
Começou a sua carreira num programa infantil (O Clube do Guri, na Rádio Farroupilha), quando tinha onze anos. Em 1959 assinou contrato com a Rádio Gaúcha e, dois anos depois, com menos de 17 anos, foi ao Rio gravar o seu primeiro disco. Em 1964, fez novo contrato, agora com a TV Rio. Participou em vários espectáculos e lançou mais alguns discos.
No fim de 1964, conheceu o produtor Solano Ribeiro da TV Excelsior que viria a ser a sua primeira paixão. No ano seguinte, venceu o Festival de Música Popular Brasileira da TV Excelsior de São Paulo, recebendo o Prémio Berimbau de Ouro e alcançando definitivamente a fama. O disco Dois na Bossa foi o primeiro disco a vender no Brasil um milhão de exemplares.
Em 1968 deslocou-se à Europa e, no Olympia de Paris, tornou-se na primeira artista a actuar ali duas vezes no mesmo ano, alcançando simultaneamente o sucesso internacional.
Em 1975, com o Falso Brilhante, actuou durante mais de um ano, realizando quase trezentos espectáculos.
Em 1980, gravou o programa especial “Mulher” para a Rede Globo e, no ano seguinte, fez o seu último espectáculo “Trem Azul”.
Elis lançou grandes nomes da música brasileira, entre eles Milton Nascimento que, aliás, a considerou como sua musa inspiradora e lhe dedicou várias composições.
Elis Regina sempre criticou a ditadura brasileira e talvez não tenha sido perseguida e exilada, como aconteceu com outros artistas, em virtude da sua grande popularidade. Foi presidente da ASSIM, Associação de Intérpretes e de Músicos. Casou duas vezes e teve três filhos, que também seguiram a carreira musical.
O “Furacão” ou a “Pimentinha”, como lhe chamava carinhosamente Vinícius de Moraes, deixou muitas saudades, não só no Brasil, quando decidiu partir e ir descansar no Cemitério do Morumbi.
Sem comentários:
Enviar um comentário