quinta-feira, 31 de outubro de 2019

31 DE OUTUBRO - BUD SPENCER


EFEMÉRIDE - Bud Spencer, de seu verdadeiro nome Carlo Pedersoli, actor, nadador olímpico e jogador de polo aquático italiano, nasceu em Nápoles no dia 31 de Outubro de 1929. Morreu em Roma, em 27 de Junho de 2016. Media 1,94 e pesava 125 kg.
Como actor, Bud Spencer estrelou diversos filmes de comédia e do chamado western spaguetti. Os trabalhos mais famosos foram em comédias de acção, ao lado do seu parceiro de longa data, Terence Hill. A dupla foi aclamada mundialmente e atraiu milhões de pessoas aos cinemas. Spencer e Hill actuaram, produziram e realizaram mais de 20 filmes juntos. 
O nome ‘Bud Spencer’ foi uma homenagem à sua cerveja favorita, Budweiser, e ao actor Spencer Tracy. Licenciado em Direito, falava seis línguas, incluindo o    português. Morou no Brasil entre 1947 e 1949, quando foi funcionário do consulado de Itália no Recife.
Em 1949, com apenas 20 anos, começou a competir com as cores da S. S. Lazio, sagrando-se campeão italiano de natação nos 100 metros livres, título este que viria a conquistar 7 anos consecutivos. Além disso, foi o primeiro italiano a nadar os 100 metros, estilo livre, em menos de um minuto. 
As boas performances valeram a Pedersoli a convocação para disputar o Campeonato Europeu de natação, em 1950, realizado em Viena. Não foi campeão, mas permaneceu na equipa para disputar - em 1951 - a primeira edição dos Jogos do Mediterrâneo, onde conquistou a medalha de prata nos 100 m livres. 
Estes resultados credenciaram-no para defender as cores da Itália nas Olimpíadas de 1952 e 1956.
Foi igualmente jogador de Pólo Aquático e, jogando pela Lázio, foi campeão italiano em 1954. Em 1955, foi medalha de ouro nos Jogos do Mediterrâneo (pelo pólo aquático). 
Em 2005, foi homenageado pela Federação Italiana de Natação, recebendo o Caimano d’Oro, uma comenda de reconhecimento pela sua expressão no desporto italiano. 
Em Helsinque-1952, foi eliminado nas semifinais dos 100 m livre com 58.9, além de integrar a estafeta 4×200 livres da Itália, que foi afastada nas eliminatórias. 
Quatro anos depois, nos Jogos de Melbourne, Pedersoli já alternava a carreira de nadador com o polo aquático, onde se sagrara campeão italiano pela Lazio em 1954. Nos Jogos de 1956, foi eliminado novamente nas semifinais dos 100 livres, desta vez nadando em 59.0. No ano seguinte, abandonou o desporto de competição.
Iniciou a sua carreira de actor em 1949, na comédia “Quel fantasma di mio marito” e, em Hollywood, no filme “Quo Vadis”, com um papel de guarda do Império Romano. Ficou famoso, com o parceiro de actuação Terence Hill, em filmes do género western spaghetti, como o primeiro grande êxito “Meu nome é Trinity”, de 1970. Outros sucessos se seguiram. Também teve êxito sem Terence Hill, como em “Lo chiamavano Bulldozer”, “Piedone lo Sbirro” e “Banana Joe”, entre outros filmes.
Tinha brevets de piloto de avião e de helicóptero, tendo fundado a companhia de aviação Mistral Air em 1984, da qual depois se separou, mas que ainda hoje existe, associada aos Correios italianos.
No fim da sua vida, dedicou-se à redacção das suas “Memória”, fazendo raras aparições em público.
Morreu aos 86 anos de idade. A causa da morte não foi revelada, mas o filho declarou que o pai ficara com a saúde debilitada após ter sofrido uma queda em casa.
A cidade de Livorno dedicou-lhe uma estátua em Junho de 2019 e a cidade de Fontevivo, em Parma, será a primeira cidade italiana a dar o seu nome a uma rua.

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

30 DE OUTUBRO - GEORG HEYM


EFEMÉRIDE - Georg Heym, escritor expressionista alemão, nasceu em Hirschberg, na Silésia, em 30 de Outubro de 1887. Morreu em Berlim no dia 16 de Janeiro de 1912. 
Ao longo da sua curta vida, esteve constantemente em conflito com as convenções sociais. Os pais, membros da classe média, tinham problemas para compreender o comportamento rebelde de Georg. A própria atitude dele para com os pais era dupla, tendo um profundo afecto por eles, mas também mostrando uma forte resistência a qualquer tentativa de suprimir a sua individualidade e autonomia. 
Em 1900, mudou-se para Berlim e começou, sem sucesso, a assistir a aulas numa série de escolas. Finalmente, chegou ao Friedrich-Wilhelms-Gymnasium de Neuruppin, em Brandemburgo. Insatisfeito, como forma de conseguir alguma libertação, começou a escrever poesia. Depois da sua graduação, foi estudar Direito em Würzburg, começando a escrever também obras de teatro. Contudo, os editores ignoraram os seus trabalhos. 
Em 1910, conheceu o escritor Simon Guttmann, que o convidou a unir-se ao recém-fundado Der Neue Club, círculo literário fundado por Kurt Hiller e Erwin Loewenson, que se reunia no Neopathetisches Cabaret, onde também iam Else Lasker-Schüler, Gottfried Benn e Karl Kraus. Embora o clube não tivesse um objectivo declarado, todos os seus membros compartilhavam um sentimento de rebelião contra a cultura sua contemporânea e possuíam um desejo de agitação política e estética. Ali, a poesia de Heym atraiu imediatamente elogios. Em Janeiro de 1911, Ernst Rowohlt publicou o primeiro livro de Heym e o único que apareceria em vida - “Tag der ewige”.
Heym passou por vários empregos de tipo judiciário, nenhum dos quais ocupou durante muito tempo, devido à sua falta de respeito pela autoridade. 
Em 16 de Janeiro de 1912, Heym e o seu amigo Ernst Balcke foram patinar sobre o geado Havel e morreram afogados. Os corpos só foram encontrados dias mais tarde.
Alguns meses depois do seu falecimento, membros do Der Neue Club conseguiram fazer publicar uma recolha dos seus poemas sob o título “Umbra vitae” (Leipzig, 1912). Apesar dos seus 24 anos de vida, Georg Heym faz parte da história da literatura alemã. 

terça-feira, 29 de outubro de 2019

29 DE OUTUBRO - CHRISTIAN D'ORIOLA


EFEMÉRIDE - Christian d'Oriola, esgrimista francês, tetracampeão olímpico, morreu em Nîmes no dia 29 de Outubro de 2007. Nascera em Perpignan, em 3 de Outubro de 1928. Representou o seu país nos Jogos Olímpicos de 1948 a 1960, conseguindo seis medalhas no florete, sendo quatro de ouro.
Apelidado de d’Artagnan pelos ingleses desde 1948, nasceu numa família nobre provençal, com tradição vinhateira. Desde os nove anos, o pai treinou-o na sala de esgrima situada na cave da residência familiar, o que lhe permitiu disputar os seus primeiros campeonatos oficiais aos 13 anos e desafiar os melhores seniores regionais aos 15 anos. Aos 18 anos, foi vice-campeão de França, batido na final por Jehan Buhan. 
Escolhido parta a equipa de França aos 18 anos (1946), participou no seu primeiro Campeonato do Mundo no ano seguinte, em Portugal, conquistando o seu primeiro título mundial de florete. Foi então designado como Campeão dos Campeões Franceses pelo conceituado jornal desportivo “L’Équipe”. Um ano mais tarde, disputou - aos 20 anos - a final olímpica do florete por equipas, em Londres, frente à Itália. Foi a sua primeira consagração olímpica. Individualmente, só perdeu na final, contra Jehan Buhan. Preparou a sua desforra e tornou-se Campeão do Mundo em 1949, apesar de sofrer de uremia. A doença afastou-o dos pódios nos dois anos seguintes, mas regressou em forma nos Mundiais de 1951, em que conquistou dois novos títulos mundiais, individual e por equipas.   
Foi claramente superior aos seus adversários nas Olimpíadas em Helsínquia (1952). A equipa de França confirmou o seu título olímpico, depois de uma final que durou perto de cinco horas. D’Oriola sagrou-se campeão individual. Ganhou o Grande Prémio da Imprensa Desportiva desse ano.
Ele e a equipa de França prosseguiram as suas ‘colheitas’ nos Mundiais de 1953. 
Christian foi um forte opositor da introdução do florete eléctrico na esgrima, a partir de 1954, e perdeu a final dos Mundiais de 1955, frente a um jovem húngaro de 20 anos. 
Modificou então a sua técnica, para se adaptar à nova conjuntura. Nos Jogos Olímpicos de 1956, em Melbourne, a equipa de França inclinou-se frente à Itália, mas Christian d’Oriola venceu individualmente. Foi laureado com o Prémio Guy Wildenstein da Academia dos Desportos Francesa.
Em 1960, foi o porta-estandarte da delegação francesa nas Olimpíadas e classificou-se em 7º lugar, aos 32 anos. 
Ganha ainda o título de Campeão de França de espada por equipas em 1970. Tornou-se depois árbitro, de 1970 a 1980, sendo nomeado vice-presidente da federação francesa até 1984.
Depois da sua imensa carreira desportiva, estabeleceu-se em Nîmes, como inspector de seguros para os departamentos limítrofes. 
Recebera a Legião de Honra em 1971 e, em 2001, recebeu o título de Esgrimista do Século XX
Era casado, desde 1971, com a também esgrimista Catherine Delbarre.

