
Nascera em Angola em 17 de Setembro de 1922. Filho de um pastor metodista, fez os seus estudos primeiro em Coimbra e depois em Lisboa, onde se formou em Medicina na Universidade de Lisboa. Fez parte de uma geração de estudantes africanos que viria a desempenhar um papel decisivo na independência dos seus países.
Foi preso pela polícia política portuguesa em 1960 e deportado para o Tarrafal (Cabo Verde) onde esteve dois anos, sendo-lhe depois fixada residência em Portugal, de onde fugiu para o exílio em Marrocos. Aí assumiu a direcção do MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola).
A Revolução dos Cravos em Portugal pôs fim ao regime colonial-fascista de Salazar. Foi fixada a data de 11 de Novembro de 1975 para a declaração de independência de Angola. As autoridades portuguesas, não querendo privilegiar qualquer dos grupos militares angolanos em presença, organizou conversações com eles (MPLA, FNLA e UNITA) e um acordo foi assinado em Alvor (Algarve) no dia 10 de Janeiro de 1975. Agostinho Neto representou o MPLA.
Um governo de transição foi nomeado em 31 de Janeiro, mas caiu em Agosto. Começa a guerra civil que duraria quase um quarto de século. Cada um dos três Movimentos controlava uma parte do território. Na capital, Luanda, estava o MPLA e Agostinho Neto declara-se Presidente da República em 10 de Novembro. No dia seguinte, Portugal concede a independência, não a um governo mas sim ao «Povo Angolano» e o Governador português não assiste à cerimónia. O reconhecimento internacional do regime do MPLA foi rápido.
Agostinho Neto foi Presidente da Republica entre 1975 e 1979. Gravemente doente, foi transportado para Moscovo onde faleceu. O seu corpo foi embalsamado, para ser posteriormente instalado num mausoléu em Luanda, face ao Oceano Atlântico.
Deixou viúva, Maria Eugenia Neto, portuguesa de quem teve 3 filhos.
Agostinho Neto publicou, em 1974, uma recolha dos seus poemas sob o título Sagrada Esperança.
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