segunda-feira, 31 de agosto de 2020

31 DE AGOSTO - JAMES COBURN


EFEMÉRIDE - James Harrison Coburn, actor norte-americano, nasceu em Laurel no dia 31 de Agosto de 1928. Morreu em Los Angeles, em 18 de Novembro de 2002.  Famoso por interpretar papéis de “durão” no cinema e por ter ganho um Oscar de Melhor Actor Coadjuvante em 1999. Era neto de outro grande actor dos anos 1940, também vencedor de um Oscar, Charles Coburn.
Começando a carreira em séries da TV americana, especialmente westerns, tornou-se conhecido no começo dos anos 1960 pelo seu trabalho nos filmes “Sete Homens e um Destino” e “Fugindo do Inferno”, nos quais tinha papel (secundário) de “durão”, entre astros como Yul Brynner, Charles Bronson e Steve McQueen.
A fama mundial chegou em 1966, como Derek Flint, o superespião americano criado por Hollywood para concorrer com James Bond, que fez dois filmes de grande popularidade, “Flint contra o Génio do Mal” e “Flint: Perigo Supremo”, que foi o mais bem-sucedido, junto da crítica e nas bilheteiras, de todos os agentes que parodiavam 007 nos anos 1960.
Sendo expert em Kung Fu (aprendido com Bruce Lee), o que lhe dava grande suavidade de movimentos e agilidade, Coburn encarnou com grande competência e carisma o agente secreto mulherengo, mestre em artes marciais, fluente em quarenta e sete idiomas, neurocirurgião, espadachim, físico nuclear, que vivia numa mansão com quatro lindas mulheres (uma alusão a Hugh Hefner, editor da revista “Playboy”) e divertiu legiões de fãs nos ecrãs de todo o mundo, principalmente pelo tom de comédia e exagero maior que nos filmes de Bond, (na época, Sean Connery).
Após conseguir o status de superstar no cinema, Coburn, adepto do budismo e de um estilo de vida mais recatado e contemplativo, dedicou-se apenas a pequenos filmes independentes, o que o tirou do centro das atenções em Hollywood, durante quase dez anos, devido ao fracasso destes filmes.
Foi graças ao seu amigo, o director Sam Peckinpah (com quem trabalhara no faroeste “Major Dundee” de 1965), que voltou às grandes produções no meio da década seguinte, com os filmes “Pat Garret” e “Billy the Kid”, com “Kris Kristofferson”, e “Cruz de Ferro”, um violento épico de guerra na frente russa da II Guerra Mundial.
Com um severo problema de artrite, pouco filmou nos anos 1980, voltando a participar mais activamente na década de 1990, em “Jovens Demais Para Morrer”, “Queima de Arquivo”, “O Professor Aloprado”, “Maverick”, e “O Troco”, até ao Oscar em 1999, como um velho, durão e cruel, que abusava do seu filho, em “Temporada de Caça”.
James Coburn faleceu repentinamente, com um ataque cardíaco fulminante, na sua casa em Beverly Hills, aos 74 anos de idade, deixando mulher (segundo casamento), um filho (nascido em 1961, do primeiro matrimónio) e uma enteada adoptada. Foi sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery.

domingo, 30 de agosto de 2020

30 DE AGOSTO - MEGAN McARTHUR


EFEMÉRIDE - Katherine Megan McArthur, astronauta e oceanógrafa norte-americana, nasceu em Honolulu no dia 30 de Agosto de 1971.
Morando desde criança na Califórnia, graduou-se em Engenharia Aeroespacial em 1993, na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Em 2002, tornou-se doutora em Oceanografia na Universidade da Califórnia em San Diego.
Seleccionada para o Curso de Astronautas da NASA em 2000, McArthur integrou, como especialista de missão, a tripulação da Atlantis STS-125 Atlantis, o último voo do ónibus espacial de manutenção do telescópio espacial Hubble, lançada ao espaço em 11 de Maio de 2009 para uma estadia em órbita de doze dias.
Tem previsto um segundo voo para 2021, a bordo do SpaceX Crew-2, com o francês Thomas Pesquet e o japonês Akihiko Hoshide.
Katherine é esposa de Robert Behnken, igualmente astronauta da NASA. Têm um filho, Theodore, nascido em 2014.

sábado, 29 de agosto de 2020

29 DE AGOSTO - ERNESTO RODRIGUES


EFEMÉRIDE - Ernesto Rodrigues, compositor, violinista e violetista português, nasceu em Lisboa no dia 29 de Agosto de 1959.
Ernesto Rodrigues toca violino há 30 anos e tem desempenhado todos os géneros musicais, que vão desde a música contemporânea até ao free jazz e à free improvisation, em estúdio e ao vivo, ao redor do mundo. Criou a editora Creative Sources Recordings em 1999, que se concentra principalmente na liberação experimental e na música electroacústica.
Iniciou os seus estudos musicais aos sete anos de idade, sob a orientação de Wenceslau Pinto.
Em 1973, frequentou a Academia de Amadores de Música e, pouco depois, o Conservatório Nacional, onde estudou Violino e Composição. Estudou com Emmanuel Nunes, Paulo Brandão, Eurico Carrapatoso e Pedro M. Rocha. Participou em diversos cursos e workshops com Jorge Peixinho e Constança Capdeville, entre outros.
O seu principal interesse está relacionado com a música contemporânea (improvisada e/ou escrita), assim como em música gráfica e indeterminada (partituras cedidas pelos compositores Gerhard Stäbler e Phill Niblock).
A relação com os seus instrumentos é basicamente direccionada para aspectos de ordem “sónica” e textural. A influência da música electrónica tem sido determinante para uma abordagem nova, no que ao violino/viola diz respeito, subvertendo os conceitos clássicos e académicos, recorrendo ao uso sistemático de “reparações” e microtonalidades. Tem colaborado musicalmente em trabalhos dos artistas plásticos Carlos Mota e Rogério Silva. Tem composto música para dança, em trabalhos de Isabel Valverde, Ana Galan, Anna Pasztor, Valérie Métivier, Andresa Soares, Manuela Cipriano e Ana Moura.
Tem feito música para cinema, onde se destaca a sua colaboração com os realizadores Rui Simões e Edgar Feldman. No campo da poesia, distinguem-se experiências com Lawrence Ferlinghetti e Manuel Cintra.
É membro fundador dos grupos Metropolis, Fromage Digital, Lautari Consort, IKB Ensemble e Suspensão.
Em 2000, funda a Variable Geometry Orchestra, que dirige e se encontra em actividade.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

28 DE AGOSTO - STERLING MORRISON


EFEMÉRIDE - Holmes Sterling Morrison, Jr., músico norte-americano, nasceu em Nova Iorque, no dia 28 de Agosto de 1942. Morreu na mesma região em 30 de Agosto de 1995. Foi um dos fundadores e membro da banda de rock The Velvet Underground.
Morrison formou-se em Inglês na Universidade de Siracusa, onde conheceu Lou Reed, um estudante bolsista de Inglês. Estudassem juntos, mas separaram-se depois de Morrison acabar os seus estudos e de Reed se formar em 1964. Voltaram a encontrar-se em Nova Iorque, em 1965. Nessa época, Reed conheceu também John Cale, que estava interessado em organizar uma banda. Os três juntaram-se, surgindo assim os The Velvet Underground.
Morrison tocou principalmente guitarra, nos dois primeiros álbuns, embora quando Cale - baixista oficial da banda - tocava violão ou teclados, ele frequentemente tocava baixo. Outras músicas, no entanto, (incluindo “Heroin” e “Sister Ray”) tiveram Reed e Morrison na guitarra, enquanto Cale tocou viola ou órgão.
Se bem que Morrison tenha sido elogiado algumas vezes como baixista (em faixas como “Sunday Morning” e “Lady Godiva's Operation”), ele não gostava de tocar o instrumento.
Após o fim da banda, Morrison continuou a colaborar com os demais membros, tendo participado em álbuns de John Cale, Moe Tucker e Nico.
Em 1994, Morrison tocou em duas faixas (“Friendly Advice” e “Great Jones Street”) do álbum “Bewitched” da banda de dream pop e indie rock Luna.
Sterling Morrison faleceu vítima de um linfoma, dois dias depois de completar 53 anos de idade.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