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

28 DE OUTUBRO - GEORGE NICHOLS


EFEMÉRIDE - George Nichols, actor e realizador de cinema norte-americano da era do cinema mudo, nasceu em Rockford, Illinois, no dia 28 de Outubro de 1864. Morreu em Hollywood, em 20 de Setembro de 1927. 
Actuou em 221 filmes, entre 1908 e 1927, e realizou 103, entre 1911 e 1916. Escreveu também 4 guiões para cinema. 
Actuou no teatro durante catorze anos, em São Francisco e em Chicago, só depois se iniciando no cinema.  O primeiro filme em que entrou foi “Behind the Scenes”, ao lado de Florence Lawrence, em 1908, realizado por D. W. Griffith. O último filme em que actuou foi “The Wedding March”, em 1927, sob direcção de Erich von Stroheim. 
O primeiro filme que realizou foi “The Higher Law” (1911), para a Thanhouser Film Corporation. Dirigiu diversas comédias com Fatty Arbuckle, como “He Would a Hunting Go” (1913) e “Fatty at San Diego” (1913), outras com Charles Chaplin, como “His Favourite Pastime” (1914) e “Cruel, Cruel Love” (1914), entre outras. A sua última realização foi “The Grinning Skull” (1916), para a Selig Polyscope Company
Casou com a actriz Viola Alberti, em 1896, e ficaram casados até à sua morte. Tiveram um filho, o também actor George Nichols Jr. 

domingo, 27 de outubro de 2019

27 DE OUTUBRO - ROBERTO BENIGNI


EFEMÉRIDE - Roberto Benigni, actor e realizador de cinema e televisão italiano, nasceu em Castiglion Fiorentino, Toscânia, no dia 27 de Outubro de 1952.  
Oriundo de uma família modesta, foi inscrito num seminário em Florença, que abandonou depois das cheias que devastaram a cidade em Novembro de 1966. Foi estudar no instituto técnico-comercial Datini di Prato. A sua grande paixão era, no entanto, o mundo do espectáculo. 
Começou por se tornar conhecido como cantor, graças a uma canção que interpretou num programa televisivo.
No cinema, Benigni é provavelmente mais conhecido pela sua tragicomédia “A Vida é Bela”, sobre um homem que tenta proteger o seu filho durante o internamento num campo de concentração nazi, fazendo-o acreditar que o Holocausto é um jogo elaborado e que ele tem de seguir fielmente as regras para vencer. O pai de Benigni perdera dois anos de vida num campo de concentração em Bergen-Belsen e a “A Vida é Bela” é baseado em parte nas experiências do seu pai. O filme foi nomeado, em 1998, para sete Oscars da Academia e ganhou nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Actor (realizado por ele mesmo) e Melhor Banda Sonora Original, composta e executada por Nicola Piovani. Benigni é um dos dois únicos actores que se dirigiram a si próprios num filme em que ganharam um Oscar de actuação - o outro foi Laurence Olivier, com a sua versão de “Hamlet”. 
Dirigiu também os filmes “O monstro”, “O pequeno diabo” e “Johnny Stecchino”. 
Nicoletta Braschi, a esposa de Benigni, estrelou a maioria dos filmes que ele realizou. Roberto Benigni também actuou em dois filmes do realizador norte-americano Jim Jarmusch (“Em Down by Law”, 1986, e “Night on Earth”, 1991). 
Estrelou a primeira curta-metragem das séries de Jarmusch, “Coffee and Cigarettes” (1986). Também foi um dos principais personagens em “Astérix e Obélix contra César”. 
É apreciado igualmente como poeta de improviso e pelos seus recitais de “A Divina Comédia” de Dante Alighieri. 
Na década de 1970, entrou numa série de TV chocante chamada “Televacca”, de Renzo Arbore, que foi um grande escândalo para o a época e foi suspensa pela censura. 
Em 2008, foi agraciado com um César de Honra pelo conjunto da sua carreira. Em 2012, voltou à sua faceta de actor, interpretando um dos principais papéis do filme de Woody Allen “To Rome with love”.

sábado, 26 de outubro de 2019

26 DE OUTUBRO - TIÃO MACALÉ


EFEMÉRIDE - Tião Macalé, de seu verdadeiro nome Augusto Temístocles da Silva Costa, actor, músico e humorista brasileiro, morreu em São José do Rio Preto no dia 26 de Outubro de 1993. Nascera no Rio de Janeiro em 17 de Dezembro de 1926.
Na década de 1960, trabalhou com Ari Barroso no programa “Show do Gongo” (TV Rio), onde - sob o comando de Ari - «gongava» as pessoas. 
Ficou conhecido a nível nacional no programa humorístico “Balança, mas Não Cai”, como o ‘crioulo difícil’, ao lado da actriz Marina Miranda, a ‘crioula difícil’. Tião Macalé era personagem de poucas falas, tendo mesmo alguma dificuldade na articulação das palavras, facto que aumentava ainda mais a sua eficiente performance como humorista.
Estreou-se no cinema em 1970, no filme “Os Caras de Pau”. Entraria ainda em mais 14 filmes até 1990. A sua grande base de trabalho seria, porém, o programa “Os Trapalhões”.
Em 1988 e 1989, a sua fama atingiu proporções maiores quando fez vários comerciais de paródias para a extinta rede de supermercados Disco (Distribuidora de Comestíveis Disco S.A.). Em 1989, actuou como propagandista na campanha do candidato Affonso Camargo Neto à Presidência da República.
Torcedor do Fluminense e assíduo frequentador dos estádios, Tião chegou a passar mal em duas partidas do seu clube, antes de sofrer o seu primeiro derrame. Entusiasta do futebol, organizava, treinava e às vezes arbitrava jogos de uma equipa chamada Dínamo, em Copacabana, onde morou durante muitos anos. Detestava o Flamengo e ficava possesso se alguém assobiava o Hino do Flamengo, dizendo uma série de palavrões. 
No final de 1992, sofreu um derrame e passou a trabalhar com dificuldade. Faleceu aos 66 anos de idade, vítima de infecção pulmonar. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

25 DE OUTUBRO - ANTHONY FRANCIOSA


EFEMÉRIDE - Anthony Franciosa, de seu verdadeiro nome Anthony George Papaleo Jr., actor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 25 de Outubro de 1928. Morreu em Los Angeles, em 19 de Janeiro de 2006. Tinha por origem, uma família italiana radicada nos USD desde 1890.
Começou por actuar no teatro, mas os proventos eram poucos e ele teve de trabalhar em pequenos ofícios para subsistir.
Franciosa fez parte de uma vaga de actores da década de 1950, que frequentou o Actors Studio, em Nova Iorque, uma das mais prestigiadas escolas de actores do mundo.
Esteve também muito activo na luta pelos direitos civis, participando em desfiles liderados por Martin Luther King. Este activismo levou-o a uma longa amizade com o reverendo Jesse Jackson. 
Foi casado com Beatrice Bakalyar, de 1952 a 1957, e com Shelley Winters, de 1957 a 1960. Estava casado com Rita Thiel há 38 anos, quando faleceu, aos 77, em consequência de um AVC. 
Tornou-se popular com a participação em diversas séries de televisão, entre elas o drama “Os audaciosos”, onde fez o papel principal, de 1968 a 1971. 
Estrelou “Um rosto na multidão”, de 1957, dirigido por Elia Kazan. Contracenou com Anna Magnani, em “A fúria da carne”, também de 1957; com Ava Gardner, em “A maja desnuda”, de 1959; e com Jane Fonda, em “Contramarcha nupcial”, em 1962. 
Participou no filme “O mercador de almas”, de 1958, com Paul Newman, Joanne Woodward e Orson Welles. 
Anthony Franciosa foi nomeado para o prémio Tony e para o Oscar, pela sua interpretação em “Cárcere sem grades”, de 1957. Ganhou um Globo de Ouro pelo seu papel em “Calvário da glória”, de 1959 (Foi nomeado para outros três Globo de Ouros: dois em 1958 e um em 1965.
Protagonizou mais de cinquenta filmes, entre 1950 e 1996, e 27 séries de televisão, entre 1954 e 1997.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

