
O’Neill trouxe para o teatro americano um realismo dramático iniciado pelo russo Anton Tchekhov, entre outros. Os seus personagens vivem geralmente à margem da sociedade, lutam por esperanças e por aspirações, acabando por mergulhar na desilusão e no desespero. Ele explorou os aspectos mais sombrios da condição humana.
Estudou num internato católico, tendo como única ocupação, nos tempos livres, a leitura de livros. Frequentou a Universidade de Princeton e foi marinheiro durante vários anos, durante os quais sofreu de depressão e alcoolismo. Virou-se finalmente para a literatura, como modo de evasão de um mundo que lhe estava a ser hostil. Trabalhou ainda no New London Telegraph, escrevendo simultaneamente as suas primeiras sete peças teatrais. Associou-se a um grupo de teatro amador, onde várias das suas peças foram representadas. Finalmente, decidiu dedicar-se exclusivamente à literatura, depois de ter sido contaminado pela tuberculose.
Em 1920, pela primeira vez, viu uma peça sua representada na Broadway, muito bem acolhida pelo público e pela crítica. Recebeu o Prémio Pulitzer.
Em 1929 foi viver para França, voltando aos Estados Unidos em 1937. Foi casado três vezes. Uma sua filha casou com Charlie Chaplin, casamento que ele condenou, devido à diferença de idades (ela 17, ele 54 anos). Nunca mais a viu, não conhecendo mesmo os seus oito netos. A sua relação com os filhos foi sempre difícil, tendo a vida de dois deles acabado em suicídio, depois de percursos de droga e álcool.
No fim da vida, O’Neill sofreu da doença de Parkinson, com o tremor das mãos a tornaram impossível a escrita. Ainda tentou ditar o que imaginava, para que outras pessoas escrevessem, mas nunca se adaptou a este modo de trabalhar.
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