Teve
diversas participações nas Olimpíadas de Xadrez entre 1980 e 2012.
O
seu melhor resultado foi a medalha de bronze individual no segundo
tabuleiro, conquistada na Olimpíada de 1992.
"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
Teve
diversas participações nas Olimpíadas de Xadrez entre 1980 e 2012.
O
seu melhor resultado foi a medalha de bronze individual no segundo
tabuleiro, conquistada na Olimpíada de 1992.
EFEMÉRIDE - Artur Duarte, realizador de cinema português. nasceu em Santos-o-Velho, Lisboa, no dia17 de Outubro de 1895. Morreu em São Domingos de Benfica, Lisboa, em 22 de Agosto de 1982.
Era
filho do cabo da Marinha José Duarte e de Joana Margarida de Jesus,
ambos naturais de Lisboa (ele da freguesia de Alcântara e ela da freguesia de
Santos-o-Velho).
Começou
a sua carreira no cinema como actor, tendo realizado diversos pequenos papéis,
designadamente na Alemanha, França, Suíça e Áustria.
O
seu interesse pelas questões técnicas levam-no à produção de filmes e
seguidamente à realização.
Estreia-se
na longa-metragem com a adaptação ao cinema em 1938 do livro de Júlio Dinis, “Os
Fidalgos da Casa Mourisca”, no entanto, foi na comédia que se registaram os
seus maiores êxitos, com títulos como “O Leão da Estrela” ou “O Costa
do Castelo”.
Em
9 de Abril de 1938, casou civilmente em Lisboa com a também actriz Teresa Alves
Casal, que apareceu em vários dos seus filmes, filha de António José Alves
Casal, natural de Caminha (freguesia de Cristelo), e de Maria Albina,
doméstica, natural de Abrantes (freguesia de São Vicente). Por sentença de 18
de Fevereiro de 1956, os dois divorciaram-se litigiosamente.
Para
além das longas-metragens, realizou também, curtas-metragens, documentários e
filmes publicitários.
Faleceu
em Agosto de 1982.
Em
1938, ganhou um concurso intitulado “La Corte Suprema del Arte” e, pouco
depois, passou a fazer parte da Sevilla Biltmore Orquestra.
No
ano seguinte, juntou-se à Orquestra Riverside, com a qual gravou - em
1958 - o tema “Vereda Tropical”, um original do compositor mexicano
Gonzalo Curiel, que Gómez tornou mundialmente famoso interpretado em ritmo de Cha-cha-cha.
Na
década de 1970, fez parte de um grupo chamado Orquestra Jorrín,
dirigido por Enrique Jorrín, normalmente considerado como inventor do Cha-cha-cha.
Ficou
conhecida no início dos anos 1990 como a assistente de Herman José no
programa “A Roda da Sorte”.
Ruth
Rita foi escolhida para ser a assistente de Herman José naquele programa, que
estreou em 1990.
De
sorriso fácil e com poucas palavras, Ruth Rita conquistou o público da “Roda
da Sorte”, onde também participava Cândido Mota, que era o locutor do
programa.
No
último episódio do programa, Ruth participou num momento insólito: o momento em
que Herman José destrói os prémios e o cenário com uma caçadeira.
Em
1991, Ruth fez uma aparição no Festival RTP da Canção, onde apareceu em
palco com a banda T&Gus para interpretar “Bye Lili Bye”, que
se classificou em 4º lugar.
Após
o fim da “Roda da Sorte”, em 1994, Ruth voltou a participar como
assistente de Herman José, desta vez no programa “Com a Verdade M’ Enganas”.
Quando o programa terminou, Ruth, já casada, afastou-se de vez dos ecrãs,
focando-se no seu negócio familiar.
Ruth
era também empresária e geria uma loja de roupa em Telheiras chamada Ruth
Rita.
Ruth
faleceu em 2022, aos 50 anos, vítima de doença prolongada. Sabia-se que lutava
contra um cancro nos últimos meses.
Marcel
Aymé que nasceu na região da Borgonha, em França, era o mais novo de seis
filhos. O pai, Joseph, era ferreiro e a mãe, Emma Monamy, morreu quando ele
tinha dois anos, depois da família se ter mudado para Tours.
Marcel
foi enviado para viver com os avós maternos em Villers-Robert, local onde
passaria os oito anos seguintes e que serviria de modelo para a aldeia fictícia
de Claquebue, naquele que talvez seja o mais conhecido de seus romances, “La
jument verte”.
Em
1906, Marcel entrou na escola primária local. Como o seu avô era um republicano
anticlerical convicto, ele era desprezado pelo seus colegas de classe, muitos
dos quais tinham opiniões mais tradicionais.
Assim,
Marcel não foi baptizado antes de completar oito anos, quase dois anos após a
morte de seu avô em 1908. Órfão mais uma vez, quando a sua avó morreu dois anos
mis tarde, ele viveu brevemente com outros membros da família antes de se mudar
para Dole, uma pequena cidade da região de Franche-Comte, para ficar com uma
tia e frequentar o Collège de l’Arc, onde demonstrou mais habilidade em
matemática do que em literatura. Os seus anos na escola foram uma experiência
desagradável que ele nunca olharia para trás com carinho.
Apesar
dos problemas de saúde que começaram quando criança, Aymé conseguiu cumprir o
serviço militar, iniciado em 1919, como parte de uma unidade de artilharia na
Renânia ocupada.
Em
1923, mudou-se para Paris, onde trabalhou sem sucesso num banco, numa companhia
de seguros e como jornalista.
Embora
tenha falhado na sua carreira como repórter, a sua passagem pelo jornal
permitiu que ele descobrisse o seu amor pela escrita.
O
seu primeiro romance publicado foi “Brûlebois” (1926) e, em 1929, “La
Table aux crevés” ganhou o Prix Renaudot. Após o grande sucesso do
seu romance “La jument verte” (1933), ele se concentrou principalmente
em escrever e publicar histórias infantis, romances e colecções de histórias.
Em
1935, também começou a escrever guiões de filmes. No teatro, Marcel Aymé fez
sucesso com as suas peças “Lucienne et le boucher, Clérambard” (1949),
uma farsa, e “Tête des autres” (1952), que criticava a pena de morte.
Faleceu
em 1967 e foi sepultado no Cimetière Saint-Vincent no bairro de
Montmartre de Paris.
Bento
Morganti era filho de pais portugueses.
Veio
muito novo para Portugal. Estudou no Colégio de Santo Antão e na Universidade
de Coimbra.
Bento
Morganti também escreveu algumas obras sob o pseudónimo de José Acúrsio de
Tavares.
Começou
por correr meias-maratonas e estreou-se na distância maior em 2007, vencendo a Maratona
de Amsterdão.
Depois
de dois quartos lugares na Maratona de Londres de 2008 e 2009,
conquistou a medalha de prata no Campeonato Mundial de Atletismo de
2009 em Berlim.
Em
2010, ficou em segundo lugar nas Maratonas de Londres e Nova Iorque.
No ano seguinte, venceu a Maratona de Londres, com um recorde pessoal e
recorde do percurso de 2:04:40.
Mutai
representou o Quénia na maratona dos Jogos Olímpicos de Londres 2012,
mas sentiu uma contusão e passou mal durante a prova, chegando a parar por
breves momentos, e terminou apenas na 17ª posição; os outros dois quenianos,
Abel Kirui e Wilson Kipsang, conquistaram respectivamente as medalhas de prata
e bronze.
Em
2013, baixou o seu recorde pessoal na Maratona de Chicago, chegando em
segundo lugar, para o compatriota Dennis Kimetto, com o tempo de 2:03:52; em Setembro
de 2014, novamente ele e Kimetto fizeram outra dobradinha 1º/2º na Maratona
de Berlim e Mutai marcou novo recorde pessoal e a segunda melhor marca do
mundo na distância - 2:03.:13; o seu compatriota Kimetto, o vencedor, bateu o
recorde mundial da maratona com o tempo de 2:02:57.
Foi
laureado com o prémio Nobel de Literatura de 1952, em reconhecimento «da
profunda impregnação espiritual e artística com que os seus romances penetraram
no drama da vida humana».
Educado
na sua cidade natal, na escola Des Marianistes e no liceu Grand-Lebrun,
de formação católica, Mauriac reflectirá na sua obra a influência de Pascal e
Francis Jammes, um conflito trágico entre o amor da religião e as tentações.
Sobre
ele, disse Otto Maria Carpeaux - «Mauriac é um mestre: ninguém negará este
título ao autor de numerosos romances tão fascinantes como “Thérèse Desqueyroux”
e “Le Noeud de Vipères”, que desnudam com força incomparável as almas pecadoras
(...)» ele é assim «o maior representante do romance psicológico da
tradição francesa».
Iniciou
a sua carreira em 1909, com um livro de poemas (“Les Mains Jointes”).
Publicou estudos biográficos e críticos, colaborou também em revistas e jornais
franceses, tendo mantido por muitos anos o seu “Bloc Notes”, coluna
publicada inicialmente no jornal “La Table ronde”, depois no “Le
Figaro” e, a partir de 1955, na revista “L’Express”.
François
Mauriac entrou para a Academia Francesa de Letras, em 1933, ocupando a
cadeira 22.
Entre
as suas obras de cunho crítico, encontra-se um famoso ensaio contra a pena de
morte, que levou a uma colecta de assinaturas pelo fim da pena de morte em
França, após a Segunda Guerra Mundial. Albert Camus, entre outros,
participou assinando a petição.
Físico
formado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts e pela Universidade
de Chicago, foi seleccionado pela NASA para o programa de
astronautas em 1992, qualificando-se após o treino para voos espaciais, como
especialista de missão.
No
início, trabalhou na área de desenvolvimento de missão do departamento de
astronautas, liderando a equipa de estudos de criação de computadores portáteis
a serem usados no espaço.
Fez
seu primeiro voo espacial em Março de 1995, na missão STS-67 da Endeavour,
uma missão dedicada a observações astronómicas ultravioleta com o Spacelab,
usando observatório Astro-2.
A
sua segunda missão foi na STS-81 Atlantis, entre 12 e 22 de Fevereiro de
1997, uma missão de dez dias à estação espacial russa Mir, parte do Programa
Shuttle-Mir, entre os governos americano e russo, e onde foi engenheiro de
voo.
Quase
três anos depois, participou na missão STS-103 Discovery, realizada em Dezembro
de 1999, em que a tripulação fez a manutenção e a modernização do telescópio
espacial Hubble, instalando novos giroscópios e instrumentos
científicos, além de sistemas de computação mais modernos. Nessa viagem,
Grunsfeld realizou duas caminhadas espaciais para trabalhos fora da nave, num
total de 16 horas.
Em
Março de 2002, foi pela quarta vez ao espaço, na STS-109 Discovery, nova
missão ao Hubble, como comandante de carga. Nela, em três saídas da Columbia,
que tiveram um total de 21 horas, ele ajudou a instalar novos painéis solares
no telescópio, uma nova câmara digital, um novo sistema de resfriamento da
câmara de infravermelhos e um novo sistema de força.
Em
2009, Grusnfeld participou ne sua quinta missão espacial, como tripulante da STS-125
Atlantis, lançada de Cabo Canaveral em 11 de Maio e enviada ao telescópio Hubble
- a sua terceira missão ao Hubble e sete anos após a última - onde
conduziu a última missão de manutenção e modernização do telescópio realizada
através de um ónibus espacial.
John
Grunsfeld também protagonizou um documentário para a televisão norte-americana,
como protagonista de uma escalada ao Monte McKinley, a mais alta montanha da
América do Norte. Em companhia do Dr. Howard Donner, um consultor da NASA,
ele realizou pesquisas sobre o efeito de grandes altitudes na temperatura do
corpo humano, usando para isso termómetros em forma de pílulas instaladas
dentro do corpo.
Grunsfeld
chegou a 5800 metros de altura até ser obrigado a voltar, afectado pela doença
da altitude, que afecta seres humanos expostos a baixa pressão atmosférica.
Foi
premiada com o Prémio Nobel da Paz em 1997, dividido com a Campanha
Internacional para a Eliminação de Minas (ICBL), pelo seu trabalho
em prol da proibição do uso de minas antipessoais e a sua remoção.
Desde
2003, ocupa a posição de professora de Biologia na Universidade de
Houston.
Era
igualmente piloto de carros de corrida, designer de automóveis, consultor
militar do governo e pioneiro no transporte aéreo.
Em
1910, Rickenbacker correu com os automóveis do seu empregador, competindo em
corridas em pistas de terra para promover a velocidade e capacidade de resposta
do produto.
Mais
tarde, trabalhou para Fred Duesenberg e dirigiu o seu automóvel nas 500
Milhas de Indianápolis.
Ele
ficou famoso como o primeiro homem a correr uma milha em um minuto, e foi
apelidado de “Fast Eddie” (“Eddie rápido”).
