sábado, 20 de dezembro de 2025

20 DE DEZEMBRO - JOSÉ TRIBOLET

EFEMÉRIDE - José Manuel Nunes Salvador Tribolet, professor catedrático do Departamento de Engenharia Informática (DEI) do IST, nasceu no dia 20 de Dezembro de 1949.  Actualmente, é o presidente da comissão executiva e do conselho de directores do INESC.

Fez os estudos secundários no Colégio Militar, em Lisboa, tendo terminado com a classificação final de 20 valores.

Em 1971, licenciou-se em Engenharia Electrotécnica, pelo Instituto Superior Técnico (IST), com a classificação final de 18 valores.

A partir de 1972 frequentou o Massachussetts Institute of Technology (MIT), onde, em Janeiro de 1975, obteve o grau de Master of Science in Electrical Engineering, e em Junho de 1977, obteve o grau de Doctor of Science on Electrical Engineering and Computer Science.

Obteve o grau de Agregado em Engenharia Electrotécnica[Gd1] , no IST, em 1979. Frequentou, como Visiting Sloan Fellow, uma Pós-Graduação em Sistemas de Informação Empresariais, na Sloan School of Management, do MIT, de Setembro de 1997 a Junho de 1998.

É professor Catedrático do IST desde Dezembro de 1979 e membro do Conselho Geral da UTL, desde 2009.

É presidente da Direcção do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), desde a sua fundação em 1980, e membro da Academia de Engenharia de Portugal, igualmente desde a sua fundação.

É membro Conselheiro da Ordem dos Engenheiros e foi presidente do seu Colégio de Engenharia Informática da OE (1998/2003) e membro do CAQ - Conselho de Acreditação e Qualificação da OE (2004/2010).

É membro do Conselho Consultivo do Grupo Portugal Telecom.

É vogal executivo do Conselho de Administração da AITEC OEIRAS, SA.

É vogal não executivo do Conselho de Administração da Sociedade Taguspark, SA.

Foi investigador no Accoustics Research Department dos Laboratórios Bell, nos EUA, onde se deslocou regularmente como cientista convidado, durante toda a década de 1980, e onde passou semestres sabáticos em 1981/1982 e 1988/1989.

Foi cientista convidado do Basic Research Laboratory da NTT em Tóquio, de Fevereiro a Maio de 1989.

Foi fundador e presidente do FUNDETEC, desde a sua criação em 1984 até ao seu encerramento em 1998.

Foi promotor da criação da primeira incubadora tecnológica portuguesa, a AITEC, SGPS, SA, em 1987, a qual já criou mais de 60 empresas, entre as quais se distinguem hoje a NOVABASE, LINK CONSULTING, TECMIC, BEACTIVE e RUMOS.

Foi membro do Conselho Consultivo da FLAD - Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento, desde a sua criação em 1985 até 2000.

Foi presidente do Departamento de Engenharia Electrotécnica e Computadores (1984/1988) e do Departamento de Engenharia Informática (2000/2002) do IST. Foi vice-presidente para a Pós-Graduação do DEI até 2007.

Presentemente, é responsável pelos Programas de Formação Avançada (DFAs) do 3º Ciclo Bolonha, para Profissionais, do DEI/IST onde se destaca o POSI-E3 - Pós-Graduação em Sistemas de Informação, especialização em Engenharia Empresarial, um exigente curso anual para profissionais, que criou em 1999, e que está na sua XIII edição.

Entre os diversos prémios que recebeu, destaque para o IEEE ASSP 1979 Best Paper Award pelo seu trabalho no domínio da aplicação do Processamento Digital de Sinais para exploração Sísmica, e o IEEE ASSP 1984 Best Paper Award pelo seu trabalho no domínio das aplicações do Processamento Digital de Sinais nas Telecomunicações.

Foi considerado Personalidade do Ano da Sociedade de Informação em 2008, pela APDSI. Foi distinguido com o Prémio Rotary Carreira Profissional 2010.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

19 DE DEZEMBRO- MIRENE CARDINALLI

EFEMÉRIDE - Mirene Cardinalli, de seu verdadeiro nome Maria Irene Cardinalli da Silva, cantora portuguesa de música ligeira, uma das mais populares da segunda metade dos anos 1960, morreu em Vila Franca de Xira no dia 19 de Dezembro de 1969. Nascera em São João da Pesqueira, em 14 de Março de 1942.

Mirene Cardinalli era filha de pais artistas numa companhia itinerante e irmã da actriz e cantora Helena Cardinalli. Pertencia à conhecida família Cardinalli, de origens italianas e muito ligada ao meio artístico.

Começou a cantar aos 7 anos, no Porto, em emissões de rádio e logo depois fez teatro infantil. Como os seus pais mudavam constantemente de lugar, passou a viver em Canas de Senhorim com a sua avó, uma antiga circense italiana, quando andava no 4 ano de escolaridade.

Mais tarde, matriculou-se numa escola em Silves, mas como se tornava cansativo, já que os seus pais viviam em Portimão, decidiu largar os estudos e trabalhar com os pais.

Num dos espectáculos da família, José Peixoto Matias, natural de Tomar, conheceu Mirene, na altura com 15 anos. Este relacionamento não era bem visto pela mãe de José, pois Mirene pertencia a uma família de artistas e um matrimónio com um artista não era visto com bons olhos pela sociedade da época. Por isso, mandou o seu filho para Angola, de forma a impedir o casamento. No entanto, ambos se casaram por procuração: José em Angola e Mirene, com 17 anos, em Alcácer do Sal.

