
Recebeu uma rígida educação católica numa escola londrina, de que não gostava pois temia os castigos corporais, cuja estrutura era baseada nos ensinamentos dos jesuítas. Aos catorze anos perdeu o pai, deixou a escola e foi trabalhar numa fábrica, onde se tornou notado sobretudo na publicidade.
A sua carreira cinematográfica começou em 1920, com um emprego na Famous Players-Lasky onde, durante dois anos, fez os "cartões" que apareciam como diálogos nos filmes mudos. Aprendeu também a fazer guiões e montagens. Em 1922, tornou-se cenógrafo, assistente de direcção e fez o primeiro filme, chamado Number Thirteen, mas o projecto foi abandonado.
Entre 1923 e 1925, Hitchcock trabalhou em Berlim, na U.F.A.. A sua criatividade chamou a atenção dos dirigentes deste estúdio, que decidiram promovê-lo a realizador, tendo tido a sua primeira oportunidade com o filme “The Pleasure Garden”. No ano seguinte, estreou-se no suspense com o filme “O pensionista”, que foi o seu primeiro grande sucesso. A partir daí, Hitchcock apareceu em vários dos seus filmes, em momentos rápidos e geralmente no princípio, o que se tornou uma sua “imagem de marca”.
Em 1929, Hitchcock filmou “Blackmail”, o primeiro filme sonoro britânico. Em 1933, foi trabalhar na Gaumont-British Picture Corporation e o seu primeiro filme para esta companhia chamou-se “O Homem que Sabia Demais” (1934). Seguiram-se vários filmes, todos com sucesso junto do público, que chamaram a atenção de Hollywood. Mudou-se para os Estados Unidos em 1939 e tornou-se cidadão americano em 1955. O seu primeiro filme americano foi Rebecca, que ganhou o Óscar do Melhor Filme. Fez depois muitos outros filmes, diversificando por vezes os temas que passaram mesmo pela Comédia.
“The Paradine Case” de 1947 foi o seu primeiro filme a cores e foi protagonizado por Gregory Peck.
Em 1954 “Disque ‘M’ Para Matar”, com Ray Milland e Grace Kelly nos papéis principais, foi o primeiro filme em que Hitchcock trabalhou com Grace Kelly e em que o realizador utilizou pela primeira vez a técnica das “3 Dimensões”. São inúmeros os seus filmes, tendo trabalhado com os maiores actores do cinema.
“Vertigo” e “Psycho”, consideradas duas das suas obras-primas, foram eleitos pelo Instituto do Cinema Americano como dois dos cem melhores filmes de todos os tempos. Alfred Hitchcock recebeu o “Prémio Irving Thalberg” da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood pelo conjunto da sua obra. Em 1980 recebeu a KBE da Ordem do Império Britânico. Morreu quatro meses depois.
Apesar de nunca ter recebido nenhum Óscar como realizador, foi considerado pela “The Screen Directory”, uma das mais sérias e respeitadas publicações mundiais sobre cinema, como o maior realizador de todos os tempos.
Sem comentários:
Enviar um comentário