
Muito novo ainda, começou a interessar-se pela música, que passou a estudar desde os doze anos, financiado por um comerciante. Aos dezoito anos, tentou inscrever-se no Conservatório de Milão, mas não foi aceite por ter mais de catorze anos, idade limite na época. Prosseguiu os estudos musicais com um professor particular.
Actuou como mestre de capela e maestro de banda, mas depois transferiu-se definitivamente para Milão. Em 1839, escreveu a ópera Oberto, Conte di San Bonifácio que foi representada no Teatro alla Scala. Um ano depois, morreram os seus dois filhos e a esposa de apenas 27 anos. A sua segunda ópera foi um fracasso, o que levou Verdi a dizer que nunca mais iria compor. A pedido do director do Scala prosseguiu no entanto a sua carreira, com obras que obtiveram grande êxito, mesmo a nível mundial. Curiosamente uma das óperas (La Traviata) fracassou também na estreia, apesar de ser uma das obras mais encenadas depois em todo o mundo.
A partir de 1841, Verdi embalou para uma longa e brilhante carreira, com sucessos fulgurantes em toda a Europa, escrevendo em média uma ópera por ano. Macbeth foi considerada, por alguns, como a mais original e importante ópera, tendo rompido pela primeira vez com a tradição do século XIX, que “impunha” que cada obra deveria comportar uma história de amor.
Mais tarde compôs a ópera “Aïda”, cuja acção decorre no Egipto antigo, e que foi encomendada por Khédive Ismaïl Pacha, para a inauguração do Canal do Suez.
Casou-se uma segunda vez, foi aclamado como patriota pelos italianos e foi eleito deputado em 1861. Quando morreu, as ruas por onde passou o enterro foram cobertas de palha “para que os fiacres não perturbassem o seu descanso”. Cerca de 250 000 pessoas prestaram-lhe uma última homenagem.
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