quinta-feira, 30 de novembro de 2023

30 DE NOVEMBRO - JOÃO CABRAL

EFEMÉRIDE João Luís Coutinho Lopes Cabral, actor português, nasceu nos Açores em 30 de Novembro de 1961.

Concluiu em 1985 o Curso de Formação de Actores do Conservatório Nacional de Teatro.

Estreou-se no teatro, sob a direcção de Carlos Avilez (1982), nas peças “Portugal, Anos 40” de Luiz Francisco Rebello e Carlos Wallenstein (Fundação Calouste Gulbenkian) e Pedro o Cru” de António Patrício (Teatro Nacional D. Maria II).

Até à década de 1990, foi dirigido por Mário Feliciano:1983 - “A Casa de Bernarda Alba” de Lorca; em 1985 - “Pílades” de Pasolini na Fundação Gulbenkian, e “Calderón” de Pasolini no Teatro Gymnasio.

Desde 1990 que mantém uma colaboração regular com António Pires, em peças como “Antígona de Sófocles” (1992, Festival Citemor), “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett (1993), “Clube Estefânea”, “”A Caça ao Snark” de Lewis Carroll (1996, Teatro da Trindade), “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente (1996, Centro Cultural de Belém), “Peter Pan” de John Barrie (1997, Teatro São Luiz), Entradas de Palhaços” de Helene Parmelin (2000, Teatro Nacional S. João) ou “Werner” de Goethe (2001, Teatro da Cornucópia).

Estreou-se no cinema em Três Menos Eu” de João Canijo (1988), realizador que o dirigiu em “Filho da Mãe” (1989). