terça-feira, 31 de dezembro de 2019

31 DE DEZEMBRO - JOAQUIM BASTINHAS


EFEMÉR DE - Joaquim Bastinhas, de seu verdadeiro nome Joaquim Manuel Carvalho Tenório, cavaleiro tauromáquico português, morreu em Lisboa no dia 31 de Dezembro de 2018. Nascera em Elvas, em 8 de Março de 1956.  Era filho de Sebastião Tenório, aficionado e cavaleiro amador, de quem herdou o nome artístico, Bastinhas.
Muito jovem, em 1969, apresentou-se como cavaleiro amador na Pra de Toiros do Campo Pequeno. Na década seguinte, toureou sobretudo em Espanha e tomou a sua prova de cavaleiro praticante em Setembro de 1979, na Praça de Touros de Vila Viçosa. Em 1980, actuou pela primeira vez na Praça de Touros de Las Ventas, em Madrid, onde já sobressaíram os seus pares de bandarilhas. 
Em Maio de 1983, Joaquim Bastinhas tomou a alternativa de cavaleiro tauromáquico na Praça Touros de Évora, na tradicional corrida de concurso de ganadarias, tendo como padrinho José Mestre Baptista e como testemunha João Moura, lidando um touro da ganadaria de Branco Núncio. 
No ano seguinte, 1984, confirmou o seu “doutoramento” no Campo Pequeno, desta vez tendo João Palha Ribeiro Telles como padrinho e Paulo Caetano como testemunha, lidando touros com ferro coruchense de A. José Teixeira. Segundo os dados do então Sindicato Nacional dos Toureiros Portugueses (SNTP), Joaquim Bastinhas seria o cavaleiro português com mais actuações (41) na temporada deste ano. 
É possível voltar a encontrar Bastinhas, no topo do “escalafón” de 2003 dos associados da SNTP, com um total de 55 actuações.
Para além de terras lusas e espanholas, actuou igualmente noutros países, como França, México e Venezuela. 
Em 2014 Joaquim Bastinhas foi também o líder das actuações. com um total de 54, suplantando Luís Rouxinol (52) e Sónia Matias (43). 
Em 2015, detinha vários recordes, como o de total de touradas no Campo Pequeno (115) ou de alternativas concedidas (24). 
Em Setembro de 2015, Bastinhas foi ferido com gravidade, na sequência de um atropelamento por um veículo agrícola, na sua herdade em Elvas. Interrompeu então a sua carreira, voltando às lides apenas em 21 de Julho de 2018 numa corrida realizada no Coliseu Figueirense, na Figueira da Foz. 
Faleceu em Dezembro de 2018, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, devido a uma infecção bacteriana contraída após uma operação aos intestinos. 
Em 2013, recebera a Medalha de Ouro do Concelho de Elvas.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

30 DE DEZEMBRO - HILDA MAIA VALENTIM


EFEMÉRIODE - Hilda Maia Valentim, também conhecida como Hilda Furacão, famosa prostituta brasileira, nasceu no Recife em 30 de Dezembro de 1930. Morreu em Buenos Aires no dia 29 de Dezembro de 2014.
Hilda foi a mulher em que o romancista Roberto Drummond se inspirou, para escrever o livro “Hilda Furacão”, grande sucesso de vendas, logo após a exibição de uma mini-série com o mesmo título.
Hilda migrou, muito pequena e com a família, para a capital mineira. Na juventude, tornou-se famosa, no seu meio, como a prostituta Hilda Furacão, nome este ganho pela sua reputação de mulher de pouca paciência, gerando muitas brigas entre os seus clientes e colegas. 
Frequentando a zona boémia de Belo Horizonte, mais precisamente o Hotel Maravilhoso, na rua Guaicurus, conheceu o jogador Paulo Valentim que, nessa época jogava, no Clube Atlético Mineiro, com quem se casou, no final da década de 1950. Com Paulo, morou em Buenos Aires, em São Paulo e na Cidade do México, acompanhando sempre o marido, que jogou no C. A. Boca Juniors, no São Paulo F.C. e no C. F. Atlante
Após a aposentação do marido como jogador, o casal fixou residência em Buenos Aires, pois Valentim, quando jogador do Boca, tornou-se um ídolo da torcida. 
Ficou viúva de Paulo em 1984 e, após a morte do seu filho Ulisses, a mulher que foi a ‘primeira-dama’ da zona mineira e também a ‘primeira dama’ da torcida do Boca Juniors foi morar num lar para idosos no bairro Barracas, em Buenos Aires. 
Morreu na véspera de completar 84 anos. Sofria de problemas respiratórios e renais, falecendo de «morte natural», segundo a assistente social do lar em que viveu os seus últimos dias.

domingo, 29 de dezembro de 2019

29 DE DEZEMBRO - MARY TYLER MOORE


EFEMÉRIDE - Mary Tyler Moore, actriz e produtora norte-americana, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, no dia 29 de Dezembro de 1936. Morreu em Greenwich, Connecticut, em 25 de Janeiro de 2017. 
Com a idade de 18 anos, em 1955, casou com Richard Carleton Meeker e, seis semanas depois, estava grávida do seu único filho.  Divorciaram-se em 1961. Voltou a casar-se, no ano seguinte, com Grant Tinker, dirigente da CBS (mais tarde, presidente da NBC). O casal, em 1970, fundou uma sociedade de produção televisual (MTM Enterprise), que criou e produziu a série de televisão “The Mary Tyler Moore Show”. Divorciaram-se, também, em 1981.
Mary Tyler tornou-se conhecida internacionalmente por estrelar justamente a série de televisão, com o seu nome, “The Mary Tyler Moore Show”, exibida de 1970 até 1977. Nesta série, ela era Mary Richards, uma mulher de 30 anos, solteira, que trabalhava como produtora de televisão em Minnesota, Mineápolis. 
Antes, ela já havia feito o papel de Laura Petrie, esposa de Rob Petrie, na série “The Dick Van Dyke Show” (1961/1966). 
No cinema, ficou mais conhecida com “Ordinary People” (1980), filme em que interpretou uma mãe que perdeu um dos filhos num acidente.
Na sua vida privada, era activista de várias causas civis, tais como a prevenção de diabetes e os direitos dos animais. Estava ligada ao Farm Animal Reform Movement
Em 1992, foi homenageada com uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood.
Um dos seus últimos papéis na televisão foi - em 2006 - em três episódios da série “That '70s Show” na qual interpretou Christine St. George, uma agitada apresentadora de televisão. As cenas de Moore foram gravadas no mesmo palco, onde a série “The Mary Tyler Moore Show” fora filmada nos anos 1970
Faleceu aos 80 anos, após complicações respiratórias resultantes de uma pneumonia.

sábado, 28 de dezembro de 2019

28 DE DEZEMBRO - JOHNNY OTIS


EFEMÉRIDE - Johnny Otis, de seu verdadeiro nome Ioannis Alexandres Veliotes, músico norte-americano de blues e rhythm and blues, baterista, pianista, vibrafonista, cantor, compositor, líder de banda e empresário, nasceu em Vallejo, na Califórnia, em 28 de Dezembro de 1921. Morreu em Los Angeles no dia n 17 de Janeiro de 2012. Foi um dos mais importantes personagens brancos da história do rhythm & blues, contribuindo para a sua popularidade.
Depois de tocar em orquestras de swing, fundou a sua própria banda em 1945. Com este grupo, viajou em tournée pelos Estados Unidos. como a “California Rhythm and Blues Caravan” (“Caravana do Rhythm and Blues da Califórnia”), coleccionando vários sucessos em 1952. 
Como produtor musical, descobriu vários artistas, tornando-se também um influente disc jockey em Los Angeles. Continuou a tocar, obtendo grande êxito em 1958, com “Willie and the Hand Jive”, que se tornaria a sua canção mais conhecida.
Nos anos 1960, Otis entrou para o jornalismo e depois para a política, não sendo muito bem sucedido. Continuou a tocar nos anos 1980, embora os seus inúmeros projectos paralelos o tenham mantido afastado dos palcos durante bastante tempo. 
Johnny Otis figura no Hall da Fama do Rock and Roll, desde 1994, e no Blues Hall of Fame, desde 2000.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

27 DE DEZEMBRO - CHYNA


EFEMÉRIDE - Chyna, de seu verdadeiro nome Joanie Marie Laurer, actriz, fisiculturista e lutadora de luta livre profissional norte-americana, nasceu em Rochester, Nova Iorque, em 27 de Dezembro de 1969. Morreu em Redondo Beach no dia 20 de Abril de 2016. 
Laurer cresceu no seio de uma família disfuncional. Os pais acabaram por se separar e ela decidiu passar o último ano de liceu em Espanha, no âmbito de um programa de troca entre estudantes. De regresso aos Estados Unidos, ingressou na Universidade de Tampa, onde obteve o diploma de Língua Espanhola.  
Laurer ganhou grande fama, quando da sua passagem pela World Wrestling Federation (WWF, agora WWE), durante a Attitude Era, com o nome de Chyna, tendo ganho uma vez o WWF Women’s Championship e duas vezes o Intercontinental Championship (foi a única mulher a conquistar este título). Chyna foi também uma das únicas mulheres na história da WWF a participar no Royal Rumble, em 1999. 
Fora da luta livre, Laurer apareceu duas vezes na revista “Playboy”, além de participar em inúmeros programas e filmes. Ela foi também conhecida pela sua relação tumultuosa com o colega lutador Sean Waltman, com quem fez um filme de cariz sexual, lançado comercialmente em 2004, como “1 Night in China”, que ganhou um AVN Award de título mais vendido em 2006. Estrelou mais cinco filmes, incluindo “Backdoor to China”, eleito a Mos nelhor película de sexo de celebridades de 2012. Também actuou em vários telefilmes. 
Em 20 de Abril de 2016, Laurer foi encontrada morta na sua casa em Redondo Beach, na Califórnia. Ela estava a tomar medicação para a ansiedade e falta de sono. Uma declaração oficial do seu empresário Anthony Anzaldo foi enviada para a sua conta no Twitter: «Informamos com profunda tristeza que perdemos hoje um verdadeiro ícone, um super-herói da vida real... Ela vai viver para sempre na memória dos seus milhões de fãs e de todos os que a amavam». 

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

JOHNNY OTIS - "Hand Jive"

26 DE DEZEMBRO - VINCENT SCHIAVELLI


EFEMÉRIDE - Vincent Andrew Schiavelli, actor norte-americano, morreu em Polizzi Generosa no dia 26 de Dezembro de 2005. Nascera em Brooklyn, Nova Iorque, em 11 de Novembro de 1948. Era conhecido pel’O homem com olhos tristes
Oriundo de uma família italo-americana, celebrizou-se com o seu papel no filme “Ghost”, como o fantasma do metro, e como Frederickson, no filme “Um Estranho no Ninho”. Ficou famoso igualmente pela sua actuação no filme “007 - O Amanhã Nunca Morre”, fazendo de Dr. Kaufman.
Reconhecível pela sua grande estatura (1,98 m), protagonizou 157 filmes e série de televisão.
Schiavelli possuía a Síndrome de Marfan. Veio a falecer de cancro de pulmão, aos 57 anos de idade, na cidade siciliana onde o seu avô nascera e sobre a qual escreveu um livro em 2002 - “Histórias e Receitas de Polizzi Generosa”. Fora viver para Itália em 2002.
Era grade amador da cozinha italiana (ele próprio cozinhava), tendo escrito também três livros sobre culinária.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

25 DE DEZEMBRO - CAB CALLOWAY


EFEMÉRIDE - Cabell “CabCalloway, famoso cantor de jazz e líder de banda norte-americano, nasceu em Rochester no dia 25 de Dezembro de 1907. Morreu em Hockessin, em 18 de Novembro de 1994. 
Nasceu numa família da classe média, no estado de Nova Iorque, no Natal de 1907. Passou a infância em Baltimore e, mais tarde, viveu em Chicago, onde - na companhia de sua irmã - cantava, tocava bateria e fazia o papel de «mestre de cerimónias».
Em 1928, fez parte dos “Missourians” e dos “Alabamians”, respectivamente em Chicago e em Nova Iorque.
Participou na revista “Hot Chocolate9” de Irving Mills. Foi figura de cartaz do Savoy Ballroom, desde a idade de 22 anos, tendo ganho uma «batalha de bandas», face à orquestra de Duke Ellington. Este entende-se com Cab, para passarem a actuar alternadamente no célebre clube de jazz Cotton Club, em Nova Iorque. 
Ganha grande popularidade nas noites do Harlem.  Em 1931, gravou a famosa “Minnie the Moocher”, assim como as músicas “St James Infirmary Blues” e “The Old Man of the Mountain”, ambas cantadas por ele. 
Calloway tinha um estilo enérgico de cantar e liderou uma das mais famosas big bands dos Estados Unidos, do começo de 1930 até ao final de 1940. A orquestra de Calloway contava com instrumentistas que incluíam os trompetistas Dizzy Gillespie e Adolphus “Doc” Cheatham, o saxofonista Ben Webster e Leon “Chu” Berry, o violonista de Nova Orleães, Danny Baker, e o baixista Milt Hilton. 
Entrou em inúmeros filmes, onde se mostrava um óptimo actor e cantor, e também um excelente dançarino, misturando elementos de sapateado com passos que remetiam para a dança de rua popularizada somente nos anos 1970
Cab Calloway continuou a actuar até à sua morte em 1994, aos 86 anos.

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

24 DE DEZEMBRO - ZENA BACAR


EFEMÉRIDE - Zena Bacar, cantora moçambicana, pioneira da música popular no seu país, morreu no Maputo em 24 de Dezembro de 2017. Nascera em Lumbo no dia 25 de Agosto de 1949.
Iniciou a sua relação com a música, interpretando temas folclóricos e dançando nos grupos maioritariamente compostos por homens da sua aldeia, tinha ela seis anos de idade.
Posteriormente, conquistou a fama, com a qual levou o grupo Eyuphuro (fundado em 1981, por Omar Issa) para a cidade de Lourenço Marques, actual Maputo. Os dois fizeram uma digressão pela Europa, passando por Portugal, onde actuaram e encerraram, em Julho de 2016, o África -Festival Lisboa.
A sua primeira música, intitulada “Urera Krera” (o mesmo que “Vaidade sem Juízo”, na língua de Camões) foi gravada em 1980.
Morreu de doença aos 68 anos. Zena Bacar era uma das vozes mais importantes de Moçambique.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

CAB CALLOWAY - "Minnie the Moocher"

23 DE DEZEMBRO - MANUEL RIVERA-ORTIZ


EFEMÉRIDE - Manuel Rivera-Ortiz, fotógrafo norte-americano, nasceu no Porto Rico em 23 de Dezembro de 1968
Oriundo de uma família pobre do bairro Pozo Hondo, fora da cidade de Guayama, na costa caribenha de Porto Rico, cresceu numa barraca, sem água corrente e com o piso térreo. O pai era picador (à mão) de campos de cana de açúcar da Central Aguirre & Central Machete e, quando do declínio da indústria açucareira no Porto Rico, após a época de colheita, era trabalhador agrícolas migrante na Nova Inglaterra e na região do Médio Atlântico dos Estados Unidos da América. 
Quando tinha 11 anos, os pais separaram-se e Rivera foi morar com o pai em Massachusetts. Nunca mais viu a mãe, o que o marcou para a vida. Nos EUA, formou-se em jornalismo e começou a trabalhar para jornais de nomeada, mas logo decidiu mudar para a carreira de jornalista fotográfico e fotografia documental. 
Manuel Rivera-Ortiz fotografa a pobreza ao redor do mundo. As suas histórias fotográficas reflectem as dificuldades e esperanças de quem vive em algumas das nações mais pobres, assim relembrando a vida experienciada por ele durante a infância. Rivera-Ortiz utiliza a arte fotográfica para expor ao mundo as diferenças sociais em cada país. Quando ele fala com a pessoa que está a fotografar, não está interessado em saber como é ser pobre, mas quer que ela lhe conte as suas esperanças, aspirações e sonhos, e como imagina que estes se tornem realidade. 
Rivera-Ortiz é conhecido internacionalmente pelas suas fotografias documentais/sociais sobre as condições de vida das pessoas, nos países menos desenvolvidos. As suas fotos estão expostas em colecções de vários museus, incluindo o George Eastman House, International Museum of Photography & Film.
Em 2004, Rivera-Ortiz recebeu o prémio New Works Photography e, em 2007, foi o Artista do Ano do Conselho de Artes e Cultura do Greater Rochester, Nova Iorque. 
Em 2010, criou a Fundação Manuel Rivera-Ortiz para fotografia internacional.  A fundação, com delegações em Paris, Londres, Zurique e Nova Iorque, é uma das principais fundações fotográficas do mundo, na luta pelos direitos humanos em países subdesenvolvidos.

domingo, 22 de dezembro de 2019

22 DE DEZEMBRO - YURI MALENCHENKO


EFEMÉRIDE - Yuri Ivanovich Malenchenko, cosmonauta soviético, nasceu em Svetlovodsk no dia 22 de Dezembro de 1961.
Nascido na Ucrânia, formou-se como piloto na Escola de Aviação de Kharkov em 1983 e, posteriormente, cursou a Escola de Engenharia da Força Aérea de Jukovski, licenciando-se em 1993.
Como piloto, serviu em esquadrões de combate baseados na região de Odessa, entre 1983 e 1987. Neste último ano, foi seleccionado para o curso de cosmonautas e começou a treinar no Centro de Treino de Cosmonautas Yuri Gagarin, na Cidade das Estrelas
Após formação como cosmonauta de testes, passou a receber treino avançado para voos espaciais. Entre o fim de 1989 e 1993, participou em treinos para comandante-reserva das missões Mir-14 e Mir-15. No início de 1994, foi nomeado comandante da missão Mir-16
Foi ao espaço pela primeira vez em Julho de 1994, no comando da Soyuz TM-19, junto com o cosmonauta do Cazaquistão Talgat Musabayev, que após dois dias de voo acoplou com a estação Mir, iniciando a missão Mir-16, junto ao já residente Valeri Polyakov. Neste primeiro voo, do qual voltou em Novembro daquele ano. Malenchenko passou 125 dias no espaço. 
A segunda missão foi realizada quase seis anos mais tarde, em Setembro de 2000, um voo feito com a NASA, no qual participou como especialista de missão da STS-106 Atlantis. O seu trabalho foi o de ajudar a preparar o módulo Zvezda, na secção russa da ISS, para as futuras missões de longa permanência. Passou onze dias em órbita, com a tripulação da nave espacial. 
Em Abril de 2003, comandou a nave Soyuz TMA-2 para compor, ao lado do astronauta norte-americano Edward Lu, a Expedição 7 na ISS. Foi durante esta missão que Malenchenko se tornou a primeira pessoa a casar no espaço. O casamento foi feito com os dois noivos a milhares de quilómetros de distância, ele na ISS sobre a Nova Zelândia e ela, Ekaterina Dmitriev, no Johnson Space Center, em Houston, Texas. No fim da Expedição, em Outubro, ele e Lu trouxeram de volta na TMA-2 o astronauta espanhol Pedro Duque, que havia subido numa missão posterior para passar uma semana em órbita. 
O quarto voo começou em Outubro de 2007, como comandante da Soyuz TMA-11, lançada de Baikonur com a tripulação formada por ele, a norte-americana Peggy Whitson e o astronauta malaio Sheikh Muszaphar Shukor. Ele e Whitson permaneceram na estação até Abril de 2008, compondo a Expedição 16 com outros astronautas que se alternavam na ISS levados por missões das naves espaciais. Durante este voo, acumulou mais 191 dias no espaço, perfazendo um total de 514 dias em órbita. No conjunto destas missões, Malenchenko acumulou também um total de cinco caminhadas espaciais, com 24 horas passadas do lado de fora da estação
Depois de deixar o corpo de cosmonautas em 2009, voltou em Fevereiro de 2010, sendo escalado para mais uma missão espacial. Em Junho de 2012, iniciou a sua quinta missão ao espaço, lançada do Cosmódromo de Baikonur, como comandante da Soyuz TMA-05M, para a terceira longa permanência em órbita integrando as Expedições 32 e 33 da ISS, onde passou seis meses, voltando à Terra em Novembro de 2012. Durante esta missão, Malenchenko realizou a sua quinta caminhada espacial. 
Voltou pela sexta vez ao espaço em Dezembro de 2015, lançado do Cosmódromo de Baikonur, no comando da Soyuz TMA-19M, junto com o norte-americano Timothy Kopra e o britânico Timothy Peake, para nova estadia de seis meses na ISS, integrando as Expedições 46 e 47, voltando, após mais 186 dias em órbita, em Junho de 2016, completando assim um total de 827 dias no espaço, em toda a sua carreira.

sábado, 21 de dezembro de 2019

21 DE DEZEMBRO - JOHN G. AVILDSEN


EFEMÉRIDE - John Guilbert Avildsen, realizador de cinema norte-americano, nasceu em Oak Park, Illinois, em 21 de Dezembro de 1935. Morreu em Los Angeles no dia 16 de Junho de 2017. Era também conhecido por Danny Mulroon.
Conquistou os Oscars de Melhor Filme e de Melhor Realizador em 1977, com “Rocky” e ficou também muito conhecido pela realização da série de filmes “Karate Kid”. Foi igualmente nomeado para alguns dos principais prémios cinematográficos (Oscar, Globo de Ouro e BAFTA, entre outros). 
Formou-se na Escola Hotchkiss e na Universidade de Nova Iorque. Inicou a sua carreira no cinema como operador-chefe, montador e assistente de realização. 
Em 1967, Avildsen começou na realização, mas só obteve o seu primeiro grande sucesso três anos mais tarde, com “Joe”, um drama interpretado por Peter Boyle e Susan Sarandon. Depois, dirigiu Jack Lemmon em “Salvem o Tigre”.
Em 1976, realizou um filme com um actor estreante. Esse actor era Sylvester Stallone e o filme chamava-se “Rocky”. Valeu-lhe dois Oscars.  Em 1984, “The Karate Kid” fê-lo reencontrar os cumes da fama. 
A partir dos anos 1990, passou por tempos difíceis, fazendo apenas quatro filmes, entre eles “Rocky V”. John G. Avildsen viria a falecer aos 81 anos, vítima de cancro no pâncreas. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

20 DE DEZEMBRO - DENISE LEVERTOV


EFEMÉRIDE - Denise Levertov, poetisa e tradutora inglesa, naturalizada norte-americana, morreu em Seattle no dia 20 de Dezembro de 1997. Nascera em Ilford, Essex, em 24 de Outubro de 1923. Estava ligada à Geração Beat.
Publicou a sua primeira recolha de poemas, “The Double Image”, em 1946, na editora Cresset Press de Londres. 
Em 1947, casou com Mitchell Goodman e passou a viver nos Estados Unidos, no ano seguinte. Naturalizou-se americana em 1955. Nos anos 1960, o casal militou pelos direitos cívicos fundamentais e contra o envolvimento na guerra do Vietname.
Depois de “Here and Now”, editado em San Francisco, em 1956, publicou numerosas obras de poesia e alguns ensaios e traduções de poesias (de Eugène Guillevic e Jean Joubert, nomeadamente).
Denise Levertov foi também professora na Brandeis University, no MIT e na Tufts University. Ensinou ainda na Stanford University, onde foi professora de inglês. 
Em 1980, mudou-se para Somerville, Massachusetts, onde viveu até ao fim da vida.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

19 DE DEZEMBRO - PAULINE CURLEY


EFEMÉRIDE - Rose Pauline Curley, actriz de vaudeville e de cinema norte-americana na era do cinema mudo, nasceu em Holyoke no dia 19 de Dezembro de 1903. Morreu em Santra Monica, em 11 de Dezembro de 2000. Actuou em 56 filmes, entre 1912 e 1929. 
Rose, a mãe de Pauline, era actriz de teatro e iniciou-a na vida teatral, em shows de vaudeville, aos 4 anos de idade. Em 1910, aos 6 anos, levou-a para Nova Iorque, na tentativa de a introduzir na indústria cinematográfica emergente, conseguindo-lhe pequenos papéis em filmes e teatro. 
Pauline estudou na Children's Professional School, em Nova Iorque, e actuou em pequenas partes das peças “Uncle Tom's Cabin” e “Little Lord Fauntleroy”, para a Jack Packard Stock Company.
Entre 1914 e 1915, aos 11 anos de idade, apareceu na Broadway, na peça “Polygamy”, no Park Theatre, actuando em 159 apresentações. A mãe indicava diferentes idades para ela, na tentativa de conseguir papéis, daí o facto de haver, na época, uma certa confusão acerca da sua idade verdadeira. 
Pauline Curley actuou desde os 4 anos até 1929, quando resolveu deixar a vida cinematográfica. 
O seu primeiro filme foi “Tangled Relations”, pela Victor Film Company, em 1912, ainda criança, ao lado de Florence Lawrence e Owen Moore. Para uma audição de “The Straight Road”, em 1914, Pauline estava vestida como um menino, para conseguir um papel de órfão; seguiu-se uma variedade de papéis de órfãos, entre outros. Em 1915, interpretou a ingénua Claudia Frawley, em “Life Without Soul”, uma adaptação de “Frankenstein”, de Mary Shelley. 
A mãe levou-a para Hollywood em 1917, em busca de novos papéis e logo ela interpretou a princesa Irina da Rússia, no filme da Iliodor Pictures Corporation dirigido por Herbert Brenon, “The Fall of the Romanovs”, o seu primeiro trabalho em Hollywood e, de acordo com a revista “Variety”, o seu «mais conhecido trabalho». Em 1918, protagonizou cinco filmes, trabalhando inclusivamente ao lado de Douglas Fairbanks, no filme de King Vidor, “The Turn in the Road”. 
Curley actuou ainda ao lado de Douglas Fairbanks, em “Bound in Morocco” (1918), e em 1920 actuou em “The Invisible Hand”, uma série dos Vitagraph Studios, sob a direcção de William J. Bauman. Este foi o seu primeiro western, género que dominaria o seu trabalho posterior. 
Em 1929, fez o seu último filme, “The Locked Door”, num pequeno papel não creditado e, em seguida, abandonou a vida cinematográfica. 
Casou com o director de fotografia Kenneth Peach em 1922, adoptando como seu nome Pauline Curley Peach, e continuou casada até à morte dele, em 1988, estando, portanto, casados durante 66 anos. Tiveram três filhos. 
Pauline faleceria oito dias antes de completar 97 anos, vítima de pneumonia. Deixou três filhos, 7 netos, 13 bisnetos e um tetraneto.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

18 DE DEZEMBRO - BORIS VOLYNOV


EFEMÉRIDE - Boris Valentinovich Volynov, cosmonauta soviético que voou nas missões Soyuz 5 e Soyuz 21, nasceu em Irkutsk no dia 18 de Dezembro de 1934
Fez a sua escolaridade na escola de Prokopievsk. Diplomou-se na Escola de Aviação Militare nº 24 de Pavlodar, em 1953. Depois, ingressou na Alta Escola Militar de Aviação Kachin de Volgograd, em 1956. Graduou-se na Academia Soviética de Engenharia Militar, sendo coronel da Força Aérea Soviética.
Serviu nas Forças de Defesa Antiaérea da Federação Russa, pilotando o caça MiG-17. Em Maio de 1960, integrou o corpo de cosmonautas e seguiu os treinos de voo na nave espacial Vostok
Em Janeiro de 1969, voou a bordo da Soyuz 5, como comandante.  Partiu com Yevgeny Khrunov e Aleksei Yeliseyev, regressando à Terra dias depois. Os seus dois companheiros voltaram na Soyuz 4. Boris teve um regresso dramático, com vários problemas técnicos. Ele registou calmamente as suas observações «que facilitariam a vida à comissão de inquérito, depois de uma missão que - ele acreditava - iria ser fatal». Felizmente, enganou-se e a nave retoma a normalidade. A aterragem foi, porém, tão dura, que as cintas de segurança, que o sustinham, romperam-se. Foi projectado contra a parede da cabina, partindo vários dentes. 
Em 6 de Julho de 1976, passou 40 dias a bordo da estação Salyut 5 onde chegou a bordo da Soyuz 21. Regressou ao nosso planeta, em 24 de Agosto. 
Em 1982, foi piloto de ensaios experimental e pilote instrutor. Após ter saído do programa espacial em 1983, passou oito anos no cargo de administrador sénior do Centro de Treino de Cosmonautas Yuri Gagarin, na Cidade das Estrelas.
Reformou-se em Maio de 1990. Juntamente com a família, habita - há trinta anos - na Cidade das Estrelas.
Entre muitas homenagens e condecorações recebidas por Volynov, salientam-se:   o título de Herói da União Soviética (1960 e 1976) e a Ordem de Lenine, nos mesmos anos.

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

17 DE DEZEMBRO - ALCIDES DIAS LOPES


EFEMÉRIDE - Alcides Dias Lopes, mais conhecido por Alcides Malandro Histórico, compositor brasileiro e integrante da Velha Guarda da Portela, nasceu no Rio de Janeiro em 17 de Dezembro de 1909. Morreu na mesma cidade em 9 de Novembro de 1987.
Na juventude, levou uma vida de malandro, vagueando - sem destino e sem ocupação fixa - pelas ruas do Rio. O seu primeiro emprego só apareceu depois do casamento com Guiomar, com quem teve quatro filhos. Foi então manobrista e sinalizador de comboios da Rede Ferroviária Federal, trabalhando perto do subúrbio de Benfica. 
Mesmo trabalhando, Alcides nunca faltava aos ensaios da Portela. Estava sempre presente, com a sua fisionomia fechada, o seu tronco avantajado e o seu modo simples de se vestir. 
Um dos maiores divulgadores póstumos da obra de Alcides foi Zeca Pagodinho, que gravou “Dona do meu coração”, “Já sei de tudo, mulher”, “Meu tamborim” e “Vivo muito bem”, entre outras composições. 
Apesar de ter sido um excelente intérprete e compositor, Alcides Lopes nunca gravou nenhum disco individual. Os únicos registos disponíveis são duas participações, ao lado de Dona Ivone Lara, nas músicas “Quando a maré”, de António Caetano, e “Já chegou quem faltava”, de Nilson Gonçalves, presentes no disco “Samba – Minha Verdade, Minha Raiz” (Odéon, 1978).
Como reconhecimento pela sua contribuição para a Portela, o seu retrato foi incluído na galeria do Pavilhão de Canto do Portelão.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

POEMA DE AUTOR DESCONHECIDO

16 DE DEZEMBRO - ANNE LE NY


EFEMÉRIDE - Anne Le Ny, actriz, cenarista e realizadora francesa, nasceu em Antony no dia 16 de Dezembro de 1962.
Filha de um professor da faculdade e de uma pesquisadora de química, obteve um bacharelato de Literatura, antes de integrar o Conservatório.
Começou no teatro e apresentou-se nos palcos durante alguns anos, antes de se iniciar no mundo do cinema. Tanto no grande ecrã como na televisão, desempenhou numerosos papéis secundários que a tornaram numa cara familiar junto do público. Progressivamente, passou à escrita e depois à realização.  
Em 2007, assinou a sua, primeira longa-netragem “Ceux qui restent”, com Vincent Lindon e Emmanuelle Devos, sendo nomeada para o Cesar de Melhor Primeiro Filme. Realizou, em seguida, “Les Invités de mon père” (2010), “Cornouaille” (2012) e “On a failli être amies” (2014). 
Ao longo da sua carreira, já actuou em quatro peças de teatro (1986/1989), em 35 filmes (1996/2018) e em 12 telefilmes (1998/2018).  Fez o guião para cinco filmes (2007/2012) e realizou seis (2007/2018). 

domingo, 15 de dezembro de 2019

15 DE DEZEMBRO - GORDON DOUGLAS


EFEMÉRIDE - Gordon Douglas Brickner, prolífico cineasta norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia, 15 de Dezembro de 1907. Morreu em Los Angeles, em 29 de Setembro de 1993. Foi actor, cenarista, realizador e produtor de cinema. 
Douglas já aparecia em filmes desde 1912, mas foi em 1930 que se firmou na indústria cinematográfica, ao ser contratado por Hal Roach. Para os estúdios de Roach, escreveu piadas, interpretou pequenos papéis em diversas produções e foi assistente de realização em várias curtas-metragens dos “Bucha & Estica” e de outros comediantes. 
Foi promovido a realizador em 1935, quando passou a fazer comédias da série “Our Gang”. Uma delas, “Bored of Education”, ganhou o Oscar de Melhor Curta-Metragem de 1937. 
A partir de 1942, trabalhou sucessivamente nos estúdios RKO Pictures, Columbia Pictures e Warner Bros., onde ficou entre 1950 e 1961. Os seus filmes desse período foram desde produções modestas, para serem exibidas em sessões duplas, até películas melhor realizadas e com bom ritmo. Destacam-se os faroestes “A Lei É Implacável” (“The Doolins of Oklahoma”, 1949), estrelado por Randolph Scott e “Investida de Bárbaros” (“The Charge at Feather River”, 1953), com Guy Madison, além do clássico de ficção-científica “O Mundo em Perigo” (“Them!”, 1954). Também rodou “Em Cada Sonho Um Amor” (“Follow That Dream”, 1961), com Elvis Presley. 
Considerado por muitos apenas um competente artesão, Douglas transitou virtualmente por todos os géneros e encontrou trabalho até meados da década de 1970. Apesar de raramente imprimir um toque pessoal às suas realizações, continuou a dirigir filmes excitantes e populares, como os faroestes “Rio Conchos” (1964), “A Última Diligência” (“Stagecoach, 1966), refilmagem do clássico “No Tempo das Diligências” (“Stagecoach”, 1939), de John Ford, e “O Revólver de um Desconhecido” (“Chuka”, 1967). 
Outros êxitos, aclamados pela crítica, são os três dramas policiais feitos com Frank Sinatra: “Tony Rome” (“Tony Rome”, 1967), “A Mulher de Pedra” (“Lady in Cement”, 1968) e, sobretudo, “Crime Sem Perdão” (“The Detective”, 1968), que aborda o homossexualismo e a corrupção policial. 
Gordon Douglas faleceu aos 85 anos, vítima de doença oncológica. 

