domingo, 31 de julho de 2022

31 DE JULHO - SANDRA BARATA BELO

EFEMÉRIDE - Sandra Barata Belo, actriz portuguesa de teatro, cinema e televisão, que interpretou o papel de Amália Rodrigues no último filme sobre a fadista, “Amália”, nasceu em Lisboa no dia 31 de Julho de 1978.

Estudou na escola Chapitô, em Lisboa, tendo ainda formação acrescida em vários outros cursos, bem como, trabalhou com as companhias teatrais Útero, O Bando e no próprio Chapitô.

No cinema, interpretou o papel da fadista Amália Rodrigues, em “Amália”, do realizador Carlos Coelho da Silva, produzido por Manuel S. Fonseca. Tornou-se mais conhecida do público após a sua interpretação neste filme.

Foi esta película que a lançou nas luzes da ribalta, para a televisão e para outros filmes em cinema.

Em 2011, Sandra voltou aos ecrãs na SIC, na nova produção intitulada “Rosa Fogo”, da autoria de Patrícia Muller.

Na telenovela “Sol de Inverno”, estreada em 16 de Setembro de 2013, interpretou o papel de Rita Taborda.

Em 26 de Outubro de 2017, teve um filho natural. Entretanto, em Dezembro de 2020, nasceu o seu segundo filho.

Ao longo da sua carreira, já fez três filmes (200872011), 15 trabalhos para televisão (2005/2022) e seis peças de teatro (1998/2013).

Conquistou um Globo de Ouro - prémio de Melhor Actriz de Cinema com o filme “Amália” e o Troféu TV 7 Dias, como Melhor Protagonista da novela “Perfeito Coração”.  

sábado, 30 de julho de 2022

30 DE JULHO - ANDRÉ GOMES

EFEMÉRIDE - André Filipe Tavares Gomes, futebolista português que actua como meio-campista, nasceu em Grijó no dia 30 de Julho de 1993. Actualmente, joga pelo Everton FC.

Jogou durante a adolescência no FC Porto, até ser dispensado. Mudou para o ADR da Pasteleira e, depois, para o Boavista FC, quando revitalizou a sua carreira. Logo foi contratado pelo SL Benfica.

Estreou na equipa principal do Benfica no dia 18 de Outubro de 2012 contra o SC Freamunde, pela Taça de Portugal, marcando inclusive um golo.

Em Julho de 2014, foi emprestado por um ano ao Valencia CFD. No ano seguinte. assinou em definitivo por cinco temporadas.

Após dois anos no Valencia, sendo uma das prioridades de contratação do treinador Luis Enrique, foi contratado pelo FC Barcelona em Julho de 2016 e assinou por cinco épocas. Apesar da sua polivalência, não conseguiu a titularidade e em algumas partidas chegou a ser vaiado. Numa entrevista em Março de 2018, admitiu que o seu rendimento em campo estava abaixo das expectativas e, por conta da pressão que vivia, mais de uma vez não quis sair do clube por vergonha.

No dia 9 de Agosto de 2018, foi cedido pelo Barcelona por empréstimo ao Everton FC por uma temporada. No dia 25 de Junho de 2019, o Everton o contratou-o em definitivo por 25 milhões de euros, firmando um compromisso de cinco anos.

No dia 3 de Novembro de 2019, sofreu uma grave lesão no tornozelo, com fractura exposta, durante a partida contra o Tottenham HFC, em jogo válido pelo Campeonato Inglês.

Estreou-se pela Selecção Portuguesa principal no dia 7 de Setembro de 2014, contra a Albânia, em partida de qualificações para o Europeu 2016. Posteriormente, foi convocado para este Europeu, realizada na França. Em consequência, no dia 10 de Julho de 2016, foi feito comendador da Ordem do Mérito por ocasião da conquista do título.

Do seu palmarés fazer parte: o Campeonato de Portugal, a Taça de Portugal e a Taça da Liga 2013/2014, pelo Benfica; o Campeonato de Espanha e a Copa do Rei 2017/2018, e Super Copa de Espanha de 2016, pelo Barcelona; e o título Europeu em 2016, por Portugal.

sexta-feira, 29 de julho de 2022

29 DE JULHO - RUI TAVARES

EFEMÉRIDE - Rui Miguel Marcelino Tavares Pereira, escritor, tradutor, historiador e político português, nasceu em Lisboa no dia 29 de Julho de 1972. Actualmente, desempenha as funções de deputado na Assembleia da República e vereador na Câmara Municipal de Lisboa.

Apesar de ser natural de Lisboa, passou parte da sua infância numa aldeia do Ribatejo. Licenciou-se em História, variante de História da Arte, pela Universidade Nova de Lisboa, e doutorou-se em História, pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris.

É especialista em história e cultura do século XVIII.

Colabora com o jornal “Público”, a revista “Blitz” e é comentador residente no programa “O Outro Lado” na RTP3.

Foi um dos criadores do blogue “Barnabé” em conjunto com Daniel Oliveira, André Belo, Celso Martins e Pedro Aires Oliveira. Escreve actualmente no blogue pessoal ruitavares.net.

Foi eleito em 2009 deputado para o Parlamento Europeu como independente integrado na lista do Bloco de Esquerda.

Em 2011, abandonou a delegação do Bloco de Esquerda ao Parlamento Europeu, acusando Francisco Louçã de promover uma «caça ao independente» e de ser incapaz de lidar com opiniões contrárias.

Em Junho de 2013, foi mandatado pelo Parlamento Europeu para apresentar um relatório sobre as preocupações constitucionais húngaras. O Relatório Tavares instou as autoridades húngaras a «implementar o mais rapidamente possível todas as medidas que a Comissão Europeia como guardiã dos tratados julgar necessárias para cumprir plenamente o direito da UE … as decisões do Tribunal Constitucional Húngaro… e as recomendações da Comissão de Veneza, do Conselho da Europa e de outros organismos internacionais …».

É um dos fundadores do partido político LIVRE.

Segundo um estudo realizado pela empresa de consultoria de comunicação Imago-Llorente & Cuenca, em parceria com a Universidade Católica Portuguesa, divulgado em Março de 2015, Rui Tavares é o político mais influente da rede social Twitter, em Portugal.

Nas eleições autárquicas de 2021 foi eleito vereador da Câmara Municipal de Lisboa pela coligação Mais Lisboa (PS/L), em representação do LIVRE, para o mandato 2021/2025, sendo vereador sem pelouros.

Nas eleições legislativas de 2022, foi eleito deputado único do LIVRE na XV Legislatura, pelo círculo eleitoral de Lisboa.

quinta-feira, 28 de julho de 2022

28 DE JULHO - ANA BRITON E CUNHA

EFEMÉRIDE - Maria Ana Espírito Santo de Brito e Cunha, actriz portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 28 de Julho de 1975.

Em 1984, entrou numa produção escolar de “Annie” no Instituto Espanhol de Lisboa. Em 1991 e 1992, apareceu no espectáculo “Um Dia No Alentejo”, levado à cena no Teatro Tivoli, com Gonçalo e Mico da Câmara Pereira, a sua irmã Patrícia, Mafalda Veiga, entre outros. Entrou na novela “Na Paz dos Anjos de 1993”. Apareceu depois em “Trapos e Companhia” da TVI (1994).

Regressou à RTP onde entra em “Primeiro Amor” (1995). Entrou em “Cantar Portugal” no CCB. Em 1996, entra na série “Polícias” da RTP.

Produz e escreve peças de teatro, nas quais também tem participado, a 1ª em 1995, “Amigos do Palco I”, Tabata” e “Amigos do Palco II e III” em 1997 e 1998 respectivamente.

Tornou-se mais conhecida na qualidade de apresentadora do programa infantil “Jardim da Celeste”, papel pelo qual ainda é reconhecida entre os portugueses. Foi a cara portuguesa do canal cabo Viver Vivir durante o 1º ano de emissão.

Os seus papéis mais marcantes foram a cómica Rosa em Baía das Mulheres” e Bárbara Rodrigues em “Jura”.