Após o casamento, Mirene foi viver para Luanda com o seu marido e voltou a cantar, desta vez em Angola, onde teve os seus grandes sucessos artísticos. Em 1961, foi convidada a actuar em Luanda e Mirene obteve um indiscutível sucesso, quer a nível de público quer da crítica, razão que a levou a fixar residência nessa cidade dois anos depois. Por essa altura, conquistou o prémio de interpretação no VII Festival da Canção de Angola com a canção “Poema do Ocaso” e, em 1966, o título de Rainha da Rádio de Angola. Nesse mesmo ano, conquista o 1º lugar no Festival da Canção de Luanda, com a canção “Julgamento”, e grava o seu primeiro disco.

De baixa estatura, mas com uma voz poderosa combinada com uma representação invulgar, Mirene tornou-se numa das cantoras mais conhecidas e requisitadas na época em Angola.

«Quando assinei contrato para gravar o meu primeiro disco, as lágrimas rolaram-me pela cara. Cantava já há 17 anos e via fugirem-me as esperanças. Talvez as pessoas não acreditassem em mim. Talvez lhes parecesse impossível que num corpo tão franzino morasse uma voz tão forte...».

Regressou, em 1967, à Metrópole onde se fixou e prosseguiu com a sua carreira de cantora com grande êxito. Marcou presença no Festival Luso-Galaico da Canção do Minho, nos festivais de Ourense e de Aranda do Douro, no VII Festival da Canção da Figueira da Foz e no Festival da Costa Verde, alcançando neste último o 3º lugar com “Onde Morre o Sol”.

Deu espectáculos por todo o país e no Casino do Estoril e, após se submeter às habituais provas de admissão, tornou-se presença frequente na televisão e nos espectáculos da Emissora. Viajou e recebeu aplausos no Canadá e no Brasil e gravou três discos que obtiveram êxito. Também obteve sucesso no teatro, pelo qual tinha uma paixão já desde a adolescência.

Em 1968, participou no Festival RTP da Canção com a canção “Vento Não Vou Contigo”, da dupla Rui Malhoa e Pedro Jordão, que alcançou o 8º lugar, empatada com “Dentro de Outro Mundo” de Simone de Oliveira.

Tal como tinha acontecido anos antes com a cantora Marina Neves, por esta altura alguns críticos consideravam o estilo e o timbre de Mirene pouco original, pois assemelhava-se ao de Simone de Oliveira, que na época era a voz feminina mais conceituada. Mirene, apesar de não negar as semelhanças que tinha com Simone, lembrava que começou a cantar ainda antes dela e que manteve sempre o mesmo estilo.

Em 1969, Mirene gravou um novo disco com três canções concorrentes ao Festival da Canção desse ano: “Sol da Manhã”, “Canção Para um Poeta” e “Sombra de Ninguém”. Dois anos antes já tinha gravado a canção “Livro Sem Fim”, dos Duo Ouro Negro, concorrente ao Festival da Canção de 1967.

Em Dezembro de 1969, Mirene participou numa emissão especial do programa da RTP Riso & Ritmo”, alusiva à quadra natalícia, onde anunciou um novo disco que iria marcar um novo rumo na sua carreira, que incluiria duas canções compostas por Vieira da Silva: “Para a Construção da Cidade Necessária” e “Da Solidão e do Trigo”. No entanto, a sua morte dias após a gravação do programa acabou por pôr um fim a esses planos, atrasando até a emissão do programa, que estava prevista para o dia 21 de Dezembro e que acabou por estrear no dia 28 do mesmo mês. Essa emissão especial foi um dos programas mais vistos da época.

Mirene Cardinalli faleceu em Dezembro de 1969 no Hospital de Vila Franca de Xira, aos 27 anos, vítima de um brutal acidente de viação na recta do Cabo, na EN10, quando se dirigia para uma festa de beneficência em Évora. Um veículo surgiu pela frente e embateu na viatura da cantora, vitimando mortalmente, para além de Mirene, o seu marido, que conduzia a viatura, e o jovem cantor Carlos Belo. O condutor da outra viatura também não sobreviveu ao acidente e Maria de Lourdes Resende, que ia na viatura de Mirene, foi a única sobrevivente.

Os corpos de Mirene e do seu marido foram identificados no hospital por Madalena Iglésias, que, ao regressar de um espectáculo, passara por Vila Franca de Xira momentos depois do acidente.

Mirene deixou dois filhos pequenos, que ficaram ao cuidado da sua sogra, em Tomar.

O programa de rádio “1-8-0” organizou um espectáculo de angariação de fundos no Teatro Monumental no dia 13 de Janeiro de 1970, com o intuito de ajudar os filhos da cantora. Este espectáculo contou com o apoio de um grande número de artistas portugueses, como Carlos do Carmo, Tonicha, Artur Garcia, Gina Maria, António Calvário, Maria José Valério, Maria da Fé, Tony de Matos, Mafalda Sofia, Mara Abrantes, Fernando Farinha, Hermínia Silva e João Maria Tudela.

Em 19 de Dezembro de 2019, a SIC assinalou no programa “Júlia” o 50º aniversário da morte da cantora, com a presença da sua filha Filomena Cardinalli que perdeu os pais aos 8 anos de idade.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

18 DE DEZEMBRO - HAROLD VARMUS

EFEMÉRIDE - Harold Elliot Varmus, cientista (médico oncológico) norte-americano, laureado com o Prémio Nobel de Medicina em 1989, nasceu em   Oceanside no dia 18 de Dezembro de 1939.

