
Concluiu o Curso do Colégio Militar com 16 anos, entrou para a Escola do Exército e, em 1925, foi colocado na Escola Prática de Artilharia, vindo a participar no Movimento que implantou a Ditadura Militar que, anos mais tarde, daria lugar ao regime salazarista. Frequentou o curso de piloto aviador, enveredando pela força aérea. Durante muitos anos foi fiel seguidor do regime, o que, aliado a qualificações técnicas obtidas nos Estados Unidos, lhe possibilitou uma meteórica ascensão na carreira, vindo a ser, com 47 anos, o mais jovem general da Força Aérea Portuguesa. Foi Director-Geral da Aeronáutica Civil e teve papel importante na criação da TAP, Transportes Aéreos Portugueses. A partir da década de “50”, começou a afastar-se progressivamente de Salazar, se bem que este o tenha colocado em Washington como Chefe da Missão Militar, entre 1952 e 57.
Nas eleições de 1958, reuniu à sua volta toda a oposição, tendo então afirmado, referindo-se a Salazar, que “se ganhasse as eleições, obviamente o demitia”. Com aquela curta frase teria decidido a sua “derrota” e o seu “destino”.
Em 1959, expulso das forças armadas e sentindo-se ameaçado, pediu asilo político na Embaixada do Brasil, partindo para o Rio de Janeiro. Participou depois no golpe militar de Beja, em 1962, que fracassou. Tinha-se deslocado a Portugal clandestinamente e fez-se fotografar em pleno centro de Lisboa, o que terá enfurecido a polícia política, que jurou vingança. Instalou-se depois na Argélia, a partir de 1963.
Em 1965, foi atraído a uma cilada junto da fronteira espanhola. Julgando vir encontrar-se com militares e emissários da Oposição, foi esperado pela polícia política que o assassinou, bem assim como a sua secretária brasileira Arajaryr Campos.
Em 1990, a título póstumo, foi promovido a Marechal e o seu corpo foi trasladado para o Panteão Nacional.
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