sábado, 14 de dezembro de 2019

14 DE DEZEMBRO - JEANNE CRAIN


EFEMÉRIDE - Jeanne Elizabeth Crain, actriz norte-americana, morreu em Santa Barbara no dia 14 de Dezembro de 2003. Nascera em Barstow, em 25 de Maio de 1925. Era filha de um professor e de uma dona de casa, que se mudaram para Los Angeles, logo após o seu nascimento. 
Excelente patinadora sobre gelo, Jeanne atraiu atenção nacional ao ser coroada Miss Pan Pacific, no Auditório Pan Pacific, em Los Angeles. Ainda na escola, foi convidada a fazer um teste para o cinema, com Orson Welles. Mesmo tendo perdido o papel, ela decidiu que queria ser actriz e, assim que terminou o curso secundário, matriculou-se na UCLA para estudar Artes e Letras.
Com 18 anos, Jeanne interpreto um pequeno papel no filme da FoxThe Gang’s All Here” (1943). O filme seguinte levou-a a um patamar mais alto - “Home in Indiana” (1944), rodado no Kentucky. 
Em 1945, Jeanne foi lançada no elenco de “State Fair”. Assinou então um contrato melhor e teve um maior reconhecimento. Depois, Jeanne casou com Paul Brooks, na véspera do Ano Novo. Embora a sua mãe não fosse a favor deste matrimónio, a união foi duradoura e tiveram sete filhos (entre 1947 e 1065). Em 1947, Jeanne deixou temporariamente a sua vida de actriz, para cuidar do primeiro filho.
Em 1949, apareceu apenas em três filmes: “A Letter to Three Wives”, “The Fan” e “Pinky”.  Foi este último filme que lhe propiciou uma nomeação para o Oscar de Melhor Actriz. Perdeu para Olivia de Havilland, em “The Heiress”. Jeanne deixou a Fox Studio’s, depois do filmar “Vicki” (1953), com Jean Peters. Ela tinha protagonizado 23 filmes para o estúdio que dera início a sua carreira. Sentia, porém, a necessidade de uma mudança. Como qualquer bom artista, Jeanne quis ampliar a sua fama.
Entrou para a Warner Brothers, com “Duel in the Jungle” (1954). Sentiu-se mais feliz, mas não o suficiente. Assinou então um contrato com os Universal Studios, com a promessa de melhores papéis. Ela começou com “Man without a Star” (1955). Depois, fez “The Joker is Wild” (1957) e, neste mesmo ano, dedicou-se mais a família, só tendo tempo para aparecer em alguns programas de televisão. Voltou, brevemente, para filmagens em “Guns of the Timberland” (1960). Em 1967, foi estrela no filme de baixo-orçamento “Hot Rods to Hell”. 
Nos anos 1970/1980, tornou-se uma empresária de muito sucesso no mundo da moda, lançando a linha de roupa, Jeanne Crain Hollywood, por si desenhadas.
Ao longo da sua carreira, entrou em 39 filmes (1943/1967) e em 12 trabalhos para televisão (1956/1972). A carreira de Crain está totalmente documentada numa colecção de recordações sobre ela, reunidas por Charles J. Finlay, um antigo jornalista da 20th Century Fox. Pode ser consultada no Arquivo de Cinema da Universidade de Wesleyan. Estes arquivos também incluem os papéis de Ingrid Bergman, Frank Capra e Clint Eastwood, entre outros. 
Jeanne morreu vítima de ataque cardíaco, aos 78 anos. O seu marido, Paul Brooks, tinha falecido dois meses antes.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

13 DE DEZEMBRO - THOMAS AUGUSTUS WATSON


EFEMÉRIDE - Thomas Augustus Watson, inventor norte-americano, assistente de Graham Bell e colaborador na invenção e desenvolvimento do telefone em 1876, morreu na Flórida em 13 de Dezembro de 1934. Nascera em Salem, Massachusetts, no dia 18 de Janeiro de 1854. 
Inicialmente, trabalhou como escriturário e até como carpinteiro, antes de encontrar um emprego mais em conformidade com o seu espírito inventivo, como artífice e maquetista, numa oficina de maquinaria em Boston. Foi nesta cidade, em 1874, que conheceu Graham Bell, então a leccionar na universidade local, que o contratou para seu assistente pessoal. 
Watson iniciou uma colaboração, que se estendeu por vários anos. Na ocasião, Bell começara a desenvolver o que designou por «telégrafo harmónico» ou «múltiplo», um mecanismo capaz de receber várias mensagens telegráficas ao mesmo tempo. 
Já com a colaboração de Watson, começaram a tentar desenvolver outra ideia, um aparelho capaz de transmitir a voz por meio da electricidade. A ideia base de Bell era ligar um diapasão a um electroíman. A força da corrente induzida pelo electroíman dependia do tom do diapasão em vibração. Esta corrente poderia então percorrer um fio até um segundo electroíman e produzir, num outro diapasão, a mesma nota emitida pelo primeiro. Bell esperava que diversos diapasões em diferentes frequências pudessem ser usados para enviar mensagens diferentes ao mesmo tempo. 
O sucesso chegou em Junho de 1875, quando Watson estava numa divisão e Bell noutra. Os diapasões haviam sido substituídos por palhetas vibratórias. Uma das palhetas deixara de vibrar e Watson deu-lhe uma pequena pancada. Numa sala distante, Bell escutou um ruído seco e forte, verificando-se que houvera transmissão de som. 
Em Fevereiro de 1876, Bell apresentou o pedido de registo de uma patente para o telefone no Serviço de Patentes de Estados Unidos, o que lhe daria o direito de ser a única pessoa a produzir e vender a sua invenção durante determinado tempo. 
As anotações, no caderno de apontamentos de Bell, referentes ao dia 10 de Março de 1876, descrevem os acontecimentos desse dia, quando Watson ficou numa das salas com o «instrumento receptor» e Bell se posicionou noutra sala, ao lado do «instrumento transmissor». Ao que parece, ao prepara-se para efectuar testes nos aparelhos, Bell entornou acidentalmente algum ácido e gritou para o transmissor: «Mr. Watson, venha aqui, preciso de si». Bell escreve em seguida: «Para minha alegria, ele veio e declarou que ouvira e entendera o que eu dissera. Trocámos então de lugares». «A frase: Mr. Bell, entende o que estou a dizer? Com-pre-en-de o que di-go? chegou-me de forma muito clara».
Assim, tudo indica que Watson teve a honra de ser a primeira pessoa cujo nome foi proferido ao telefone, numa chamada de pedido de ajuda. 
Aos 27 anos de idade, após o trabalho despendido no desenvolvimento do telefone, Watson recebeu 10% de participação nos lucros da empresa original de Bell. 
Depois de deixar Bell, em 1881, Watson passou umas longas férias na Europa e casou-se, posteriormente, dedicando-se a vários negócios. Tentou a agricultura durante algum tempo, antes de se estabelecer como construtor naval na década de 1890
De 1896 a 1904, a empresa de Watson, a Fore River Ship and Engine Company, sediada em Quincy, construiu vários tipos de barcos, incluindo couraçados e escunas. Por volta de 1901, a sua empresa naval era um dos maiores estaleiros dos Estados Unidos. A empresa voltou novamente a atingir um pico de produção extraordinário, ao ser adquirida, anos mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, pelo grupo siderúrgico Bethlehem Steel Corporation
Por fim, em 1910, com mais de 50 anos, Watson deu mais uma reviravolta abrupta na sua vida, tornando-se actor. Ao serviço da companhia de teatro Frank R. Berenson’s Company of Shakespeare Players, desempenhou papéis em peças de Shakespeare, em Inglaterra. Com o tempo, formou a sua própria companhia de actores e escreveu as suas próprias peças, bem assim como adaptações ao teatro de livros de Charles Dickens, nomeadamente “Nicholas Nickleby”, e Oliver Twist,  A Tale of Two Cities”. Em 1912, regressou aos Estados Unidos, a Braintree, onde viveu até ao fim da vida. 
Em Janeiro de 1915, Watson voltou a fazer parte da história das telecomunicações, ao estar em São Francisco para receber a primeira chamada originada por Bell a partir do Telephone Building em Nova Iorque. O então presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson e os presidentes das Câmaras das duas cidades também participaram neste telefonema histórico. 
Passou o resto da vida no teatro amador e escrevendo a sua autobiografia, intitulada “Exploring Life: The Autobiography of Thomas A. Watson”. publicada em 1926, e dando entrevistas sobre o tempo que passara com Bell. 
Watson faleceu em 1934, na sua casa de Inverno na Florida. A sua sepultura, voltada para os Estaleiros Navais de Fore River, encontra-se no North Weymouth Cemetery, em Weymouth.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