Rickenbacker
correu as 500 milhas de Indianápolis, em 1912, 1914, 1915 e 1916. A
única vez que a sua corrida foi concluída foi em 1914, chegando na décima
posição. Nas outras três corridas, não terminou devido a falhas mecânicas.
Notavelmente, na corrida de 1916, partiu na primeira fila e em segundo lugar.
No
âmbito do automobilismo, Rickenbacker foi introduzido em vários Halld da Fama
desportivos como: no International Motorsports Hall of Fame em 1992, no National
Sprint Car Hall of Fame & Museum em 1992 e Motorsports Hall of Fame
of America em 1994.
Nascido
numa família nobre, mandarins na corte da capital imperial Hué no período
anterior à ocupação francesa do país, Nhu formou-se em França e voltou ao Vietname
no início da Segunda Guerra Mundial, para trabalhar na Biblioteca
Nacional de Hanói.
Em
1943, casou com Tran Le Xuan, que passou a ser conhecida como Madame Nhu,
mulher de grande influência no governo e na sociedade sul-vietnamita do
pós-guerra, actuando como primeira-dama do país, em razão do cunhado presidente
ser solteiro.
Em
1955, com a subida ao poder de Diem, indicado primeiro-ministro pelo imperador
Bao Dai após a derrota francesa em Dien Bien Phu e a subsequente saída dos
colonizadores do país, e logo depois transformado em presidente, com a
monarquia sendo extinta, numa votação fraudada, Nhu chegou ao poder no Vietname.
Apesar
de não ter qualquer cargo oficial no governo, ele comandou politicamente a
região sul do país, formando milícias, exércitos particulares e uma polícia
secreta.
Vivendo
no palácio presidencial com a mulher e o irmão, tornou-se símbolo da corrupção
na sociedade sul-vietnamita.
Sob
o seu comando, torturas e mortes de opositores do regime tornaram-de comuns,
com mais de cinquenta mil deles sendo assassinados, fossem comunistas,
dissidentes políticos ou cidadãos que protestassem contra a corrupção.
Viciado
em ópio e admirador de Adolf Hitler, de quem copiou os métodos da Gestapo
para a sua polícia, Nhu e a sua mulher acumularam grande fortuna fraudando
resultados de lotaria, manipulando o câmbio e extorquindo empresários
sul-vietnamitas.
Em
1963, a situação política no Vietname atingiu uma crise sem precedentes, com a
total desorganização do país frente aos protestos civis e religiosos dos monges
budistas, combatidos à força e sendo centenas deles assassinados pelas milícias
de Nhu, à corrupção reinante e aos ataques da guerrilha vietcong por
todo o Vietname do Sul diante de um exército impotente e inoperante, levando a
uma situação insustentável para o regime de Diem, que perdeu o apoio dos
Estados Unidos.
Em
2 de Novembro de 1963, o comando militar sul-vietnamita deu um golpe de estado
no país, depondo o presidente Diem e o seu irmão, que depois de capturados em
fuga numa cidade vizinha da capital, foram assassinados dentro de um carro
blindado em Saigão. A sua mulher, Madame Huh, e os seus filhos, seguiram para o
exílio na Europa.
Médico
ilustre, cirurgião no Hospital de São José, notável professor de Anatomia
na Escola Médico-Cirúrgica de Lisboa, e vice-presidente da Sociedade
das Ciências Médicas de Lisboa.
Publicou,
em 1895, o Tratado de Osteologia Humana, considerado uma monumental obra
de rigor na descrição, sendo possivelmente o livro de Anatomia português
com maior projecção internacional.
Os
seus pais Rosemary (Hrach) e Louis Kroc eram de origem checa. O pai era da
aldeia de Břasy perto de Plzeň, Boémia (actual República Checa). Cresceu e
passou a maior parte da sua vida na sua cidade natal.
Durante
a Primeira Guerra Mundial, mentiu sobre a sua idade e tornou-se um
motorista de ambulância da Cruz Vermelha aos 15 anos, embora a guerra
tenha terminado e ao contrário de Walt Disney, que serviu um ano em França, ele
não foi enviado para o exterior.