Foi director do National Institutes of Health de 1993 a 1999.

Foi o 14º director do National Cancer Institute de 2010 a 2015, cargo para o qual foi nomeado pelo presidente dos EUA Barack Obama.

Foi professor da Universidade da Califórnia em São Francisco.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

17 DE DEZEMBRO - ANTÓNIO CRUZ CALDAS

EFEMÉRIDE - António Pedro Barros Cruz Caldas, caricaturista, ilustrador e publicitário português, nasceu no Porto, em 17 de Dezembro de 1898. Morreu na mesma cidade em 1975.

Era filho de Bernarda Rosa e de José Fernandes Caldas, escultor de imagens religiosas.

Foram seus padrinhos de baptismo a pintora Aurélia de Sousa e o escultor António Teixeira Lopes.

A Sociedade Nacional de Belas Artes reconheceu o seu mérito como caricaturista, atribuindo-lhe o Prémio de Caricatura Leal da Câmara em 1953 e, novamente, em 1956.

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

16 DE DEZEMBRO - LILLIAN BOUNDS DISNEY

EFEMÉRIDE - Lillian Marie Bounds Disney, animadora e filantropa norte-americana, conhecida por ter sido casada com Walt Disney, morreu em Los Angeles, no dia 16 de Dezembro de 1997. Nascera em Spalding, Idaho, em 15 de Fevereiro de 1899.

Lillian cresceu na reserva indígena de Nez Perce, em Lapwai (também em Idaho). Foi a última dos dez filhos do casal Jeanette Short Bounds e Willard Pehall Bounds.

Em 1923, mudou-se para Los Angeles. Uma amiga de Hazel, sua irmã, estava a trabalhar no estúdio de Walt Disney e contou a ela sobre uma vaga de trabalho por lá.

Aproximadamente dois anos depois que começou a trabalhar no estúdio de Walt Disney, casou-se com ele, no dia 13 de Julho de 1925, em Lewiston, Idaho, com um vestido feito por ela mesma. Ela e Walt Disney tiveram duas filhas, Diane Disney Miller e Sharon Mae Disney, das quais a última foi adoptada.

Lillian teve sete netos: Chris Miller, Joanna Miller, Tamara Scheer, Jennifer Miller-Goff, Walter Elias Disney Miller, Ronald Miller e Patrick Miller - filhos de Diane e Ronald Miller, e três netos - Brown, Brad Lund e Michelle Lund, filhos de Sharon.

Lillian tem o crédito por ter escolhido o nome do personagem mais famoso de seu marido, Mickey Mouse. Durante uma viagem de Nova Iorque para a Califórnia, em 1928, Walt Disney mostrou um desenho do ratinho à esposa, dizendo-lhe que iria baptizá-lo de Mortimer Mouse. Ela por sua vez, sugeriu o nome Mickey Mouse, que foi o que acabou por ficar.

O seu primeiro marido, Walt Disney, morreu em 1966. Lillian casou novamente em 1969, com John L. Truyens, com quem permaneceu casada até 1981, ano da morte dele.

Lillian foi activa em diversos programas de caridade, com maior ênfase na assistência a crianças e a arte.

Em 1987, Lillian deu de presente ao Music Center of Los Angeles County uma doação de 50 milhões de dólares, para a construção de uma nova sala de concertos. O novo museu com o nome Walt Disney Concert Hall foi inaugurado em 2003.

Em 1990, reflectindo sobre os 41 anos de casamento com Walt Disney, disse: «Nós compartilhámos uma vida maravilhosa, emocionante, e amámos cada minuto disso. Ele foi um marido maravilhoso para mim, e um pai e avô maravilhoso e alegre».

Lillian sofreu um AVC exactamente trinta e um anos após a morte de Walter e faleceu na manhã seguinte, em sua casa, aos 98 anos.

Segundo familiares, ela morreu pacificamente durante o sono. Encontra-se sepultada ao lado do marido, no Forest Lawn Memorial Park, Glendale, Los Angeles, nos Estados Unidos.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

15 DE DEZEMBRO - MANUEL COELHO

EFEMÉRIDE - Manuel Coelho da Silva, actor português, nasceu em Lisboa, Campolide, no dia 15 de Dezembro de 1954.

É actor do TNDM II e vive com a sua mulher Susana Silvestre e com o seu filho Tomás Silva.

Estreou-se em 1970, aos 16 anos, no Grupo de Campolide. Frequentou a Escola Superior de Teatro e Cinema. Teve actividade no cinema, na rádio e na televisão.

Foi dirigido por encenadores como Francisco Ribeiro (Ribeirinho), Carlos Avilez, Rogério Paulo, Filipe La Féria, Jean-Marie Villégier, Varela Silva, Silvio Purcaretti, etc.

Co-fundador do Grupo Proposta e do Teatro Popular de Almada, integrou ainda outros grupos. Simultaneamente teve actividade no cinema, na rádio e na televisão.

Foi assistente dos encenadores Jorge Listopad, Orlando Neves, António Macedo e Joaquim Benite, entre outros.

Desde 1978, faz parte do elenco do Teatro Nacional D. Maria II, onde participou na maioria dos espectáculos, nomeadamente em “As Alegres Comadres de Windsor”, de Shakespeare; “O Judeu”, de Bernardo Santareno; “Pedro, o Cru”, de António Patrício; “Fígados de Tigre”, de Gomes de Amorim; “Rómulo, o Grande”, de F. Durrenmatt e “D. João”, de Molière - peça que representou em Portugal e em Paris, no Théâtre D’Europe (1986). Efectuou uma digressão a Macau com “À Espera de Godot”, de Beckett.

Foi assistente de direcção do Ciclo de Teatro À Procura da Tragédia”, promovido pelo ACARTE, e integrou o elenco do Teatro Experimental de Cascais, interpretando Lady Macbeth, num “Macbeth” encenado por Jorge Listopad.

Participou em “Passa por Mim no Rossio”, espectáculo em que foi director de cena e director da digressão ao Porto e à Madeira.

Cedido pelo Teatro Nacional D. Maria II, foi actor, director de cena e director técnico do espectáculo “Maldita Cocaína”, de Filipe La Féria. Integrou o elenco da peça “Tempestade”, de Shakespeare, com encenação de Silvio Purcaretti, em que foi também director de cena, no Teatro Nacional S. João.

Foi director técnico de apresentação em Portugal do espectáculo “Na Solidão dos Campos de Algodão”, de Koltès, com encenação de Patrice Chéreau.

Foi director de tournée do espectáculo “Três Actores, um Texto e uma Conversa”, em que participavam Curado Ribeiro, Varela Silva e Rui de Carvalho.

Foi assessor de direcção do Teatro Nacional S. João.

Manuel Coelho vive em Lisboa com a sua família.

Recebeu o Prémio da Lusofonia - Categoria Teatro (2018).

domingo, 14 de dezembro de 2025

14 DE DEZEMBRO - JOAQUIM MOUTINHO

EFEMÉRIDE - Joaquim Moutinho da Silva Santos, piloto de automóveis português, que se destacou na modalidade do Rally, nasceu no Porto em 14 de Dezembro de 1951. Morreu em Lisboa no dia 22 de Novembro de 2019.

Manifestou desde muito cedo uma tendência para o automobilismo, tendo começado a conduzir um kart aos nove anos de idade, no Circuito de São Caetano, em Vila Nova de Gaia.

Passou pouco tempo depois para os automóveis e, com pouco mais de vinte anos de idade, entrou nas competições, tendo ficado em quarto lugar no primeiro rally em que participou, ao volante de um Datsun 1200.

Participou com sucesso no Troféu Datsun 1200, em 1972, e em 1981 conquistou o título de Campeão Nacional de Velocidade, a bordo de um Porsche do Grupo 5.

Integrou-se depois na Renault, tendo sido por esta empresa que foi campeão nacional em 1985 e 1986. Pela sua vitória de 1986, tornou-se o único piloto português a vencer uma das provas do Campeonato do Mundo. Ambas as vitórias foram feitas com um Renault 5 Turbo, e formando equipa com o navegador Edgar Fortes.

Abandonou as competições depois do Rally de 1986, embora tenha ainda participado numa viagem experimental do Renault Clio S1600, em 2004.

Faleceu em 2019, aos 67 anos de idade, devido a uma doença prolongada.

Na altura da sua morte, a Renault emitiu uma nota de pesar, onde destacou a sua carreira como piloto.

sábado, 13 de dezembro de 2025

13 DE DEZEMBRO - VASCO NUNES

EFEMÉRIDE - Vasco Alves Henriques Lucas Nunes, cineasta português, nasceu em Lisboa no dia 13 de Dezembro de 1974. Morreu em Los Angeles, em 11 de Março de 2016.

Em 2003, completou o seu mestrado no Conservatório do American Film Institute.

Começou a trabalhar em cinema e televisão no princípio da década de 1990.

Foi um dos sócios sénior da Interloper Films, uma produtora em Los Angeles.

Era conhecido pelo seu trabalho documental, em especial com a realizadora Ondi Timoner, com destaque para o filme “DIG!”.

O seu trabalho faz parte da colecção permanente do Museu de Arte Moderna em Nova Iorque.

Ganhou vários prémios de cinematografia, um Grand Jury Prize no Festival Sundance, e selecção em numerosos festivais de cinema mundiais, incluindo Cannes, Londres e Sundance.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

12 DE DEZEMBRO - IOLANDA BALAȘ

EFEMÉRIDE - Iolanda Balaş, atleta romena, considerada um dos maiores nomes do salto em altura de todos tempos, nasceu em Timișoara no dia 12 de Dezembro de 1936. Morreu em Bucareste, em 11 de Março de 2016.

Bicampeã olímpica, bateu 14 vezes o recorde mundial feminino e venceu 150 provas consecutivas da modalidade.

Balaş estreou-se no atletismo em 1949, aos 12 anos, e desenvolveu uma técnica para o salto que parecia não ser muito vantajosa e ultrapassada na época, uma variação da tesoura, mas sem a rotação do dorso no momento do salto e com as pernas separadas, ao invés do movimento utilizado de maneira comum, pernas juntas na ultrapassagem da barra. Mesmo assim, em 1955, um ano antes dos Jogos Olímpicos de Melbourne, ela estabeleceu o primeiro dos seus recordes mundiais, saltando 1,75 m.

Favorita para Melbourne 1956, porém, ela conseguiu apenas o 5º lugar na competição e viu a norte-americana Mildred McDaniel bater o seu recorde em um centímetro.

Com 1,85m e longas pernas, a partir do ano seguinte e por toda uma década, Balaş seria o principal nome desta prova.

Entre 1957 e 1967, quando encerrou a carreira, ela estabelecera 13 novas marcas mundiais e foi a primeira mulher a saltar acima de 1,80 m e 1,90 m.

Em Roma 1960, Balaş conquistou o seu primeiro ouro olímpico saltando 1,85 m, catorze centímetros a mais que a medalhista de prata. «Meu grande adversário é a barra. Seria bom se eu tivesse uma outra rival à altura», dizia na época.

Em Tóquio 1964, apesar de lesionada no tendão e no joelho, conquistou o segundo ouro saltando 1,90m, o seu segundo recorde olímpico.

Três anos depois, após sofrer uma derrota depois de 140 vitórias consecutivas, imbatível desde 1958, Iolanda abandonou o atletismo. O seu último recorde mundial, 1,91 m, conquistado em 1961, em Sófia, na Bulgária, permaneceu como melhor marca do mundo durante dez anos.

Após a carreira, ela casou-se com seu técnico, ensinou educação física na Roménia e foi presidente da Federação de Atletismo Romena entre 1988 e 2005.

Balaş é a única atleta a ter vencido por duas vezes consecutivas o salto em altura nos Jogos Olímpicos e uma das duas únicas, junto com a alemã Ulrike Meyfarth, Munique 1972 e Los Angeles 1984, a ter vencido mais de uma vez.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

11 DE DEZEMBRO - JÉSSICA SILVA

EFEMÉRIDE - Jéssica Silva, futebolista portuguesa que joga como avançada, nasceu em Vila Nova de Milfontes no dia 11 de Dezembro de 1994.

Actualmente, joga pelo SL Benfica. Teve a sua primeira internacionalização em 2010, fazendo actualmente parte da Selecção Portuguesa de Futebol Feminino.

Agora, é uma peça fundamental da equipa, ajudando a elevar o nível do futebol feminino em Portugal. Jéssica Silva tem sido uma das principais artilheiras e assistentes da selecção, contribuindo para vitórias importantes em competições como a fase de qualificação para a Campeonato do Mundo de 2023 e a Liga das Nações Feminina.

Pela selecção, Jéssica conta com 117 internacionalizações, sendo 96 pela Selecção A e 21 pelas Sub-19. Ela conta no total com 7500 minutos jogados e 15 golos marcados pela Selecção.

Jéssica já passou por clubes como o Levante UD e o Olympique Lyonnais.

Jéssica, pelo Benfica, marcou 2 golos e fez 2 assistências em apenas 8 jogos.

Jéssica marcou o seu primeiro golo pelo Benfica na Champions League feminina onde as portuguesas ganharam por 9-0 ao Hajvalia FC.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

10 DE DEZEMBRO - ZINAIDA VORONINA

EFEMÉRIDE - Zinaida Borisovna Voronina, ginasta que competiu em provas de ginástica artística pela União Soviética, nasceu em Yoshkar-Olano dia 10 de Dezembro de 1947. Morreu em Moscovo, em 17 de Março de 2001.

Filha de mãe alcoólica, Zinaida nunca conheceu o seu pai. Na escola, apresenta-se à modalidade gímnica e encantou-se.

No final de 1965, aos dezoito anos, mudou-se para a cidade de Moscovo, junto ao técnico Vladimir Shelkovnikov, para treinar ginásio nacional Dinamo.

A sua primeira competição foi o Nacional Soviético, do qual saiu com a medalha de prata nos exercícios de solo e a quarta posição na geral individual.

Na edição do ano seguinte, repetiu o resultado no solo, conquistou o bronze do salto sobre o cavalo e caiu uma colocação geral, ao encerrar na quinta posição.

Internacionalmente, estreou-se no Mundial de Dortmund, na Alemanha Ocidental, no qual conquistou a prata por equipas, ao lado de Polina Astakhova, Olga Kharlova, Natalia Kuchinskaya, Larissa Latynina e Larissa Petrik. Nas disputas individuais, foi a décima colocada na geral, em prova conquistada pela checa Věra Čáslavská; já no solo, foi a medalhista de bronze.

Em 1967, participou no seu primeiro campeonato continental, o Europeu de Amsterdão, no qual conquistou três medalhas em cinco finais disputadas: no concurso geral, superada por Caslavska, que venceu todas as provas, foi a medalhista de prata; nos aparelhos, foi a terceira colocada no solo e na trave de equilíbrio; no salto e nas barras assimétricas, foi à quinta e à quarta posições.

Mais adiante, qualificou-se para disputar os Jogos Olímpicos da Cidade do México, ao encerrar o Pré-Olímpico na quinta colocação geral.

No ano seguinte, conquistou quatro medalhas nas cinco finais nacionais individuais, disputadas antes de competir na sua estreia olímpica, nos Jogos do México. Neles, conquistou a medalha de ouro por equipas e a de prata no concurso geral; nos aparelhos, foi a medalhista de bronze no salto e nas barras assimétricas. Entre 1968 e 1970, casou-se com o também ginasta Mikhail Voronin, com quem teve um filho, Dmitry, nascido em 25 de Agosto de 1969.

No ano seguinte, no intuito de participar dos Jogos Olímpicos de 1972, competiu no Mundial de Liubliana, no qual alcançou três bronzes individuais - all around, solo e barras assimétricas - e o ouro nas provas colectivas. Em 1972, ao não atingir classificação, tentou trabalhar como treinadora da modalidade. Contudo, problemas com a bebida fizeram-na afastar-se do desporto em definitivo. Apesar dos sete anos de carreira como ginasta, nunca foi campeã nacional.