12 DE DEZEMBRO - BRUCE KULICK


EFEMÉRIDE - Bruce Howard Kulick, guitarrista norte-americano, nasceu no Brooklyn, Nova Iorque. em 12 de Dezembro de 1953. Ficou conhecido sobretudo como componente do grupo de rock Kiss, durante 12 anos. 
Bruce tinha um contacto antigo com o grupo, porque o seu irmão Bob era muito amigo de Paul, Gene e Ace, desde o início dos Kiss. Bruce tocou na banda Blackjack
Eis a entrada de Bruce nos Kiss, contada por ele próprio: «Certo dia, Paul chegou lá a casa e eu achei que ele queria falar com Bob. Quando lhe disse que o meu irmão estava na Inglaterra a tocar com Meat Loaf, ele contou-me que Mark estava doente e perguntou se eu gostaria de entrar no seu lugar. Eu aceitei na hora, mas fiquei surpreendido, pois achava que uma banda como a Kiss preferiria um guitarrista mais famoso ou melhor do que eu».
A partir de 1984, Bruce tornou-se o guitarrista solo do Kiss. No começo da sua carreira com eles, segundo Gene e Paul, Bruce parecia uma árvore no palco, pois não se movimentava muito. Com o passar do tempo, foi-se movimentando mais e Gene e Paul sempre brincam com isso, quando relembram a sua entrada no grupo. 
Bruce permaneceu no grupo até 1996. No disco “Carnival Of Souls: The Final Sessions”, Bruce cantou a sua primeira música no Kiss, “I Walk Alone”. 
Bruce, mesmo agora, participa nas “KISS Expo”, sendo sempre muito atencioso para com o público. Após a sua saída dos Kiss, lançou vários trabalhos a solo e está actualmente na banda Grand Funk Railroad. O seu mais recente trabalho a solo foi o disco “Transformer” que, para alguns fãs, está melhor do que o anterior (“Audio Dog”). Ele foi o único membro dos Kiss a usar o nome verdadeiro, sem recorrer a um nome artístico. 

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

11 DE DEZEMBRO - GIANNI MORANDI


EFEMÉRIDE - Gianni Morandi, de seu verdadeiro nome Gian Luigi Morandi, actor e cantor italiano, nasceu em Monghidoro, Emilia-Romagna, no dia 11 de Dezembro de 1944. É uma das mais conhecidas personalidades do show-business italiano das últimas quatro décadas.
O pai era activista do Partido Comunista Italiano e Gianni ajudava-o a vender os jornais do partido. Muito novo, começou a trabalhar como sapateiro e a vender bombons no cinema da vila. As suas qualidades vocais levaram-no a actuar em concertos locais.
Fez a sua estreia oficial em 1962 e rapidamente se tornou famoso, tendo ganho diversos festivais musicais em Itália, incluindo o Festival Canzonissima, em 1969. Em 1970, representou a Itália no Festival Eurovisão da Canção, interpretando o tema “Occhi Di Ragazza” (“Olhos de rapariga”). 
A sua carreira entrou em declínio em meados dos anos 1970, mas voltou em força nos anos 1980. Gianni Morandi venceu o Festival de São Remo em 1987, classificou-se em segundo em 1995 e foi terceiro em 2000. 
Estima-se que tenha vendido mais de 30 milhões de LPs e CDs. Escreveu vários livros autobiográficos e surgiu em dezoito filmes. Na televisão, entrou - em 1984 - na série televisiva “Voglia di volare”.

terça-feira, 10 de dezembro de 2019

10 DE DEZEMBRO - NELLY SACHS


EFEMÉRIDE - Leonie Nelly Sachs, escritora germano-sueca de origem judia, nasceu em Schöneberg (Berlim) no dia 10 de Dezembro de 1891. Morreu em Estocolmo, em 12 de Maio de 1970. Traduziu também para alemão algumas antologias de poesia sueca. 
Começou a escrever poemas aos 17 anos. Viveu dolorosamente as perseguições nazis e conseguiu escapar ao regime em 1940, graças à escritora Selma Lagerlöf cuja obra a fascinava desde muito jovem e com a qual mantinha uma relação epistolar. Assim, encontrou refúgio, com a mãe, em Estocolmo, onde ficaria até ao fim da vida.  Vários membros da sua família foram vítimas dos campos nazis.
Os terrores que viveu e o drama dos campos de concentração marcaram-na profundamente e alteraram-lhe mesmo a saúde mental, mas a sua obra fará dela um dos maiores poetas do século XX.
As suas experiências, resultantes da ascensão do nazismo na Segunda Guerra Mundial, transformaram-na numa porta-voz da tristeza e dos anseios dos seus companheiros judeus.
A sua peça mais conhecida é “Eli: Ein Mysterienspiel vom Leiden Israels” (1950). Outros trabalhos seus incluem os poemas “Zeichen im Sand” (1962), “Verzauberung (1970), e as recolhas de poesia “In den Wohnungen des Todes” (1947),    Flucht und Verwandlung” (1959), “Fahrt ins Staublose” (1961) e “Suche nach Lebenden (1971).
Recebeu o Prémio Nobel de Literatura de 1966, juntamente com o escritor israelita Shmuel Yosef Agnon. A cidade de Dortmund criou em sua homenagem, desde 1961, o Prémio Nelly Sachs

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

GIANNI MORANDI - "Non Son Degno Di Te"

9 DE DEZEMBRO - MARGARET HAMILTON


EFEMÉRIDE - Margaret Brainard Hamilton, actriz norte-americana que participou no filme “O Feiticeiro de Oz”, de 1939, nasceu em Cleveland no dia 9 de Dezembro de 1902. Morreu em Salisbury (Connecticut)., em 16 de Maio de 1985.
Margaret começou no teatro em 1923, na cidade onde estudava. Antes de se dedicar exclusivamente à carreira de actriz, estudou em Boston e formou-se como professora primária. 
A vida de actriz começou para ela em 1933 e ficou a dever-se, sobretudo, às suas características, que fugiam ao estereótipo das actrizes glamourosas de Hollywood. Ela acabou por criar uma imagem, que quase sempre representava nos filmes - a de ‘tia solteirona’, extremamente pragmática e impaciente. Margaret nunca assinou contratos com estúdios e esforçava-se para trabalhar o máximo possível, para se poder sustentar a si e ao seu filho. 
Em 1939, actuou no filme “The Wizard of Oz”, pelo qual é mais lembrada. Fazia o papel de bruxa má.
Hamilton actuou muito em papéis de coadjuvante até 1950, quando passou a trabalhar apenas esporadicamente. A partir dessa época, começou a envolver-se em causas sociais a favor das crianças e dos animais. 
Actuou, durante a sua carreira, no teatro (peças e comédias), no cinema, na rádio, na ópera e na televisão (programas, telefilmes e séries). Trabalhou até 1982. 
Casou-se uma única vez, em 1931, e como logo depois se iniciou no cinema, o casamento deteriorou-se, acabando por se divorciar em 1938. Teve um filho, que criou sozinha e que veio a dar-lhe três netos. Viveu a maior parte da sua vida em Manhattan, Nova Iorque.
Morreu aos 82 anos, enquanto dormia. Sofria da doença de Alzheimer.

domingo, 8 de dezembro de 2019

8 DE DEZEMBRO - VLADIMIR SHALATOV


EFEMÉRIDE - Vladimir Aleksandrovich Shatalov, cosmonauta soviético, nasceu em Petropavlovsk no dia 8 de Dezembro de 1927
Foi três vezes ao espaço, em missões do programa Soyuz: Soyuz 4 e Soyuz 8, em 1969, e Soyuz 10, em 1971. Esteve, no total, cerca de dez dias em órbita. 
De 1971 a 1987, foi comandante do treino de cosmonautas e, depois, director do Centro de Treino de Cosmonautas Yuri Gagarin, até 1991.  
Foi distinguido como Herói da União Soviética em 1960, por duas vezes. O Município de Baïkonour atribuiu-lhe o título de Cidadão de Honra em 1974.
Foi também eleito deputado do 10º Soviete Supremo da URSS. Completa hoje 92 anos de idade. 