Apareceu em “Sempre em pé” (stand up) aquando da estreia do programa.

Foi encenadora de “O Natal na Floresta”, de Rita Fernandes, no Pavilhão Atlântico, em 2004; “Salon”, de Rita Fernandes, T. Gymnasio; “Não Te Esqueças de Puxar o Autoclismo”, de Rita Fernandes (musical); e “Super-Mulher”.

Estreou-se em teatro de revista na peça HIP HOP’arque!”, no Teatro Maria Vitória, no Parque Mayer.

Durante a sua carreira, entre outras actividades, já fez 27 trabalhos para televisão, 8 filmes e 10 peças de teatro.

Casou-se no dia 21 de Maio de 2016 na Quinta do Peru, Azeitão, com Afonso Luís Fernando Soares Luz Coruche. Tiveram o seu primeiro filho em 26 de Maio de 2017.

quarta-feira, 27 de julho de 2022

27 DE JULHO - HELENA GRECO

EFEMÉRIDE - Helena Greco, activista política brasileira, morreu em Belo Horizonte no dia 27 de Julho de 2011. Nascera em Abaeté, em 15 de Junho de 1916.  

Licenciou-se em Farmácia, em 1937, na Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, sendo reconhecida em âmbito nacional e internacional pela sua actuação política.

Helena Greco foi a primeira vereadora eleita da capital mineira, nas eleições de 1982, e uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores na cidade. Exerceu dois mandatos, de 1982 a 1992. Já tinha sessenta anos quando se juntou aos movimentos comunistas contra o regime militar. Fundou e dirigiu o Movimento Feminino pela Amnistia, em Minas Gerais.

Teve participação activa em praticamente todos os movimentos e lutas que envolvem o binómio direitos humanos e cidadania. Foi idealizadora e criadora de várias entidades - entre elas, a Coordenadora de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte, o Conselho Municipal dos direitos da Mulher, o Fórum Permanente de Luta pelos Direitos Humanos de Belo Horizonte, o Grupo de Trabalho Contra o Trabalho Infantil e o Movimento Tortura Nunca Mais.

Em 2002, foi homenageada pela Universidade Federal de Minas Gerais, por indicação da Faculdade de Farmácia, com a Medalha de Honra, no âmbito do Programa Sempre UFMG. D. Helena era mãe do professor Dirceu Greco, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais.

Recebeu prémios e distinções na sua grande maioria de cunho político, entre os quais a Medalha Chico Mendes de Resistência (1995), Prémio Cidadania Mundial (1999) e Prémio “Che” Guevara (2002). Além disso, foi designada para receber o Prémio Estadual de Direitos Humanos, em 1998.

A volta dos exilados e a segurança dos terroristas tornaram-se a preocupação de todos os seus dias. Escapou de um atentado à bomba e de uma série de ameaças à sua integridade física. Com o fim do Regime Militar, Helena continuou com a sua posição de esquerda. Participou activamente do Grupo Tortura Nunca Mais. Elegeu-se vereadora e criou a primeira Comissão Permanente de Direitos Humanos na Câmara Municipal de Belo Horizonte.

No dia 2 de Maio de 2014, a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte modificou o nome do Elevado Castelo Branco que passou a chamar-se Viaduto Dona Helena Greco. A mudança de nome foi uma iniciativa do então vereador Tarcício Caixeta (PT).

terça-feira, 26 de julho de 2022

26 DE JULHO - STANLEY KUBRICK

EFEMÉRIDE - Stanley Kubrick, realizador, guionista, produtor e fotógrafo norte-americano, nasceu em Manhattan, Nova Iorque, no dia 26 de Julho de 1928. Morreu em St Albans, Hertfordshire, em 7 de Março de 1999.

Frequentemente considerado como um dos cineastas mais influentes do cinema, Kubrick foi eleito o 6º maior director de todos os tempos pelos cineastas pesquisados pelo British Film Institute e pela revista “Sight & Sound” em 2002.

Os seus filmes, que são principalmente adaptações de romances ou contas obras, cobrem uma ampla variedade de géneros e são conhecidos pelo seu realismo, humor sombrio, cinematografia única, extensos cenários e uso evocativo da música.

Kubrick foi criado no Bronx, Nova Iorque, e frequentou a William Howard Taft High School de 1941 a 1945. Ele recebia notas medianas na escola, mas demonstrava um grande interesse pela literatura, fotografia e cinema desde tenra idade e aprendeu por si próprio todos os aspectos de produção e direcção de filmes depois de terminar o colégio.

Após trabalhar como fotógrafo da revista “Look” no final da década de 1940 e no início da década de 1950, começou a fazer curtas-metragens com um orçamento apertado e fez o seu primeiro grande filme de Hollywood, “The Killing”, para a United Artists em 1956. Isso foi seguido por duas colaborações com Kirk Douglas, em “Paths of Glory” (1957) e no épico histórico “Spartacus” (1960).

A sua reputação como cineasta em Hollywood cresceu e ele foi abordado por Marlon Brando para filmar o que se tornaria “One-Eyed Jacks” (1961), embora Brando se tenha decidido dirigir por conta própria.

Diferenças criativas decorrentes de seu trabalho com Douglas e os estúdios de cinema, uma aversão à indústria de Hollywood e uma crescente preocupação com o crime nos Estados Unidos levaram Kubrick a se mudar para o Reino Unido em 1961, onde passou a maior parte do resto da sua vida e carreira.

A sua casa em Childwickbury Manor, em Hertfordshire, que ele compartilhou com a sua esposa Christiane, tornou-se o seu local de trabalho, onde escrevia, pesquisava, editava e gerenciava os detalhes da produção. Isso lhe permitiu ter controle artístico quase completo sobre os seus filmes, mas com a rara vantagem de ter apoio financeiro dos principais estúdios de Hollywood. As suas primeiras produções britânicas foram dois filmes com Peter Sellers, “Lolita” (1962) e “Dr. Strangelove” (1964).

Perfeccionista exigente, Kubrick assumiu o controle sobre a maioria dos aspectos do processo de filmagem, desde a direcção e a redacção até à edição, e teve o cuidado de pesquisar os seus filmes e encenar cenas, trabalhando em estreita coordenação com os seus actores e outros colaboradores. Ele costumava pedir várias dezenas de retomadas da mesma cena num filme, o que resultava em muitos conflitos com os seus elencos. Apesar da notoriedade resultante entre os actores, muitos dos filmes de Kubrick abriram novos caminhos na cinematografia. O realismo científico e os efeitos especiais inovadores de “2001: A Space Odyssey” (1968) não tiveram precedentes na história do cinema e o filme rendeu-lhe o seu único Oscar pessoal, por Melhores Efeitos Visuais. Steven Spielberg referiu-se ao filme como o «big bang» da sua geração e é considerado um dos melhores filmes já feitos. Para o filme do período do século XVIII, “Barry Lyndon” (1975), obteve lentes desenvolvidas pela Zeiss para a NASA para filmar cenas sob a luz natural das velas.

Com “The Shining” (1980), ele tornou-se um dos primeiros directores a usar um Steadicam para filmagens de rastreamentos estabilizados e fluidos. Apesar de muitos dos filmes de Kubrick serem controversos e receberem inicialmente críticas mistas após o lançamento - particularmente “A Clockwork Orange” (1971), que Kubrick retirou da circulação no Reino Unido após um frenesi da imprensa de massa - a maioria deles foi nomeados para Óscars, Globo de Ouro ou Prémio BAFTA, e passou por reavaliações críticas. O seu último filme, “Eyes Wide Shut”, foi concluído pouco antes da sua morte em 1999, aos 70 anos de idade.

Kubrick faleceu enquanto dormia. Devido a um ataque cardíaco, não testemunhou a fria recepção que o seu último trabalho obteve. O último projecto cinematográfico em que esteve envolvido, mas que por questões de saúde não dirigiu, foi “AÍ: Inteligência Artificial”, de Steven Spielberg.

