
Os seus primeiros estudos foram feitos com um mestre, que o maltratava. Mais tarde, entrou na aula régia de gramática do padre espanhol D. João de Medina, onde aprendeu línguas.
No ano de 1779 começou a fazer o serviço militar como cadete no regimento n.º 7 de infantaria de Setúbal, vindo depois para Lisboa onde estudou na Academia Real de Marinha.
Em 1786, partiu para as terras que inspiraram Camões. A nau em que viajava arribou ao Rio de Janeiro, por causa de uma tempestade, e Bocage foi muito bem recebido pelo vice-rei do Brasil, Luís de Vasconcelos e Sousa, e pela melhor sociedade fluminense. Voltando a Portugal, em Abril desse ano, tornou a partir na mesma nau e chegou finalmente a Goa em 29 de Outubro. Em 1789 foi para Macau, onde teve problemas por ter sido considerado desertor. Voltou a Portugal.
Em 1790 foi convidado e aderiu à Academia das Belas Letras ou Nova Arcádia, onde adoptou o pseudónimo Elmano Sadino.
No ano de 1797, foram denunciados à polícia, como escritos pelo poeta, uns papéis «ímpios, sediciosos e satíricos» … Bocage soube-o e tentou fugir, mas foi preso, só sendo libertado no ano seguinte.
Em 1801 aceitou a proposta de um naturalista brasileiro, padre José Mariano da Conceição Veloso, para fazer traduções de vários poemas didácticos, tarefa que cumpriu com brilhantismo.
Entre 1791 e 1799, publicou os seus principais livros. Os derradeiros cinco anos da sua vida foram muito dolorosos, agitados por terrores e ansiedades, vendo-se pobre e doente.
Em 21 de Dezembro de 1872, a Câmara Municipal de Setúbal inaugurou um monumento em sua honra. O dia 15 de Setembro é feriado municipal naquela cidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário