
Após uma tentativa de fuga da casa de um tio, com quem tinha ido viver depois da morte do pai, foi mandado para um seminário e mais tarde para um mosteiro Beneditino. Foi bom aluno, mas fugiria de novo, desta vez para se juntar a um bando de vagabundos que cometia toda a espécie de crimes. Foi por isso várias vezes preso.
Aos dezassete anos abandonou as más companhias e interessou-se pela alquimia. Em breve, deixou Palermo e começou a viajar pelo Mundo, passando pelo Egipto, Grécia, Pérsia, Rodes, Índia e Etiópia, ao mesmo tempo que estudava Ocultismo e Alquimia. Voltou a Itália, com 25 anos, juntando-se de novo aos mesmos bandidos que, entretanto, administravam um Casino que extorquia dinheiro aos incautos. Foram todos expulsos de Nápoles pela polícia e Cagliostro foi para Roma, estabelecendo-se como médico e levando a partir daí uma vida desafogada. A Inquisição, porém, passou a andar com o olho nele. Fugiu para Espanha e, quando voltou a Palermo, foi preso por denúncia de uma vítima das suas trapacices. Foi solto e, depois de roubar 100 000 coroas (um milhão de dólares) a outro alquimista, fugiu para Inglaterra em 1760, dizendo ter descoberto um grande segredo de alquimia. Conheceu então um Conde, que o iniciou nos rituais ocultistas do antigo Egipto e lhe terá ensinado as fórmulas de várias poções, como as da “Juventude” e da “Imortalidade”. Esteve em Espanha e em Portugal, fundou lojas maçónicas em várias cidades europeias e foi para Paris em 1772, onde passou a vender “elixires e pílulas”. Fazia truques de magia e de bruxaria, dizendo que podia fazer aparecer os mortos, sendo um percursor do Espiritismo. O rei Luís XVI interessou-se pela sua actividade e, em breve, ele se transformou num favorito da corte, entretendo-a com as suas mágicas e contos. Em 1789, envolveu-se no escândalo do desaparecimento de um colar de diamantes da Rainha. Nova prisão e expulsão de França. Foi para Inglaterra, Suiça e Roma, retomando a sua actividade de médico. Seria preso pela Inquisição em 1791, acusado de heresia, bruxaria e prática ilegal da maçonaria. Condenado à pena de morte, o Papa comutou-a em prisão perpétua. Morreria na prisão, considerado por uns como uma das maiores figuras do ocultismo e da alquimia, por outros simplesmente como mais um charlatão.
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