
Em 1855 foi estudar para Coimbra, matriculando-se na Faculdade de Direito em 1858 e concluindo o curso em 1864.
Em 1865 envolveu-se na polémica conhecida por Questão Coimbrã, em que humilhou António Feliciano de Castilho, seu antigo professor e conhecido escritor e crítico literário. Castilho criticara o seu livro "Odes Modernas" referindo «o aventureirismo de um jovem tolo que escreve de forma assaz estranha e de gosto muito duvidoso». Antero respondeu com um opúsculo (Bom senso e Bom gosto), em que definia a sua literatura por oposição à instituída: «ao Ultra-Romantismo decadente, torpe, beato, estupidificante e moralmente degradado, oponho o Realismo, a exposição da vida tal como ela é, as chagas da sociedade, a pobreza, a exploração». Chegou a bater-se em duelo, realizado no Porto, com Ramalho Ortigão, que tomara o partido de Feliciano Castilho.
Antero defendia a poesia como Voz da Revolução, uma forma de alertar as consciências para as desigualdades sociais e para os problemas da humanidade.
Em 1866 foi viver para Lisboa, onde trabalhou como tipógrafo, profissão que exerceu também em Paris. Regressou a Lisboa, onde formou o Cenáculo, grupo literário de que fizeram parte, entre outros, Eça de Queirós e Teófilo Braga.
Em 1873 Antero herdou uma quantia considerável, por morte de sua mãe, o que lhe permitiu viver o resto dos seus dias de forma desafogada e independente.
Em 1874 adoeceu de psicose maníaco-depressiva, doença que o acompanharia até ao fim da vida. Em 1881 abandonou a vida pública e retirou-se em Vila do Conde.
Em Junho de 1891, embarcou para a sua terra natal e, três meses mais tarde, suicidou-se com dois tiros de revólver.
Obras principais:
Raios de Extinta Luz, Primaveras Românticas, Odes Modernas e Sonetos.
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