24 DE OUTUBRO - KURT HUBER


EFEMÉRIDE - Kurt Huber, resistente alemão, membro do grupo Rosa Branca, nasceu em Coire, na Suíça, em 24 de Outubro de 1893. Morreu em Munique no dia 13 de Julho de 1943. 
Huber nasceu numa família de origem alemã. Cresceu em Estugarda e, depois da morte do pai, viveu em Munique. Durante os seus estudos, mostrou facilidade para a música, a psicologia e a filosofia, tornando-se professor em 1920, na Universidade Ludwig Maximilian de Munique. 
Com a chegada do NSDAP ao poder e com a acumulação de poderes sobre Hitler, Huber começou a realizar actividades de resistência individual até que contactou alguns dos membros do movimento da resistência alemã Rosa Branca. Seria ele, aliás, a escrever o sexto e último panfleto do grupo, chamando a população a romper com o nazismo. 
As actividades de resistência da Rosa Branca chamaram a atenção da Gestapo e Huber foi preso em Fevereiro de 1943. Nem o seu amigo pessoal, o compositor Carl Orff, pôde evitar que ele fosse detido, já que a carreira de Orff seria arruinada se fosse descoberta a sua relação com um conspirador.
Huber foi levado perante o Volksgerichtshof, o Tribunal Popular nazi, em Abril. O juiz Roland Freisler, que foi encarregado da maior parte dos julgamentos contra conspiradores, sentenciou Huber à pena de morte por insurreição. 
Três meses depois, Kurt Huber foi guilhotinado na Prisão Stadelheim de Munique. A universidade removera Huber da sua posição e cancelara o doutoramento, depois da sua prisão. A investigação sobre Huber permitiu também prender e executar Hans Leipelt, por tentar arrecadar dinheiro para ajuda à viúva de Huber. 
Actualmente, a praça em frente do edifício principal da Universidade de Munique chama-se ‘Professor Huber Platz’.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

23 DE OUTUBRO - JEAN ACKER


EFEMÉRIDE - Jean Acker, de seu nome original Harriet Acker, actriz norte-americana, nasceu em Trenton, Nova Jérsei, em 23 de Outubro de 1893. Morreu em Los Angeles no dia 16 de Agosto de 1978. O pai era mestiço cherokee e mãe irlandesa.
A sua carreira estendeu-se desde a época do cinema mudo até aos anos 1950. Ela tornou-se ainda mais conhecida como ex-esposa de Rodolfo Valentino. 
Actuou em vaudevilles até se se mudar para a Califórnia, em 1918. Ao chegar a Hollywood, Acker tornou-se protegida e amante de Alla Nazimova, uma actriz de cinema, cuja influência e contactos levaram Acker a negociar um contrato de USD 200 por semana, com um estúdio de cinema. 
Acker actuou em diversos filmes durante os anos 1910 e 1920, mas - no início dos anos 1930 - começou a aparecer apenas em pequenos papéis, não creditados nos genéricos. Fez a sua última aparição no filme de 1955 “How to Be Very, Very Popular”, ao lado de Betty Grable. 
Depois de conhecer e fazer amizade com o actor Rodolfo Valentino numa festa, tiveram um namoro de dois meses e casaram em Novembro de 1919. Acker, porém, muito rapidamente se arrependeu e não o deixou entrar no quarto do hotel, na noite de núpcias. Teoricamente, o casamento nunca foi consumado. 
Após o divórcio, Rodolfo Valentino não esperou o período legal para que pudesse casar de novo, e consorciou-se, no México, com a sua segunda esposa, Natacha Rambova. Foi acusado de bigamia quando voltaram aos Estados Unidos.  Jean Acker e Rodolfo Valentino ficaram zangado durante vários anos, mas reataram a amizade antes da morte dele, em 1926. Acker escreveu uma canção popular sobre ele, logo depois da sua morreu, intitulada “We Will Meet at the End of the Trail”.  
Acker teve um romance (já aludido) com a actriz Alla Nazimova, que a incluiu no ‘Sewing circles’, um grupo que congregava as actrizes que foram obrigadas a ocultar o facto de serem romanticamente e sexualmente atraídas por mulheres, lésbicas e bissexuais. Acker teve um caso, também, com a actriz Grace Darmond. 
Após o divórcio de Valentino, Jean Acker conheceu Chloe Carter, uma ex-integrante do Ziegfeld Follies, com quem ficaria o resto da vida, tendo adoptado uma criança. O casal possuía um apartamento em Beverly Hills. Acker morreu de causas naturais em 1978, aos 84 anos, e está sepultada próxima de Carter no Holy Cross Cemetery em Culver City, Califórnia.

terça-feira, 22 de outubro de 2019

22 DE OUTUBRO - JEAN-PIERRE DESTHUILLIERS


EFEMÉRIDE - Jean-Pierre Desthuilliers, engenheiro e escritor francês, nasceu em Versalhes no dia 22 de Outubro de 1939. Morreu em 6 de Dezembro de 2013. 
Estudou no Liceu Albert-de-Mun na secção Latim/Grego, na Escola do Gai Savoir e, depois, no Liceu misto de Meaux, actualmente Liceu Henri Moissan, na secção Clássica e seguidamente em Matemática elementar. Em 1956, frequentou a turma preparatória parta as escolas superiores, no Liceu Henri-IV. Licenciado como engenheiro em 1962. Fez uma primeira carreira como engenheiro e quadro em várias empresas importantes, tendo registado várias patentes de invenções suas. Depois, foi sócio gerente de Bossard Consultants, criando uma secção de inovação pedagógica. 
Em 1992, abriu um escritório-consultor em engenharia pedagógica instalado em Boulogne-Billancourt. 
Começou a escrever em 1954, encorajado pelo poeta Jehan Despert, que o publicou nos seus “Cahiers de l'Île de France” e lhe abriu também as colunas do jornal “Le Figaro”.
Ocupou, desde 1959 até 2004, funções associativas culturais em diversas instituições. Era sócio da Sociedade dos poetas franceses. Por outro lado, juntamente com a sua actividade profissional e o seu trabalho literário, Jean-Pierre Desthuilliers comprometeu-se em várias formas de acção política e social. 
Entre a sua vasta obra literária, salientam-se vários livros de poesia, prefácios, ensaios, artigos e críticas.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

21 DE OUTUBRO - O CERCO DE LISBOA (1147)



EFEMÉRIDE - O Cerco de Lisboa durou até 21 de Outubro de 1147. Tivera início em 1 de Julho do mesmo ano. Integrou a Reconquista cristã da Península Ibérica, culminando na conquista de Lisboa aos mouros, pelas forças de D. Afonso Henriques, com o auxílio dos Cruzados que se dirigiam para o Médio Oriente, mais propriamente para a Terra Santa. Foi o único sucesso da Segunda Cruzada
Após a queda de Edessa, em 1144, o Papa Eugénio III convocou uma nova cruzada para 1145 e 1146. O Papa ainda autorizou uma cruzada para a Península Ibérica, embora esta fosse uma guerra desgastante de já vários séculos, desde a derrota dos Mouros em Covadonga, em 718. Nos primeiros meses da Primeira Cruzada, em 1095, já o Papa Urbano II teria pedido aos cruzados ibéricos (futuros portugueses, castelhanos, leoneses, aragoneses, etc.) que permanecessem na sua terra, já que a sua própria guerra era considerada tão valente como a dos Cruzados em direcção a Jerusalém. Eugénio III reiterou a decisão, autorizando Marselha, Pisa, Génova e outras grandes cidades mediterrânicas a participar na guerra da Reconquista. 
Em 19 de Maio, zarparam os primeiros contingentes de Cruzados de Dartmouth, Inglaterra, constituídos por flamengos, normandos, ingleses, escoceses e alguns cruzados germanos. Segundo Odo de Deuil, perfaziam no total 164 navios - valor este provavelmente aumentado progressivamente até à chegada a Portugal. Durante esta parte da cruzada, não foram comandados por nenhum príncipe ou rei - a Inglaterra estava em pleno período d’A Anarquia. Assim, a frota era dirigida por Arnold III de Aerschot, Christian de Ghistelles, Henry Glanville, Simon de Dover, Andrew de Londre e Saher de Archelle. 
A armada chegou à cidade do Porto em 16 de Junho, sendo convencidos pelo bispo do Porto, Pedro II Pitões, a tomarem parte naquela operação militar. Após a conquista de Santarém (1147), sabendo da disponibilidade dos Cruzados em ajudar, as forças de D. Afonso Henriques, prosseguiram para Sul, sobre Lisboa. 
As forças portuguesas avançaram por terra, as dos cruzados pelo mar, penetrando na foz do rio Tejo. Ainda em Junho desse ano, ambas as forças estavam reunidas, tendo lugar as primeiras escaramuças nos arrabaldes a Oeste da colina sobre a qual se erguia a cidade de então, hoje a chamada Baixa. Após violentos combates, tanto esse arrabalde, como o de Leste, foram dominados pelos cristãos, impondo-se dessa forma o cerco à opulenta cidade mercantil. 
Bem defendidos, os muros da cidade mostraram-se inexpugnáveis. As semanas eram passadas com surtidas dos sitiados, enquanto as máquinas de guerra dos sitiantes lançavam toda a espécie de projécteis sobre os defensores. O número de mortos e feridos aumentavam de parte a parte. 
No início de Outubro, os trabalhos de sapa sob o alicerce da muralha tiveram sucesso e fizeram cair um troço dela, abrindo uma brecha por onde os sitiantes se lançaram, apesar da defesa denodada dos sitiados. Por essa altura, uma torre de madeira construída pelos sitiantes, foi aproximada da muralha, permitindo o acesso ao adarve. Diante da situação, na iminência de um assalto cristão em duas frentes, os muçulmanos, enfraquecidos pelas escaramuças, pela fome e pelas doenças, capitularam a 20 de Outubro. 
Entretanto, só no dia seguinte, o soberano e as suas forças entrariam na cidade, que foi saqueada pelos cruzados. 
Decorrente deste cerco, surgiram os episódios lendários de Martim Moniz, que teria perecido pela vitória dos cristãos, e da ainda mais lendária batalha de Sacavém. 
Alguns dos cruzados estabeleceram-se na cidade, de entre os quais se destaca Gilbert de Hastings, eleito bispo de Lisboa. 
Após a rendição, uma epidemia de peste assolou a região, fazendo milhares de vítimas entre a população.
Lisboa tornar-se-ia a capital de Portugal em 1255. 

