Em
1931, esperando que isso o ajudasse a conseguir um emprego, juntou-se ao Partido
Nazi.
Em
1935, quando se envolveu com Irma Eckler (uma judia), foi expulso do partido. O
casal registou para se casar em Hamburgo, mas as Leis de Nuremberg,
promulgadas um mês depois, impediram o casamento. Em 29 de Outubro de 1935,
nasceu a primeira filha de Landmesser e Eckler, Ingrid.
A
agora famosa fotografia, em que um homem identificado como Landmesser se recusa
a fazer a saudação nazi, foi tirada em 13 de Junho de 1936.
Em
1937, Landmesser e Eckler tentaram fugir para a Dinamarca, mas foram presos.
Ela estava grávida novamente e foi acusada e considerada culpada, em Julho de
1937, por «desonrar a raça» sob as leis da política racial da Alemanha Nazi.
Landmesser argumentou que nem ele nem Eckler sabiam que ela era totalmente
judia e foi absolvido em 27 de Maio de 1938 por falta de provas, com o aviso de
que a reincidência resultaria em uma pena de prisão de vários anos. O casal
continuou o seu relacionamento publicamente e, em 15 de Julho de 1938, ele foi
preso novamente e sentenciado a dois anos e meio no campo de concentração Börgermoor.
Eckler
foi presa pela Gestapo em Fuhlsbüttel, onde nasceu a sua segunda filha,
Irene. Dali foi enviada para o campo de concentração de Oranienburg,
mais tarde para o campo para mulheres de Lichtenburg e então para o
campo de concentração de Ravensbrück. As suas filhas inicialmente foram
enviadas para um orfanado da cidade. Depois, Ingrid recebeu permissão para
morar com a sua avó materna; Irene foi para a casa de pais adoptivos em 1941.
Depois da morte da avó em 1953, Ingrid também foi colocada com pais adoptivos.
Algumas cartas vieram de Irma Eckler até Janeiro de 1942. Acredita-se que ela
foi levada para o Campo de extermínio de Bernburg em Fevereiro de 1942,
onde foi uma das 14 mil pessoas assassinadas. Sewgundo a documentação do
pós-guerra, ela foi declarada legalmente morta em 1949, na data de 28 de Abril
de 1942.
Enquanto
isso, Landmesser foi libertado da prisão em 19 de Janeiro de 1941. Ele
trabalhava como capataz para a Püst, uma empresa de transportes. A
empresa tinha uma filial no Heinkel-Werke (fábrica) em Warnemünde.
Em
Fevereiro de 1944, ele foi convocado para um batalhão penal, a 999ª Divisão
Leve da África (Wehrmacht).
Ele
foi declarado desaparecido em acção e presumivelmente morto durante a luta na
Croácia em 17 de Outubro de 1944. Tal como Eckler, foi declarado legalmente
morto em 1949.
O
casamento de August Landmesser e Irma Eckler foi reconhecido retroactivamente
pelo Senado de Hamburgo no Verão de 1951 e no Outono do mesmo ano, Ingrid
assumiu o sobrenome Landmesser. Irene continuou a usar o sobrenome Eckler.
Na
fotografia tirada em 13 de Junho de 1936 e publicada em 22 de Março de 1991 no “Die
Zeit”, uma pessoa identificada por Irene como sendo de seu pai, August
Landmesser, foi destaque. A foto mostra uma grande concentração de
trabalhadores do estaleiro Blohm+Voss, em Hamburgo, durante um comício
para o lançamento do navio-escola da Marinha “Horst Wessel”. Todos na
imagem elevam o braço na saudação nazi, excepto um homem, na parte de trás da
multidão, que está com os braços ostensivamente cruzados sobre o peito.
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