Em 1980, após divorciar-se de Voronin, perdeu a guarda do filho para o ex-marido e mudou-se para uma cidade vizinha de Moscovo, Balashikha. Lá, trabalhou nma fábrica, durante vinte anos. Faleceu em 2001.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

9 DE DEZEMBRO - JUDI DENCH

EFEMÉRIDE - Dame Judith Olivia “JudiDench, actriz britânica, vencedora de um Oscar, nasceu em North Yorkshire no dia 9 de Dezembro de 1934.

Quando tinha treze anos, entrou para a The Mount School, em York. Hoje, é patrona da Friends’ School Saffron Walden.

Em 1971, casou-se com o actor britânico Michael Williams, com quem teve uma filha, Tara Cressilda Williams (conhecida como “Finty Williams”), em Setembro de 1972.

A sua filha tornou-se, mais tarde, actriz como a mãe. Judi estreou-se com o marido no sitcom inglês “A Fine Romance”. Michael Williams morreu de cancro no pulmão aos 65 anos, em 2001.

Dench recebeu muitas nomeações e prémios pelas suas actuações em teatro, cinema e televisão. Os seus prémios incluem seis BAFTA, seis Olivier Awards, dois Screen Actors Guild Awards, dois Globos de Ouro, um prémio da Academia e um Tony Award. Ela também recebeu o BAFTA Fellowship (2001) e o Olivier Award Especial (2004). Ela foi feita uma OBE em 1970 e Dame of the British Empire (DBE), em 1998, pela rainha Elizabeth II, pelos seus serviços às artes do espectáculo.

Em 2005, foi nomeada uma Companion of Honour (CH). As muitas aparições de Dench na televisão incluem “As Time Goes By” e “A Fine Romance”. Dirigiu peças, também.

Dench é filha de mãe irlandesa e pai inglês. O pai, Reginald Arthur Dench, era um médico de Densh que cresceu em Dublin, que lutou na Frente Ocidental na Primeira Guerra Mundial. Os pais conheceram-se quando estudavam no Trinity College em Dublin.

Judi frequentou a Mount School, uma escola secundária privada em Iorque. Ela tinha dois irmãos mais velhos chamados Peter e Jeffrey, sendo este último também actor. A sua sobrinha, Emma Dench, é uma historiadora da Roma Antiga.

Em Outubro de 2021, Judi participou no programa “Who Do You Think You Are?”, onde foi revelado que ela é descendente da uma família aristocrática dinamarquesa.

Através dos seus pais, Judi teve contacto regular com o teatro: o seu pai era director artístico do York Theatre Royal e a sua mãe era chefe do guarda-roupa. Era frequente o casal receber actores na sua casa. Durante estes anos, Judi participou em três peças.

Apesar de ter começado por estudar design de cenários, Judi acabou por se inscrever na mesma escola de teatro do irmão, a Central School of Speech and Drama.

Judi também ficou inspirada depois de ver a peça “Cleópatra” com Peggy Ashcroft, que diz ter mudado a sua vida.

Enquanto estudou na Central School of Speech and Drama, que na altura ficava no Royal Albert Hall, Judi foi colega de Vanessa Redgrave e conquistou vários prémios, incluindo a medalha de ouro de melhor aluna.

Dench construiu uma boa reputação de ser uma das melhores actrizes da história pós-Segunda Guerra Mundial, principalmente pelo seu trabalho no teatro, seu maior forte em toda a sua carreira.

O primeiro papel profissional de Judi Dench surgiu em Setembro de 1957, na Old Vic Company. A actriz interpretou Ophelia em “Hamlet” no Royal Court Theatre em Liverpool. Um crítico do “London Evening Standard” escreveu que Judi tinha «talento que será melhor aproveitado quando ela adquirir alguma técnica para o acompanhar».

A actriz estreou-se nos teatros londrinos com a mesma companhia, onde permaneceu durante quatro temporadas, entre 1957 e 1961.

Os papéis que interpretou incluíram Katherine em “Henrique V” em 1958 (que marcou a sua estreia nos palcos de Nova Iorque) e Julieta em “Romeu e Julieta” em 1960, sendo ambas as peças encenadas por Franco Zeffirelli. Durante esta época, Judi fez digressões nos Estados Unidos e no Canadá e trabalhou em peças na Jugoslávia e no Festival Fringe em Edimburgo.

Ela juntou-se à Royal Shakespeare Company em Dezembro de 1961 e interpretou o papel de Anya na peça “The Cherry Orchard” no Aldwych Theatre em Londres. Em Abril do ano seguinte, trabalhou pela primeira vez em Stratford-upon-Avon na peça “Measure for Measure” onde interpretou o papel de Isabella. Nos anos seguintes, trabalhou no seu repertório com as companhias de teatro Playhouse em Nottingham e Playhouse Company em Oxford.

Em 1964, Judi estreou-se na televisão no papel de Valentine Wannop na adaptação da Theatre 625 de “Parade’s End” numa mini/série de três episódios.

No mesmo ano, participou ainda na série policial “Z-Cars” e estreou-se no cinema com o filme “The Third Secret”. No ano seguinte, teve um pequeno papel no filme “A Study in Terror”, um filme baseado nas personagens de Sherlock Holmes, mas com uma história original, onde trabalhou com o seu colega da Nottingham Playhouse, John Neville.

Judi voltou a trabalhar com a Theatre 625 em 1966, na mini/série de quatro episódios “Talking to a Stranger”. Este papel valeu-lhe o seu primeiro prémio BAFTA de Melhor Actriz. Em 1966, o prémio BAFTA de Estreante Mais Promissora no Cinema foi criado para Judi graças ao seu desempenho em “Four in the Morning” e a actriz voltou a vencer este prémio na categoria de Melhor Actriz pelo seu papel no drama “Talking to a Stranger” da BBC.

