
A sua infância foi passada no morro de São Carlos, no bairro do Estácio, onde conviveu com a miséria, a falta de infra-estruturas e todas as dificuldades que existem numa favela.
Gonzaguinha iniciou a sua carreira artística em 1968, no Movimento Artístico Universitário, MAU, um movimento de esquerda, o que gerou um mau relacionamento com o seu pai adoptivo, Luiz Gonzaga - o Rei do Baião, que tinha simpatia pelos militares.
Participou em vários festivais e as suas letras, sempre com forte pendor social, tinham enorme êxito. Em 1973, apresentou-se no programa de Flávio Cavalcante e causou grande espanto pelo teor das suas canções, que eram agressivas e irónicas. Recebeu uma advertência da censura.
Elis Regina, Simone e Maria Bethânia cantaram composições suas. Com o passar do tempo, percebeu que as suas letras não alcançavam todo o público e começou a escrever coisas mais leves. De certa forma, a situação tinha mudado e o discurso adaptou-se às circunstâncias.
Conheceu grandes sucessos sobretudo na voz de Maria Bethânia, a sua maior intérprete, sendo inúmeras as canções por ela gravadas, principalmente nos anos 70 e 80. Entre elas Grito de Alerta, O que é o que é, Começaria tudo outra vez e Explode Coração.
Gonzaguinha lançou dezenas de discos, numa carreira de mais de vinte anos, precoce e tragicamente interrompida.
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