
Teve uma infância difícil, no seio de uma família burguesa e extremamente devota. Fugiu várias vezes de casa, recusou seguir o curso de Direito na Universidade Católica de Angers e, quando perfez vinte anos, cortou completamente os laços familiares.
Licenciou-se em Letras na Sorbonne, trabalhando vários anos em pequenos ofícios e escrevendo poesia, mas sem brilho aparente. Isso não o impediu de criar uma revista poética em 1946 (La Coquille) e de obter o Prémio Apollinaire em 1947, com “Jour”, a sua primeira recolha de poemas.
O escritor Paul Valéry aconselhou-o a dedicar-se sobretudo à prosa. As relações conflituosas com a sua mãe, durante a infância, inspiraram-no para escrever o romance “Vipère au poing”, em 1948. Seguiram-se vários romances, recebidos sempre com entusiasmo pelo público.
Colaborou na revista “La Nef”, juntamente com outros escritores de nomeada, e escreveu algumas novelas e ensaios. Foi eleito membro da Académie Goncourt em 1958, tornando-se seu presidente em 1972. Recebeu muitos prémios literários, entre os quais : o Grande Prémio do Mónaco, o Grande Prémio do Humor Negro e o Grande Prémio Internacional de Poesia. Politicamente, pertenceu ao Movimento da Paz, perto do Partido Comunista, tendo recebido, em 1980, o Prémio Lenine.
Colaborou também em inúmeros jornais e revistas como crítico literário, mas igualmente com grandes reportagens e artigos. A sua obra está traduzida em trinta e duas línguas e é utilizada no ensino da língua francesa, tanto no estrangeiro como em França. Vários dos seus romances foram adaptados ao cinema e à televisão. Em 1985, uma sondagem fidedigna colocava-o à cabeça dos “escritores preferidos” pelos franceses.
Um ano antes de morrer, doou todos os seus manuscritos e a sua correspondência ao Município de Nancy, para que aqueles documentos pudessem ficar para sempre à disposição do público.
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