda antes de completar trinta anos, com a fundação, na capital baiana. de uma biblioteca, chamada “Propaganda da Boa Leitura”, na primeira década do século XX. Organizava também as chamadas “tardes de costura”, actividade filantrópica onde diversas senhoras cosiam para as pessoas pobres.
Em 1923, criou a Casa São Vicente, junto de monsenhor Flaviano Osório Pimentel, que viria a ser o núcleo da Fundação Instituto Feminino da Bahia. Ali passou a receber pessoas necessitadas, em diversos locais que adquiriu com a sua parte na herança materna (1924) e depois com a antecipação da herança paterna. Diversas colecções foram sendo doadas e outros objectos eram adquiridos, de forma que, além de cursos, passou a abrigar dois museus e a biblioteca.
Para além das actividades que se perpetuaram na preservação memorial, labutou no auxílio a pessoas do povo, mesmo aquelas que eram vítimas de preconceitos, fundando uma das primeiras entidades de defesa racial, a Frente Negra, em São Paulo e na Bahia (1932).
Henriqueta Catharino é nome de colégio e rua, na capital baiana. A maior e mais importante homenagem foi dar o seu nome, na década de 1980, ao museu que idealizou e ajudou a fundar, hoje um dos mais importantes espaços memoriais deste estado brasileiro. Há também um edifício, situado no centro da cidade, que tem o nome de Henriqueta Catharino. Esta atribuição deveu-se ao facto de, nesse local, funcionar o antigo Instituto Feminino da Bahia, do qual ela foi proprietária.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

20 DE JUNHO - GAIL PATRICK


EFEMÉRIDE - Gail Patrick, de seu verdadeiro nome Margaret LaVelle Fitzpatrick, actriz e produtora norte-americana, nasceu em Birmingham (Alabama) no dia 20 de Junho de 1911. Morreu em Los Angeles, em 6 de Julho de 1980.
Actuou em 62 filmes americanos, entre 1932 e 1948, fazendo quase sempre o papel de dama da alta-sociedade, fria e calculista.
Os seus principais papéis foram em: “My Man Godfrey”, onde interpretou a irmã mais velha e traiçoeira de Carole Lombard; “Stage Door”, em que era uma cínica aspirante a actriz, rival de Ginger Rogers; e “My Favorite Wife”, onde era a exigente segunda esposa de Cary Grant.
Em 1948, deixou de actuar e, em 1957, junto com o seu marido na época, foi produtora executiva da série televisiva “Perry Mason” (1957/1966), tendo também actuado no primeiro episódio.
Foi casada três vezes e teve dois filhos. Faleceu aos 69 anos, vítima de leucemia.

quarta-feira, 19 de junho de 2019

19 DE JUNHO - RAHUL GANDHI


EFEMÉRIDE - Rahul Gandhi, político e actual presidente do Partido do Congresso Nacional Indiano, nasceu em Nova Deli no dia 19 de Junho de 1970. Apesar do apelido “Gandhi”, não tem parentesco com o maior herói nacional indiano, Mahatma Gandhi.
Foi chefe do Congresso da Juventude e da União Nacional dos Estudantes e vice-presidente do Partido do Congresso Nacional Indiano. Em 2014, foi o principal candidato ao cargo de primeiro-ministro nas eleições gerais, mas perdeu para Narendra Modi, da oposição.
Rahul Gandhi pertence a uma família com uma longa tradição política, sendo bisneto do ex-primeiro-ministro e líder da independência do país Jawaharlal Nehru, neto da ex-primeira-ministra Indira Gandhi e filho do ex-primeiro-ministro Rajiv Gandhi e da ex-presidente do Congresso Nacional Indiano, Sonia Gandhi. Ele é, agora, o herdeiro da família Nehru-Gandhi.
Frequentou a Escola St. Columba’s em Dehli e, em seguida, a The Doon School em Dehradun. Depois do assassinato de Indira Gandhi, o pai - Rajiv Gandhi - tornou-se primeiro-ministro (1984) e ele e a irmã passaram a ser educados em casa.
Rahul Gandhi estudou ainda na Universidade Harvard, mas depois do assassinato do seu pai em 1991, passou para o Rollins College por questões de segurança.  Na vida corrente, utilizava mesmo um pseudónimo - Raul Vinci. Obteve o bacharelato de Artes em 1994 e, depois, um mestrado em Filosofia no Trinity College de Cambridge (1995). Trabalhou numa firma londrina de consultadoria em gestão, passando em seguida para Bombaim (2002). Iniciou a sua carreira política em 2004.