Encontra-se sepultado em Childwickbury Manor, Hertfordshire, na Inglaterra.

segunda-feira, 25 de julho de 2022

25 DE JULHO - MIGU EL ESTEVES CARDOSO

EFEMÉRIDE - Miguel Vicente Esteves Cardoso, crítico, escritor e jornalista português, nasceu em Lisboa no dia 25 de Julho de 1955.

Miguel Esteves Cardoso cresceu no seio de uma família da classe média-alta lisboeta. O pai, de ascendência judaica sefardita, foi oficial capitão-de-mar-e-guerra da Marinha, cavaleiro da Ordem Militar de Avis (29 de Setembro de 1952) e comendador da mesma Ordem a 4 de Outubro de 1961. A mãe era uma inglesa radicada em Portugal, o que proporcionou a Miguel Esteves Cardoso tornar-se bilingue e lhe deu uma espécie de visão distanciada de Portugal e dos portugueses.

Aluno brilhante, Miguel Esteves Cardoso fez os seus estudos secundários na Saint Julian’s School e os superiores fora de Portugal, no Reino Unido. Em 1979, na Universidade de Manchester, licenciou-se em Estudos Políticos. Em 1983 doutorou-se em Filosofia Política, com uma tese que relacionava a saudade e o sebastianismo no Integralismo Lusitano. Posteriormente, voltou a Inglaterra como visiting fellow do St. Antony’s College, em Oxford, fazendo um pós-doutoramento em Filosofia Política, sob orientação de Derek Parfit e de Joseph Raz.

Depois de terminar o doutoramento no Reino Unido, Miguel Esteves Cardoso entrou em 1982 para o Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, como investigador auxiliar.

Pouco depois ingressaria no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa da Universidade de Lisboa, como professor auxiliar de Sociologia Política. Foi igualmente co-fundador do Gabinete de Filosofia do Conhecimento.

Nas duas instituições foi contemporâneo de outros sociólogos conhecidos pela sua participação na vida pública: António Barreto, Vasco Pulido Valente e Maria Filomena Mónica.

No ano de 1988, porém, Miguel Esteves Cardoso decidiu abandonar a carreira académica, para se dedicar à comunicação social, nomeadamente ao jornal “O Independente”, cuja direcção assumiu.

A partir do contacto estreito com as bandas pós-punk e new wave da editora Factory, tais como Joy Division, New Order, Durutti Column ou The Fall, aquando da sua estada no Reino Unido, «MEC» (como era conhecido pelos fãs) começou por se dar a conhecer como cronista, escrevendo sobre música pop nos jornais “Se7e”, “O Jornal” (actual “Visão”) ou “Música & Som”. Essas crónicas eram avidamente lidas pelos jovens portugueses, em complemento à transmissão da mesma música em programas como “Rock em Stock”, de Luís Filipe Barros, ou “Rotação”, “Rolls Rock” e “Som da Frente”, de António Sérgio, na Rádio Renascença e na Rádio Comercial. Também se dedicou à crítica literária e cinematográfica, no “Jornal de Letras, Artes e Ideias”.

Da imprensa, rapidamente passou a ser presença constante na rádio e na televisão, em parte devido à sua aparência invulgar e desajeitada de jovem intelectual, ingénuo e perverso, e às suas intervenções imprevisíveis, irónicas e irreverentes, às vezes desconcertantes. Na rádio, foi autor e co-autor de diversos programas como “Trópico de Dança”, “Aqui Rádio Silêncio”, W”, “Dançatlântico” e “A Escola do Paraíso”, todos na Rádio Comercial. Também colaborou com Herman José, como guionista do programa “Humor de Perdição”, transmitido pela RTP em 1987.

Estabeleceu polémicas com alguns intelectuais e escritores como Fernando Namora ou Eduardo Prado Coelho.

A convite de Vicente Jorge Silva, tornou-se colaborador do “Expresso”, onde as suas crónicas satíricas “A Causa das Coisas” e “Os Meus Problemas”, conheceram o acompanhamento regular de muitos leitores e o sucesso junto da juventude de classe média.

Já na década de 1990, «MEC» viria a participar em vários talk-shows televisivos, entre os quais o popular “A Noite da Má-Língua” (SIC) onde, semanalmente, sob a moderação de Júlia Pinheiro e na companhia de Manuel Serrão, Rui Zink, Rita Blanco, Alberto Pimenta, Luís Coimbra, Constança Cunha e Sá e Graça Lobo, eram satirizadas figuras e situações da vida pública portuguesa e internacional.

No final dos anos 1990, por motivos que nunca revelou, Miguel Esteves Cardoso abandonou subitamente os ecrãs televisivos, tornando-se mediaticamente invisível durante bastantes anos. Só voltaria a partir de 2017-2018, com o programa “Fugiram de casa dos seus pais”, na RTP.

Ainda na década de 1980, Esteves Cardoso fundou, com Pedro Ayres Magalhães, Ricardo Camacho e Francisco Sande e Castro, a Fundação Atlântica, uma das primeiras editoras independentes portuguesas, produzindo discos de nomes como Sétima Legião, Xutos e Pontapés, Delfins, Paulo Pedro Gonçalves, Anamar e Amigos em Portugal dos Durutti Column. Daria também contributo directo à música pop portuguesa como letrista, com “Alhur”, de Né Ladeiras, e Foram Cardos Foram Prosas(com música de Ricardo Camacho, interpretada por Manuela Moura Guedes).

Monárquico e antieuropeísta convicto, apresentou-se como candidato a deputado ao Parlamento Europeu, em 1987, como independente nas listas do Partido Popular Monárquico, não conseguindo a eleição, mas dando a esse partido o melhor resultado eleitoral de sempre.

Entre finais de 1987 e princípios de 1988, Miguel Esteves Cardoso surgiu envolvido na criação de um projecto jornalístico novo. Tem a seu lado Paulo Portas, Pedro Paixão e Manuel Falcão. Nascia assim o jornal “O Independente”, que tinha como director Miguel Esteves Cardoso, como director-adjunto Paulo Portas e como subdirector Manuel Falcão.

A edição do jornal cabia à SOCI - Sociedade de Comunicação Independente, S.A., criada em Fevereiro de 1988 e presidida por Nobre Guedes, e que tinha como accionistas a Cerexport (Nobre Guedes), Joaquim Silveira (da promotora imobiliária SIL), Carlos Barbosa, Miguel Anadia, Francisco e Pedro Fino e Frederico Mendes de Almeida.

O Independente” foi um projecto que influenciou sobremaneira o jornalismo português. Face à imprensa esquerdista que prevalecia na época, assumia-se como um contraponto conservador e elitista, mas simultaneamente libertário e culto. Teve como colaboradores nomes como Agustina Bessa Luís, Vasco Pulido Valente, António Barreto, João Bénard da Costa, Maria Filomena Mónica, Pedro Rolo Duarte, João Miguel Fernandes Jorge, Joaquim Manuel Magalhães, M. S. Lourenço, Maria Afonso Sancho, Leonardo Ferraz de Carvalho, Pedro Ayres Magalhães, Rui Vieira Nery ou Edgar Pêra. Atribuiu uma enorme importância à fotografia, contando com o trabalho de fotógrafos importantes como Inês Gonçalves, Daniel Blaufuks e Augusto Alves da Silva. Enquanto Portas e Helena Sanches Osório faziam estremecer os alicerces do governo de Aníbal Cavaco Silva, com a denúncia semanal e impiedosa de escândalos políticos, «MEC» ocupava-se da parte cultural, no destacável “Vida”; outras vezes, fazia dupla com Paulo Portas em entrevistas a figuras da política e cultura portuguesa.

Em 1991, conforme combinado antes da fundação do jornal, Miguel Esteves Cardoso deixa a direcção de “O Independente” a Paulo Portas, para criar a revista mensal “K”, financiada pela Valentim de Carvalho e pela SOCI, e - mais tarde - por Carlos Barbosa. Apesar da qualidade gráfica e colaborativa, o projecto acabou ao fim de dois anos, vítima da pouca orientação comercial.

