
Em 1819 e 1820, ganhou os concursos da “Academia dos Jogos Florais”, enveredando depois pela carreira literária. Com menos de vinte anos, publicou a sua primeira recolha de poemas. Escreveu nove romances, o primeiro com 16 anos (“Bug-Jargal”) e o último (“Noventa e Três”) com setenta e dois.
Acedeu à Academia Francesa em 1841 e foi deputado em 1848, tendo dedicado uma parte da sua vida à política. Não era contra os ricos, salvo se eles capitalizassem sem reinvestir, mas sim contra as desigualdades sociais; criticava a violência contra a democracia, mas justificava-a se fosse utilizada contra poderes ilegítimos. Esteve exilado vinte anos no estrangeiro, só voltando a Paris quando da queda do Segundo Império e do começo da Terceira República. Até à sua morte foi um ícone da República e da Literatura.
Em 1876, a propósito da abolição da pena de morte em Portugal, escreveu: «A pena de morte foi abolida no nobre Portugal, pequeno povo que tem uma grande história. Felicito-o porque dá o exemplo à Europa. A Europa imitará Portugal». Defendeu igualmente os direitos das mulheres, a abolição do ensino oficial religioso, e a instituição do ensino laico e gratuito. Era um homem avançado em relação ao seu tempo.
Muitas das suas obras foram adoptados ao cinema, à televisão, ao teatro e mesmo à ópera. Só Os Miseráveis conta com quarenta adaptações.
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