
Estudou Direito na Universidade de Göttingen, de onde foi expulso, acusado de frequentar bordéis, tendo prosseguido os estudos em Bona e depois em Berlim. Licenciou-se em Direito em 1825, mas o seu interesse inclinou-se para a Literatura.
Converteu-se do judaísmo para o cristianismo luterano, para fugir a várias proibições e restrições de que eram vítimas os judeus em muitos Estados alemães. Em 1831, instalou-se em França, mantendo no entanto uma profunda ligação com o seu país. Politicamente, relacionava-se sobretudo com os “socialistas utópicos”. A famosa expressão que qualifica a religião como “ópio do povo”, que é atribuída a Karl Marx (1844), é afinal de sua autoria (1840).
Heine legitimou a linguagem poética aplicada à prosa, conferindo à língua alemã uma elegância de estilo raramente atingida. Como jornalista, ensaísta e polemista, era tanto admirado como temido. É um dos poetas alemães mais traduzido no estrangeiro. Entre os livros queimados pelos nazis na ”Praça da Ópera” em Berlim, em 1933, encontravam-se várias obras do “judeu” Heine. Curiosamente, ele tinha escrito em 1821: «Aqueles que queimam os livros, acabam mais cedo ou mais tarde por queimar igualmente os homens»...
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