Em 1995, com o final do cavaquismo e a saída de Paulo Portas de “O Independente” que trocou a direcção do jornal pela política activa no Centro Democrático Social, iniciou o seu lento declínio, não obstante o regresso de Esteves Cardoso à direcção, em 2000. Com efeito, sairia logo no ano seguinte que o semanário foi comprado e dirigido por Inês Serra Lopes, até ao seu fecho, em 2006.

Em 1987, Esteves Cardoso foi incentivado pela actriz Graça Lobo a integrar-se na Companhia de Teatro de Lisboa, o que o levou à dramaturgia. Publicou então Carne Cor-de-Rosa Encarnada” (encenada por Carlos Quevedo) no Teatro Villaret, “Os Homens” (encenado por Graça Lobo) e traduziu várias peças de Samuel Beckett, das quais é digna de menção “Worstward Ho”, que ficou com o título de “Pioravante Marche”.

Anos mais tarde, intensificou a sua relação com a literatura, o que o faz afastar-se do jornalismo. O seu primeiro romance, “O Amor É Fodido”, publicado em 1994, foi um best-seller, em boa parte devido ao título.

Publicou mais dois romances, “A Vida Inteira” e “O Cemitério de Raparigas”, e continuou a escrever crónicas em jornais, primeiro em “O Independente”, mais tarde no “Diário de Notícias”. Em 1999, criou também um blogue, chamado “Pastilhas”, que abandonou em 2002.

A partir de Janeiro de 2006, retomou a sua colaboração no “Expresso”. Desde 2009, escreve uma crónica diária no “Público”. Em 2013, passou a ser editado pela Porto Editora, que reeditou toda a sua obra. Fez com Bruno Nogueira um programa semanal, de 13 episódios, na RTP 1, “Fugiram de Casa de Seus Pais”, transmitido entre 9 de Dezembro de 2017 e 27 de Fevereiro de 2018.

Casou-se por três vezes, a última das quais em 2000, com Maria João Lopes Pinheiro. Tem duas filhas, Sara e Tristana, do primeiro casamento, a quem os Durutti Column dedicaram um tema com esse título no álbum “Amigos em Portugal”.

Numa entrevista dada em 2006, Esteves Cardoso reconheceu ter tido problemas com álcool e o uso de cocaína, nos frenéticos tempos em que trabalhou no “Independente”. É opositor do Acordo Ortográfico de 1990, gosta de gatos e aprecia a boa gastronomia.

domingo, 24 de julho de 2022

24 DE JULHO - GUS VAN SANT

EFEMÉRIDE - Gus Van Sant Jr., realizador e guionista norte-americano, nasceu em Louisville no dia 24 de Julho de 1952.

Van Sant formou-se na Rhode Island School of Design. Ali, foi influenciado pela pintura e pelo cinema experimental.

Em 1981, filmou com um baixo orçamento o filme “Alice in Hollywood”, que nunca foi lançado. Ele trabalhou para uma agência de publicidade, a fim de ganhar dinheiro. Com o dinheiro que ganhou, dirigiu o filme independente “Mala Noche” em 1985. O filme contém alguns temas da obra de Van Sant que, depois, retornariam, como a homossexualidade (Van Sant é abertamente gay), o posicionamento (Portland (Oregon)) e uma abordagem do absurdo.

Mala Noche” foi bem recebido pelos críticos e foi nomeado melhor filme independente do ano pela Los Angeles Film Critics Association. Desde então, dirigiu vários filmes.

Em 26 de Fevereiro de 2011, estreou na Gagosian Gallery em Beverly Hills, uma exposição com 12 horas de material inédito do filme “My Own Private Idaho”, incluindo cenas deletadas, cenas alternativas e bastidores. “Unfinished” foi dirigido por Gus Van Sant e James Franco e ficou em exposição até 9 de Abril de 2011.

Foi nomeado para o Oscar de 2009 de Melhor Realizador copm “Milk”.

Ganhou a Palma de Ouro, no Festival de Cannes, por “Elephant” (2003).

Ganhou o prémio de Melhor Director, no Festival de Cannes, com “Elephant” (2003).

Recebeu uma nomeação para o o Oscar de Melhor Realizador, por “Génio Indomável” (1997).

Recebeu 2 Independent Spirit Awards de Melhor Guião, com “Drugstore Cowboy” (1989) e “Garotos de Programa” (1991).

Recebeu ainda 2 nomeações para os Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Director, por “Drugstore Cowboy”(1989) e “Garotos de Programa” (1991).

Conquistou o Prémio C.I.C.A.E., no Festival de Berlim, com “Drugstore Cowboy” (1989).

sábado, 23 de julho de 2022

23 DE JULHO - ROMANA

EFEMÉRIDERomana, de seu verdadeiro nome Carla Alexandra Pereira de Sousa, cantora portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 23 de Julho de 1981.

Aos 12 anos, depois de muitos ensaios e formação pessoal dada pela sua tia Ágata, subiu pela primeira vez a um palco, através do empresário e ventríloquo Sérgio Baptista, e recebe o seu primeiro cachet. Desde criança que queria ser cantora, inspirada pela tia Ágata, que escolheu e lhe deu o nome artístico “Romana” e a ajudou a encontrar um estilo próprio.

Em 1996, participa no tema “Mãe Querida”, juntamente com vários artistas da editora discográfica Espacial. O disco foi um enorme sucesso. Participou também na colectânea “Sonho de Amor” com temas inéditos.

No mesmo ano, com catorze anos de idade, lança o CD “Bebé” que incluía a canção “Já Não Sou Bebé” que foi um dos mais marcantes da sua carreira.

Em 1996, interpretou o tema de genérico da série “Sai da Minha Vida” da SIC. Novo grande êxito foi “De Mulher Para Mulher” gravado com Ágata em 1997. Lançou nesse ano o álbum “Não És Homem Para Mim”.

Seguiram-se os discos “Ex-mulher Ex-amor” (1999) e “Voz Por Voz” (2001). Teve ainda uma participação a cantar no filme “Ganhar a Vida” (2001) de João Canijo.

A colectânea “Melhor de Romana”, editada em 2002, inclui os inéditos “Nossa Senhora do Amor” e “Se Tu Me Deixasses”.

Em Setembro de 2002 entra para o programa “Big Brother Famosos 1” onde fica até 15 de Outubro desse ano. Em 2003, foi a vencedora do programa “Academia de Famosos”.

Em 2004, foi editado o álbum “Uma Lembrança Tua” que contou com a inspiração e autoria do conhecido compositor Ricardo Landum. Em 2005, entrou no programa “1ª Companhia”. A compilação “Canções de Natal” inclui o tema “Porque é Natal, porque é Natal” de Romana e do seu irmão Sérgio Rossi.

No ano de 2006, foi editado o disco “Esqueci-me De Mim”. Em Setembro de 2006, decidiu não renovar o contrato com a editora Espacial. A editora lança em 2007 o disco “Inéditos + Êxitos”.

A cantora entraria em Janeiro de 2008 no Estúdio Pé de Vento para gravar “Alma”, que contou com a produção de Rodrigo Serrão e Fernando Nunes.

Em 2009 participa no Festival RTP da Canção com a canção “Acordem em olhos doirados”. A edição desse ano foi ganha pela banda Flor-de-Lis, com o tema “Todas as ruas do amor”.

Romana, José Alberto Reis, Mónica Sintra e Pedro Camilo juntaram-se para dar voz e alma ao projecto “Coração Português” que lança um disco homónimo em 2010 com versões de canções conhecidas. Pela Vidisco lançou em 2011 o seu álbum “Fonte de Vida”.

A partir de Janeiro de 2012, participa no programa “A tua cara não me é estranha” para a TVI, onde fica em 2º lugar.

