
Em 1922, com a situação mais calma, mudou-se para Moscovo onde exerceu diversos ofícios. Frequentou igualmente “ateliers de formação de escritores” e publicou as suas primeiras novelas em diversos jornais e revistas. Fez parte de alguns círculos literários.
Casou-se em 1924, passando a consagrar-se a tempo inteiro à literatura. Publicou o primeiro livro no ano seguinte - uma recolha de várias novelas.
Em 1928, publicou o primeiro volume daquela que viria a ser a sua maior obra “Tikhiy Don”, um romance em forma de epopeia, onde descreveu episódios da Primeira Guerra Mundial e da Guerra Civil. O quarto e último volume foi publicado em 1940. Elogiado pela crítica oficial, o romance foi traduzido em numerosas línguas, sendo apresentado como a primeira grande obra da nova literatura soviética.
Os seus detractores, entre os quais o escritor Soljenitsyne, chegaram a pôr em dúvida que o livro fosse de sua autoria ou que então se trataria de um plágio. Tudo isto se inscrevia, porém, no clima de “guerra-fria” em que, mesmo no interior da União Soviética, se degladiavam os “escritores do regime” e os “dissidentes”, entre os quais se contava precisamente o aludido Soljenitsyne. Mais tarde, a descoberta dos seus manuscritos pôs termo à calúnia e à polémica.
Foi membro do Partido Comunista da URSS desde 1932, fez parte do seu Comité Central, pertenceu à Academia das Ciências, foi Presidente da União dos Escritores Soviéticos e venceu numerosos prémios literários. Foi várias vezes ao estrangeiro, entre as quais uma - em 1959 - acompanhando Khrouchtchev numa visita oficial à Europa e aos Estados Unidos. Foi laureado com o Prémio Nobel de Literatura em 1965.
Progressivamente, começou a escrever menos e obras de menor importância, morrendo quase esquecido, o que não invalida o facto de “Tikhiy Don”, continuar a ser considerada uma das obras-primas da Literatura Russa do século XX.
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