Escreveu em quase todos os géneros literários, fundou a célebre Editora Gallimard e a não menos conhecida revista literária Nouvelle Revue Française, tendo sido galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1947.
O seu texto mais conhecido será o longo poema “Os alimentos terrestres”, escrito com menos de 30 anos.
Se bem que oriundo de um meio burguês e protestante, toda a vida defendeu outras causas. Sentindo-se atraído pelo comunismo, visitou a URSS, mas desencantou-se com o estalinismo; esteve contra o fascismo, ao lado dos republicanos, na Guerra Civil de Espanha; e tomou partido pelos povos colonizados, sobretudo africanos, assunto que desenvolveu aliás em dois dos seus livros. Este aspecto político da sua obra é no entanto marginal. Nas suas obras de criação e, mais ainda, na sua obra autobiográfica, André Gide procurou conciliar as suas duas personalidades, que se opunham mas a que tinha sido obrigado por uma educação rigorosa e uma moralidade estreita. O seu lado homossexual deixou de se envergonhar, ante a sua faceta protestante, austera e refinada. Entre muitas frases que ele nos legou, escolhemos estas três:
- "É melhor ser odiado pelo que se é, do que ser amado pelo que se não é";
- "A liberdade é difícil de alcançar, mas o que fazer com a liberdade é muito mais difícil";
- "Tudo já foi dito antes, mas como ninguém escuta, precisamos repetir tudo de novo".
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