domingo, 20 de outubro de 2019

20 DE OUTUBRO - JACK ELAM


EFEMÉRIDE - Jack Elam, de seu verdadeiro nome William Scott Elam, actor norte-americano, mais conhecido pelos seus numerosos papéis como vilão em filmes western e, mais tarde, em comédias, morreu em Ashland no dia 20 de Outubro de 2003. Nascera em Miami, em 13 de Novembro de 1920. 
Ainda criança, cegou do olho esquerdo, ferido com um lápis quando de um evento de escotismo.
Antes da sua carreira como actor, ocupou vários cargos de finanças em pequenos teatros de Los Angeles e serviu dois anos na Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial
Protagonizou 98 filmes, entre 1947 e 1993.  Em 1952, começou a actuar igualmente na televisão (“The Lone Ranger”, “Superman” e “Wild Bill Hickock”). Juntamente com Larry Ward, foi também o herói da série “The Dakotas” (1963). Participou ainda noutros telefilmes.
Morreu aos 82 anos, vítima de insuficiência cardíaca.

sábado, 19 de outubro de 2019

19 DE OUTUBRO - FANNIE HURST


EFEMÉRIDE - Fannie Hurst, romancista norte-americana, nasceu em Hamilton, no Ohio, em 19 de Outubro de 1889. Morreu em Nova Iorque no dia 23 de Fevereiro de 1968. 
Os seus romances mais famosos foram: “Stardust” (1919), “Lummox” (1923), “A President is Born” (1927), “Back Street” (1931) e “Imitation of Life” (1933). 
Fannie era a única filha sobrevivente de uma família judia. Passou os primeiros vinte anos de vida em St. Louis, no Missouri, onde frequentou a Washington University, tendo-se diplomado em 1909.
Em 1915, casou-se com Jacques S. Danielson, um pianista de Nova Iorque, mas o casamento só foi anunciado cinco anos mais tarde. 
Em 1921, Hurst foi uma das primeiras a aderir à Lucy Stone League, uma organização que lutava para que as mulheres mantivessem os seus apelidos de solteiras, após o casamento. Era também membro activo da Urban League, tendo sido indicada para o National Advisory Committee to the Works Progress Administration em 1940. Foi igualmente delegada à Organização Mundial da Saúde em 1952. 
Hurst é mais conhecida pela adaptação ao cinema de algumas das suas obras, como o filme “Imitation of Life”, de 1934, e o seu remake em 1959. 
A primeira biografia completa de Hurst foi publicada em 1999, da autoria de Brooke Kroeger.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

18 DE OUTUBRO - GABRIEL DINIZ


EFEMÉRIDE - José Gabriel de Souza Diniz, cantor e compositor brasileiro, nasceu em Campo Grande no dia 18 de Outubro de 1990. Morreu em Estância, em 27 de Maio de 2019. 
Na adolescência, mudou-se com a família para João Pessoa, na Paraíba. Gabriel Diniz iniciou a sua carreira como músico, cantando em algumas festas estudantis, na faculdade onde estudava engenharia eléctrica. Reuniu-se com amigos e criou uma banda de garagem, tornando-se sensação entre a juventude da cidade. Estes foram os primeiros passos da caminhada do cantor que, a partir daí, foi visto pelos empresários locais da música e foi convidado para ser vocalista de uma banda «a sério».
Aos 19 anos, consolidou-se na cena nordestina, com a banda Forró na Farra, em João Pessoa, pela produtora Luan Promoções e Evento, também responsável por gerir as carreiras de muitos outros artistas. O sucesso, marcado com a sua voz, foi “O Show Terminou”. A banda Forró na Farra, comandada pelo ‘Playboyzão’ (como Gabriel era conhecido), dera início às suas actividades, na casa de shows The Pub, sendo gravado um pequeno registro em vídeo. Além da banda, Gabriel Diniz liderou os grupos de forró electrónico Capim com Mel e Cavaleiros do Forró. Este último, criado em 2001, teve mais de dois milhões de álbuns vendidos e foi considerada um dos maiores fenómenos musicais do Nordeste. O cantor foi vocalista do grupo entre os anos 2010 e 2011.
Na sua carreira a solo, Gabriel teve seis álbum lançados: “At The Park” (ao vivo, 2016), “Live” (ao vivo, 2016), “Verão” (2016), “Gabriel Diniz Na Ilha” (ao vivo, 2018), “À Vontade” (2019) e, por último, “Safadezinha”. Com o sucesso, gravou também ao lado de grandes artistas da actual cena sertaneja. 
A nível nacional, ficou conhecido pelo single “Jeniffer”, que ficou em 1º lugar entre as canções mais tocadas nas rádios e nas paradas de streaming do Brasil, consolidando-se como o hit do Verão de 2019. A canção, segundo o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição, foi igualmente a música mais tocada no Carnaval de 2019. No YouTube, o vídeo da canção contava com mais de 246 milhões de visualizações, em Junho de 2019. 
Após realizar uma apresentação na cidade de Feira de Santana, na Bahia, Gabriel seguiu com destino a Maceió, Alagoas, para se encontrar com os pais e comemorar o aniversário da namorada, que completava 25 anos. O monomotor em que viajava caiu em Estância, no sul de Sergipe, causando a morte do cantor e dos dois tripulantes. Gabriel Diniz deixava-nos aos 28 anos de idade.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

17 DE OUTUBRO - NATALIA GONCHAROVA


EFEMÉRIDE - Natalia Sergeyevna Goncharova, figurinista, desenhadora e pintora russa, naturalizada francesa em 1939, morreu em Paris no dia 17 de Outubro de 1962. Nascera em Tula, em 1881
Estudou escultura e pintura em, Moscovo, tendo começado a pintar em 1904. Participou em várias exposições a partir de 1906. Com o seu companheiro Mikhail Larionov, desenvolveu o raionismo. Foram os pais da vanguarda russa pré-revolucionária. Em 1913, Goncharova expôs as suas obras na galeria Der Blaue Reiter, em Munique. 
Goncharova também se dedicou às artes gráficas, tendo escrito e ilustrado um livro em estilo futurista. Deixou definitivamente a Rússia em 1915, indo residir na Suíça durante dois anos. Começou a desenhar trajes e cenários para ballet em Genebra. 
Mudou-se para Paris em 1918. Nos anos 1920, tornou-se um dos principais pintores dos Ballets Russos de Diaghilev. Participou igualmente na Exposição de Arte Moderna em Genebra.
Durante a II Grande Guerra Mundial e no pós-guerra, passou por um período de pobreza e de esquecimento. Foi preciso esperar por 1954, durante as grandes retrospectivas de ballet de Diaghilev, para se voltar a falar de Goncharova e do seu companheiro Mikhail Larionov. Só enão se casaram (1955). 
Uma grande retrospectiva das obras de Larionov e de Goncharova foi organizada em Londres, pelo Conselho de Arte da Grã-Bretanha, em 1961. O mesmo aconteceu em Paris, mas só após a sua morte, ocorrida em 1962. Está sepultada em Ivry-sur-Seine, França.
Já em 2019, o Tate Modern, de Londres, organizou uma exposição das obras de «Nathalie Gontcharoff», nome que lhe foi dado quando se tornou cidadã francesa em 1939. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