sábado, 7 de dezembro de 2019

7 DE DEZEMBRO - RUBE GOLDBERG


EFEMÉRIDE - Reuben “Rube” Garrett Lucius Goldberg, engenheiro, desenhador, cartoonista e escultor norte-americano, morreu em Nova Iorque no dia 7 de Dezembro de 1970.  Nascera em San Francisco em 4 de Julho de 1883. 
De origem judaica, Goldberg diplomou-se como engenheiro na Universidade de Berkeley, em 1904, e - durante seis meses - foi contratado pelo município de San Francisco, trabalhando no projecto do sistema de esgotos da sua cidade natal. 
Abandonou a carreira de engenheiro e logo começou a trabalhar como cartoonista do jornal “San Francisco Chronicle”. No ano seguinte, foi contratado pelo “San Francisco Bulletin”, onde permaneceu até 1907, ocupando-se da ilustração da rubrica desportiva. Naquele mesmo ano, mudou-se para Nova Iorque. 
Desenhou charges para vários jornais nova-iorquinos, incluindo o “New York Evening Journal” e o “New York Evening Mail”. Para o “Mail”, entre 1907 e 1915, criou várias tiras. Também para o “Mail”, criou em 1915 a tira dominical “Boob McNutt”, que seria publicada até 1934. Os seus trabalhos começaram a ser distribuído pelos sindicatos de imprensa em 1915, o que cimentou a sua popularidade em todo o país.
Apesar de todas estas séries terem sido muito populares, a que lhe deu fama duradoura foi “Inventions of Professor Lucifer Gorgonzola Butts”. Uma ideia da importância desta série na história da banda desenhada pode ser dada pelo facto de, em 1995, ‘As Invenções de Rube Goldberg’ terem sido uma das 20 tiras incluídas no “Comic Strip Classics”, série comemorativa de selos postais dos Estados Unidos. 
Durante os anos 1920, Goldberg continuou a criar novas histórias. Mais tarde, na década de 1930, surgiu “Lala Palooza e Brad and Dad”. 
O seu trabalho não se limitou a desenhos humorísticos. Ilustrou também artigos em vários jornais e participou em várias campanhas publicitárias para empresas como a Pepsi Cola. Em 1948, foi premiado com o Prémio Pulitzer pelas suas charges publicadas no “The New York Sun”. 
Também trabalhou no cinema, escrevendo o guião para o filme “Soup to Nuts”, realizado por Benjamin Stoloff, e até actuou num curta-metragem sobre si mesmo, “Travelgag Rube Goldberg”, com realização de Leslie Roush. 
Em 1945, participou na fundação da National Cartoonists Society, da qual se tornou presidente um ano mais tarde. O prémio principal criado por esta instituição, o Prémio Reuben chama-se assim por causa do primeiro nome de Goldberg.
Mais tarde, Goldberg foi contratado pelo “New York American Journal, onde trabalhou até à sua reforma em 1964. Durante sua aposentadoria, manteve-se ocupado, fazendo esculturas em bronze. Foram organizadas várias exposições sobre o seu trabalho. A última que teve em vida foi em 1970, no Museu Nacional de História Americana, em Washington. Poucos meses depois, faleceu com 87 anos, tendo sido sepultado no cemitério Mount Pleasant em Hawthorne, Nova Iorque.
Além do Prémio Pulitzer em 1948, foi ainda galardoado com o Gold T-Square Award em 1955, o Prémio Reuben em 1967 e, postumamente, em 1980, o Gold Key Award (Hall da Fama).
Estava casado com Irma Seeman, desde 1916. O casal, que habitava no Central Park, teve dois filhos: Thomas que se tronou pintor e George que viria a ser produtor teatral. A esposa faleceu em 1990, com 95 anos. 

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

6 DE DEZEMBRO - WILLIAM S. HART


EFEMÉRIDE - William Surrey Hart, actor, guionista, realizador e produtor norte-americano, conhecido pelos seus papéis de cowboy em inúmeros filmes do género western, nasceu em Newburgh, Nova Iorque, em 6 de Dezembro de 1864. Morreu em Los Angeles, em 23 de Junho de 1946.
Conviveu, na sua infância, com índios Minneconjou e Sioux, devido ao trabalho do seu pai, que instalava maquinaria para moinhos nas regiões de Illinois, Iowa, Minnesota, Wisconsin e Dakota. Aprendeu a cavalgar, nadar, lavrar a terra e a tratar de animais. Frequentou a escola pública em West Farms, que logo abandonando para trabalhar nos correios locais.
Hart estreou-se no teatro aos 23 anos, participando em várias companhias teatrais. Trabalhou nas peças “Ben-Hur”, “Squaw Man”, “The Virginian”, “The Barrier”, “The Hold-Up”, “The Trail of the Lonesome Pine” e “Moonshine”. 
Thomas Ince, seu amigo da época do teatro e supervisor da New York Motion Picture, sediada na Califórnia, deu-lhe uma chance no cinema, com o papel de vilão em dois westerns curtos. Posteriormente, fez o papel principal em “The Bargain” e “On the Night Stage”, ambos de 1914, sob a direcção de Reginald Barker.
Hart mudou-se para Los Angeles e actuou em 18 filmes de western para a New York Motion Picture, entre eles “O Lobo Ferido” (“The Darkening Trail”). Em 1915, juntou-se a Mack Sennett, Harry Altken e D. W. Griffith, fundando com eles a Triangle Film Corporation. Na Triangle, Hart fez 17 filmes de western, com destaque para “Terra do Inferno” (“Hells Hinges”) e “Serás Minha Escrava” (“The Aryan”), ambos em 1916. 
Em 1917, Hart foi, com Thomas Ince, para a Famous Players. Seguiram-se 25 filmes, muitos sob a direcção de Lambert Hillyer. Escreveu igualmente os guiões, realizou e produziu alguns dos seus filmes. Também escreveu livros, entre eles a sua autobiografia, “My Life East and West”. 
Aos 56 anos, casou-se com Winifred Westover, que trabalhara com ele em “Um Amigo Precisoso” e “João das Saias” (“John Petticoats”), de 1919. Separaram-se antes do nascimento do seu filho, William Hart, Jr., em 1922.
Hart deixou a Famous Players, indo para a United Artists, onde ficaria até fazer, em 1925, o seu último filme, “O Rei do Deserto” (“Tumbleweeds”). Retirou-se dos ecrãs, tendo sido, posteriormente, convidado especial em “Fazendo Fitas” (“Show People”), de King Vidor, em 1928, além de dois “Instantâneos de Hollywood” (“Screen Snapshots”), da Columbia. Em 1939, “O Rei do Deserto” foi relançado pela Astor Pictures, com música, efeitos sonoros e um prólogo de oito minutos. 
Hart faleceu aos 81 anos e está sepultado no Greenwood Cemetery, em Brooklyn, Nova Iorque. Doou a sua propriedade ao Los Angeles County, para servir como centro de recreação, justificando assim: «Enquanto estava a fazer filmes, os fãs deram-me os seus níqueis e centavos. Quando partir para sempre, quero que fiquem com o meu lar».

