
Viveu grande parte da sua vida na Flandres, hoje parte da Bélgica. Contrariamente ao que era hábito na época, a família não pôs obstáculos, antes pelo contrário, às tendências artísticas do jovem Peter Paul, que viria a celebrizar-se com o seu apelido de “Rubens”.
Cedo obteve o título de Mestre, outorgado pela Corporação dos Pintores da Antuérpia, que era uma condição necessária para exercer a profissão. Foi depois para Itália. O Duque de Mântua empregou-o como seu pintor oficial, dando-lhe ainda a possibilidade de viajar por outras cidades e prestar serviços a outros clientes. Esteve em Florença, Veneza e Roma, tendo estudado as pinturas de Rafael, de Ticiano e de Miguel Ângelo, este sobretudo na Capela Sistina.
Recebeu imensas encomendas para pinturas em igrejas e para fazer retratos de cardeais, duques, condes e burgueses. Tornou-se bastante popular, pois além de excelente pintor, era pessoa de bom relacionamento e grande simpatia. Reconhecendo as suas qualidades, o Duque de Mântua enviou-o em missões diplomáticas, nomeadamente a Espanha, onde Rubens aproveitou também para pintar. Voltou para Antuérpia ao saber que sua mãe estava doente, mas já não chegou a tempo de a encontrar viva. Decidiu ali ficar. Ganhou fama e dinheiro. Além de excelente pintor e diplomata, revelou-se hábil na condução dos negócios. Compreendia o francês, o alemão, o italiano, o espanhol e o latim.
Organizou um estúdio onde, com a ajuda dos seus discípulos, terá produzido cerca de dois mil quadros. Era um verdadeiro trabalho de equipa: ele fazia os primeiros esboços e encarregava os aprendizes de montar um modelo a apresentar em miniatura aos clientes. Se fosse aprovado, fazia então novo esboço mais elaborado, os discípulos colocavam a cor e o óleo e ele fazia a “arte final”. Em 2002, o seu quadro “O Massacre dos Inocentes” foi vendido por 61 milhões de euros.
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