27 DE AGOSTO - NUNO DELGADO


EFEMÉRIDE - Nuno Miguel Delgado, antigo judoca português, nasceu em Lisboa no dia 27 de Agosto de 1976. Participou nos Jogos Olímpicos de Sydney em 2000, conquistando o 3º lugar e dando a primeira medalha para Portugal na modalidade e a 16ª medalha olímpica portuguesa da história.
Entre outros feitos relevantes, foi também Campeão da Europa, em 1999, Vice-campeão Europeu em 2003 e medalha de bronze nas Universíadas de 1998.
Figura de destaque no desporto nacional, Nuno Delgado foi o atleta escolhido como porta-estandarte da delegação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004.
Representou o Sport Algés e Dafundo entre 1994 e 2005 e os alemães do TSV Abensberg de 2000 a 2005. Actualmente é presidente da Escola de Judo Nuno Delgado. Em 1999, foi agraciado com a Medalha Olímpica Nobre Guedes.
Nuno Delgado começou a praticar judo incentivado pelos seus amigos da Casa do Benfica de Santarém (cidade onde residia), ainda em criança, com a idade de 7 anos. Desde bem cedo, começou a dar nas vistas e, um ano mais tarde, já era atleta federado e destacava-se como o mais forte judoca daquela colectividade ribatejana. Aos 15 anos, já se tinha sagrado Tricampeão Nacional do seu escalão e, por isso, deu-se com naturalidade o seu ingresso no Sport Algés e Dafundo, um dos clubes nacionais com mais tradição olímpica, e que lhe deu outras condições de trabalho e a hipótese de prosseguir os seus estudos universitários, em Lisboa. Ainda como júnior, consegue o seu primeiro grande resultado a nível internacional, com o 5º lugar no Europeu do seu escalão.
O primeiro grande resultado a nível sénior aconteceu nos Mundiais Universitários, realizados na República Checa, em 1998, com a conquista do terceiro lugar individual, e a respectiva medalha de bronze nos -78 kg e o segundo lugar por equipas, que valeu a medalha de prata à comitiva nacional.
Um ano depois, em 1999, Nuno Delgado começou a confirmar todas as esperanças que eram depositadas no seu talento, com resultados de qualidade internacional. Foi terceiro classificado em Sofia, num torneio de nível A, mas o prato forte seria mesmo a surpreendente vitória nos Europeus de Bratislava, na categoria de -81 kg, depois de bater o holandês Maarten Arens, na final. Com este feito, não só conseguiu trazer a medalha de ouro para Portugal, como ainda ganhou direito a uma Bolsa do Estado, com o fim de se preparar convenientemente para os Jogos Olímpicos a realizar em 2000.
Ainda em 1999, Nuno Delgado conseguiu o 5º lugar nos Mundiais de Birmingham, resultado que lhe garantiu de imediato a qualificação para Sydney.
Foi nas provas de judo em Sydney que Nuno Delgado se tornou conhecido do público português. À partida para os Jogos Olímpicos, poucos antecipavam qualquer tipo de conquista proveniente do judo, mas aos poucos a hipótese foi-se tornando bem real, à medida que ele ia derrotando os seus oponentes. Thierry Vatrican foi o primeiro a ser eliminado, por ippon, logo seguido pelo italiano Francesco Lepre. No caminho para a meia-final, Delgado derrotou mais dois adversários, por ippon - o australiano Daniel Quelly e o iraniano Kazem Sarikhani. Apenas o sul-coreano Cho-In-Chul (3º classificado nos Jogos Olímpicos de 1996) derrotou Nuno Delgado, por uma pequena vantagem de yuko, conseguida logo no início do combate, e que dessa forma impediu o judoca português de disputar a medalha de ouro olímpica. A conquista do histórico bronze aconteceu frente ao uruguaio Alvaro Paseyro, num combate que durou pouco tempo. Depois de conseguir um koka de vantagem nos primeiros segundos do duelo de atribuição da medalha de bronze, rapidamente conseguiu imobilizar o Vice-campeão Sul-americano e vencer por ippon. Era a primeira medalha da delegação portuguesa em Sydney, à qual se juntaria a medalha de bronze de Fernanda Ribeiro nos 10 000 metros.
Os feitos internacionais do judoca chamaram a atenção dum dos grandes clubes europeus, o TSV Abensberg, que o contratou ainda antes do começo dos Jogos Olímpicos de Sydney. Na equipa alemã, encontrou o colega de selecção Pedro Soares, da categoria de 100 kg, e juntos conquistaram inúmeras vitórias colectivas.
Logo na primeira época, com o contributo importante de Nuno Delgado, o clube de Abensberg sagrou-se Campeão Europeu de Clubes, assim como Campeão Nacional Alemão, título que revalidaria nos anos 2002, 2003 e 2004. Em cinco anos ao serviço do clube, Delgado conquistou 4 Campeonatos Nacionais e 1 Campeonato Europeu de Clubes.
Nuno Delgado não deixou de representar o Sport Algés e Dafundo, durante o período em que combateu pelo TSV Abensberg, e ajudou o clube de Algés a sagrar-se Tetracampeão Nacional por equipas (de 2001 a 2004).
Em 2001, contribuiu para que a selecção nacional se tornasse Vice-campeã Europeia por equipas, o melhor resultado colectivo de sempre no judo português, numa prova realizada no Funchal. Também a nível individual, continuou a vencer, com destaque para a medalha de prata no Grand Prix de Moscovo, em 2001, a medalha de bronze no Super A de Paris em 2002 e 2 medalhas de ouro no Super A da Alemanha (2002 e 2003).
Com a perspectiva de nova medalha olímpica em 2004, Nuno Delgado teve mais uma grande vitória nos Campeonatos da Europa de 2003, realizados na cidade alemã de Düsseldorf. Num combate bastante atribulado com o estónio Aleksei Budolin, os dois judocas chocaram de cabeça e o atleta português teve mesmo de ser assistido, com um corte no sobrolho, antes de retomar o combate. Nuno Delgado recuperou e venceu o seu adversário com 2 yuko para conquistar o direito a disputar o título de Campeão Europeu na categoria de -81 kg. Na final, acabou derrotado pelo suíço Serguei Aschewandera, por 1 koka, garantindo a medalha de prata, a sua segunda medalha em Campeonatos da Europa, a nível sénior.
Em 2004, Nuno Delgado foi escolhido para ser o porta-estandarte da comitiva portuguesa, naquela que seria a sua segunda experiência em Jogos Olímpicos. Desta feita, a prova não correu de acordo com as suas pretensões e foi mesmo eliminado na primeira ronda, pelo italiano Roberto Meloni. As lesões não deixaram de apoquentar o atleta, que se retirou em 2005.
Nuno Delgado não deixou de estar ligado ao desporto e abriu uma Escola de Judo com o seu nome, que tem ajudado a divulgar a modalidade e servido também como forma de inserção social. O seu projecto da «maior aula de judo do mundo», que juntou 4.000 crianças no Terreiro do Paço, em Lisboa, recebeu o apoio da Fundação Nelson Mandela e foi também premiado pela União Europeia de Judo, com o prémio Inclusão Social.
Em Maio de 2015, Nuno Delgado foi feito comendador da Ordem do Infante D. Henrique.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

26 DE AGOSTO - CARLOS AMARAL DIAS


EFEMÉRIDE - Carlos Augusto Amaral Dias, psicanalista e professor universitário português, nasceu em Coimbra no dia 26 de Agosto de 1946. Morreu em Lisboa, em 3 de Dezembro de 2019.
Médico licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com especialização em Psiquiatria, obteve o grau de doutor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da mesma Universidade, com a dissertação “A influência relativa dos factores psicológicos e sociais no evolutivo toxicómano” (1981).
Foi director do Instituto Superior Miguel Torga e professor catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Lisboa. Teve colaboração com a Universidade de Wisconsin e com a Universidade de Porto Alegre. Foi vice-presidente da Academia Internacional de Psicologia e coordenador do Nusiaf - Núcleo de Seguimento Infantil e Acção Familiar. Foi também presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise e da Sociedade Portuguesa de Psicodrama Psicanalítico de Grupo.
É autor dos livros “O Inferno Somos Nós - conversas sobre crianças e adolescentes” (2002 e “Modelos de Interpretação em Psicanálise” (2003). Com João Sousa Monteiro, publicou “Eu Já Posso Imaginar que Faço” (1989). Foi também revisor científico da edição portuguesa do “Dicionário de Psicanálise” de Élisabeth Roudinesco e Michel Plas (2000). Foi director da “Revista Portuguesa de Psicanálise”. Dirigiu “Esta Inquietante Estranheza”, programa para a TSF, e partilhou “Alma Nostra”, com Carlos Magno, na Antena1, cuja última emissão foi em 1 de Novembro de 2011.
Foi também comentador televisivo. Colaborou na revista “Arte Opinião” (1978/1982).
O problema da toxicodependência é um dos temas principais da sua investigação. Os seus referenciais de interesse científico e de investigação são a psicanálise, a psicologia clínica, a psicopatologia do funcionamento mental, a toxicodependência e a investigação sobre a psicose.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

25 DE AGOSTO - BILLY RAY CYRUS


EFEMÉRIDE - William “BillyRay Cyrus, cantor de música country, compositor e actor norte-americano, nasceu em Flatwoods no dia 25 de Agosto de 1961.
Tornou-se famoso mundialmente, através da música country. Tendo lançado doze álbuns de estúdio e 44 singles desde 1992, ele é sobretudo conhecido pelo single “Achy Breaky Heart”, que se tornou o primeiro e único a alcançar o status de platina tripla, na Austrália. Foi também o single mais vendido no seu país, em 1992.
Cyrus, é recordista de venda de discos, tendo tido um total de oito singles no Top-10 da Billboard Hot Country Songs.
O seu álbum mais bem-sucedido é “Some Gave All”, com certificação 9 de multiplatina, nos Estados Unidos. Foi o álbum de estreia que mais tempo permaneceu em primeiro lugar na Billboard 200 (17 semanas consecutivas). É também o único álbum de estreia no top-ranking de um artista country masculino. Permaneceu 43 semanas no Top 10, uma marca superada apenas por um outro álbum country na história. “Some Gave All” foi também o primeiro álbum a alcançar o número 1 no Top Country Albuns. O álbum vendeu mais de 20 milhões de cópias em todo o mundo.  Só em 1992, vendeu nos, EUA perto de 5 milhões de exemplares. Na sua carreira, teve 15 singles no Top 40.
Em 1994, teve uma participação especial no álbum “Coração do Brasil”, da dupla sertaneja brasileira Chitãozinho & Xororó, com quem cantou a canção “Ela não vai mais chorar”.
De 2001 a 2004, Cyrus protagonizou a série “Doc. Em Doc”, protagonizando um médico do interior, que se muda de Montana para Nova Iorque.
É pai da também cantora e actriz Miley Cyrus, que decidiu seguir os passos do progenitor. Ambos actuaram, lado a lado, na série “Hannah Montana”.
Billy Ray Cyrus vai no seu 3º casamento, tendo tido seis filhos, sendo dois adoptivos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

24 DE AGOSTO - KENNY BAKER


EFEMÉRIDE - Kenneth “Kenny” George Baker, actor britânico, nasceu em Birmingham no dia 24 de Agosto de 1934. Morreu em Manchester, em 13 de Agosto de 2016, vítima de problemas pulmonares.
Conhecido por ser o homem que estava dentro do robot R2-D2, na saga “Star Wars” (1977).
Kenny teve graves problemas de saúde que o impediram de estar presente na convenção Gerações Star Wars e Ficção Científica. realizada em 2007, e que puseram em causa a sua aparição na nova trilogia “Star Wars II”.
 Participou, depois, em “Star Wars: Episódio VII - O Despertar da Força” (Abril de 2014), entre mais de uma dezena de filmes. Kenny, tinha a particularidade de ser anão e de medir apenas 1,12 m de altura. Morreu aos 81 anos.
Kenny era artista de circo e de cabaret, quando foi contratado para integrar o elenco de “Star Wars”.
Entre os seus outros filmes, salienta-se “Elephant Man”, “Bandidos, bandidos”, “Amadeus” e “Labirinto”. Na televisão, apareceu na série médica britânica “Casualty”.
No fim dos anos 1990, Kenny Baker tinha-se lançado também numa carreira de stand up comedy.
A sua esposa era igualmente anã, mas tiveram, dois filhos, que não herdaram a característica física dos pais. A família residia em Preston.

domingo, 23 de agosto de 2020

23 DE AGOSTO - FRANCISCO FERREIRA


EFEMÉRIDE - Francisco “Xico” Ferreira, futebolista português, que jogava como médio-central, nasceu em Guimarães no dia 23 de Agosto de 1919. Morreu em Lisboa, em 14 de Dezembro de 1986.
Ao longo das quinze temporadas na Primeira Liga, Francisco Ferreira participou em duzentos e setenta e oito jogos, onde marcou vinte e três golos, tendo conquistado doze títulos importantes.
Ele também é lembrado por malfadados motivos, pois - após uma partida amigável realizada em sua homenagem entre o Benfica e o Torino FC - quando a equipa italiana regressava a casa, o seu avião caiu sobre a Basílica de Superga, matando todos os ocupantes e pondo fim ao Grande Torino da época.
Jogou pelo FC do Porto em 1934/1938 e pelo Benfica em 1938/1952.
Pelo Porto, ganhou um Campeonato de Portugal (1936/1937). Pelo Benfica, conquistou 1 Campeonato de Lisboa, 4 Campeonatos da Primeira Divisão e 6 Taças de Portugal.   Era o capitão da equipa benfiquista.

sábado, 22 de agosto de 2020

22 DE AGOSTO - CHARLES FRANCIS JENKINS


EFEMÉRIDF - Charles Francis Jenkins, inventor norte-americano, que foi um dos pioneiros nas áreas do cinema e da televisão, nasceu em Dayton, Ohio, em 22 de Agosto de 1867. Morreu em Washington, D.C.  no dia 6 de Junho de 1934.
Jenkins cresceu perto de Richmond, Indiana, onde estudou. Foi para Washington em 1890, tendo trabalhado como estenógrafo.
Ao longo da sua vida, registaria mais de 400 patentes, muitas delas nas áreas do cinema e da televisão.
Começou com as suas experiências no domínio da projecção em 1891, o que o levou a deixar o emprego, para se dedicar em pleno às suas pesquizas. Trabalhou assim na criação do seu Fantascópio, que apresentou em Richmoind, em 1894 ou 1895; depois, em Atlanta e Filadélfia.
Com a ajuda de um camarada, Thomas Armat, aperfeiçoou o seu projector. Porém, no seguimento de uma disputa e de um processo judicial, teve de abandonar a sua própria invenção, que foi revendida por Armat à Thomas Edison.
Jenkins trabalhou depois na área da televisão, concentrando-se na televisão sem fios, a partir de 1913. As suas pesquizas só atingiram o objectivo dez anos mais tarde e ele apresentou os resultados publicamente em 13 de Junho de 1925. Ele melhorou a lâmpada de néon, colocada atrás de um disco de Ninkow, fornecendo a luz de imagem ao receptor. Obteve o respectivo brevet, em 15 de Junho de 1925.
Em 2 de Julho de 1928, formou a primeira companhia de televisão nos Estados Unidos, a Jenkins Television Corporation, e começou a transmitir no mesmo ano. Uma carreira talvez demasiado obscura, mas muito importante nas áreas a que dedicou a vida.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

21 DE AGOSTO - GLENN HUGHES


EFEMÉRIDE - Glenn Hughes, músico inglês, nasceu em Cannock no dia 21 de Agosto de 1951. Deixou a escola aos 15 anos, para tocar guitarra numa banda local, antes de mudar para baixo e de começar a cantar.
Ele é conhecido pelo seu trabalho em grupos como os Trapeze e Deep Purple na primeira metade dos anos 1970, ganhando a alcunha de “The Voice Of Rock”. Deixou os Trapeze, em 1973, quando recebeu um convite de Jon Lord e Ian Paice para substituir o baixo Roger Glover, que havia deixado a banda juntamente com o vocalista Ian Gillan. Hughes, que já tinha recusado o convite dos Electric Light Orchestra, aceitou o convite dos Deep Purple.
Em 1976, porém, Glenn Hughes deixou os Deep Purple, foi morar em Los Angeles e lançou o primeiro disco a solo, “Play Me Out”. Com o sucesso e reconhecimento, passou a trabalhar com diversos artistas e a desenvolver parcerias em composições, como em Hughes/Thrall (1982), que não teve o sucesso comercial esperado.
Em 1985, cantou como convidado no “Run for Cover”, de Gary Moore. Trabalhou também com os Phenomena e Black Sabbath.
Nos anos 1990, Glenn retornou à sua carreira, após alguns anos afastado, e gravou o álbum “Face The Truth” (1992), do ex-guitarrista dos Europe, John Norum. A sua carreira a solo recomeçou com os outros ex-músicos dos Europe e gravaram os álbuns “From Now Own” e “Burning Japan Live”.
Depois, Glenn voltou a lançar vários discos a solo com outros músicos, como “Songs in the key of rock”, os dois CDs do “HTP-Project” (ao lado de Joe Lynn Turner) e o novíssimo “Voodoo Hill” (com Dario Mollo, na guitarra). Hughes também trabalhou com Tony Iommi (Black Sabbath), como vocalista. Recentemente, abriu a sua própria gravadora, a Pink Cloud Records.
Integrou, até 2013, o projecto Black Country Communiom, juntamente com Joe Bonamassa, Jason Bonham e Derek Sherinian. O grupo desfez-se em Março de 2013, devido a desavenças entre Hughes e Bonamassa. Depois do fim do grupo, Hughes montou - com Bonham e o guitarrista Andrew Watt - a banda California Breed, que lançou um único álbum em 2014 e logo depois encerrou as suas actividades.
Glenn Hughes publicou a sua autobiografia em 2011 sob o título “Glenn Hughes - From Deep Purple to Black Country Communion”, na qual conta em detalhe como se tornou consumidor de cocaína, nos anos 1970, conseguindo a remissão cerca de 20 anos mais tarde, depois de ter visto a morte bem de perto em 1991.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

20 DE AGOSTO - CARMINHO


EFEMÉRIDE - Carminho, de seu nome Maria do Carmo de Carvalho Rebelo, de Andrade, cantora e compositora portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 20 de Agosto de 1984. É filha da também fadista Teresa Siqueira e é considerada uma das mais talentosas e inovadoras cantoras de fado da sua geração, interpretando também outros géneros musicais, como a música popular portuguesa, a música popular brasileira e o jazz.
Aos dois anos de idade, a família instalou-se numa aldeia algarvia, onde Carminho se habitou a ouvir os álbuns da mãe, a sua principal influência no fado. Escutava também outros fados que os pais ouviam e cantavam. Além disso, Carminho foi introduzida à música brasileira, através das telenovelas e das suas bandas sonoras, canções de Chico Buarque, Elis Regina, Milton Nascimento, Tom Jobim e Vinícius de Morais. Com 12 anos, a família voltou para Lisboa. Começaram por se instalar no Bairro Alto, mudando-se depois para Campo de Ourique.
Foi por essa altura que a mãe resolveu assumir a exploração da casa de fados “A Taverna do Embuçado”, que pertencera a João Ferreira Rosa. Situada noutro bairro popular de Lisboa, Alfama, Carminho contactava nesse espaço com alguns dos principais intérpretes do fado, como João Ferreira Rosa, João Braga, Carlos Zel ou Camané.
Numa festa organizada no Coliseu dos Recreios, a própria jovem pediu aos pais para cantar. A partir dos 15 anos de idade, Carminho passou a cantar regularmente na casa de fados pertencente à sua família.
Paralelamente à actividade como fadista, Carminho diplomou-se em Marketing e Publicidade, no IADE, em Lisboa.
Em Dezembro de 2018, casou-se com o produtor musical João Gomes. Em Janeiro de 2020, anunciou que estava grávida.
Apesar de ter começado a cantar desde criança, só aos 22 anos decidiu seguir a carreira musical e isto só depois de uma longa viagem pelo mundo, que demorou 11 meses e que a ajudou a tomar essa decisão. Diz que não precisou de coragem e que é feliz a cantar o fado.
Tem passado por várias casas de fado, como “A Taverna do Embuçado”, “Petisqueira de Alcântara” e “Mesa de Frades”. Esteve na Suíça, numa quinzena temática portuguesa e com esse grupo, Tertúlia de Fado Tradicional, gravou quatro canções (“Toca Pr’á Unha”, “O Vento Agitou O Trigo”, “Fado Pombalinho” e “O Fado da Mouraria”) do CD “Saudades do Fado”, editado em 2003.
Participou nos espectáculos da Feira do Toiro realizados em 2003 e 2004, em Santarém, e quando das cerimónias de adesão de Malta à União Europeia actuou neste país, a convite da Embaixada Portuguesa.
Em 2005, cantou num espectáculo, que teve lugar no Teatro Camões, oferecido pelo presidente da Turquia ao presidente Jorge Sampaio. Ainda em 2005, recebeu o Prémio Amália, na categoria de Revelação Feminina.
Em 2006, colaborou nas gravações do disco “O Terço Cantado”, que recebeu a bênção apostólica do Papa Bento XVI. As músicas são de Ramon Galarza e as vozes são dos irmãos Carmo Rebelo de Andrade e Francisco Rebelo de Andrade.
Carminho participou no filme “Fados” de Carlos Saura, em 2007. O disco com a banda sonora inclui a faixa “Casa de Fados”, com a participação de Vicente da Câmara, Maria da Nazaré, Ana Sofia Varela, Carminho, Ricardo Ribeiro e Pedro Moutinho.
Em Maio de 2008, participou num concerto de Tiago Bettencourt; também actuando na Casa da Música, na Expo Zaragoza 2008 e foi convidada para o espectáculo comemorativo dos 45 anos de carreira de Carlos do Carmo, no Pavilhão Atlântico. Nesse mesmo ano, interpretou “Gritava contra o silêncio”, excerto de um conto de Sophia de Mello Breyner Andersen, no primeiro disco de inéditos de João Gil.
Em 2009, foi apontada pelo site Cotonete como «um dos nomes a seguir no ano». O disco de estreia, “Fado” foi editado em Junho de 2009.
Participou na campanha de 2011 do “Pirilampo Mágico”, gravando o single “Ser Feliz” com Ney Matogrosso. Foi ainda um dos vários nomes convidados para o disco “Os Fados e as Canções do Alvim” de Fernando Alvim. O disco “Fado” recebeu o Prémio de Melhor Álbum de 2011 da a revista britânica “Songlines”.
Ainda em 2011, colaborou com Pablo Alborán no tema “Perdonáme”, que foi um grande sucesso em Espanha e Portugal, e com Pedro Luís no tema “Lusa”.
Em Março de 2012, lançou o seu segundo álbum intitulado “Alma”. A edição brasileira inclui duetos com Chico Buarque (“Carolina”), Milton Nascimento (“Cais”) e Nana Caymmi (“Contrato de Separação”).
O terceiro álbum, “Canto”, foi editado em 2014. O disco contou com a participação especial de Marisa Monte.
Em Janeiro de 2015, recebeu a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique.
Em 2016, gravou o disco “Carminho Canta Tom Jobim”, que contou com a participação de Marisa Monte, Chico Buarque e Maria Bethânia. Participou num dos temas do segundo disco dos Tribalistas, lançado em Agosto de 2017.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

19 DE AGOSTO - SARA MARTINS


EFEMÉRIDE - Sara Martins, actriz franco-portuguesa, nasceu em Faro no dia 19 de Agosto de 1977.
Filha de pai de origem cabo-verdiana, chegou a França aos três anos de idade. Quando era pequena, Sara queria ser bailarina clássica, tendo integrado a Ópera de Lyon. Porém, quando - para progredir - deveria partir para a Ópera de Paris, deixou a dança e decidiu concentrar-se noutra actividade. Embora tímida, optou pelo teatro do liceu durante três anos.
Em 1995, obtido o bacharelato, o dramaturgo e encenador Roger Planchon contratou-a para a sua peça “Le Radeau de la Méduse”, a ir à cena no Teatro nacional popular de Villeurbanne.
Paralelamente, continuou os estudos de Direito por correspondência, até obter o diploma. Aos 20 anos, integrou a École de Théâtre Les Enfants Terrible e, em 1998, o Conservatoire national supérieur d’art dramatique, onde ficou durante três anos. Começou a sua carreira na televisão em 2000.
 Em 2002, fez a sua primeira aparição no cinema, numa curta-metragem. No ano seguinte, entrou na sua primeira longa-metragem. Seguiram-se segundos-papéis em vários filmes, entre 2006 e 2010. Ia fazendo também vários clips e dobragens.
Depois, actuou em diferentes séries televisivas francesas, como “Pigalle la nuit” em 2009 e “Détectives” de 2013 a 2014, O seu papel mais conhecido internacionalmente é o da detective Camille Bordey, na série franco-britânica “Death in Paradise”, na BBC e em França (2011/2015).
Apesar da sua ainda relativamente curta carreira de actriz, já entrou em 25 filmes (2002/2018), 12 telefilmes (2003/2018), 25 séries televisivas (2000/2020) e 12 peças de teatro (1995/2018).