terça-feira, 18 de junho de 2019

18 DE JUNHO - VITALI ZHOLOBOV


EFEMÉRIDE - Vitali Mikhailovich Zholobov, cosmonauta soviético, nasceu em Zburjevka, na Ucrânia, em 18 de Junho de 1937.  Fez parte da missão Soyuz 21, como engenheiro de voo.
Zholobov juntou-se ao programa espacial através da Força Aérea Soviética, onde era coronel-engenheiro.
A sua viagem ao espaço envolveu uma estadia de dois meses na estação espacial Salyut 5, durante a qual Zholobov desenvolveu um terrível mal-estar espacial. Devido a isto, a missão teve de ser reduzida. Esteve em órbita de 6 de Junho de 1976 até 24 de Agosto de 1976.
Apesar de nunca ter voltado ao espaço, permaneceu no programa espacial até 1981, ano em que saiu para se tornar director de um grupo de pesquisas geológicas.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

17 DE JUNHO - MANUEL POUSÃO


EFEMÉRIDE - Manuel Pousão, compositor português do barroco, morreu em Lisboa no dia 17 de Junho de 1683. Nascera no Alandroal, entre 1594 e 1598.
Manuel Pousão era filho de Lourenço Rodrigues e Brites Fernandes. Aprendeu música com o mestre António Pinheiro e entrou para a Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho em 16 de Maio de 1617, baseado no Convento da Graça em Lisboa. Nesta comunidade, desempenhou os cargos de regente do coro, mestre dos noviços e visitador da província.
Compôs vilancicos, motetes e uma missa de defuntos, que se encontravam em manuscritos na Biblioteca Real de Música e foram destruídos quando do sismo de Lisboa em 1755. Salvou-se parcialmente um vilancico a Santa Clara, que está na Biblioteca Pública de Évora, e um livro de cantochão que publicou em 1675, com o título “Liber Passionum et eorum quae a Dominica Palmarum, usque ad Sabbatum Sanctum cantari solent” (Lyon, França, Tipografia de Pierre Guillimin). Ver capa, no início deste texto.

domingo, 16 de junho de 2019

16 DE JUNHO - SILVIO PETTIROSSI


EFEMÉRIDE - Silvio Pettirossi, aviador paraguaio, pioneiro da aviação no seu país, nasceu em Assunção no dia 16 de Junho de 1887. Morreu em Buenos Aires, em 17 de Outubro de 1916.
O pai era imigrante italiano. Até aos sete anos, viveu na casa paterna. Foi então para Spoleto, em Itália, para ingressar no Liceu Militar, onde já se encontrava um seu irmão.
Viveu em Itália até aos 15 anos, regressando ao Paraguai, para se incorporar no exército com o posto de tenente.
Casou com Sara Usher, aos 27 anos. No estrangeiro, exigia sempre que - ao ser apresentado - fosse mencionasse o nome do seu país de origem.
Em Maio de 1914, realizou várias apresentações no Rio de Janeiro. A sua última apresentação, em 13 de Maio, reuniu uma multidão de 200 000 pessoas, entre as quais se encontrava o presidente da República, marechal Hermes da Fonseca, e membros do parlamento.
Silvio Pettirossi morreu durante um voo em Buenos Aires, ao verificar as reparações realizadas no seu avião. Tinha apenas 29 anos.
Actualmente, o principal aeroporto paraguaio, localizado na cidade de Luque, chama-se Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em sua homenagem.

sábado, 15 de junho de 2019

15 DE JUNHO - JIM BELUSHI


EFEMÉRIDE - James “Jim” Adam Belushi, actor e cantor norte-americano, de origem albanesa, nasceu em Chicago no dia 15 de Junho de 1954. É irmão do actor John Belushi, já falecido.
Encorajado por um dos seus professores, inscreveu-se no clube de teatro do liceu. Obteve, mais tarde, o diploma de Arte Dramática na Universidade de Illinois. Começou a representar num grupo teatral de Chicago, “The Second City”. Aqui ficou de 1977 a 1980.  O realizador Garry Marshall reparou nele e convidou-o para pequenos papéis na televisão.
O seu primeiro papel de relevo foi no filme “Thief” (1981) de Michael Mann. De 1983 a 1985, escreveu e participou no “Saturday Night Live”.
Ganhou relevância no meio artístico com papéis secundários em “Sobre Ontem à Noite…” e “Salvador” (ambos de 1986), que lhe abriram a porta para novas películas.
Protagonizou filmes como “Real Men” (1987), “The Principal” (1987), “Red Heat” (1988), “K-9” (1989), “Taking Care of Business” (1990), “Mr. Destiny” (1990), “Curly Sue” (1991), “Wild Palms” (1993), “Royce” (1994) e “Retroactive” (1997).
Jim participou também na dobragem de desenhos animados, como na versão de Pinóquio, de 2002. De 2001 a 2009, protagonizou a série televisiva “According to Jim”.
Mais recentemente, teve um dos principais papéis no filme “Wonder Wheel” de Woody Allen (2018).
Jim Belushi ilustrou-se igualmente como cantor, nos Blues Brothers, usando o nome artístico ‘Zee Blues’.
Em Outubro de 2009, tornou-se cidadão de honra albanês, numa cerimónia com grande pompa e a presença do presidente da república albanesa. Reside actualmente em Los Angeles.