Os dois novos singles que a cantora lançou no mercado, “Insónia” e “Onde Estarás” são da autoria do compositor Paulo Martins e seguem uma linha Pop/Rock já presente em “Redeemed” co-produzido por Steve Lyon e por Peter Rafelson, antigo colaborador de Madonna para quem escreveu “Open Your Heart”.

Em Junho de 2013, regressa à editora Espacial onde reencontra o compositor e amigo Ricardo Landum. Lançou o álbum “Diz-me” em Novembro desse ano.

Depois do reconhecimento alcançado com o programa “A Tua Cara não Me É Estranha” (1ª edição) decide virar uma nova página na sua carreira. Com a ajuda de Rodrigo Serrão, a quem coube a responsabilidade e a direcção desse novo disco, lançou o CD “Primeiro”. O título escolhido para o álbum pretende marcar esta ruptura sóbria. O disco contou com a colaboração ao piano de Maria Ana Bobone em “Foi Deus”. Aparecem várias versões como a versão de “Formiga no Carreiro” de José Afonso. Romana foi a co-autora de “Eu sou Poeta”, um dos temas originais.

Em 2015, foi finalista no programa “A Quinta” da TVI.

sexta-feira, 22 de julho de 2022

22 DE JULHO - MIREILLE MATHIEU

EFEMÉRIDE - Mireille Mathieu, cantora francesa com uma carreira nacional e internacional de mais de cinquenta anos, condecorada com a Légion d’Honneur, nasceu em Avignon no dia 22 de Julho de 1946.

Nascida no Sul de França, é filha do operário Roger e da dona-de-casa Marcelle, que enfrentaram grandes dificuldades económicas para criar os seus catorze filhos: Mireille (a mais velha), Monique, Christiane, Marie-France, Réjane, Régis, Guy, Roger, Jean-Pierre, Rémy, Simone, Philippe, Béatrice e Vincent. A família viveu durante anos numa modestíssima casa de madeira, sentindo na pele o rigor do Inverno e da chuva, que atravessavam as frágeis paredes.

Mesmo quebrando pedras (literalmente), Roger, o seu pai, alimentava o sonho de poder cantar, visto que possuía uma bela voz de tenor. Neste ambiente, Mireille cresceu e herdou o talento musical do pai. Aos quinze anos, quando debutante, Mireille e a sua família conseguiram um apartamento de cinco divisões e ela pôde, enfim, tomar um banho quente e decente. Segundo ela mesma, esse foi o dia mais feliz de sua vida.

Grande admiradora de Edith Piaf, Mireille cantou precocemente em público pela primeira vez aos quatro anos, na Missa do Galo da Igreja Matriz de sua cidade. Porém, para tornar-se uma grande estrela internacional, não bastava apresentar-se para a família e os amigos, que a apelidaram de “la vie en rose”, por motivos óbvios.

Enquanto, estudava Canto e ouvia atentamente os conselhos da professora Laure Collière, e trabalhava duro numa fábrica de envelopes. Aos dezoito anos, em 21 de Novembro de 1965, participou num concurso de calouros, no programa “Télé Dimanche”. O público prefere outra candidata mas, para sorte de Mireille, o empresário Johnny Stark assiste à apresentação e aposta em Mireille. O seu primeiro disco, em 45 rotações, vendeu mais de um milhão de cópias, com as músicas “Mon credo”, “C’est ton nom”, “Qu’elle est belle” e “Le funambule”.

Johnny Stark teve várias e longas conversas com Mireille, explicando todas as dificuldades da profissão, mas que se ela estivesse disposta a trabalhar muito, ensaiar muito, estudar muito e fizesse o que ele mandasse, ele a transformaria numa grande estrela, que seria conhecida e admirada em toda França.

Mireille teve como mentores o maestro Paul Mauriat e o compositor André Pascal, que começaram a ensinar-lhe técnicas vocais para que usasse melhor a sua potência vocal, colocar a voz mais adequadamente e respirar de maneira correcta. Ao mesmo tempo, Mireille tinha aulas de Francês e de Inglês, além de boas maneiras, comportamento social, como caminhar num palco, num estúdio de televisão, como dominar a distância certa de cantar ao microfone e todas as inúmeras coisas, necessárias ao bom desempenho de uma cantora.

Com uma ascensão meteórica na sua carreira, Mireille participa em programas de televisão nos Estados Unidos e apresenta-se no Olympia, em 1967. O Instituto Francês de Opinião Pública, na época, pesquisou junto ao público e declarou Mireille como a cantora preferida do povo francês.

Depois de se apresentar na TV em 1965, e da sua estreia no “Olympia” em 1966, Mireille já era uma celebridade de domínio público. Foi saudada pela imprensa com grande espalhafato e anunciada como a «próxima Edith Piaf», pela evidente semelhança do seu timbre de voz com o de Edith, falecida três anos antes.

A sua versão “La dernière valse”, que era um sucesso em inglês do cantor britânico Engelbert Humperdinck - “The Last Waltz” - foi uma ponte segura para tornar Mireille muito popular no Reino Unido.

Com os seus repetidos sucessos foi parar o Canadá e Estados Unidos, onde se apresentou no famoso e indispensável The Ed Sullivan Show” e, no outro dia, 50 milhões de pessoas já conheciam Mireille Mathieu. Cantou em Las Vegas, ao lado de Dean Martin e Frank Sinatra e foi um sucesso quase surpreendente. De público e da crítica.

Mireille já provou a sua qualidade superior e tornou-se a embaixatriz da cultura francesa ao redor do mundo. Os seus fãs espalham-se da China ao Brasil, incluindo a antiga União Soviética. Frequenta os palcos sofisticados de Monte Carlo e tem a humildade de se curvar diante de sua musa Edith Piaf. Ainda muito requisitada, continua a apresentar-se pelo mundo, fazendo digressões regularmente pelo Carnegie Hall de Nova Iorque, no Sport Palais do Canadá e no The Ice Palace de São Petersburgo.

Nos seus mais de 50 anos de carreira, Mireille, já gravou mais de 1 200 músicas, vendeu mais de 1 30 milhões de cópias dos seus álbuns e mais de 55 milhões de singles. Já cantou em nove línguas e foi a primeira artista do ocidente a fazer um concerto de música popular na China.

Ao longo de todos esses anos, ela cantou e gravou com nomes como Paul Anka, Charles Aznavour, Barry Manilow, Tom Jones, Julio Iglesias e o alemão Peter Alexander.

Gravou o disco “Mireille Mathieu chante Edith Piaf” (1993), no qual canta 13 das mais famosas e populares músicas do seu ídolo eterno.

Comemorou os seus 40 anos de carreira em 2005, com uma grande apresentação no “Olympia”, onde foi gravado o seu primeiro DVD, “Mireille à l’Olympia”, além de um CD, que lhe deu o prémio Disque d’Or.

Em 2007, participou num superespectáculo de televisão na Alemanha, um dos países de público mais fiel, para receber o prémio de Melhor Cantora Internacional.

quinta-feira, 21 de julho de 2022

21 DE JULHO - JORY GOODSMITH

EFEMÉRIDE - Jerrald King Jerry Goldsmith, compositor norte-americano de bandas sonoras para cinema e televisão, morreu em Beverly Hills no dia 21 de Julho de 2004. Nascera em Los Angeles, em10 de Fevereiro de 1929.

Ele é considerado um dos mais influentes compositores do século XX, tendo trabalhado em diferentes géneros, principalmente em ficção científica, terror e fantasia.

Goldsmith recebeu durante a sua carreira 17 nomeações para os Oscars, tendo vencido apenas pelo seu trabalho no filme “The Omen”, em 1976.

Goldsmith era filho de Tessa e Morris Goldsmith. Aprendeu a tocar piano aos seis anos de idade. Aos catorze, estudou piano, composição, teoria e contraponto. Cursou a Universidade do Sul da Califórnia, onde teve como professor o compositor Miklós Rózsa. Goldsmith desenvolveu interesse em escrever música com Rózsa.