terça-feira, 18 de agosto de 2020

CARMINHO - "O Menino e a Cidade" [Official Music Video]

18 DE AGOSTO - SHELLEY WINTERS


EFEMÉRIDE - Shelley Winters, de seu verdadeiro nome Shirley Schrift, actriz norte-americana, nasceu em St. Louis no dia 18 de Agosto de 1920. Morreu em Beverly Hills, em 14 de Janeiro de 2006.
É uma das mais respeitáveis actrizes da “era de ouro” de Hollywood, tendo começado a carreira nos anos 1940.  Mudara-se para Nova Iorque, onde estudou no famoso Actors Studio, na época ainda dirigido pelo seu fundador Lee Strasberg.
Foi para Hollywood, contratada pela Columbia Pictures. Actuou em papéis quase sempre secundários e muitas vezes nem creditados. Após uma passagem pela Broadway, regressou a Hollywood, assinando com a Universal Pictures. Interpretou o seu primeiro personagem de importância, no filme “Fatalidade”, em 1947.
O reconhecimento como actriz de talento veio em 1951, através da sua actuação em “Um lugar ao sol”. Por este papel, recebeu a sua primeira nomeação para os Oscars, na categoria de Melhor Actriz.
Nos anos 1950, Shelley actuou em filmes importantes, como “Um homem e dez destinos” (1954), “O mensageiro do diabo” (1955), “Laughton; A grande chantagem” (1955), e “O diário de Anne Frank” (1959). Por este último, recebeu o Oscar de Melhor Actriz Coadjuvante.
Em 1962, interpretou a mãe da ninfeta “Lolita”, no filme com o mesmo nome, dirigido por Stanley Kubrick e baseado num romance de Nabokov. Os críticos consideraram esta como a sua melhor actuação e, por ela, foi nomeada para o Globo de Ouro de Melhor Actriz Coadjuvante.
O segundo Oscar veio com “Quando só o coração vê” (1965). Ainda nos anos 1960, Shelley Winters apareceu noutras produções, como “Como conquistar as mulheres” (1966), re-filmado em 2004, e “Harper - O caçador de aventuras” (1966).
Nos anos 1970, recebeu nova nomeação para os Oscars e ganhou o seu único Globo de Ouro, desta vez pela personagem protagonizada, em “O destino do Poseidon”. Winters, para este papel, engordou vários quilos, que nunca mais perdeu.
Shelley Winters teve ainda mais participações de destaque no cinema, em “Quem espancou Tia Roo?” (1971), na comédia “Próxima parada, bairro boémio” (1975), no filme de suspense “O inquilino” (1976), em “S.O.B.” (1981) e em “Retrato de uma dama” (1996).
Entre os actores que contracenaram com ela, de destacar Marlon Brando, Paul Newman, William Holden e James Mason.  Teve vários amores tumultuosos, entre eles com Burt Lancaster. Foi casada três vezes, tendo uma filha.
Shelley Winters faleceu aos 85 anos, tendo uma estrela no Passeio da Fama em Hollywood. 

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

17 DE AGOSTO - MONTY WOOLLEY


EFEMÉRIDE - Monty Woolley, actor norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia17 de Agosto de 1888. Morreu em Albany, em 6 de Maio de 1963. Foi nomeado duas vezes para os Oscars, com “Os Abandonados” (1942) e “Desde Que Partiste” (1944).
Woolley dirigiu peças de teatro na Broadway em 1929 e começou a representar em 1936, depois de deixar a sua carreira académica.
Em 1939, estrelou a comédia de George S. Kaufman e Moss Hart, “The Man Who Came to Dinner” e, mais tarde, o filme com o mesmo nome, na 20th Century Fox. 
Interpretou-se a si mesmo na biografia cinematográfica ficcional de Cole Porter, “A canção inesquecível”, na Warner Bros., e fez o papel do professor Wutheridge em “Um Anjo Caiu do Céu” (1947).
Monty apareceu também em muitos programas de rádio, tornando-se uma presença familiar em programas como: “The Fred Allen Show”, “Duffy’s Tavern”, “The Big Show”, “The Chase” e “Sanborn Hour” com Edgar Bergen e Charlie McCarthy, entre outros.
Em 1950, Woolley conseguiu o papel de protagonista na série da NBC, “The Magnificent Montague”, que durou de Novembro de 1950 a Setembro de 1951.
Woolley apareceu pela primeira vez na televisão como convidado especial e, depois, na sua própria série, “On Stage com Monty Woolley”. Estrelou uma adaptação da CBS chamada “The Man Who Came to Dinner”, em 1954, e apareceu noutros dramas televisionados, como a série “Best of Broadway”.
Depois de finalizar o seu último filme, “Um Estranho no Paraíso” (1955), regressou à rádio durante cerca de um ano, após o qual foi forçado a aposentar-se devido a problemas de saúde.
Woolley foi nomeado duas vezes para os Oscars, como Melhor Actor em 1943 e Melhor Actor Coadjuvante em 1945. Recebeu um prémio de Melhor Actor do National Board of Review em 1942, pelo seu papel em “The Pied Piper”.
Deixou as marcas das suas mãos no TCL Chinese Theatre, em 1943. Woolley tem uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, desde 1960.

domingo, 16 de agosto de 2020

16 DE AGOSTO - CAROLE SHELLEY


EFEMÉRIDE - Carole Augusta Shelley, actriz britânica, nasceu em Londres no dia 16 de Agosto de 1939. Morreu em Manhattan, Nova Iorque, em 31 de Agosto de 2018. Em 1979, recebeu o Tony Award pela sua actuação em “The Elephant Man”. Já tinha sido nomeada em 1975 e voltou a ser em 1987.
Era filha de uma cantora de ópera e de um compositor, ambos judeus alemães. Carole Shelley nasceu em Inglaterra, mas naturalizou-se norte-americana. Estreou-se no cinema em “O Preço de Uma Vida” (1949, com dez anos).
Em 1965, estreou-se na Broadway com a peça “The Odd Couple” de Neil Simon. O texto foi adaptado mais tarde ao cinema e Shelley voltou a repetir o papel que fizera no palco, anos antes.
Outros créditos seus no cinema incluem os filmes “O Homem Que Odiava as Mulheres” (1968) e “Um Tipo Meio Louco” (1969), mas a sua carreira foi quase que exclusivamente dedicada ao teatro.
Também trabalhou a fazer dobragens de desenhos da Disney, como em “The Aristocats” (1970), “Robin Hood” (1973) e “Hércules” (1997).
A partir dos anos 1990, Carole começou igualmente a aparecer em comédias musicais. Em 2009, foi ainda nomeada para um Tony Award de Melhor Actriz, numa daquelas comédias musicais. Faleceu em 2018, aos 79 anos de idade.