Entre
o final da guerra e o início dos anos 1950, tentou a sua sorte em uma
variedade de negócios, incluindo vendedor de copo de papel, pianista, músico de
jazz, membro de uma banda e DJ na estação de rádio WGES em Oak Park. Ao
mesmo tempo, trabalhou para um alojamento de alimentação num dos restaurantes Ray
Dambaugh na região centro-oeste para aprender o negócio de restaurantes.
Mais tarde, tornou-se um vendedor ambulante de equipamentos para a fabricante
de processamento de alimentos Prince Castle, vendendo máquinas de milk-shake
multi-mixer.
Em
1954, intrigado pelo volume de pedidos que recebera de uma lanchonete em San
Bernardino, no estado da Califórnia, Ray resolveu visitá-la. «Percebi que
algo estava acontecendo ali», disse anos depois. O restaurante, onde os
irmãos Maurice e Richard McDonald serviam refeições rápidas, vivia lotado. No
mesmo dia em que viu o lugar, Kroc começou a imaginar uma cadeia de lanchonetes
identificada por arcos dourados. Logo percebeu que os irmãos McDonald estavam
insatisfeitos. Tiravam pouco dinheiro do negócio e tinham obtido resultados
pífios em duas experiências com franquias. De tanto insistir, Kroc conseguiu um
acordo. Venderia franquias da marca a USD 950 cada. Ficaria com 1,4% dos
resultados e 0,5% iria para a conta dos irmãos.
A
rede imaginada por Kroc nasceu com uma lanchonete nas imediações de Chicago, em
1955. A loja, uma cópia perfeita da máquina de fazer sanduíches de San
Bernardino, vendeu USD 366 no primeiro dia de funcionamento e logo se tornou
lucrativa. O McDonald’s não era a única cadeia de restaurantes desse
tipo que começava a surgir nos Estados Unidos.
Com
a concorrência apertando, Kroc tornou-se obsessivo com o controlo de qualidade,
a limpeza e o serviço nas lojas. Cada hambúrguer deveria ter exactamente a
mesma quantidade de carne e as mesmas duas rodelas de picles. Num esquema que
até hoje é posto em prática, a rede começou a comprar terrenos e alugá-los para
os franqueados.
Para
aumentar a rentabilidade do negócio, Kroc comprou o terreno onde se situava a
sede dos fundadores da rede, os irmãos McDonald, obtendo controlo sobre o
estabelecimento, o que acabou praticamente deixando-os sem saída e forçando-os
a vender a marca a Kroc.
Sem
ter nenhuma prova, os irmãos alegam que Kroc os traiu, pois jurou que pagaria
um por cento de todo o lucro da rede a eles, mas que não poderia colocar isso
no contrato por questões legais, deixando a promessa apenas verbal. Kroc não
cumpriu o combinado e ainda obrigou os irmãos a não utilizarem o nome Mc Donald’s
na própria lanchonete que fundaram.
Com
o domínio total da cadeia de lanchonetes, investiu na expansão da rede. Nos
anos 1970, Kroc despejou milhões em propaganda. Em 1972, as suas 2,2 mil
lojas vendiam mais de USD 1 bilhão e Kroc achou que era hora de expandir os
negócios no exterior.
Em
menos de uma década, a rede McDonald’s já se tinha tornado uma marca
reconhecida no mundo inteiro, que lhe garante um facturamento anual de quase USD
40 bilhões.
Como
incentivo ao empreendedorismo, Ray deixou um ditado: «Cuide do cliente e o
negócio cuidará de si mesmo».
A
sua fundação apoiou a pesquisa e tratamento do alcoolismo, diabetes e outras
doenças. Estabeleceu a fundação Ronald McDonald House. Foi um dos
principais doadores da Dartmouth Medical School.
Em
1978, aos 76 anos de idade, sofreu um acidente vascular cerebral. Foi obrigado
pelos médicos a tomar medicação para a sua condição, e uma vez que não poderia
ser utilizado com álcool, ele teve que entrar em reabilitação nos Alcoólicos
Anónimos.
Morreu
de insuficiência cardíaca num hospital em San Diego, Califórnia, com 81 anos.
Deixou
uma viúva, Joan. Os seus casamentos anteriores, com Ethel Fleming (1922/1961) e
Jane Dobbins Green (1963/1968), terminaram em divórcio. Foi sepultado no El Camino Memorial Park, San Diego.
Em
2016, a sua trajectória foi levada aos ecrãs em “The Founder - Fome de Poder”,
dirigido por John Lee Hancock e com Michael Keaton no papel de Ray Kroc.