Em 1950, encontrou trabalho como atendente no departamento musical da CBS. Começou a escrever bandas sonoras para rádio e para programas de televisão da CBS (incluindo “The Twilight Zone”). Ele permaneceu na CBS até 1960, mudando-se então para o Revue Studios, onde compôs música para vários programas, como “The Man from U.N.C.L.E.”.

Em 1963, foi nomeado para o seu primeiro Oscar pelo filme “Freud: The Secret Passion”. Pouco depois, ele conheceu Alfred Newman, que o ajudou a ser contratado pela 20th Century Fox. Goldsmith trabalhou então com vários realizadores famosos, como Robert Wise (“Star Trek: The Motion Picture”), Howard Hawks (“Rio Lobo”), Roman Polanski (“Chinatown”), Ridley Scott (“Alien e Legend”) e Franklin J. Schaffner (“Planet of the Apes e Patton”).

Goldsmith compôs bandas sonoras para filmes de diferentes géneros: filmes de guerra (“Patton”), filme noir (“Chinatown”), acção (“Rambo: First Blood” e suas sequências), thrillers (“Basic Instinct”), adaptação de bandas desenhadas (“Supergirl”), animação (“The Secret of NIMH” e “Mulan”), fantasia (“Legend”), terror (“The Omen” e suas sequências) e ficção científica (“Planet of the Apes”, “Total Recall”, “Alien” e cinco filmes da franquia “Star Trek”). A sua habilidade de compor músicas assustadoras e violentas fê-lo ganhar o seu único Oscar com “The Omen”.

Ele venceu Emmy Awards por bandas para a TV em cinco ocasiões, incluindo para o épico “Masada” e o tema de abertura de “Star Trek: Voyager”.

A última banda sonorta de Goldsmith foi em 2003 para o filme “Looney Tunes: Back in Action”. A sua música para o filme “Timeline”, de Richard Donner, foi rejeitada na pós-produção; entretanto ela foi lançada em CD, após a sua morte.

Goldsmith é frequentemente lembrado pelas suas bandas sonoras para cinco filmes da franquia “Star Trek: Star Trek”: “The Motion Picture”, “Star Trek V: The Final Frontier”, “Star Trek: First Contact” (com seu filho Joel), “Star Trek: Insurrection” e “Star Trek: Nemesis”, e pela música-tema da série “Star Trek: Voyager”. O tema de “Star Trek: The Next Generation” foi adaptado do tema principal de “Star Trek: the Motion Picture”. Gene Roddenberry inicialmente queria que Goldsmith fizesse a música do episódio piloto de “Star Trek, “The Cage”, porém ele não estava disponível. Mesmo assim, Goldsmith recomendou o seu amigo Alexander Courage para Roddenberry.

A banda sonora para “Star Trek: The Motion Picture” é considerada por muitos como o trabalho mais impressionante do compositor. Goldsmith foi incumbido de representar todo o universo com a sua música. Porém, o seu tema inicial não foi bem recebido pelos produtores do filme (o director Robert Wise achou que parecia «navios navegando»). Embora um pouco desapontado com a rejeição, Goldsmith reescreveu o seu trabalho e chegou com o majestoso tema que acabou por ser usado (e é instantaneamente reconhecido até hoje).

Jerry Goldsmith faleceu aos 75 anos de idade.

quarta-feira, 20 de julho de 2022

20 DE JULHO - JACQUES DELORS

EFEMÉRIDE - Jacques Lucien Jean Delors, político europeu de nacionalidade francesa, tendo sido presidente da Comissão Europeia entre 1985 e 1995, nasceu em Paris no dia 20 de Julho de 1925.

De origem humilde, Delors foi funcionário do Banco de França em 1945, após a 2ª Guerra Mundial e estudou Economia na Sorbonne.

É pai de Martine Aubry, eleita em 2008, primeira secretária do Partido Socialista Francês.

Foi autor e organizador do relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI, intitulado: Educação, um Tesouro a descobrir (1996), em que se exploram os Quatro Pilares da Educação.

Em 16 de Maio de 1986. foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo e, a 31 de Outubro de 1987, com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.

Em 1988/1989, recebeu o Doutoramento Honoris Causa na Universidade Nova de Lisboa.

Em 1969, o primeiro-ministro francês Jacques Chaban-Delmas incluiu Delors no seu gabinete.

Em 1974, Delors filiou-se no Partido Socialista Francês.

Em 1981, foi nomeado ministro da Economia e Finanças de França.

Em Janeiro de1985, assumiu a presidência da Comissão Europeia (CE), graças ao apoio de François Mitterrand e Helmut Kohl.

Em 1989, Delors foi galardoado com o Prémio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional.

Em 1 de Novembro de 1993, entrou em vigor o Tratado de Maastricht, que supõe a criação da União Europeia (UE). Delors tinha trabalhado decididamente no projecto.

Em Janeiro de 1995, termina o período como presidente da CE. É o ex-presidente que mais tempo permaneceu em funções.

terça-feira, 19 de julho de 2022

ROMNA - "Foi Deus"

19 DE JULHO - ROY BRIDGES

EFEMÉRIDE - Roy Dubard Bridges Jr., ex-astronauta norte-americano, major-general da Força Aérea e ex-director do Centro Espacial John F. Kennedy e do Centro de Pesquisa Langley da NASA, nasceu em Atlanta, no dia 19 de Julho de 1943.

Formado em Engenharia pela Academia da Força Aérea dos Estados Unidos e doutorado na mesma ciência pela Universidade Purdue, serviu na Força Aérea onde foi comandante da Base Aérea de Edwards, depois de se graduar com distinção na prestigiosa Escola de Piloto de Teste da Força Aérea dos Estados Unidos, localizada na mesma base.

Graduado no curso de astronautas da NASA, foi ao espaço em Julho de 1985 na STS-51-F Challenger como piloto do ónibus espacial, uma missão com o Spacelab 2. Após o seu voo, Bridges exerceu funções técnicas e de comando em terra, até assumir a direcção do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, durante mais de seis anos.

Em 2003, passou a dirigir o Langley Research Center em Hampton, na Virgínia, até se aposentar da NASA em 2005. Depois disso, tornou-se executivo da Northrop Grumman.

Foi condecorado, entre outras honrarias, com a Legião do Mérito e a Cruz de Voo Distinto.

segunda-feira, 18 de julho de 2022

MIREILLE MATHIEU - "La Paloma ..."

18 DE JULHO - TERESA PATRRÍCIO GOUVEIA

EFEMÉRIDE - Maria Teresa Pinto Basto Patrício de Gouveia, gestora cultural e política portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 18 de Julho de 1946.

Filha do dr. Afonso Patrício de Gouveia, comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 31 de Maio de 1973, e de sua esposa Maria Madalena d’Orey Ferreira Pinto Basto, bisneta de um alemão e descendente de ingleses, trineta do 1º visconde de Atouguia e sobrinha-bisneta do 1º visconde de São Torquato, é a irmã mais velha de António Patrício Gouveia e Alexandre Patrício Gouveia, prima em segundo grau de Francisco Pinto Balsemão e prima em terceiro grau de António Capucho.

Licenciada em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi bibliotecária do Instituto Italiano de Cultura, até ingressar como técnica superior na Secretaria de Estado da Cultura. Aqui exerceu funções directivas no Gabinete Coordenador das Actividades Culturais Externas, entre 1977 e 1980, e chefiou o Gabinete das Relações Culturais e Internacionais do Ministério da Cultura, até 1982.

Entre 1982 e 1985, foi directora-geral do Ministério da Cultura. No último desses anos foi chamada para o primeiro governo de Aníbal Cavaco Silva, exercendo o cargo de secretária de Estado da Cultura.

Em 1987, foi eleita deputada à Assembleia da República, pelo Partido Social-Democrata e exerce o cargo de secretária de Estado da Cultura até 1990.

Em 10 de Junho de 1990, foi feita grande-oficial da Ordem do Infante D. Henrique. Regressou ao governo em 1991, desta vez como secretária de Estado do Ambiente. A nomeação fê-la abandonar a função de administradora da Bertrand Livreiros, para a qual fora nomeada em 1990.