sábado, 15 de agosto de 2020

15 DE AGOSTO - ANTÓNIO SILVA


EFEMÉRIDE - António Maria da Silva, actor português, conhecido pelos filmes em que participou durante a era de ouro do cinema português, nasceu em Lisboa no dia 15 de Agosto de 1886. Morreu na mesma cidade em 3 de Março de 1971. Com uma carreira de mais de 50 anos, interpretou papéis em mais de 40 produções cinematográficas.
Nascido no seio de uma família humilde, começou a trabalhar cedo, como marçano. Concluiu o Curso Geral do Comércio. Foi comandante de uma corporação de bombeiros.
Teve a sua formação teatral em grupos amadores da capital, estreando-se profissionalmente em 1910, no palco do Teatro da Rua dos Condes, em “O Novo Cristo” de Tolo oi.
Contratado pela Companhia Alves da Silva, aí participou em peças como “O Conde de Monte Cristo” e “O Rei Maldito”.
Foi para o Brasil em 1913, onde permanece até 1921, em digressão com a Companhia Teatral de António de Sousa.
Casou-se com Josefina Silva, em 1920. De volta a Portugal, trabalhou vários anos consecutivos na Companhia de Teatro Santanella-Amarante, em peças de teatro ligeiro e de revista.
Integrou ainda as Companhias de Lopo Lauer, António de Macedo, Comediantes de Lisboa e Vasco Morgado.
Foi “A Canção de Lisboa”, de Cottinelli Telmo (1933), que o projectou no cinema e firmou a sua popularidade e engenho como actor.
Assegurou personagens cómicas e dramáticas, em mais de trinta películas - “As Pupilas do Senhor Reitor” (1935), “O Pátio das Cantigas” (1942), “O Costa do Castelo” (1943), “Amor de Perdição” (1943), “A Menina da Rádio” (1944), “A Vizinha do Lado” (1945), “Camões” (1946), “O Leão da Estrela” (1947), “Fado” (1948), “O Grande Elias” (1950)  e “Aqui Há Fantasmas”(1964), entre outras.
Fez teatro radiofónico no RCP, ao lado da sua esposa e de nomes como Rogério Paulo, Paulo Renato, Isabel Wolmar, Carmen Dolores, Laura Alves e Álvaro Benamor.
Foi agraciado com o grau de oficial da Ordem de Benemerência (1936) e da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (1966).
Faleceu aos 84 anos, sendo sepultado no cemitério dos Prazeres, perto do jazigo da actriz Laura Alves. Os dois actores partilharam o estrelato no filme “O Leão da Estrela”.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

14 DE AGOSTO - ENZO FERRARI


EFEMÉRIDE - Enzo Anselmo Giuseppe Maria Ferrari, industrial italiano, fundador da Scuderia Ferrari e da fábrica de automóveis Ferrari, morreu em Maranello no dia 14 de Agosto de 1988. Nascera em Módena, em 18 de Fevereiro de 1898.
Apaixonou-se pelo automobilismo com apenas dez anos de idade, quando assistiu ao circuito de Bolonha em 1908.
Enzo Ferrari trabalhou como mecânico até ao início da Primeira Guerra Mundial, altura em que ingressou na Contruzioni Mecaniche National, como piloto de testes. Aos 21 anos, tentou trabalhar na Fiat, mas foi recusado. Pouco depois, entrou para a na Alfa Romeo, mas desta vez como piloto.
Criou a Scuderia Ferrari no ano de 1925, em Módena, mas durante a Segunda Guerra Mundial viu-se obrigado a transferir a fábrica de automóveis para Maranello, a dezoito quilómetros de Módena. Depois da Segunda Guerra Mundial, a Ferrari ganhou dois títulos mundiais, em 1952 e 1953.
Alfredino Ferrari, filho de Enzo, morreu em 1956, aos 24 anos, sofrendo de distrofia muscular progressiva. Isto fez com que Enzo se tornasse uma pessoa amargurada. Desde então, Enzo nunca mais pisou uma pista de corrida e passou a usar os inseparáveis óculos escuros.
Autodidacta em mecânica, recebeu em 1960, da Universidade de Bolonha, o título de doutor honoris causa em engenharia e, mais tarde, em física. Recebeu do governo italiano o título de comendador.
Os últimos sucessos que viu da sua equipa de Fórmula 1 foram os títulos de Jody Scheckter em 1979 e o título de construtores em 1983.
O último carro da marca fundada pelo comendador, que ele aprovou em vida, foi o lendário F40 de 1987. Enzo gostou tanto do carro que proferiu a seguinte e famosa frase: «Se Deus fosse um carro, seria um F40».
Enzo Ferrari faleceu aos 90 anos de idade e, segundo a sua vontade, a morte só foi tornada pública dois dias depois.
Alguns anos mais tarde, começou um período de hegemonia da Ferrari, ganhando cinco títulos seguidos com Michael Schumacher, entre 2000 e 2004. Conquistou também seis títulos de construtores entre 1999 e 2004, consolidando o seu lugar de maior escuderia de Fórmula 1 da história.
Em 2002, apareceu o FerrariEnzo Ferrari”, uma homenagem ao seu fundador.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

13 DE AGOSTO - ADA DE CASTRO


EFEMÉRIDE - Ada de Castro, de seu Ada Antunes Pereira, fadista portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 13 de Agosto de 1937.
A sua estreia no teatro de revista aconteceu na peça “Tudo à Mostra” (1966), no Teatro Maria Vitória, onde cantou “Na Hora da Despedida”, um fado de apoio aos soldados portugueses na Guerra do Ultramar, que se tornaria num sucesso.
Ada fez parte dos sócios fundadores da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado.
Em 2009, foi editado o primeiro volume de “Os Fados da Alvorada”, incluído numa série de compilações com chancela da Movieplay Portuguesa, que abre com o tema “A Rosa” interpretado por Ada de Castro, com música de Joaquim Campos da Silva e letra de Joaquim da Silva Borges.
«Sou uma mulher simples que ama o Fado e que tudo tem feito para o cantar bem. Sou das fadistas castiças que cantam com voz velada e um cheirinho de rua» afirmou Ada de Castro, certo dia.
Ada de Castro anunciou a sua retirada em Outubro de 2010, após ter recebido o Prémio de Carreira pelos seus 50 anos de vida artística, na V Gala Amália. O evento, realizado pela Fundação Amália e pela Música no Coração, decorreu no Coliseu de Lisboa. Ainda em 2010, a RTP apresentou o documentário “Ada de Castro - 50 Anos de Carreira”, de Maria João Gama.
Em Novembro de 2012, foi distinguida com a Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro, da Câmara Municipal de Lisboa, numa cerimónia onde foram homenageadas 50 personalidades do universo do Fado e da Guitarra Portuguesa, assinalando o 1º aniversário da consagração do Fado como Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.
Antes, Ada de Castro recebera diversos prémios. Entre eles: o de Melhor fadista da quinzena (Prémio RTP, (1962); o Prémio Bordalo (1967); o Prémio da Imprensa, entregue pela Casa da Imprensa em 1964, na categoria “Fado” e que também distinguiu o fadista Carlos do Carmo; e foi a Melhor fadista do ano (“Revista Nova Gente”, 1982).

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

12 DE AGOSTO - DANA IVEY


EFEMÉRIDE - Dana Robins Ivey, actriz norte-americana, nasceu em Atlanta no dia 12 de Agosto de 1941. Foi nomeada cinco vezes para Prémio Tony pelos seus trabalhos na Broadway.
Em 1997, Dana ganhou o Drama Desk Award de Melhor Actriz, pelas suas actuações nas peças “Sex and Longing” e “The Last Night of Ballyhoo”.
Ela é mais conhecida pelas suas participações em films, como: “A Cor Púrpura” (1985), “Dirty Rotten Scoundrels” (1988), “A Família Addams” (1991), “Home Alone: Lost in New York” (1992), “The Addams Family” (1993), “Two Weeks Notice” (2002), “Legally Blonde” (2003), “Rush Hour” (2007) e “The Help” (2011).
A mãe foi professora, fonoaudiólogo e actriz. O pai foi um físico e professor, que leccionou na Georgia Tech e, mais tarde, trabalhou na Atomic Energy. Os pais divorciaram-se. Dana tem um irmão mais novo e um meio-irmão, do novo casamento de sua mãe.    
Recebeu o seu diploma de graduação no Rollins College, em Winter Park, na Flórida, e recebeu uma bolsa da Fulbright para estudar teatro, na Academia de Música e Arte Dramática de Londres. Dana Ivey recebeu um doutoramento honorário (Humane Letters) do Rollins College, em Fevereiro de 2008.
O primeiro trabalho de Ivey foi aos 16 anos, na Davison’s, uma loja de departamentos em Atlanta. Com o dinheiro, ela comprou uma guitarra e abriu uma conta bancária para as suas economias.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

ADA DE CASTRO - "Sou fadista"

