
Era um aluno excepcional e começou a escrever muito cedo, cerca dos dez anos. A sua relação com a mãe, com quem vivia, era péssima e, em 1871, Rimbaud recusou ir para o liceu, fugiu e começou a beber absinto. Foi para Paris, chamado pelo poeta Paul Verlaine, com quem se correspondia.
Durante uns tempos regressou a Charleville, para voltar a Paris no segundo semestre de 1972. Voltou a deixar Paris mas, desta vez, em companhia de Verlaine com quem iniciou uma ligação homossexual e uma vida agitada, primeiro em Londres e depois em Bruxelas. Esta relação tumultuosa terminou em 1973 quando Verlaine, perdido de bêbado, disparou sobre Rimbaud ferindo-o ligeiramente e sendo preso.
Rimbaud deixou de escrever aos 21 anos. Passou a limpo o manuscrito de Illuminations, que entregou a Paul Verlaine em Estugarda, e abandonou assim o mundo da literatura, para viver a aventura e atravessar parte da Europa. Quando duma das passagens na Bélgica, tornou-se mercenário para ir combater uma rebelião na ilha de Sumatra, nas Índias holandesas, actual Indonésia. Depois de receber o soldo equivalente a um ano de salário, desertou três dias depois de chegar a Jacarta e voltou à Europa.
Recomeçou o seu périplo pelo Mundo, a partir de 1880, visitando países de sonho como o Egipto, Iémen, Etiópia e Eritreia. Para ele, porém, aqueles eram apenas locais de comércio e de trabalho e meras etapas para o fim. Numa carta escrita à família, nessa época, dizia: «Aborreço-me muito, e sempre; nunca conheci ninguém, que se aborrecesse tanto como eu!».
Em 1891 é repatriado para França, com um tumor num joelho que levaria à amputação da perna. Utiliza uma prótese de madeira, mas a gangrena não tinha sido vencida e acaba por morrer em Marselha aos 37 anos. Ficaria no entanto, para a posteridade, como um dos maiores poetas franceses. Uma carreira literária que decorreu apenas entre os seus dez e vinte e um anos de idade!
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