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

5 DE DEZEMBRO - RUY LUÍS GOMES


EFEMÉRIDE - Ruy Luís Gomes, matemático português, nasceu no Porto em 5 de Dezembro de 1905. Morreu na mesma cidade em 27 de Outubro de 1984. 
Ruy Luís Gomes concluiu o curso complementar de Ciências no Liceu Central de José Falcão, em Coimbra, em 1922. Frequentou em seguida o Curso de Ciências Matemáticas na Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra, tendo concluído a licenciatura em 1926, com a classificação de 20 valores. 
Foi nomeado assistente da mesma faculdade ainda nesse ano. Doutorou-se pela Universidade de Coimbra em 1928, com a tese “Sobre o desvio das trajectórias dum sistema holónomo”. Candidatou-se em 1929 a um lugar de professor catedrático, ainda na mesma universidade, tendo sido admitido a concurso. Este desenrolar-se-ia, de 1929 a 1933. Entretanto, Ruy Luís Gomes aceitou um convite que lhe foi dirigido pela Universidade do Porto para ser assistente na respectiva Faculdade de Ciências. Em 1933, abriu um concurso para professor da secção de Matemática daquela faculdade, ao qual Ruy Luís Gomes concorreu e cujo lugar lhe foi atribuído. 
Ruy Luís Gomes foi director do Gabinete de Astronomia e co-fundador do Observatório Astronómico da Universidade do Porto. Foi também co-fundador da Sociedade Portuguesa de Matemática, em 1940. Em 1941, apresentou ao Instituto para a Alta Cultura uma proposta de criação do Centro de Estudos Matemáticos do Porto (actual Centro de Matemática da Universidade do Porto). Este foi fundado em 1942 e Ruy Luís Gomes foi o seu director até 1947.
Em 1943, juntamente com António Aniceto Monteiro e Aureliano de Mira Fernandes, criou a Junta de Investigação Matemática, uma associação privada de cientistas, sem financiamento público.
Em 1947, Ruy Luís Gomes foi demitido de professor catedrático da Universidade do Porto. Foi afastado do serviço pelo Ministro da Educação, Fernando Pires de Lima, por ter reclamado contra a prisão de uma aluna sua pela PIDE (polícia política).
Entre 1945 e 1957 Ruy Luís Gomes esteve preso em - pelo menos - dez ocasiões, devido à sua actividade política. Foi vice-presidente da Comissão Distrital do Porto da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República, em 1949. Presidiu à Comissão Central do Movimento de Unidade Democrática até à sua extinção, em 1956. Este movimento apresentou-o como candidato à Presidência da República em 1951. Esta candidatura acabou por ser rejeitada pelo Conselho de Estado. 
Ruy Luís Gomes exilou-se na América do Sul. Foi docente na Universidade de Bahia Blanca, na Argentina, de 1958 a 1962, e na Universidade de Pernambuco, no Recife (Brasil), de 1962 a 1974, tendo-lhe sido atribuído o título de Professor Emérito daquela universidade, em 1978. 
Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974, tendo-se tornado no primeiro reitor da Universidade do Porto, após aquela revolução. Jubilou-se em 5 de Dezembro de 1975, tendo sido então nomeado reitor honorário da Universidade do Porto. Foi o primeiro presidente da Delegação Norte da Sociedade Portuguesa de Matemática, em 1980/1981. Faleceu vítima de enfarte do miocárdio.
Fundou, em 1975, juntamente com personalidades como Corino de Andrade e Nuno Grande, o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto
Em 1981, recebeu a Ordem da Amizade dos Povos da União Soviética. Ainda no mesmo ano, foi-lhe atribuída a Medalha de Serviços Científicos, no Brasil. Em Abril de 1982, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade
Em 5 de Dezembro de 2005, a Sociedade Portuguesa de Matemática, a Sociedade Portuguesa de Física e a Universidade do Porto organizaram uma conferência para assinalar o centenário do seu nascimento.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

4 DE DEZEMBRO - RUI POÇAS


EFEMÉRIDE - Rui Poças, director de fotografia e cineasta português, nasceu no Porto em 4 de Dezembro de 1966.
Em 1993, acabou o curso de Cinema na área de Imagem, na Escola Superior de Teatro e Cinema, em Lisboa. Nesse mesmo ano, frequentou, em Budapeste, na Hungria, o 2º Seminário Europeu para estudantes de direcção de fotografia, na Escola de Cinema de Budapeste e, na Corunha, Espanha, o seminário A Luz no Cinema. Em 1994, frequentou o Curso Avançado de Cinema da New York Film Academy.
Em 2015, o Festival Internacional do filme de Amiens organizou uma retrospectiva da obra de Rui Poças, com a sua presença.  
Foi premiado, no Festival Internacional do Rio de Janeiro de 2017, com o prémio de Melhor Fotografia, referente ao filme “As boas Maneiras”. Recebeu o Condor de Prata 2018, premiando a Melhor Fotografia, com a película “Zama”. 
Entre 1991 e 2017, foi director de fotografia de 60 filmes.

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

3 DE DEZEMBRO - FRANCE PREŠEREN


EFEMÉRIDE - France Prešeren, poeta esloveno, nasceu em Vrba no dia 3 de Dezembro de 1800. Morreu em Kranj, em 8 de Fevereiro de 1849. A sua poesia, com intensa emotividade, fez dele o mais conhecido poeta romântico do seu país.
Era oriundo de uma família de camponeses. A mãe queria que ele se tornasse padre, mas France preferiu estudar Filosofia e depois Direito, numa universidade de Viena. Após se doutorar em Direito, conseguiu um emprego, como assistente num escritório de advogados, na cidade de Laibach (hoje, Ljubljana). Nunca se tornou um advogado autónomo. 
Escrevia poesia nos seus tempos livres. A sua obra mais famosa, “Sonetni Venec”, foi directamente inspirada pelo seu amor infeliz por Julija Primic e pela morte do poeta Matija Čop, seu grande amigo. Compreensivelmente, muitos dos seus versos falam de paixões agridoces. “Sonetni Venec” foi escrita num formato interessante: a última linha de cada soneto é a primeira linha do soneto seguinte, interligando os 14 poemas dessa obra como se tratasse de um colar. É possível também compor um 15º soneto com o primeiro verso de cada um dos 14. 
Ele era um escritor que sabia transmitir bem aquilo que sentia, através da escrita, a sua grande paixão. 
A sétima estrofe do seu poema “Zdravljica” (brinde, em esloveno) é, desde 1991, o hino nacional da Eslovénia. Os seus poemas foram traduzidos para várias línguas. Ele escreveu igualmente em alemão.
France Prešeren morreu aos 48 anos, vítima de cirrose, causada certamente pelo excesso de álcool que consumia. 
O dia 8 de Fevereiro, dia do seu falecimento, é feriado nacional na Eslovénia, conhecido como o ‘Dia de Prešeren’. A imagem dele também apareceu em notas de 1000 tolars. Há uma praça com o seu nome em Ljubljana, onde está uma estátua sua olhando para um baixo-relevo de Julija colocado num edifício próximo. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

2 DE DEZEMBRO - ODETTA


EFEMÉRIDE - Odetta Holmes, cantora, actriz, guitarrista, compositora e activista dos direitos humanos norte-americana, morreu em Nova Iorque no dia 2 de Dezembro de 2008. Nascera em Birmingham, no Alabama, em 31 de Dezembro de 1930.  Era frequentemente apelidada de «a voz do Movimento para os direitos cívicos». 
Cresceu e estudou música em Los Angeles, no Los Angeles City College. Apresentou-se pela primeira vez em 1944 e, durante quatro anos, actuou no Hollywood Turnabout Puppet Theatre, ao lado de Elsa Lanchester. 
A partir de 1950, concentrou-se em canções folk. A pouco e pouco, tornou-se muito conhecida e actuou nos quatros cantos dos Estados-Unidos, primeiro acompanhada e depois a solo com os espectáculos “Odetta Sings Ballads and Blues” (1956) e “At the Gate of Horn” (1957). O seu álbum “Sings Folk Songs” foi um dos mais vendidos em 1963. 
O seu repertório musical consistia em folk music, blues, jazz e espirituais. É uma figura importante do American folk music revival dos anos 1950/1960. Odetta influenciou musical e ideologicamente muitas figuras chave do renascimento folk nesse tempo, incluindo Bob Dylan e Joan Baez.

domingo, 1 de dezembro de 2019

1 DE DEZEMBRO - CEZAR PETRESCU


EFEMÉRIDE - Cezar Petrescu, jornalista, tradutor e escritor romeno, nasceu em Cotnari no dia 1 de Dezembro de 1892. Morreu em Bucareste, em 9 de Março de 1961. 
Inspirou-se nas obras de Honoré de Balzac, tentando escrever uma colecção de romances que espelhasse “A Comédia Humana” daquele escritor francês. Esteve também sob influência da crítica do “Sămănătorul”, da sociedade romena. 
Enquanto jornalista, Cezar Petrescu tornou-se conhecido como um dos editores da revista “Gândirea”, ao lado de Nichifor Crainic e Lucian Blaga. Durante muito tempo, foi membro do Partido Nacional dos Agricultores e escreveu frequentemente para os seus meios de comunicação, em especial para o “Aurora”. 
As suas obras principais consistem em romances, como “Întunecare” (“Escuridão”, 1928), “Calea Victoriei” (o nome de uma avenida de Bucareste, 1930), “Dumenica orbului” (“O Domingo do Cego”. 1934) e “Noi vrem pământ” (“Queremos terra”, 1938).
Apesar da sua obra prolífica, enquanto romancista, Petrescu é lembrado principalmente pelos seus livros infantis, como “Fram, ursul polar” (“Fram, o urso polar”).  
As obras de Cezar Petrescu compreendem cerca de setenta volumes - romances, novelas, peças de teatro, prosa fantástica e literatura para crianças, estudos, notas de viagem e memórias.

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