11 DE AGOSTO - LUCHO GATICA


EFEMÉRIDE - Lucho Gatica, de seu verdadeiro nome Luis Enrique Gatica Silva, cantor de boleros e actor chileno, nasceu em Rancagua no dia 11 de Agosto de 1928. Morreu no México em 13 de Novembro de 2018.
Estudou no Instituto O’Higgins. Enveredou depois pela vida artística, mas viveu com dificuldades até publicar o seu primeiro disco, em 1949.
Em 1956, começou uma tournée que o levou para a Venezuela. Em 1957, decidiu mudar-se para o México, um país que se tornaria muito importante na sua vida. Aqui lançou “No me platiques”, “Tú me acostumbraste” e “Voy a apagar la luz”, três grandes êxitos (1959).
Nessa época, Lucho já era conhecido nos círculos artísticos dos EUA e a MGM organizou alguns shows com as personalidades mais célebres do momento no mundo artístico, incluindo Elvis Presley e Nat King Cole.
Em 1958, o primeiro LP de Gatica foi apresentado. Dois dos seus três discos lançados naquele ano foram compilações com as suas gravações mais conhecidas no formato 78 RPM. O terceiro teve o título de “Encadenados”.
Mais tarde, Gatica decidiu morar definitivamente no México e ali se casou, em Maio de 1960, com a actriz porto-riquenha María del Pilar Mercado, artisticamente conhecida como ‘Mapita Cortés’, que também morava naquele país. Desta união, que durou 18 anos, nasceram cinco filhos.
Após o divórcio, Gatica mudou-se para os Estados Unidos. O seu segundo casamento foi com uma modelo americana que conheceu no início da década de 1980 (o casamento durou seis anos) e com quem teve uma filha. Após a separação, em 1986, casou-se com Leslie, vinte anos mais jovem, com quem teve a sua filha mais nova.
Em 1991, Lucho Gatica começou a manifestar os primeiros problemas vocais, que se acentuariam nos anos seguintes e que afectaria a sua produção de discos.
Em 1995, foi homenageado em Miami, por diversos artistas como Monna Bell, Celia Cruz, Rafael Basurto (Los Panchos), Olga Guillot, Juan Gabriel e José José.
No ano seguinte, foi presidente do júri do XXXVII Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, no Chile. Durante este evento, Juan Gabriel - que participou como artista convidado - prestou-lhe homenagem, tocando um medley com canções populares chilenas.
Lucho Gatica faleceu aos noventa anos de idade. Ao longo da sua carreira, publicou cerca de 20 discos e participou em 15 filmes. 

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

10 DE AGOSTO - SÉRGIO FRUSONI


EFEMÉRIDE - Sérgio Frusoni, poeta cabo-verdiano, filho de pais italianos, nasceu no Mindelo em10 de Agosto de 1901. Morreu em Lisboa no dia 29 de Maio de 1975.
Era filho de um comerciante de corais de Livorno e de uma, irmã de Pedro Bonucci, um ilustre cidadão da ilha. Fez a 4ª classe em Cabo Verde e, atingida a idade do serviço militar, foi enviado para Itália. Na terra dos seus pais, pouco estudou.  Atingiu simplesmente o nível do 2º grau da instrução primária. Ainda em Itália, casou com Mary Carlini (posteriormente Maria Frusoni), em Junho de 1924.
Em 1925, com 24 anos de idade, regressou a Cabo Verde, passando a trabalhar na Western Telegraph Company, tendo mais tarde mudado para a Italcable, concorrente da referida companhia inglesa, que - entretanto - se instalara na ilha.
Em 1931, como empregado da Italcable, conseguiu a transferência para a cidade italiana de Anzio, onde se manteve durante um ano, até ser transferido, novamente, então para a sede em Roma, onde fixou residência entre os anos 1933 e 1943.
Com o advento da Segunda Guerra Mundial, alistou-se no exército italiano, exercendo a função de amanuense. Vencida a Itália, na Primavera de 1945, foi preso pelos americanos, no Campo de Concentração de Coltano.
Com os quatro filhos, incluindo o mais velho, Franco, que igualmente se encontrava no mesmo campo de concentração, foi libertado e, em 1947, regressou com toda a família a São Vicente. Sem qualquer espécie de salário, trabalhou para o seu tio, Pedro Bonucci, que o alojava e o sustentava, a ele e à família.
Ainda em 1947, passou a gerir o Café Sport, no Mindelo, onde apresentava também poemas e pequenos contos seus, em crioulo. Ali esteve até que a Italcable, recomposta da II Grande Guerra, reabriu as suas actividades em São Vicente, readmitindo-o.
Neste posto de trabalho, manteve-se até 1964, ano em que se reformou e partiu, de novo, para Itália, onde permaneceu até 1970. Neste ano, regressou à sua terra natal e, em 1974, mudou-se para Lisboa onde vem a falecer no ano seguinte, em casa do seu filho primogénito Franco.
Na década de 1960, liderou o grupo teatral Teatro do Castilho, no Mindelo. Durante alguns anos, foi locutor na Rádio Barlavento, onde dirigia e apresentava o programa “Mosaico Mindelense”, em crioulo.
Frusoni escreveu muitos contos e poemas em crioulo de São Vicente. É muito conhecido no arquipélago de Cabo Verde é praticamente desconhecido no estrangeiro. No final da sua vida, Sérgio Frusoni foi também pintor.
Traduziu o evangelho para crioulo cabo-verdiano: “Vangêle contod d’nôs môda”.  

domingo, 9 de agosto de 2020

9 DE AGOSTO - MAHMOUD DARWISH


EFEMÉRIDE - Mahmoud Darwish, escritor palestiniano, morreu em Houston. EUA, no dia 9 de Agosto de 2008. Nascera em Al-Birweh, na época do mandato britânico, em 13 de Março de 1941.
Nascido num vilarejo, a 10,5 quilómetros de Acre, na Galileia, era o segundo dos oito filhos de uma família sunita de proprietários de terras. A vila foi inteiramente arrasada pelas forças israelitas, durante a guerra de 1948, e a família Darwish refugiou-se no Líbano, onde permaneceu um ano. Ao regressarem clandestinamente, descobrir que o vilarejo havia sido substituído pelo colonato agrícola judaico de Ahihud.
Entre 1960 e 1967, foram presos várias vezes. Em 1970, passou a viver com o estatuto de refugiado.
Darwish foi o autor da “Declaração de Independência da Palestina”, escrita em 1988 e lida pelo líder palestiniano Iasser Arafat, quando declarou unilateralmente a criação do Estado da Palestina.
Integrante da OLP, Darwish afastou-se da organização em 1993, por discordar da posição da organização no tocante aos Acordos de Oslo.
Darwish é considerado o poeta nacional da Palestina. As suas obras, que se concentram sobretudo na nostalgia da pátria, receberam múltiplas recompensas e foram traduzidas em pelo menos 22 línguas.
Foi presidente da União dos Escritores Palestinianos. Escreveu mais de vinte volumes de poesia e sete em prosa. Publicou a sua primeira recolha de poesias aos 19 anos. No fim dos estudos, começou a publicar poemas e artigos em jornais e revistas.  
Fugindo das perseguições policiais, esteve em Moscovo, onde estudou economia política. Desapareceu em 1971 e, algum tempo depois, foi assinalado no Cairo, onde trabalhava para o diário “Al-Ahram”. Foi, depois, para Beirute, onde dirigiu um jornal mensal e trabalha no Centro de Pesquizas Palestiniano da OLP. Em 1981, fundou e tornou-se redactor-chefe do jornal literário “Al-Karmel”.
No seguimento de dois meses de bombardeamentos (1982), Darwish exilou-se no Cairo, na Turquia e depois em Paris. Em 1988, o conteúdo de um dos seus poemas é discutido no Parlamento israelita.
Veio a falecer nos Estados Unidos, num hospital de Houston, no seguimento da sua terceira operação ao coração. O corpo foi transportado para a Jordânia e o funeral teve lugar na cidade palestiniana de Ramallah. 