Em 1968, Judi foi escolhida para o papel de Sally Bowles no musical “Cabaret”. Sheridan Morley disse mais tarde: «No início, ela pensava que estávamos a brincar. Ela nunca tinha feito um musical e ela tem uma voz rouca pouco comum que faz parecer que está sempre constipada. Tinha tanto medo de cantar em público que fez a audição nos bastidores do teatro e deixou os pianistas sozinhos no palco». No entanto, quando a peça estreou no Palace Theatre em Fevereiro de 1968, Frank Marcus, um crítico da “Plays and Players” comentou que: «Ela canta bem. A canção que dá o título à peça em particular é cantada com muito sentimento».

Ao longo da sua carreira, recebeu o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante pela sua actuação em “Shakespeare in Love”, de 1998, e foi nomeada para a estatueta sete outras vezes, cinco das quais como Melhor Actriz, pelas suas interpretações em “Mrs. Brown”, de 1997; “Iris”, de 2001; “Mrs. Henderson Presents”, de 2005; “Notes on a Scandal”, de 2006; “Philomena”, de 2013 e duas nomeações como Melhor Actriz coadjuvante, por “Chocolat”, de 2000 e “Belfast”, de 2021.

Pela Academia Britânica (BAFTA), já foi agraciada com 7 prémios de Melhor Actriz e nomeada para mais outras 8 prémios.

Em 2004, Judi deu a sua voz à personagem M para os jogos de videogame “Everything or Nothing” e “GoldenEye: Rogue Agent”. E em 2008, deu a voz e aparência no jogo “Quantum of Solace” (jogo electrónico). Também emprestou a voz como narradora na actração “Spaceship Earth (Epcot)” em 2007.

Aos setenta anos, Dench continuou a ser a grande jóia do teatro de Londres. Foi várias vezes comparada e contrastada com Maggie Smith, outra grande actriz britânica da mesma geração, com quem apareceu em vários filmes e no palco com “Breath of Life”, de David Hare.

Em 2016, aos 81 anos, fez a sua primeira tatuagem “Carpe Diem”, no punho direito.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

8 DE DEZEMBRO - PEDRO CORREIA DA SILVA

EFEMÉRIDE - Pedro Augusto Correia da Silva, jornalista, editor e político português, morreu em Lisboa, freguesia de Santa Isabel, no dia 8 de Dezembro de 1893.  Nascera na mesma cidade, freguesia da Encarnação, em 27 de Março de 1836.

Pedro Augusto era filho de João José da Assunção e Silva e de Jesuína Amália Correia da Silva. Era o irmão mais novo de Carlos Eugénio Correia da Silva, mais tarde 1º visconde e 1º conde de Paço de Arcos.

Ainda rapaz, terá sido destinado a uma carreira de armas, tendo vestido a farda de cadete de lanceiros antes de abandonar a vida militar.

Era membro do Partido Regenerador, pelo qual foi eleito deputado, em várias legislaturas e por diferentes círculos (1875/1878, 1879 e 1880/1881, Díli, Timor; 1882/1884, Sertã; 1884/1887 e 1887/1889, Margão, Índia). Também foi eleito Par do Reino, pelo distrito de Évora, em Abril de 1890.

Enquanto editor, desenvolveu uma actividade intensa: criou as colecções Biblioteca dos Dois Mundos, Biblioteca Pedro Correia e Biblioteca Económica; publicou a “História de Portugal de Pinheiro Chagas, o “Dicionário Popular”, que ele dirigiu, e outras obras que este autor traduziu; também publicou obras de Camilo Castelo Branco, Honoré de Balzac, Alexandre Dumas; no campo da imprensa periódica, fundou o “Diário Ilustrado” (1872/1911), o “Correio da Europa” (1878/1922), o “Portugal Pitoresco” (1883/1885), e a “Ilustração Portuguesa” (1884/1890).

Ao fim de dois anos de doença e sofrimentos pulmonares, faleceu em Dezembro de 1893, na sua casa na Travessa de Santa Quitéria, nº 56, 1º, em Lisboa, de um ataque de influenza. Foi sepultado no Cemitério Oriental de Lisboa.

domingo, 7 de dezembro de 2025

7 DE DEZEMBRO - ROGÉRIO

EFEMÉRIDE - Rogério Lantres de Carvalho, mais conhecido - na época - por Rogério Pipi, futebolista português que jogava como atacante e/ou ponta-direita, nasceu em Lisboa no dia 7 de Dezembro de 1922. Morreu na mesma cidade em 8 de Dezembro de 2019.

É considerado o maior nome do SL Benfica até ao surgimento de Eusébio.

Ao longo de 14 temporadas, acumulou 245 jogos na Primeira Liga e 132 golos, a maioria deles pelo Benfica. Fez 15 jogos pela Selecção Nacional de Portugal, marcando 2 golos.

No futebol brasileiro, teve uma breve passagem pelo Botafogo FR (8 jogos).

Do seu palmarés, fazem parte: pelo Benfica, 3 Campeonatos da Primeira Liga (1942/1943, 1944/1945 e 1949/1950); 6 Taças de Portugal (1942/43, 1943/44, 1948/49, 1950/51, 1951/52 e 1952/53); e 1 Taça Latina (1949/1950).

Com o Botafogo, foi vice-campeão do Campeonato Carioca de 1947.