16 DE OUTUBRO - DAVID REILLY


EFEMÉRIDE - David Reilly, cantor, compositor e produtor musical norte-americano, morreu na Pensilvânia em 16 de Outubro de 2005. Nascera no dia 5 de Maio de 1971. Participou na banda God Lives Underwater, pioneira do estilo «rock electrónico».
Começou desde cedo a criar música. Gostava de tocar piano (ou qualquer ‘coisa’ que encontrasse pela sua frente), na idade em que a maioria das crianças ainda nem sabe falar.
Alguns anos mais tarde, interessou-se por outros instrumentos como bateria, guitarra e baixo, conseguindo economizar todo o seu dinheiro para comprar um gravador velho de quatro pistas. Nesse momento, cantar e compor já eram o seu foco. Não será necessário dizer que, para alguém que toca cinco instrumentos, compõe e aprende a arte de gravar as suas próprias músicas, a escola acaba por ficar em segundo plano. 
David tinha o desejo de se tornar produtor musical, quando a maioria das crianças apenas escolhia entre ser polícia, bombeiro, professor ou veterinário. A sua determinação para fazer com que aquele desejo se realizasse era inequívoca. 
O curso secundário foi a época em que começou a vender as fitas com as músicas, que ele gravava e produzia em casa. Tornou-se um trabalho quase a tempo inteiro. As fitas já mostravam um som que combinava muito dos anos 1980 com o feeling do rock dos anos 1970
Depois de incontáveis nomes, logotipos, bandas imaginárias e estilos, David conheceu na escola um rapaz chamado Jeff Turzo. Ambos deram luz ao que viria a ser o grupo God Lives Underwater
Com a idade de 21 anos, contratos com gravadoras já não eram mais um sonho. O executivo musical Rick Rubin viu no God Lives Underwater uma banda na qual poderia investir com pouco risco e que daria resultados quase imediatos. De facto, em muito pouco tempo, o grupo tornou-se uma banda famosa no cenário industrial-electrónico, mas as suas músicas não negavam o facto de serem mais reconhecidos como uma banda de rock. 
Depois de brigas de ego e pressões da gravadora, a banda God Lives Underwater foi desmembrada, ou melhor, simplesmente acabou, com Jeff e David a desejarem fazer carreiras a solo. David lançou um CD intitulado “How Humans Are”, através da gravadora RuffNation. Este álbum, pautado por músicas com um apelo mais acústico e roqueiro, era o que David sentia ser a melhor maneira de mostrar o seu som. 
David faleceu aos 34 anos, num hospital, devido a causas desconhecidas. O seu funeral realizou-se quatro dias depois, contando com a presença de muitos fãs, admiradores, amigos e familiares.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

15 DE OUTUBRO - MERVYN LEROY


EFEMÉRIDE - Mervyn LeRoy, actor, cenarista, produtor e realizador de cinema norte-americano, nasceu em São Francisco no dia 15 de Outubro de 1900. Morreu em Los Angeles, em 13 de Setembro de 1987.
Tinha por origem uma família judaica. Um tremor de terra, em 1907, destruiu a empresa do pai, que morreria em 1910, ainda Mervyn não atingira os dez anos de idade. Deixou a escola, para vender jornais em frente de uma sala de espectáculos (Alcazar).
Mervyn começou a actuar no teatro de vaudeville, onde se estreou ainda criança, ao lado da mãe. Em 19019, foi tentar a sua chance em Hollywood. Por intermédio de um primo, o produtor Jesse Lasky, empregou-se no Famous Players-Lasky (Paramount), onde trabalhou no laboratório, como assistente de câmara e escritor de gags, até 1927. Protagonizou também alguns dos gags.  
Cecil B. DeMille, para o qual desempenhou um pequeno papel no filme “Os Dez Mandamentos”, fê-lo sonar em ser realizador. O sonho tornou-se realidade ao conseguiu a proeza, em 1927, de dirigir “No Place to Go”, que custou pouco dinheiro e deu imensos lucros.  A partir daí, reconhecido pela crítica como uma grande revelação, dirigiu 30 filmes, entre 1930 e 1939. Descobriu actores como Clark Gable, Loretta Young, Robert Mitchum e Lana Turner. Em 1938, passou para a MGM e produz “O Feiticeiro de Oz”.
Realizou todos os tipos de filmes, mas, destacou-se especialmente naqueles que abordavam problemas sociais, como “Little Caesar”, “Two Seconds” e “I am a fugitive from a chain gang”.
As suas maiores bilheteiras aconteceram com filmes históricos como “A Ponte de Waterloo” de 1940 e “Quo Vadis?” de 1951. Oito das suas películas foram nomeadas para os Oscars
Mervyn LeRoy casou-se três vezes e, a seguir ao primeiro casamento, teve um idílio com Ginger Rogers, de quem ficou um grande amigo.  O último casamento, com Kathryn Kitty Priest Rand, durou de 1946 até à sua morte.

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

14 DE OUTUBRO - NIKOLAI ANDRIANOV


EFEMÉRIDE - Nikolai Ost Yefimovich Andrianov, ginasta da União Soviética, nasceu em Vladimir no dia 14 de Outubro de 1952. Morreu na mesma cidade em 21 de Março de 2011. 
Nikolai iniciou-se na ginástica aos onze anos, na escola juvenil de Burevestnik, localizada da sua cidade natal. Anos após encerrar a sua carreira, em 2001, entrou para o International Gymnastics Hall of Fame e, no ano seguinte, tornou-se treinador na escola onde se iniciara.  
Nikolai detém o recorde de ginasta masculino com mais medalhas, tendo conquistado em Olimpíadas um total de quinze. Ficou também conhecido pelas suas treze medalhas em Mundiais e as dezoito medalhas europeias, sendo dez delas de ouro. Foi bicampeão olímpico no solo e nos saltos, bicampeão mundial nas argolas e tricampeão europeu nos saltos, além de bicampeão europeu no solo e campeão europeu, mundial e olímpico na classificação individual geral
O pai de Nikolai abandonou a família – ele, a mãe e as suas três irmãs - quando Nikolai ainda era um menino. A sua reacção foi a rebeldia: fugia das aulas e constantemente entrava em atrito com os professores. Ao completar onze anos, Zhenya Skurlov, o seu melhor amigo, convenceu-o a acompanhá-lo numa aula de ginástica. O treinador era Nikolai Tolkachev, que aceitou ensinar a modalidade ao jovem Andrianov. 
Não demorou muito e Tolkachev apercebeu-se da necessidade de uma figura mais forte e influente sobre o jovem rebelde. O treinador decidiu que Andrianov deveria morar com ele, para ser melhor orientado. O resultado veio logo de seguida: o comportamento do jovem melhorou e, mais do que um treinador, Tolkachev era visto como um pai. 
Cinco anos mais tarde, veio a estreia numa competição, o Espartacus Júnior de 1969, em Yerevan. Terminados os eventos, Tolkachev voltou com ideias para a reformulação das rotinas do ginasta. No ano seguinte, Andrianov entrou para a equipa principal, como reserva. Em contínua melhoria, em 1971, em Madrid, participou no seu primeiro Campeonato Europeu. Nele conquistou seis medalhas, duas delas de ouro, e o reconhecimento internacional. 
Em 1972, foi considerado a maior esperança soviética para a Olimpíada de Munique, ao vencer o Campeonato da URSS. Apesar dos bons desempenhos, o concurso geral olímpico foi conquistado pelo japonês Sawao Kato. Após uma queda na prova de cavalo com arções, Andrianov encerrou a sua participação na quarta posição. Ainda que o predomínio fosse da equipa japonesa, a União Soviética mostrou competitividade ao ter Nikolai Andrianov como número um no solo
Nos quatro anos seguintes, Andrianov conquistou importantes medalhas nacionais e internacionais. Durante este período, casou-se com a ginasta soviética Lyubov Burda, bicampeã olímpica por equipas (1968 e 1972). Em 1975, o casal teve o primeiro filho, vindo a ter o segundo, dois anos mais tarde.
Em 1976, nos Jogos Olímpicos de Montreal, Andrianov viveu o melhor momento da sua carreira, conquistando sete medalhas olímpicas, quatro delas de ouro. Por este feito, foi condecorado com a Ordem de Lenine e nomeado, pelos jornalistas, o Desportista Soviético do Ano. Quatro anos mais tarde, em Moscovo, Nikolai participou na sua última Olimpíada, na qual conquistou mais cinco medalhas.
Quando se retirou das competições, substituiu o seu técnico, Tolkachev, na escola de ginástica, em Vladimir. Um dos seus alunos foi o próprio filho, Sergei. Nikolai ainda treinou ginastas como Vladimir Artemov e Alexei Nemov, ambos medalhados olímpicos.
Após a dissolução da União Soviética, Andrianov mudou-se para o Japão, onde treinou o filho de Mitsuo Tsukahara - Naoya - campeão olímpico em Sydney. Em 2011, sofrendo de atrofia sistémica múltipla, que o impedia de falar e movimentar os membros inferiores e superiores, ficou confinado à sua casa em Vladimir, na Rússia, onde veio a falecer com 58 anos de idade.