Entre 1993 e 1995, assumiu o cargo de ministra do Ambiente e dos Recursos Naturais no XI Governo Constitucional, sucedendo a Carlos Borrego. Posteriormente, regressou à Assembleia da República, sendo reeleita deputada em 1995, 1999 e 2002, ao mesmo tempo que exerceu funções na Fundação Serralves (que ajudou a fundar enquanto secretária de Estado da Cultura), como administradora, de 1997 a 2000, e presidente, de 2001 a 2003.

Em 6 de Março de 1998 foi elevada a grã-cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Em 2003, após a demissão de António Martins da Cruz, ingressou no governo de Durão Barroso e Paulo Portas, como ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas, cargo que exerceu até à indigitação de Santana Lopes como primeiro-ministro, em 2004.

De 2004 a 2012, foi administradora da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 4 de Outubro de 2004, foi agraciada com a grã-cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Teresa Gouveia casou em 4 de Agosto de 1971 com o poeta Alexandre O’Neill, do qual tem um filho, Afonso Gouveia O’Neill, nascido em 28 de Maio de 1976, casado com Eva Gordon Maple Lafite, com dois filhos.

Foi galardoada por vários outros países: grã-cruz da Ordem de Honra da Grécia (1990); grã-cruz da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul do Brasil (1992); grã-cruz da Ordem do Mérito Real da Noruega (2004); e grande-oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra de França (2016).

domingo, 17 de julho de 2022

17 DE JULHO - PEDRO MARTINS

Como jogador, fez parte da Selecção durante as eliminatórias da Campeonato do Mundo em França de 1998.

Depois de deixar os relvados, Pedro Martins começou a carreira de técnico como adjunto no Vitória FC de Setúbal, no FC Porto e no CF Belenenses.

A sua primeira e verdadeira experiência como treinador teve lugar no comando do CF União de Lamas, clube da segunda divisão distrital. Vieram depois experiências no Lusitânia FC de Lourosa e no Sporting C. Espinho.

Quando treinava, na época 2009/2010, o CS Marítimo B foi chamado para substituir o treinador do plantel principal do Marítimo.

Pedro Martins anunciou a saída do Rio Ave FC depois de conseguir o apuramento do clube para a Liga Europa 2016/2017. O técnico acabou por assinar um contrato válido para as duas temporadas seguintes com o Vitória SC de Guimarães, clube que representara quando foi jogador, antes de se mudar para o Sporting CP.

No dia 9 de Abril de 2018, o clube grego Olympiacos FC anunciou Pedro Martins como novo treinador da equipa principal até 2020.

Do seu palmarés faz parte, como jogador, a Supertaça Cândido de Oliveira 1995, pelo Sporting.  

Como treinador do Olympiacos, conquistou o Campeonato Grego em 2019/2020, 2020/2021 e 2021/2022. Venceu a Copa da Grécia em 2019/2020.

Foi considerado o Treinador do Ano da Grécia em 2019/2020.

sábado, 16 de julho de 2022

16 DE JULHO - HERNÂNI CARVALHO

EFEMÉRIDE - Hernâni Manuel Marques de Carvalho, jornalista e apresentador de televisão português, nasceu em Lisboa no dia 16 de Julho de 1960.

Trabalhou vários anos para a RTP, onde se destacou nas reportagens de guerra na Bósnia, Honduras, Timor, Sahara Ocidental, Gambia, Paquistão e Afeganistão.

Terá ficado mais conhecido do público em geral com o seu acompanhamento jornalístico do processo de independência de Timor-Leste, em 1999.

Actualmente, dedica-se sobretudo a análises e crónicas de temas do foro criminal e judicial, apresentando programas televisivos como “Nas Ruas” e “Linha Aberta”.

Teve ainda rubricas nos programas “Você na TV!”, “Companhia das Manhãs”, “Querida Júlia”, “Queridas Manhãs” e “O Programa da Cristina”. Actualmente, tem uma rubrica inserida no programa “Casa Feliz”.

Hernâni Carvalho é doutorado em Psicologia pela Universidade da Extremadura, em Espanha, na qual defendeu uma tese sobre a mente de terroristas. É ainda pós-graduado em Neuropsicologia e tem estudos graduados na área das Ciências da Religião. É membro da Academia Americana de Psicologia e da Academia Americana de Ciências Forenses.

Foi candidato à presidência da Câmara Municipal de Odivelas nas eleições autárquicas de 2009, apoiado pela coligação de centro-direita PSD, CDS, PPM e MPT, não conquistando a Câmara aos socialistas por uma diferença de pouco mais de 1200 votos.

Trem vários livros publicados, entre 2000 e 2019.

sexta-feira, 15 de julho de 2022

15 DE JULHO - PEDRO CARVALHO

EFEMÉRIDE - Pedro José Geraldes de Carvalho, actor e modelo português, nasceu na Guarda em 15 de Julho de 1985.

Pedro Carvalho cresceu no Fundão, onde viveu até aos 17 anos, quando se mudou para Lisboa para poder seguir a carreira de actor.

Concluiu o curso profissional da ACT - Escola de Actores para Cinema e Televisão em 2007 e, desde então. tem trabalhado em televisão, cinema e teatro. É irmão gémeo do também actor e modelo Filipe Carvalho.

Até agora, Pedro Carvalho, já protagonizou 17 trabalhos paras televisão, em diversos canais (2004/2021), 13 filmes (2005/2022) e duas peças de teatro (2006/2008).

Foi nomeado para vários prémios, tendo conquistado o Troféu TV 7 Dias, na categoria de Melhor Actor de Telenovela, com o seu desempenho em “Remédio Santo” (2011).

quinta-feira, 14 de julho de 2022

14 DE JULHO - PEDRO SIZA VIEIRA

EFEMÉRIDE - Pedro Gramaxo de Carvalho Siza Vieira, advogado e político português, nasceu em Lisboa no dia 14 de Julho de 1964. Assumiu o cargo de ministro adjunto de Portugal em21 de Outubro de 2017, acumulando as funções de ministro adjunto e da Economia a partir de15 de Outubro de 2018. Foi ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital no XXII Governo Constitucional.

Filho de António Carlos (Carneiro) de Melo Siza Vieira e de sua esposa, Maria Irene da Silva Gramaxo de Carvalho, sobrinho paterno de Álvaro Siza Vieira e primo-irmão de Álvaro Leite Siza, formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa em 1987. Após o ensino superior, trabalhou na companhia de seguros Império, deu aulas na referida Faculdade e desempenhou o cargo de colaborador de um advogado.

Em 1988, Magalhães e Silva, então recém-nomeado secretário adjunto para a Administração e Justiça de Macau, ao formar a sua equipa de trabalho, pediu a António Costa que lhe recomendasse alunos de Direito, sendo Siza Vieira um dos recomendados, juntamente com Diogo Lacerda Machado e Eduardo Cabrita, hoje seu colega de Governo, como ministro da Administração Interna. A estes juntou-se mais tarde Jorge Costa Oliveira, actual secretário de Estado da Internacionalização.

Siza Vieira permaneceu em Macau durante dois anos, regressando a Lisboa em 1990, onde finalizou o estágio num escritório de advogados. Começou então a trabalhar na Câmara Municipal de Lisboa, como assessor jurídico de Jorge Sampaio, que então era presidente da autarquia, exercendo essas funções até 1992.

Foi militante do Partido Socialista na primeira metade da década de 1990, abandonando depois a militância para se dedicar à advocacia.

Entre 1992 e 2001, passou a integrar a então J. M. Galvão Teles, Bleck, Pinto Leite & Associados, hoje Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados - MLGTS.

Saiu dessa empresa em 2001, com uma equipa de sócios, para fundar a Bleck, Soares, Siza, Cardoso, Correia & Associados (BSC), que se dissolveu em 2002, para dar origem à Linklaters Portugal.

