
A família influenciou-o a seguir a carreira de Direito, mas em breve ele desistiria, preferindo cursar Arquitectura na Academia de Belas Artes de Lisboa. O curso porém não o satisfez e em breve partia para Paris, instalando-se no bairro de Montparnasse. As suas primeiras manifestações artísticas foram desenhos e caricaturas, dedicando-se depois à pintura. Pode dizer-se que ele foi um pintor impressionista, expressionista, cubista e futurista. Ele, no entanto, recusou sempre qualquer rótulo, procurando a originalidade e a criatividade para a realização da sua obra.
Frequentou ateliers que preparavam para a Academia de Belas Artes francesa. Em 1911 expôs alguns dos seus trabalhos no “Salão dos Independentes”, aproximando-se de artistas de vanguarda. Participou numa exposição, em 1913, nos Estados Unidos da América, a que se seguiram duas exposições em Portugal (Lisboa e Porto) e uma em Berlim.
Em 1914, regressou a Portugal, onde iniciou uma carreira excepcionalmente produtiva que o levou, em 1916, a expor no Porto 114 obras com o título de “Abstraccionismo”. Nos seus últimos trabalhos experimentou novas formas e técnicas de pintura.
À medida que os preconceitos em relação ao modernismo foram desaparecendo, a sua obra ganhou a devida importância. Amadeo de Souza-Cardoso foi um visionário, que viveu fora do seu tempo.
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