
Foi criado por seu pai e por uma tia, visto ter ficado órfão de mãe aos sete anos. A partir de 1796 estudou na Escola Central de Grenoble, conseguindo o primeiro prémio de matemática três anos mais tarde. Cedo rejeitou as virtudes monárquicas e religiosas que lhe tentavam inculcar.
Abertamente republicano, acolheu com entusiasmo a execução do rei. Graças a um parente longínquo, que foi o seu protector, trabalhou no Ministério de Guerra e seguiu a carreira militar que no entanto o desiludiu, tendo-a abandonado em 1801.
Passou a aparecer em salões e teatros parisienses, sempre acompanhado de uma mulher diferente e começou, sem grande sucesso, a cultivar ambições literárias. Em péssima situação económica, voltou à vida militar entre 1806 e 1808. Admirador de Napoleão, exerceu cargos oficiais e participou nas campanhas imperiais. Em 1814 exilou-se em Itália, fixando residência em Milão, onde se pôde dedicar finalmente à vida literária, começando pela crítica de arte.
Quando terminou a perseguição aos aliados de Napoleão, em França, voltou a Paris, vivendo do que ganhava com a sua colaboração em revistas e jornais literários.
Começou a cimentar o seu nome de escritor graças à “Vida de Rossini” e “Racine e Shakespeare”, autêntico manifesto do Romantismo. Redigiu depois a sua primeira novela (“Armance”). Afectado de novo por uma má situação económica, conseguiu o cargo de cônsul, primeiro em Trieste e depois em Civitavecchia, enquanto se entregava definitivamente à literatura.
Em 1830 publicou a sua primeira obra-prima “O vermelho e o Negro”, uma crónica analítica da sociedade francesa. Em 1839 publicou uma outra: a “Chartreuse de Parme”, que escreveu em apenas dois meses e mereceu o elogio de Honoré de Balzac.
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