
Começou a sua vida desportiva praticando esgrima, basquetebol, ténis, waterpolo e hóquei. Um dia, o Dínamo, tendo necessidade de um guarda-redes convidou-o. Ele foi e ficou. Tinha apenas catorze anos.
Yashin só defendeu as cores do Dínamo de Moscovo, numa carreira de 22 anos em que conquistou 5 Campeonatos e três Taças da URSS. Jogou três Campeonatos Mundiais (1958, 1962 e 1966), tendo conquistado uma Medalha Olímpica em Melbourne (1956) e a Taça da Europa em 1960.
Foi o único guarda-redes a ganhar a “Bota de Ouro” (1963), como melhor jogador do ano na Europa. Condecorado com a Ordem de Lenine em 1967 e com a Ordem Olímpica no ano seguinte.
Jogou 270 jogos sem sofrer um golo e defendeu mais de 160 penalidades. Participou em 812 jogos e foi internacional 78 vezes. Submetia-se a um ritual pouco comum no desporto: antes dos jogos mais importantes, fumava um cigarro e bebia uma bebida forte. Ou será apenas uma lenda?
Abandonou o futebol aos 42 anos, passando a ser técnico e tendo treinado várias equipas juvenis, o Dínamo e a Selecção. Foi professor de Educação Física e teve responsabilidades no Ministério dos Desportos e na Federação de Futebol. Em 1986, sofreu a amputação de uma perna, devido a complicações causadas por uma lesão no joelho.
Postumamente, foi considerado o “Atleta Soviético do Século” (1999). Em vida, fora o Melhor Guarda-Redes do Ano em 1960, 63 e 66. Em 1998, foi também eleito pela FIFA, como o “Melhor Guarda-Redes do século XX”.
O troféu que é dado, desde 1994, ao melhor guarda-redes de cada Campeonato do Mundo tem o seu nome. Já o conquistaram Preud’homme I (Bélgica), Barthez (França), Kahn (Alemanha) e Buffon (Itália). Faz hoje 17 anos que Yashin foi derrotado no jogo que todos acabamos por perder - o jogo da vida.
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