
O seu principal personagem, que o marcaria para sempre, foi o conhecido vagabundo bem vestido, com bigodinho, cartola e bengala. Chaplin foi um dos mais criativos actores do cinema mudo e, além disso, ao longo da sua vida, foi também director, guionista, produtor e até financiador de alguns dos seus próprios filmes. Era mais conhecido em Portugal, como Charlot.
O seu quociente de inteligência era de 140, tendo sido também um ás do xadrez. Filho de pai alcoólico, que morreu quando ele tinha doze anos, a mãe tinha sérios problemas mentais, que levaram ao seu internamento num asilo até à data da morte, em 1928.
Representou pela primeira vez aos cinco anos. Em 1900, com 11 anos, conseguiu com a ajuda do irmão o papel cómico de gato numa peça infantil. Em 1903, participou noutra peça e, depois, assumiu o seu primeiro trabalho regular em Sherlock Holmes, num papel que representou até 1906. Nunca mais parou e, em 1912, chegou à América numa companhia de circo. O seu salário fala pelos êxitos que obteve, passando de 150 dólares semanais em 1914 para um milhão três anos depois.
Em 1919, fundou o estúdio United Artists. Embora os filmes falados se tivessem já popularizado em 1927, Charlot resistiu a utilizá-los até 1930. Em 1931, Luzes da Ribalta foi como que a ponte entre os seus filmes mudos e falados. Depois, o Grande Ditador foi uma afronta a Adolf Hitler e ao nazismo, que tentavam então partir à conquista sobretudo da Europa. As suas posições políticas sempre penderam para a esquerda e o seu filme Tempos Modernos foi uma crítica à situação da classe operária e dos pobres em geral.
Foi a Inglaterra em 1952, visitou a família do Mahatma Gandhi e, no seu regresso, a CIA impediu a sua reentrada nos Estados Unidos. Permaneceu então na Europa, morando na Suíça. Recebeu o Prémio Internacional da Paz em 1954.
Só voltou aos Estados Unidos em 1972, para receber o seu segundo Óscar, o primeiro ganhara-o em 1929. O seu último filme foi a Condessa de Hong Kong, já a cores, em 1967.
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