sábado, 8 de agosto de 2020

8 DE AGOSTO - CARMINE PERSICO


EFEMÉRIDE - Carmine John Persico, um dos principais chefes da Máfia nos Estados Unidos, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, em 8 de Agosto de 1933. Morreu em Durham, na Carolina do Norte, no dia 7 de Março de 2019. Era apelidado com as alcunhas: Junior” (pelas ruas), “The Snake” (pelos amigos) e “Immortal” (por ter sido alvejado vinte vezes, sem sequelas).
Quando adolescente, tornou-se líder de um gang de rua chamado “The Garfield Boys”. Abandonou os estudos secundários aos 16 anos. Aos dezassete, fez a sua primeira vítima, matando um outro jovem. Foi assim detido pela primeira vez.
No princípio dos anos 1950, foi recrutado para a família do crime Profaci, percursora da família Colombo. Começou por ter a responsabilidade das contas e dos empréstimos, antes de se lançar em assaltos e raptos. Durante uma década, foi preso mais de doze vezes, mas passou apenas alguns dias na prisão.
Era conhecido pelo seu mau feitio e pela maneira bruta e sádica como governava a sua própria família. Foi finalmente condenado a mais de 100 anos de prisão, pelos diversos crimes cometidos. Segundo o FBI, durante algum tempo, ele orientou o destino da família Colombo, de dentro da prisão.
Faleceu no Centro Médico da Universidade Duke, aos 85 anos de idade, enquanto cumpria a pena cumulada de 139 anos em prisão federal, o que equivalia a prisão perpétua.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

7 DE AGOSTO - YELENA DAVYDOVAS


EFEMÉRIDE - Yelena Victorovna Davydova, ex-ginasta da União Soviética, nasceu em Voronej, Rússia, no dia 7 de Agosto de 1961.
Aos dezanove anos, Davydova conquistou, nas Olimpíadas de Moscovo, em 1980, a medalha de ouro na classificação geral individual. Nos mesmos Jogos, ganhou ainda a medalha de ouro na competição por equipas e a medalha de prata, na trave. No somatório total da carreira, foi tri-medalhada olímpica e tetra-medalhada mundial.
O interesse de Davydova pela ginástica surgiu aos seis anos de idade, quando viu em competição as soviéticas medalhadas de ouro olímpicas Larissa Petrik e Natalia Kuchinskaya. Considerada pequena demais para a escola de ginástica Spartak, ela observava as ginastas e imitava-as, até ao dia em que Gennady Korshunov a convidou para se juntar ao grupo. Aos onze anos, Yelena já era a melhor da turma.
Um ano mais tarde, competiu no seu primeiro torneio internacional, o RSFSR-BUL Dual Meet, de onde saiu com as medalhas de ouro por equipas e no individual geral.
Em 1974, tornou-se, oficialmente, membro júnior da equipa nacional. Como tal, a sua primeira competição foi o Nacional Soviético Júnior de 1975, no qual obteve o terceiro lugar do concurso geral e o primeiro nas provas de saltos e barras assimétricas.
Em 1976, Davydova passou à categoria de sénior nacional e conquistou a prata no concurso geral e no solo e o ouro nas paralelas assimétricas, do Campeonato Soviético.
Na primeira edição da Taça América, executou o inédito somersault, na trave, que lhe rendeu o bronze.
Na Taça Soviética, Yelena conquistou o bronze na prova de saltos, 0,025 ponto atrás de Olga Korbut. No concurso geral, encerrou em sexto lugar e não se qualificou para disputar os Jogos de Montreal. Nos campeonatos que se seguiram, conquistou medalhas individuais nas quatro modalidades.
No ano seguinte, no Campeonato Nacional Soviético, Davydova conquistou o ouro nas barras assimétricas, com a pontuação de “dez perfeito”.
Durante um treino, sofreu uma lesão no joelho e precisou de ser operada. Recuperada em 1978, Yelena e a sua família mudaram-se para Leningrado, juntamente com a família do seu técnico, convidado a trabalhar naquela cidade.
Na Taça Chunichi, superou Maxi Gnauck e conquistou a medalha de ouro no concurso geral. No maior campeonato internacional do ano, o Mundial de Estrasburgo, Davydova fez parte da selecção soviética como suplente, não competindo durante o evento, em que a equipa saiu vitoriosa em quatro das finais.
No ano seguinte, incapacitada de competir no Mundial de Fort Worth, nos Estados Unidos, disputou os Jogos Universitários, no México, nos quais conquistou o ouro por equipas, a prata no solo e o bronze nos saltos e no concurso geral.
Em 1980, no Campeonato Moscow News, Yelena fez um salto, avaliado de acordo com o Código de Pontos, com um valor de dez. Em seguida, logo após a Taça Soviética, foram escolhidas as ginastas para disputarem as Olimpíadas de Moscovo e Davydova estava entre elas. A despeito da presença de Nellie Kim e de Elena Mukhina - lesionadas pouco antes dos Jogos - o treinador romeno, Béla Károlyi, declarou que a disputa do individual geral ficaria limitada a Yelena e Nadia.
Durante os Jogos de Moscovo, Yelena competiu ao lado de Maria Filatova, Nellie Kim, Elena Naimushina, Natalia Shaposhnikova e Stella Zakharova. Por equipas, as soviéticas conquistaram o ouro e Davydova ganharia a sua primeira medalha olímpica. Individualmente, a ginasta conquistou ainda mais duas medalhas. No concurso geral, superou, por 0,075, Comaneci e Gnauck e conquistou a sua segunda medalha de ouro, com uma nota dez no solo. Nos aparelhos, fechou com a prata, na trave, superada apenas pela romena Comaneci.
Em competições, a primeira disputa de 1981 foi o Campeonato Nacional Soviético, no qual conquistou o ouro no concurso geral pela primeira vez. Na sequência, como seu último compromisso profissional, deu-se o Mundial de Moscovo. Nele, conquistou o ouro por equipa, a prata no solo e o bronze no individual geral e nas paralelas assimétricas.
Apesar de permanecer na equipa soviética de ginástica até 1984, dois anos antes Davydova já se havia retirado das competições. Em 1983, casou-se com o treinador de boxe Pavel Filatov e com ele teve dois filhos: Dimitri (nascido em 1985) e Anton (nascido em 1995).
Doutorou-se em Pedagogia, em 1991, e mudaram-se para o Canadá, onde receberam a cidadania canadiana.  Hoje, Yelena - que começou como técnica na St. Petersburg Olympic Reserve School - trabalha como treinadora-chefe no Gemini Gymnastics, um clube sem fins lucrativos localizado em Ontário.
Davydova, a primeira ginasta a efectuar um “Tkachev” nas assimétricas, passou a fazer parte do International Gymnastics Hall of Fame, em 2007.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

6 DE AGOSTO - PAOLO BACIGALUPI

EFEMÉRIDE - Paolo Tadini Bacigalupi, escritor norte-americano de ficção científica e fantasia, nasceu em Paonia, no Colorado, em 6 de Agosto de 1972.
Paolo pertence à 5ª geração da sua família de ascendência italiana.
O seu romance de estreia, “The Windup Girl”, publicado em Setembro de 2009, ganhou os Prémios Hugo, Nebula e John W. Campbell Memorial Awards, em 2010. O mesmo livro também foi nomeado pela revista “Time” como um dos Top 10 de 2009.
O livro “Ship Breaker”, publicado em 2010, ganhou o Prémio Michael L. Printz de Melhor Romance Jovem/Adulto.
Paolo Bacigalupi reside actualmente no Colorado, com a esposa e um filho.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

5 DE AGOSTO - JANET McTEER


EFEMÉRIDE - Janet McTeer, actriz britânica nomeada para os Oscars e vencedora de um Globo de Ouro, nasceu em Newcastle upon Tyne no dia 5 de Agosto de 1961.
Formada na Royal Academy of Dramatic Art, Janet McTeer actua tanto em teatro, com na televisão e no cinema.
Pela sua actuação em 1996, na peça “Casa de Bonecas” de Henrik Ibsen, recebeu o Laurence Olivier Award e. Quando esta produção foi encenada na Broadway, recebeu também o Drama Desk Award e o Tony Award. Voltaria a receber o Desk Award, pela sua interpretação na peça “Mary Stuart” de Friedrich Schiller, em 2009.
No cinema, a sua primeira actuação de destaque foi em “Tumbleweeds”, de 1999, onde interpretou uma mãe solteira. Este papel rendeu-lhe o Globo de Ouro de Melhor Actriz em Comédia ou Musical e o Satellite Award de Melhor Actriz - Filme Musical ou Comédia, assim como uma nomeação para o Oscar de Melhor Actriz.
Mais recentemente, pelo seu trabalho em “Albert Nobbs”, foi indicada para os prémios de Melhor Actriz coadjuvante no Globo de Ouro 2012 e no SAG 2012.
Foi agraciada com a Ordem do Império Britânico em 2008.

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