Foi
presidente da União Europeia, de 1999 até 2004 e líder do partido A
Oliveira e da coalizão A União, disputou com Silvio Berlusconi a
chefia do governo de Itália nas eleições legislativas de 2006, obtendo a
vitória por pequena margem de votos. Desde 14 de Outubro 2007, Prodi é um dos
expoentes do Partido Democrático.
Os
seus estudos iniciaram-se em Reggio Emilia, na mesma província em que nasceu. É
formado em Direito pela Universidade Católica do Sagrado Coração de
Milão, tendo produzido conteúdo académico em Milão, Bolonha e na London
School of Economics.
Também
foi professor visitante na Universidade Harvard e no Stanford
Institute for Economic Policy Research.
Romano
Prodi entrou para a política no fim da década de 1970, quando Giulio
Andreotti o convidou para assumir o Ministério da Indústria. Presidiu o Istituto
per la Ricostruzione Industriale, em 1982, tendo sido responsável por um
bem-sucedido programa de saneamento financeiro. Voltou a ocupar o posto em duas
outras ocasiões.
Seu
primeiro mandato como primeiro-ministro teve início em 1996, quando, presidindo
a coalizão de centro-esquerda A Oliveira (L’Ulivo), venceu as
eleições gerais do país. O seu governo teve, além de políticos de centro e de
esquerda, participação do Partido da Refundação Comunista (Rifondazione
Comunista), formação originária do antigo PCI. Teve como prioridade
o saneamento da economia italiana, dada a necessidade de ajuste orçamentário do
país, visando o seu ingresso na União Europeia. Com a retirada do apoio
da Refundação Comunista, em 1998, Prodi deixou o cargo, que foi então
assumido por Massimo D’Alema.
No
ano seguinte à sua destituição, assumiu a presidência da União Europeia,
permanecendo no cargo até 2004. Foi no seu mandato que a moeda única europeia,
o euro, entrou em circulação, em 1 de Janeiro de 2002.
Após
o fim do seu mandato na UE, retornou à política italiana e, em 2005,
formou uma nova coalizão de esquerda, A União (L’Unione) - onde
se incluíam A Oliveira, A Margarida (La Margherita) e
outros pequenos partidos de centro-esquerda. É aclamado presidente da
coligação.
Nas
eleições gerais italianas, ocorridas em Abril de 2006, conseguiu vitória
apertada contra o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Mas, apoiado pela
lei eleitoral vigente, alterada no mandato do próprio Berlusconi, conseguiu
maioria no parlamento, o que lhe conferiu maior governabilidade. Silvio
Berlusconi não aceitou a sua derrota, pedindo recontagem dos votos; contudo,
Prodi assumiu pela segunda vez o posto, em 17 de Maio de 2006, inaugurando o
segundo governo Prodi.
Em
21 de Fevereiro de 2007, o governo Prodi foi derrotado por dois votos numa
proposta governamental enviada ao Senado italiano pelo ministro de Relações
Exteriores Massimo D’Alema. Prodi seguiu, então, para o Palácio do
Quirinal, onde entregou a sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano,
que cancelara uma visita oficial a Bolonha para receber o primeiro-ministro.
Napolitano evitou qualquer decisão sobre a renúncia de Prodi até encontrar-se
com as forças políticas do país. Napolitano tomou a sua decisão em 24 de Fevereiro.
Não aceitou a renúncia de Prodi e mandou-o ao Parlamento para tentar
obter um voto de confiança dos deputados e senadores. Disse, entretanto, que
caso o primeiro-ministro não obtivesse a confiança do Parlamento,
poderia deixar o cargo.
Em
28 de Fevereiro de 2007, o governo de Prodi conseguiu o voto de confiança dos
senadores, contando com 162 votos contra 157 da oposição conservadora. Na
sexta-feira, 2 de Março, a Câmara dos Deputados, onde o governo contava
com grande maioria, deu o voto de confiança, confirmando a continuidade de
Prodi no cargo.
A
segunda e definitiva crise de governo ocorreu em 24 de Janeiro de 2008. Após a
saída do ministro da Justiça, Clemente Mastella (acusado de corrupção
política) e de seu partido, Udeur (Unione Democratici per l’Europa,
de centro, oriundo da antiga Democracia Cristã) da coalizão de apoio ao
governo, Prodi perdeu a maioria no Senado. Pedido o voto de confiança ao
Parlamento, o governo obteve-a na Câmara, onde tinha ampla
maioria, em 23 de Janeiro. Porém, foi derrotado no Senado - com 156
votos favoráveis, 161 desfavoráveis e uma abstenção. Além do voto contrário da Udeur,
também alguns senadores de outros partidos votaram contra. Após a perda de
confiança do Parlamento, o primeiro-ministro dirigiu-se ao Quirinal
para entregar o seu pedido de demissão ao chefe de Estado, Giorgio Napolitano.
Este pode decidir-se a antecipar as eleições, as quais só deveriam ocorrer em
2011.
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