sexta-feira, 14 de junho de 2019

14 DE JUNHO - JOHN BARTLETT


EFEMÉRIDE - John Bartlett, escritor e editor norte-americano, nasceu em Plymouth, Massachusetts, no dia 14 de Junho de 1820. Morreu em Cambridge, em 3 de Dezembro de 1905. A sua obra mais conhecida, “Bartlett's Familiar Quotations”, tem sido continuamente revisada e republicada mais de um século após a sua morte.
Depois de completar os seus estudos, mudou-se para Cambridge, também no Massachusetts, onde trabalhou numa biblioteca privada que prestava serviços à Universidade de Harvard. Anos mais tarde, Bartlett conseguiu montar a sua própria loja de livros.
Bartlett começou a ficar conhecido pelas suas citações de pessoas famosas e, em 1855, editou, de forma particular, o seu primeiro livro de citações, o “Familiar Quotations”. A edição, com 258 páginas, continha citações de 169 autores. Um terço das citações da primeira edição tiveram como origem a “Bíblia” e obras de William Shakespeare. As outras citações eram de grandes poetas ingleses.
Após servir na Guerra Civil Americana, publicou a sua quarta edição do “Familiar Quotations”, desta vez associado a uma famosa gráfica americana, a Little, Brown and Company.
Em 1871, Bartlett foi admitido como membro da American Academy of Arts and Sciences. A sua principal obra atingiu recentemente a 17ª edição.

quinta-feira, 13 de junho de 2019

13 DE JUNHO - SAMARIS


EFEMÉRIDE - Andreas Samaris, futebolista grego que joga actualmente no SL e Benfica, nasceu em Patras no dia 13 de Junho de 1989. Foi convocado para a selecção grega nos Mundiais de 2014.
Começou a sua carreira profissional em 2006, no Panachaiki, depois de passar dez anos nas escolas de formação do PAO Vardas FC. Assinou pelo Panionos em 2010 e chegou ao Olympiacos FC em 2013, onde foi campeão e uma das figuras-chave da equipa. Actualmente é uma peça preciosa no meio-campo defensivo do Benfica.
Com dezassete anos, Samaris assinou o primeiro contrato profissional, com o Panachaiki, da terceira divisão grega. Era considerado uma das maiores promessas e tudo correu bem nas primeiras duas épocas. Porém, na altura de renovar o contrato e por não concordar com os termos do mesmo, foi colocado de parte pela equipa técnica. Acabou por rescindir por mútuo acordo, em 2009.
No início de 2010, assinou pelo Panionios, da primeira divisão, depois de uma semana de testes.
Chegou ao Benfica na época 2014/15 pela quantia de 9 milhões de euros. Samaris afirmou-se como titular absoluto do conjunto treinado por Jorge Jesus, que viria a conquistar a Liga Nos, a Taça da Liga e a Supertaça.
Com a chegada de Rui Vitoria, Samaris parecia começar a perder o lugar. As constantes lesões do sérvio Fejsa devolveram-lhe espaço, fazendo dupla no meio-campo com o jovem Renato Sanches. Marcou o seu primeiro golo pelo Benfica em Agosto de 2015, frente ao Moreirense FC, numa vitória por 3-2. Voltaria a marcar, de livre, no dia 1 de Abril de 2016, numa vitória por 5-1 frente ao SC de Braga. Acabou por ter um papel importante na equipa, que conquistou a Liga Nos e a Taca da Liga.
No entanto, a enorme preponderância de Fejsa no esquema de Rui Vitoria fez com que Samaris fosse sempre uma solução de recurso, embora continuasse a ser um favorito dos adeptos, pelo profissionalismo e empenho demonstrado (começara até a falar fluentemente português). Adicionou mais três títulos ao seu palmarés pessoal.
A mãe de Samaris fez tudo para que ele não fosse jogador de futebol. Samaris jogava desde os sete anos, fazendo toda a formação no clube onde o pai tinha jogado como guarda-redes. Durante esse tempo, a mãe não concordava que fosse esse o futuro do filho. Ele era bastante disciplinado no que tocava aos estudos, o que convenceu a mãe a deixá-lo jogar futebol.  Quando ele marcou um golo pela selecção da Grécia, dedicou-o à mãe.
O seu maior sonho a nível profissional é atingir o mesmo estatuto de Katsouranis, a sua maior referência no futebol. Ao longo da sua carreira, Samaris viveu o mesmo problema que Katsouranis, com vários treinadores a arranjarem-lhe novas posições em campo. Isso acabou por fazer dele um jogador polivalente.
Em 2012, antes de assinar pelo Olympiacos, Samaris ganhava pouco mais de mil euros mensais no Panionios. Um contrato de 20 mil euros por ano, numa altura em que a Grécia já estava mergulhada numa terrível crise financeira, acabou por ser uma excelente almofada, como o próprio jogador confirmou, embora sofresse bastante com os salários em atraso e só tenha ultrapassado dificuldades financeiras quando começou a jogar pelo campeão grego. Um ano depois, estava na selecção e assinava contrato com o Benfica.
Um centro psiquiátrico infantil na Grécia não estava a receber do governo apoio informático e ele decidiu enviar, de Lisboa, toda a tecnologia necessária para o funcionamento da instituição. Samaris colocou assim ponto final num problema que se arrastrava há quase um ano e impedia as crianças de desenvolverem as suas aptidões. O centro situa-se na cidade em que nasceu e onde ainda mora sua mãe.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