domingo, 13 de outubro de 2019

13 DE OUTUBRO - FLÁVIO GIKOVATE


EFEMÉRIDE - Flávio Gikovate, psiquiatra, psicoterapeuta e escritor brasileiro, morreu em São Paulo no dia 13 de Outubro de 2016. Nascera na mesma cidade em 11 de Janeiro de 1943.
Formou-se na Universidade de São Paulo, em 1966, como psicoterapeuta e - desde o início da carreira - dedicou-se às técnicas breves de psicoterapia. Gikovate dizia que escolhera a especialidade psiquiátrica em função de dois motivos combinados: pessoal, por ter sido um obeso tímido, e familiar, visto o pai ser médico e a mãe sofrer de depressão. 
Em 1970, foi assistente clínico no Institute of Psychiatry da Universidade de Londres. Nos últimos trinta anos de vida, escreveu 25 livros sobre problemas relacionados com a vida social, afectiva e sexual, e os seus reflexos na sociedade. Algumas das suas obras foram também publicados em espanhol.
Colaborava regularmente em vários periódicos de grande circulação. Manteve uma coluna semanal sobre comportamento, na “Folha de S. Paulo”, entre 1980 e 1984 e, entre 1987 e 1999; e uma página na revista mensal “Cláudia”. Tinha um programa de rádio semanal (“No Divã do Gikovate”) na CBN e frequentemente participava, como convidado, em programas de televisão. 
Entre 1991 e 1993, coordenou programas na Rede Bandeirantes de Televisão e uma primeira fase do talk-show “Canal Livre”. O formato deste programa era ao vivo e Gikovate começava sempre por fazer considerações psicológicas profundas sobre um determinado tema. Era igualmente conferencista, actuando em eventos dirigidos ao público em geral, mas também naqueles que eram voltados para quadros e profissionais de psicologia ou de diferentes especialidades médicas. Teve participações na telenovela “Passione”, como ele mesmo, ajudando um personagem que tinha sofrido abusos sexuais na infância.
Faleceu aos 73 anos, no Hospital Albert Einstein, devido a um cancro no pâncreas, diagnosticado oito meses antes. 

sábado, 12 de outubro de 2019

12 DE OUTUBRO - SIMONE BALAZARD


EFEMÉRIDE - Simone Balazard, romancistas, dramaturga e editora francesa, nasceu em Alger no dia 12 de Outubro de 1935
Depois dos estudos primários e secundários, obteve um bacharelato literário. Fez depois um ano de Letras no Liceu Bugeaud. Na Faculdade de Letras, seguiu o curso de Filosofia, tendo-se licenciado em 1956, ano em que deixou a Argélia para se fixar em França. 
 Continuou a estudar: na Sorbonne e, depois, no Instituto de Etnologia do Museu do Homem.
Sob a direcção de Pierre-Maxime Schuhl, redige e defende a tese de estudos superiores “A noção de demónio em Platão”. Depois de um ano de estágio em Paris, foi nomeada para a École Normale de Vesoul em 1959. Entre 1960 e 1967, ensinou no Lycée de Saint-Louis (Haut-Rhin), no liceu de raparigas de Chartres e no Liceu Arago em Paris. 
Em 1975/1993, foi professora na École Normale e depois no IUFM, no Val-d'Oise e nos Hauts-de-Seine.  Quando de uma longa interrupção da actividade profissional, seguiu cursos no Institut d’Études Théâtrales, onde defendeu - em 1978 - a tese “A Formação do autor dramático na França de hoje”. 
Tinha-se casado em 1957 com Jacques Balazard, também nascido na Argélia. Publicou o seu primeiro romance em 1963 - “O Próximo Verão”. 
Em 1968, aderiu à União dos Escritores e ingressou na Société des gens de lettres, sendo membro do seu comité de funcionamento durante muitos anos. 
Faz parte da European Writers' Congress e presidiu, de 2002 a 2004, a Federação Internacional dos Escritores de Língua Francesa, criada no Canadá em 1982. 
Em 1996, fundou a revista literária “Le Jardin d'Essai”, que publicou quatro números por ano até 2004, ano em que deu lugar a uma pequena editora, que publica cinco colecções de livros. 
Simone Balazard publicou, até 2011, vinte livros. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

11 DE OUTUBRO - HENRY JOHN HEINZ


EFEMÉRIDE - Henry John Heinz, homem de negócios germano-americano, nasceu na Pensilvânia em 11 de Outubro de 1844.  Morreu em Pittsburgh no dia 14 de Maio de 1919. Foi o fundador da empresa agro-alimentar americana Heinz
Com a idade de 25 anos, criou a sua primeira empresa agro-alimentar. Faliu em 1875 e lançou então uma nova sociedade do mesmo ramo, a F. & J. Heinz, em colaboração com o seu irmão e um primo. 
Em 1886, estabeleceu um acordo com os armazéns Fortnum & Mason para assegurar a comercialização dos produtos no Reino-Unido. 
Cassou com use Sarah Sloan Young em 1869. Deste casamento, nasceu Howard Heinz (18771941), que sucedeu ao pai na gestão da empresa, a partir de 1919.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

10 DE OUTUBRO - PETER COYOTE


EFEMÉRIDE - Peter Coyote, de seu verdadeiro nome Robert Peter Cohon, actor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 10 de Outubro de 1941
Já actuou no cinema,  no teatro e na televisão, tendo ficado conhecido sobretudo pelos filmes “E.T. - O Extraterrestre” (1982), “Cross Creek” (1983), “Jagged Edge” (1985), “Lua de Fel” (1992), “!Kika” (1993), “Patch Adams” (1998), “Erin Brockovich” (2000), “A Walk to Remember” (2002), “Hemingway & Gellhorn” (2012) e “Good Kill” (2014). 
Nos anos 1960, integrou-se na San Francisco Mime Troupe, um grupo de teatro de rua californiano, antes de participar na fundação dos Diggers, um grupo contracultura anarquista. Começou no cinema em 1980, protagonizando o filme “Die laughing”. 
Juntamente com Glenn Close, comentou a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City em 2002. 
Durante a sua carreira, já actuou em 112 filmes (1980/2017). 

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

9 DE OUTUBRO - DENNIS STRATTON


EFEMÉRIDE - Dennis Stratton, guitarrista britânico, nasceu em Canning Town, Londres, no dia 9 de Outubro de 1954. Alcançou fama mundial por ter sido guitarrista da banda de heavy metal Iro Maiden, de Janeiro a Outubro de 1980. 
Após a sua saída da Iron Maiden, Stratton tocou em bandas como a Lionheart, com quem lançou um álbum em 1984, chamado “Hot Tonight”, e, mais recentemente, a Praying Mantis, com quem está desde 1990. 
Em 1995, Dennis realizou um projecto com Paul Di’Anno, ex-vocalista do Iron Maiden, chamado “The Original Men”, lançando dois álbuns, “The Original Iron Men” (1995) e “The Original Iron Men 2” (1996). 
Ainda na década de 1q99, juntou-se novamente a Di’Anno e a outros músicos, lançando o álbum “Hard As Iron”.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

8 DE OUTUBRO - ROUBEN MAMOULIAN


EFEMÉRIDE - Rouben Mamoulian, realizador e produtor de cinema arménio-americano, nasceu em Tíflis no dia 8 de Outubro de 1897. Morreu em Los Angeles, em 4 de Dezembro de 1987. 
Oriundo de uma família arménia (Império Russo), o pai era banqueiro e a mãe dirigia uma sociedade teatral.  Depois de ter feito os estudos secundários no Liceu Montaigne em Paris, voltou à Rússia para estudar Direito na Universidade de Moscovo. Abandonou depois os estudos de Direito para estudar Arte Dramática.
Em 1920, foi para Londres com a irmã, onde criou uma companhia teatral. Em 1923, emigrou para os Estados Unidos, para dirigir óperas e operetas. Com o crescimento da indústria cinematográfica, decidiu tentar a sorte em Hollywood.
Em 1929, realizou uma das primeiras produções faladas do cinema mundial, “Applause” (“Aplausos”), e em seguida fez “City Streets” (“Ruas da Cidade”), estrelado por Gary Cooper e Sylvia Sidney.
Em 1932, realizou o seu filme de maior sucesso, “Dr. Jekyll and Mr. Hyde” (“O Médico e o Monstro”), considerado pelos críticos de cinema como uma das melhores adaptações cinematográficas do conto homónimo de Robert Louis Stevenson. O filme deu o Oscar de Melhor Actor a Frederic March.
Em 1935, realizou o primeiro filme a cores (Tecnicolor) da história do cinema, “Becky Sharp”. 
Rouben trabalhou com grandes nomes do cinema mundial nas décadas de 1940 e 1950 como Maurice Chevalier, Marlene Dietrich, Charles Boyer, Greta Garbo, Tyrone Power, Rita Hayworth e Fred Astaire, em filmes como: “Queen Christina” (“Rainha Cristina”); “The Mark of Zorro” (“A Marca do Zorro”); “Blood and Sand” (“Sangue e Areia”); e “Silk Stockings” (“Meias de Seda”), o seu último filme, realizado em 1957.
Morreu aos 90 anos, sendo sepultado no Forest Lawn Memorial Park de Glendale, no condado de Los Angeles. Tem uma estrela no Passei da Fama desde 1960. Os seus arquivos estão guardados na Biblioteca do Congresso (2002).

