
Filho de escravos alforriados, recebeu desde criança a tutela e uma educação esmerada do seu “ex-senhor”, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa, de quem adoptou o apelido. Aprendeu francês, latim e grego e foi aluno de um professor alemão, com quem aprendeu matemática e ciências naturais.
Aos vinte anos, já dirigia um jornal (Tribuna Popular), no qual combateu a escravidão e os preconceitos raciais.
Publicou o seu primeiro livro em 1885. Cinco anos depois foi para Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista, colaborando igualmente no jornal “Folha Popular”. Em 1893 publicou “Missais” (prosa) e “Broquéis” (poesia). Em Novembro desse mesmo ano, casou-se com Gavita, também negra, de quem teve quatro filhos. Morreram todos prematuramente vítimas de tuberculose, o que levou a sua mulher à loucura. Cruz e Sousa veio a contrair igualmente a tuberculose, morrendo aos 36 anos, pobre, infeliz, incompreendido e desiludido com o racismo.
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