12 DE JUNHO - FERNANDO BRANT


EFEMÉRIDE - Fernando Rocha Brant, jornalista e compositor brasileiro, morreu em Belo Horizonte no dia 12 de Junho de 2015. Nascera em Caldas, no sul de Minas Gerais, em 9 de Outubro de 1946. Na década de 1960, na cidade de Belo Horizonte, participou no movimento musical Clube da Esquina e, durante a sua carreira, foi parceiro de Milton Nascimento, Lô Borges, Wagner Tiso, Márcio Borges, Nivaldo Ornelas, Toninho Horta e Paulo Braga.
Aos 5 anos, a família mudou-se para Diamantina e, aos dez, para a capital mineira Belo Horizonte. Estudou no Grupo Barão do Rio Branco, no Colégio Arnaldo e no Colégio Estadual Central, antes de completar o ensino médio no recém-criado Colégio Técnico da UFMG. Brant tornou-se um ávido leitor e cinéfilo, enquanto conhecia os seus futuros parceiros musicais Milton Nascimento e Márcio Borges.
Estudou Direito como o seu pai e trabalhou como jornalista, escrevendo para “O Cruzeiro”, “A Cigarra” e outras publicações dos “Diários Associados”. A sua entrada na área musical aconteceu em 1966, quando Milton Nascimento o convidou para colocar, pela primeira vez, letra numa sua melodia. O resultado foi “Travessia”, inspirada na obra “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa. Em 1967, “Travessia” foi gravada no álbum com o mesmo nome, de M. Nascimento, e ficou em segundo lugar no II Festival Internacional da Canção do Rio de Janeiro.
A partir daí, Brant compôs canções com vários parceiros. O principal foi Milton Nascimento, com quem fez mais de 200 canções, entre elas “Maria, Maria”, “Canção da América”, “Ponta de Areia”, “Planeta Blue”, “Promessas do Sol”, “O Vendedor de Sonhos”, “Saudade dos Aviões da Panair (Conversando no Bar)”, “Encontros e Despedidas”, “Nos Bailes da Vida” e “San Vicente”. Os temas evocavam em especial a infância do autor, com uma Bela Horizonte tranquila e com a garotada brincando nas ruas. Criou guiões e letras para ballets, peças de teatro, bandas sonoras de filmes e telenovelas. Criou, com Tavinho Moura, o musical brasileiro “Fogueira do Divino”.
Desde os anos 1980, foi presidente da União Brasileira de Compositores, actuando na defesa dos direitos autorais dos músicos. Brant voltou a trabalhar para a imprensa, sendo colunista de cultura no “Estado de Minas”, entre 2001 e 2014.
Faleceu em decorrência de complicações após uma segunda cirurgia de transplante do fígado.
No seu velório, estiveram presentes muitas personalidades da música e da política. Durante a cerimónia de despedida, o seu corpo foi coberto pela bandeira do América Futebol Clube e os amigos cantaram versos da “Travessia” («Quando você foi embora / fez-se noite em meu viver») e de “Canção da América” («Amigo é coisa pra se guardar a sete chaves / dentro do coração»).

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