Faleceu aos 97 anos, no dia seguinte ao seu aniversário de nascimento.

sábado, 6 de dezembro de 2025

6 DE DEZEMBRO - RANDY RHOADS


EFEMÉRIDE - Randall “Randy” William Rhoads, guitarrista norte-americano, nasceu em Santa Mónica no dia 6 de Dezembro de 1956. Morreu em Leesburg, em 19 de Março de 1982.

Famoso pela participação nos álbuns “Blizzard of Ozz” e “Diary of a Madman” com Ozzy Osbourne.

Foi considerado o 36º melhor guitarrista da história em inquérito da revista norte-americana “Rolling Stone”.

Randall William Rhoads era o mais novo numa família na qual se respirava música. A mãe, Delores, tinha uma escola de música de sucesso. Kelle, o seu irmão, era baterista e cantor. Kathy, sua irmã, tocava violão. Seu pai, que deixou a família quando Randy tinha apenas 17 meses de vida, era professor de música em escolas públicas.

Delores ensinou Randy a ler partituras e, segundo Kelle, foi responsável por mudar uma política da Universidade da Califórnia em Los Angeles segundo a qual as mulheres não podiam sentar-se na primeira estante da secção de metais. O breve instrumental “Dee”, escrito e executado por Randy no primeiro disco a solo de Ozzy Osbourne, “Blizzard of Ozz”, é uma homenagem a ela.

O primeiro instrumento de Rhoads foi um antigo violão Gibson, herança de seu avô. Com sete anos de idade ele ganhou a sua primeira guitarra: uma Harmony semiacústica. Mais tarde, o seu irmão levou-o a um concerto do Alice Cooper, e logo Randy percebeu o que queria na sua vida: ser guitarrista de heavy-metal.

Aos treze anos, formou pequenas bandas e, aos quinze, começou a dar aulas na escola de sua mãe, tornando-se um professor muito requisitado. A carreira de Rhoads descolou em 1973, quando ele entrou no Quiet Riot. O seu carisma e talento na guitarra garantiram-lhe uma legião de fãs locais. Nessa época, ele começou a usar a sua Flying V preta com acabamento de “bolinhas” brancas, construída por Karl Sandoval. Ele também tocava muito a sua Gibson Les Paul 1974 cor creme, a qual virou uma das suas marcas registadas.

Participou em dois primeiros álbuns da banda: “Quiet Riot I” e “Quiet Riot II”. Ozzy Osbourne começou a realizar testes em Los Angeles para encontrar um guitarrista para a sua banda. Ele procurava alguém com estilo único e estava tendo muitas dificuldades para encontrá-lo. Ozzy ouviu diversos músicos e já estava sem esperanças de achar o guitarrista certo quando resolveu dar chance a um último músico. Rhoads estava relutante em fazer o teste, mas mesmo assim dirigiu-se ao quarto do hotel onde Ozzy estava hospedado. Ligou a sua guitarra num amplificador de estudo e iniciou o seu aquecimento. Apenas começou a afinar a guitarra e Ozzy Osbourne percebeu na hora que havia encontrado a pessoa certa, com estilo próprio.

Randy gravou os dois primeiros discos de Ozzy, “Blizzard of Ozz” de 1980 e “Diary of a Madman” de 1981, e apesar da bem-sucedida carreira, tinha ideias de deixar o grupo e dedicar-se a ter aulas de música erudita e a leccionar. Joe Holmes, guitarrista que tocou com Ozzy na tournée do álbum “Ozzmosis” de 1995 foi um de seus alunos.

Em 19 de Março de 1982, Randy Rhoads morreria, aos 25 anos. No dia anterior, a banda de Ozzy tocou no Civic Coliseum em Knoxville, Tennessee (EUA) e dali iriam para Orlando (Florida) tocar no “Rock Super Bowl XIV” com as bandas Foreigner, Bryan Adams e UFO. A caminho de Orlando, passaram pela casa do motorista do ónibus, Andrew Aycock, que vivia em Leesbur (Florida) em Flying Baron Estares. O lugar consistia em três casas, um galpão para avião e uma pista de aterragem, cujo dono era Jerry Calhoun. Andrew Aycock precisava de umas peças sobressalentes e pensou em parar ali. Andrew Aycock, que tinha dirigido a noite toda, desde Knoxville, e era piloto, talvez para ser gentil, pegou o avião sem permissão e levou o tecladista Don Airey e o empresário Jat Duncan para dar umas voltas. O certificado médico de Andrew tinha expirado, portanto a sua licença para voar não era válida.

Perto das 9 horas, Andrew deixou os dois passageiros e convidou Randy Rhoads e Rachel Youngblood (maquiadora) para dar umas voltas. O avião voava baixo e passava zunindo perto do estacionamento onde estava o ónibus, talvez para brincar com o pessoal. Há pouco tempo o piloto havia passado por um divórcio sórdido. Acredita-se que quando a ex-esposa dele entrou no ónibus, ele voou na direcção do mesmo. Passaram três vezes. Na quarta, a asa esquerda do avião raspou no tecto do ónibus, bateu num pinheiro e caiu na garagem de Jerry Calhoun explodindo e destruindo tudo. Ozzy Osbourne, Tommy Aldrige, Rudy Sarzo e Sharon Arden, que tinham acordado com o primeiro impacto, achavam que se tratava de um acidente na estrada. Wanda Aycock e Don Airey, atónitos, tinham testemunhado tudo. Ozzy ainda correu para prestar socorro. Ele entrou na casa, que estava em chamas, e salvou um homem, mas infelizmente Randy estava morto. O show em Rock Super Bowl XIV foi cancelado e os promotores devolveram os ingressos.

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