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

7 DE OUTUBRO - TICO TORRES


EFEMÉRIDE - Hector Samuel Juan “TicoTorres, músico, artista e empresário norte-americano, baterista da lendária banda de rock Bon Jovi, nasceu em Nova Iorque no dia 7 de Outubro de 1953.
Tico”, como é chamado desde a infância, é filho de pais cubanos que estavam radicados nos EUA, mas que voltaram para Cuba, onde ficaram até ele ter 5 anos. Os pais acabaram por se divorciar e a mãe decidiu mudar-se de novo para os Estados Unidos.
Aos 11 anos, Tico começou a aprender guitarra e, aos 15, substituu o baterista de uma banda, durante uma festa. Descobriu assim a sua paixão pela bateria. Aos 16 anos, entrou na sua primeira banda, a Sweat. Desde então, passou por vários outros grupos. 
Quando se uniu a Jon Bon Jovi, em 1983, já tinha «uma história de sucesso». A sua experiência em estúdio e ao vivo, com Frankie and the Knockouts, Pat Benatar, Chuck Berry, Cher, Alice Cooper e Stevie Nicks, ajudou-o a estabelecer-se como um músico de «classe A».    Antes de conhecer Jon, já tinha participado em 26 álbuns. Quando estava na banda Phantom’s Opera, conheceu Alec John Such e foi ele que o levou até Jon. Tico Torres, hoje em dia, é um símbolo da bateria, bem assim como um ícone do hard-rock. 
Em 2012, o “Celebrity Networth” elaborou uma lista com os 30 Bateristas Mais Ricos do Mundo. As fortunas foram avaliadas em milhões de dólares e Tico Torres apareceu na 22ª posição, com 40 milhões. 
Em 1992, Tico descobriu novos talentos - a pintura e a escultura. Vem exibindo a sua arte desde 1994. A sua primeira exposição famosa foi no Soho, em Nova Iorque, na Ambassador Galleries. Tico é um pintor autodidacta e as suas pinturas são reflexo da rotina e da vida com a banda. 
Tico também é dono de uma linha de roupas para bebé chamada Rock Star Baby. Além de tudo isto, é detentor de um brevet de piloto. 
Após um primeiro casamento que terminou em 1985, namorou com a actriz Brooke Shields em 1992/1993. Namorou, depois, a modelo checa Eva Herzigová, com quem casou em 1996. O casamento acabou quase dois anos mais tarde. Em 1999, conheceu a top model venezuelana Maria Alejandra Márquez, que é a sua esposa actual. Tiveram um filho em 2004.

domingo, 6 de outubro de 2019

6 DE OUTUBRO - RAY HADLEY, Jr.


EFEMÉRIDE - Ray Ellis Hadley, Jr., patinador artístico norte-americano, nasceu em Seattle, Washington, no dia 6 de Outubro de 1943. Morreu em Berg-Kampenhout, na Bélgica, em 15 de Fevereiro de 1961.
Competiu em pares e na dança no gelo. Conquistou três medalhas nos Campeonatos Nacionais Norte-Americanos (peltre em 1959, bronze em 1960 e prata em 1961. Em pares, terminou na quarta posição no Campeonato Norte-Americano de 1961, com a sua parceira e irmã Ila Hadley. 
Ila e Ray Hadley disputaram os Jogos Olímpicos de Inverno de 1960, onde terminaram na décima primeira posição. 
Hadley morreu num acidente aéreo, nas imediações do Aeroporto de Bruxelas, quando viajava juntamente com a delegação dos Estados Unidos, para disputa do Campeonato Mundial, que se ia realizar em Praga, na Checoslováquia. Tinha apenas dezassete anos. 

sábado, 5 de outubro de 2019

5 DE OUTUBRO - PAVEL POPOVICH


EFEMÉRIDE - Pavel Romanovich Popovich, cosmonauta soviético, nasceu em Uzin, na Ucrânia, em 5 de Outubro de 1930. Morreu em Gurzuf no dia 29 de Setembro de 2009.
Desempenhou duas missões espaciais, a Vostok 4, em 1962, e a Soyuz 14, em 1974, sendo o primeiro cosmonauta de origem ucraniana. 
Durante a Segunda Guerra Mundial, os alemães ocuparam a sua cidade natal e queimaram diversos documentos oficiais, incluindo o registo de nascimento de Popovich. Após o conflito, estes documentos foram restaurados com a ajuda de testemunhas oculares e, apesar da sua mãe saber que ele nascera em 1929, duas testemunhas insistiram que ele havia nascido em 1930 e este tornou-se o seu ano oficial de nascimento.
Em 1947, deixou a escola vocacional em Bila Tserkva e foi trabalhar como carpinteiro. Em 1951, licenciou-se como Engenheiro Civil numa escola técnica e também se qualificou como piloto, função na qual se juntou ao Partido Comunista da União Soviética, através da Liga da Juventude Comunista, em 1954. 
Graduado pela Escola de Aviação Militar de Estalinegrado em 1951, entrou para a força aérea soviética em 1954, onde serviu até 1959. Em 1960, foi seleccionado para o grupo de vinte pilotos que iriam treinar para serem os primeiros cosmonautas soviéticos, qualificando-se em Janeiro de 1961.
Considerado um dos mais fortes candidatos a fazer o primeiro voo espacial humano tripulado (afinal realizado pelo colega de turma Yuri Gagarine), Popovich actuou como controlador em terra - Capcom - da pioneira missão espacial tripulada. 
O seu primeiro voo ao espaço, na Vostok 4, em Agosto de 1962, foi - juntamente com a Vostok 3 de Andrian Nikolayev - a primeira vez que duas naves espaciais estiveram juntas em órbita.
Transformado em cosmonauta-instrutor em 1964, foi designado para comandar uma das missões lunares da União Soviética, treinando para isso de 1966 até 1968, quando as missões à Lua programas pela Roscosmos foram canceladas por falta de verbas. Designado então para o comando da missão Soyuz 2, viu a sua oportunidade de voltar ao espaço mais uma vez adiada, após a morte do cosmonauta Vladimir Komarov, durante a reentrada da Soyuz 1, o que fez com que a sua planeada missão fosse lançada ao espaço sem tripulação, como teste de segurança. 
Ocupando o cargo de astronauta-chefe de treinos da Roscosmos em 1972, dois anos depois foi finalmente designado para nova missão espacial, voltando pela segunda e última vez ao espaço em Julho de 1974, como engenheiro de voo da Soyuz 14, primeira missão à estação espacial russa Salyut 6
Trabalhando em funções no solo, em cargo de direcção no Centro de Treino de Cosmonautas Yuri Gagarine a partir de 1978, Popovich retirou-se do programa espacial em 1982.
Entre outras condecorações que recebeu, salientam-se: duas Medalhas de Herói da URSS (1962 e 1974); a Ordem de Mérito pela Pátria; a Ordem de Lenine; a Ordem da Estrela Vermelha; a Ordem da Amizade entre os Povos; e a Legião de Honra Russa. Foi dado o seu nome a um asteróide - o 8444 Popovich.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

