UM POETA DE VEZ EM QUANDO
Joaquim Pessoa
SONETO ANTI-COLONIALISTA
Ah Diogo! Ah Cão! Em que desaire
Pretendes colocar o teu padrão?
El-rei morreu. As naus de clarear
São agora de um povo nosso irmão.
Dispensámos as balas e os escravos
E mais para diante navegamos.
Negreiros não. Dissemos sim aos cravos.
O mar não dói. E a terra não tem amos.
Ah Diogo! Ah Cão! Que resultado
Esperavas deste povo a ver morrer
O seu corpo na farda de soldado?
Esta nau do futuro há-de vencer!
Mas há cães que só ladram o passado
Porque o presente é duro de roer!
"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
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