sábado, 9 de agosto de 2025

9 DE AGOSTO - ROMANO PRODI

EFEMÉRIDE - Romano Prodi, político e economista italiano, nasceu em Scandiano no dia 9 de Agosto de 1939.

Foi presidente da União Europeia, de 1999 até 2004 e líder do partido A Oliveira e da coalizão A União, disputou com Silvio Berlusconi a chefia do governo de Itália nas eleições legislativas de 2006, obtendo a vitória por pequena margem de votos. Desde 14 de Outubro 2007, Prodi é um dos expoentes do Partido Democrático.

Os seus estudos iniciaram-se em Reggio Emilia, na mesma província em que nasceu. É formado em Direito pela Universidade Católica do Sagrado Coração de Milão, tendo produzido conteúdo académico em Milão, Bolonha e na London School of Economics.

Também foi professor visitante na Universidade Harvard e no Stanford Institute for Economic Policy Research.

Romano Prodi entrou para a política no fim da década de 1970, quando Giulio Andreotti o convidou para assumir o Ministério da Indústria. Presidiu o Istituto per la Ricostruzione Industriale, em 1982, tendo sido responsável por um bem-sucedido programa de saneamento financeiro. Voltou a ocupar o posto em duas outras ocasiões.

Seu primeiro mandato como primeiro-ministro teve início em 1996, quando, presidindo a coalizão de centro-esquerda A Oliveira (L’Ulivo), venceu as eleições gerais do país. O seu governo teve, além de políticos de centro e de esquerda, participação do Partido da Refundação Comunista (Rifondazione Comunista), formação originária do antigo PCI. Teve como prioridade o saneamento da economia italiana, dada a necessidade de ajuste orçamentário do país, visando o seu ingresso na União Europeia. Com a retirada do apoio da Refundação Comunista, em 1998, Prodi deixou o cargo, que foi então assumido por Massimo D’Alema.

No ano seguinte à sua destituição, assumiu a presidência da União Europeia, permanecendo no cargo até 2004. Foi no seu mandato que a moeda única europeia, o euro, entrou em circulação, em 1 de Janeiro de 2002.

Após o fim do seu mandato na UE, retornou à política italiana e, em 2005, formou uma nova coalizão de esquerda, A União (L’Unione) - onde se incluíam A Oliveira, A Margarida (La Margherita) e outros pequenos partidos de centro-esquerda. É aclamado presidente da coligação.

Nas eleições gerais italianas, ocorridas em Abril de 2006, conseguiu vitória apertada contra o então primeiro-ministro Silvio Berlusconi. Mas, apoiado pela lei eleitoral vigente, alterada no mandato do próprio Berlusconi, conseguiu maioria no parlamento, o que lhe conferiu maior governabilidade. Silvio Berlusconi não aceitou a sua derrota, pedindo recontagem dos votos; contudo, Prodi assumiu pela segunda vez o posto, em 17 de Maio de 2006, inaugurando o segundo governo Prodi.

Em 21 de Fevereiro de 2007, o governo Prodi foi derrotado por dois votos numa proposta governamental enviada ao Senado italiano pelo ministro de Relações Exteriores Massimo D’Alema. Prodi seguiu, então, para o Palácio do Quirinal, onde entregou a sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano, que cancelara uma visita oficial a Bolonha para receber o primeiro-ministro. Napolitano evitou qualquer decisão sobre a renúncia de Prodi até encontrar-se com as forças políticas do país. Napolitano tomou a sua decisão em 24 de Fevereiro. Não aceitou a renúncia de Prodi e mandou-o ao Parlamento para tentar obter um voto de confiança dos deputados e senadores. Disse, entretanto, que caso o primeiro-ministro não obtivesse a confiança do Parlamento, poderia deixar o cargo.

Em 28 de Fevereiro de 2007, o governo de Prodi conseguiu o voto de confiança dos senadores, contando com 162 votos contra 157 da oposição conservadora. Na sexta-feira, 2 de Março, a Câmara dos Deputados, onde o governo contava com grande maioria, deu o voto de confiança, confirmando a continuidade de Prodi no cargo.

A segunda e definitiva crise de governo ocorreu em 24 de Janeiro de 2008. Após a saída do ministro da Justiça, Clemente Mastella (acusado de corrupção política) e de seu partido, Udeur (Unione Democratici per l’Europa, de centro, oriundo da antiga Democracia Cristã) da coalizão de apoio ao governo, Prodi perdeu a maioria no Senado. Pedido o voto de confiança ao Parlamento, o governo obteve-a na Câmara, onde tinha ampla maioria, em 23 de Janeiro. Porém, foi derrotado no Senado - com 156 votos favoráveis, 161 desfavoráveis e uma abstenção. Além do voto contrário da Udeur, também alguns senadores de outros partidos votaram contra. Após a perda de confiança do Parlamento, o primeiro-ministro dirigiu-se ao Quirinal para entregar o seu pedido de demissão ao chefe de Estado, Giorgio Napolitano. Este pode decidir-se a antecipar as eleições, as quais só deveriam ocorrer em 2011.

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