4 DE OUTUBRO - ANDRÉ SALMON


EFEMÉRIDE - André Salmon, crítico de arte, jornalista e escritor francês, nasceu em Paris no dia 4 de Outubro de 1881. Morreu em Sanary-sur-Mer, em 12 de Março de 1969. 
Passou o fim da sua adolescência em São Petersburgo, onde o avô e o pai, pintores, gravadores e escultores, tinham sido convidados de 1896 a 1901. Ali aprendeu, com fluência, a língua russa. 
De volta a Paris, torna-se amigo íntimo de Guillaume Apollinaire e defensor do cubismo. Foi integrante do grupo formado desde 1905, quando Pablo Picasso reuniu poetas e pintores, incluindo também Jean Cocteau, Blaise Cendrars e Pierre Reverdy. Passaria a ser conhecido como o Grupo dos Artistas Cubistas a partir de 1909, na Pintura, e 1917, na Literatura
Crítico de arte, inicia-se no jornalismo em 1909/1910, escrevendo para “L’Intransigeant”, cedendo depois o seu lugar a Apollinaire. Ainda em 1910, integrou o “Paris Journal”, utilizando o pseudónimo ‘La Palette’. De 1913 a 1914, foi cronista da revista “Montjoie”. 
As suas duas primeiras recolhas de poesia, “Poèmes et Féeries”, foram seguidas de uma terceira em 1910, “Le Calumet”. 
Em 1912, publicou “La Jeune Peinture française”. Curiosamente foi nesta obra que foi revelada pela primeira vez a existência de “Les Demoiselles d’Avignon”, o célebre quadro de Picasso.  
Em 1920, publicou um romance inspirado na vida do bairro de Montmartre, “La Négresse du Sacré-Cœur”. Sob o pseudónimo ‘Pol de Comène’, publicou pequenos romances sentimentais, na colecção “Le Petit livre” da editora Ferenczi.
Foi depois secretário da revista “Vers et Prose”, criada pelo escritor Paul Fort. Seguidamente, coim outros escritores, foi um dos fundadores do “Journal des Poètes” (1931). Criou depois a revista “Les Nouvelles de la République des lettres”. 
Era igualmente um amigo próximo do galerista Léopold Zborowski, que expunha obras de, entre outros pintores, Amedeo Modigliani, Marc Chagall e Moïse Kisling. 
Durante a ocupação alemã, continuou a escrever no “Petit Parisien”, no qual colaborou durante mais de 20 anos. A convite de um amigo pintor, viveu uns tempos no Brasil. 
André Salmon foi agraciado, em 1964, com o Grande Prémio de Poesia da Academia Francesa.

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

3 DE OUTUBRO - WOJCIECH HAS


EFEMÉRIDE - Wojciech Jerzy Has, argumentista, realizador e produtor de cinema polaco, morreu em Łódź no dia 3 de Outubro de 2000. Nascera em Cracóvia, em 1 de Abril de 1925. 
Durante a ocupação alemã da Polónia, quando da Segunda Guerra Mundial, Has, de origem judaica, estudou em Cracóvia numa escola comercial e, depois, na Academia de Belas Artes, até que esta foi dissolvida em 1943, só voltando a este estabelecimento de ensino quando a guerra acabou e a escola foi reconstruída. Em 1946, terminou um curso de cinema, que durou um ano, e começou a produzir documentários e filmes educativos no Estúdio de Documentários de Varsóvia. Na década de 1950, passou a trabalhar na mais conceituada escola de cinema da Polónia - a Escola Nacional de Filmes de Łódź
Em 1947, Has fez a sua primeira média-metragem, “Harmonia”, e começou a realizar longas metragens somente em 1957. 
Em 1974, foi trabalhar como professor no departamento dirigente da Escola Nacional de Filmes de Łódź. Ao longo da sua longa e prolífica carreira, realizou alguns filmes notáveis como “O manuscrito encontrado em Saragoça”, “Lalka” (traduzido para português como “A Boneca”) e “Sanatorium pod Klepsydrą” (que pode ser traduzido como “O sanatório da Clepsidra”). 
Desde cedo, na sua carreira, Has ganhou a reputação de ser um individualista que evitava quaisquer compromissos políticos na sua forma de realizar. Produziu a maior parte da sua filmografia no período em que a Escola Polaca de Cinema estava no seu auge. Contudo, o seu trabalho possuía um estilo próprio, independente dos temas policiais que dominavam a corrente. Em praticamente todos os seus filmes, criou ambientes herméticos, em que os problemas e o enredo relacionado com os protagonistas tomavam sempre uma importância secundária, se comparados com o universo particular por ele criado.
A obra de Has é geralmente associada à pintura surrealista, pela crítica polaca. Isto justifica-se pela sua poética marcadamente onírica e pelo uso que dá à imagem dos objectos, tal como nos quadros surrealistas. Foi ainda autor de alguns dramas psicológicos, como “Jak być kochaną” (traduzido como “Como ser amado”) e “Pożegnania” (traduzido como “Adeus”) sobre pessoas com problemas físicos, que têm dificuldade em voltar à vida activa. Na sua obra, mostra o seu fascínio pelos marginalizados e por aqueles que se mostram incapazes de encontrar o seu lugar na sociedade. 
Duas correntes mantêm-se evidentes na produção de Has: por um lado, o seu cinema de análise psicológica e, por outro, os filmes de formas visionárias onde o tema da viagem é constante. 
De 1987 a 1989, Has foi director artístico dos estúdios de cinema Rondo e membro do Comité de Cinema do Estado da Polónia. Em 1989/1990, foi deão do Conselho Directivo da Academia Estatal de Cinema, Televisão e Teatro, em Łódź. Em 1990, tornou-se reitor da Escola de Cinema, mantendo-se neste posto durante seis anos. Era também o director executivo e conselheiro-chefe do Estúdio Indeks.  Faleceu com 75 anos.

quarta-feira, 2 de outubro de 2019

2 DE OUTUBRO - ALCIDES MAIA


EFEMÉRIDE - Alcides Castilho Maia, jornalista, político, contista, romancista e ensaísta brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 2 de Outubro de 1944. Nascera em São Gabriel no dia 15 de Setembro de 1878.
O pai era funcionário público federal e tinha origem citadina. O vínculo com o sentimento gaúcho, que marcariam a sua literatura de ficção, veio através da linha materna, pois a mãe era filha do dono de uma estância em Jaguari, no município de Lavras do Sul, e de fracções de campo em São Gabriel. 
Aos 18 anos, ingressou na Faculdade de Direito de São Paulo. Porém, as letras e o jornalismo eram a sua verdadeira vocação e, por isso, abandonou o curso de Direito e voltou a Porto Alegre em 1896, entregando-se à prática do jornalismo militante, actividade que exerceria ao longo de toda a vida.
Em 1903, Alcides Maia fez a sua primeira viagem ao Rio de Janeiro, onde o seu nome já era bem conhecido. A partir de então, passou a viver e a desenvolver actividades, alternadamente, ora no Rio de Janeiro, ora em Porto Alegre. No Rio de Janeiro, residia numa “república”, situada na Rua das Laranjeiras, onde recebeu um dia a visita de Machado de Assis e, desde então, foi levado a entrar na intimidade do mundo machadiano
Em “Ruínas vivas”, “Tapera” e “Alma bárbara”, Alcides Maia descreve a região da campanha, com os seus usos e costumes, registando a violência no campo, o êxodo rural e a formação dos bolsões de miséria decorrentes de modificações nos modos de produção das estâncias gaúchas. 
Representou o Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados, no período legislativo de 1918 a 1921. Integrante do Partido Republicano, a sua actividade parlamentar era dedicada à preocupação com os problemas da educação e da cultura. 
De 1925 a 1938, residiu em Porto Alegre, com uma breve incursão no Rio de Janeiro, decorrente da sua participação na Revolução de 1930. Em Porto Alegre, dirigiu o Museu Júlio de Castilhos, até se aposentar, e colaborou no “Correio do Povo”. Voltou ao Rio de Janeiro em 1938, onde viveu os últimos anos da sua vida, escrevendo para o “Correio do Povo” e frequentando a Academia Brasileira de Letras quando podia. 
Foi o primeiro gaúcho a ingressar na Academia Brasileira de Letras, sendo eleito em Setembro de 1913. Cinco anos após o seu falecimento, os restos mortais de Alcides Maia foram trasladados para o Panteão Rio Grandense, em Porto Alegre.

terça-feira, 1 de outubro de 2019

1 DE OUTUBRO - STELLA STEVENS


EFEMÉRIDE - Stella Stevens, de seu verdadeiro nome Estelle Caro Eggleston, actriz, realizadora e produtora de cinema norte-americana, nasceu em Yazoo City, Mississippi, no dia 1 de Outubro de 1938
Stella apareceu como uma das melhores colocadas e dotadas, entre as esperanças, graças ao filme “Li’l Abner”, de 1959. Posou nua para o magazine “Playboy”, como Miss Janeiro de 1960
Durante cinco décadas, demonstrou sobretudo: que era uma actriz a fazer-se valer do físico e com um forte temperamento; capaz de contracenar com os maiores do cinema americano (Dean Martin, Robert Mitchum, etc.); e trabalhou com grandes realizadores como Robert Altman, John Cassavetes, Vincente Minnelli, Robert Parrish, Richard Quine, Jack Smight e Dan Curtis, entre outros. 
O seu talento, a sua beleza, as suas medidas e, sobretudo, o seu humor, não foram, porém, suficientes para a tornarem muito conhecida do grande público, talvez pela ausência de filmes à sua altura. 
Casada aos quinze anos, mãe aos dezasseis e divorciada aos dezassete, Stella Stevens fez prova de uma extraordinária vitalidade no cinema e, igualmente, na televisão, onde apareceu em muitas séries (“Alfred Hitchcock apresenta”, “Banacek”, “Magnum”, “Nash Bridges”, “Dream On” …). 
Actuou em 134 filmes (1959/2009): realizou dois (1979/1989); e produziu um, em 1979. Recebeu um Globo de Oiro de Melhor Esperança Feminina, em 1960. Completa hoje 81 anos.

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