Entre 2006 e 2016, foi managing partner da Linklaters, sucedendo a Jorge Bleck nessa posição. Na qualidade de sócio da Linklaters, participou no dossier da Oitante, sociedade que ficou com os activos tóxicos do Banif. Foi também através desta firma que assessorou Humberto Pedrosa na privatização da TAP, de que é hoje um dos accionistas.

Entre 2008 e 2011, foi membro da direcção da Associação das Sociedades de Advogados de Portugal. Desde 2013 que preside à Associação Portuguesa de Arbitragem.

Tem sido nomeado por António Costa para o exercício de diversos cargos públicos no XXI Governo Constitucional, pelo qual foi nomeado membro da Estrutura de Missão para a Capitalização das Empresas, sob proposta conjunta dos ministros das Finanças, do Planeamento e das Infra-estruturas e da Economia. Segundo a nota curricular do advogado, anexada à resolução do Conselho de Ministros e publicada em “Diário da República”, Pedro Siza Vieira «evidencia uma actividade académica e um percurso profissional de reconhecido mérito na área jurídica, que justificam a proposta conjunta dos referidos ministros e a sua nomeação».

Faz ainda parte do grupo de trabalho da reforma da supervisão financeira e integra também um grupo com a missão de encontrar soluções para o crédito malparado na banca.

Em 18 de Outubro de 2017, foi nomeado ministro adjunto do XXI Governo Constitucional de Portugal, em substituição de Eduardo Cabrita, nomeado ministro adjunto por António Costa.

É casado com Cristina Siza Vieira, presidente executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP).

Em 5 de Novembro de 2020, foi noticiado que estava a ser, a par do secretário de Estado adjunto e da Energia, João Galamba, e doutros membros do Governo, alvo duma investigação encabeçada pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), e uma Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária (PJ), por indícios de tráfico de influências e de corrupção, entre outros crimes económico-financeiros, nomeadamente de favorecimento do consórcio EDP/Galp/REN no milionário projecto do hidrogénio verde para Sines.

O Departamento Central de Investigação e Acção Penal veio posteriormente a desmentir que o ministro estivesse sob investigação e confirmou que não tinha sido alvo de escutas telefónicas, ao contrário do que a revista “Sábado” tinha noticiado.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

13 DE JULHO - HARRISON FORD

EFEMÉRIDE - Harrison Ford, actor norte-americano, conhecido por actuar como Han Solo na saga “Star Wars, Indiana Jones” na franquia “Indiana Jones” e Rick Deckard em “Blade Runner” e “Blade Runner 2049”, nasceu em Chicago no dia13 de Julho de 1942.

Filho de pai irlandês e mãe judia russa, Ford frequentou a Faculdade de Inglês e Filosofia. Estreou-se no cinema em 1966, fazendo uma ponta em “O Ladrão Conquistador”.

Desanimado com a sucessão de papéis insignificantes e com mulher e dois filhos para sustentar, Harrison Ford largou tudo em 1970, para ser carpinteiro. Porém, um de seus fregueses intercedeu junto do realizador George Lucas para que ele fosse escolhido para o elenco de “American Graffiti - Loucuras de Verão”, que se revelou um estrondoso sucesso. Então, em 1973, ele voltou ao cinema, de onde não saiu mais.

Quatro anos depois, Ford tornou-se mais conhecido com o papel de Han Solo, em “Star Wars”. O personagem Indiana Jones, em “Raiders of the Lost Ark”, de Steven Spielberg, em 1981, consolidou a sua posição de estrela.

Ele voltou a encarnar o papel de Indiana em outras três sequências da série. Em 1982, ele interpretou Deckard no clássico filme de ficção científica “Blade Runner”, do director Ridley Scott. Em 1986, Ford foi nomeado para o Oscar de Melhor Actor, por “Witness”.

Harrison Ford possui dois recordes no “Guinness Book”, o de actor que gerou o maior lucro de bilheteria e o de actor a ter o maior número de filmes que ultrapassaram a marca de cem milhões de dólares nas bilheterias nos Estados Unidos. Possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada no Hollywood Boulevard.

O seu primeiro casamento, com Mary Marquardt, durou de 1964 a 1979 e nasceram dois filhos. O segundo casamento, em 1983, com a guionista do filme “E.T. the Extra-Terrestrial”, Melissa Mathison, terminou em Novembro de 2004 e eles também tiveram dois filhos.

Actualmente, está com a actriz Calista Flockhart, com quem se casou em 15 de Junho de 2010, após 8 anos de relacionamento.

Também fez Indiana Jones na série de tv “The Young Indiana Jones Chronicles” no episódio “Mistérios do Blues”.

Recebeu várias nomeações pare os Globos de Ouro, o BAFTA e os MTV Movie Awards.

Ganhou o Prémio Cecil B. DeMille m 2002, concedido pela Associação de Críticos Estrangeiros de Hollywood.

Recebeu o Prémio César Honorário em 2010, concedido pela Academia das Artes e Técnicas do Cinema.

terça-feira, 12 de julho de 2022

12 DE JULHO - LIONEL JOSPIN

EFEMÉRIDE - Lionel Jospin, político francês, nasceu em Meudon no dia 12 de Julho de 1937. Ocupou o cargo de primeiro-ministro da França, pelo Partido Socialista (PS), entre 3 de Junho de 1997 e 6 de Maio de 2002. Em 22 de Março de 2005, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal.

Membro do Partido Socialista, Lionel Jospin chegou em 1981 ao cargo de primeiro-secretário de sua agremiação política, substituindo o recém-empossado presidente François Mitterrand. Entre 1988 e 1992, foi ministro da Educação. Nesse período, foi também o número dois nos governos de Michel Rocard.

Após atravessar um período sem exercer cargos governativos, em 1994 anunciou a sua candidatura à presidência, frente a Jacques Chirac e na sequência de Jacques Delors ter abdicado de apresentar a sua própria candidatura. Jospin perdeu as eleições, mas conquistou 47,5% dos votos.

De derrotado nas presidenciais, Jospin passou a vencedor nas legislativas. Como na época o mandato presidencial tinha a duração de sete anos e as legislaturas duravam apenas cinco, Chirac decidiu dissolver a Assembleia Nacional e convocar eleições legislativas antecipadas após dois anos no poder. O presidente acreditava que, graças aos seus índices de aprovação, seria possível vencer a disputa e, dessa forma, garantir o domínio da direita no parlamento durante todo o seu período como chefe de Estado.

O resultado do pleito viria a frustrar os objectivos do presidente, sagrando como vencedora a coalizão oposicionista liderada por Jospin. Em consequência, o socialista assumiu o cargo de primeiro-ministro no dia 2 de Junho de 1997, no terceiro caso de coabitação da história republicana francesa.

O seu governo baseou-se numa aliança de diversos partidos progressistas baptizada de Esquerda Plural e composta pelo Partido Socialista, pelo Partido Comunista, pelos Verdes e pelo Partido Radical de Esquerda.

Em 2002, Jospin foi mais uma vez candidato à presidência da república, sendo tido na ocasião como o favorito para disputar o segundo turno contra Chirac, que se apresentava para a reeleição. As eleições foram marcadas pelo facto dos partidos que garantiam a base parlamentar do governo socialista terem lançado candidatos próprios à presidência, como Noël Mamère (Verdes), Robert Hue (PCF) e Christiane Taubira (PRG).

A dispersão de votos à esquerda e o surpreendente desempenho de Jean-Marie Le Pen, candidato do partido de extrema-direita Frente Nacional, relegaram Lionel Jospin para o terceiro lugar na primeira volta do escrutínio, excluindo-o da disputa. Decepcionado com tal insucesso eleitoral, Jospin anunciou a sua retirada do mundo da política logo após a apuração dos votos e a confirmação dos resultados.

Na ocasião, declarou: «Para além da demagogia da direita e da dispersão da esquerda que tornaram possível esta situação, eu assumo plenamente a responsabilidade deste fracasso e tiro dele as conclusões, retirando-me da vida política após o fim da eleição presidencial.».      

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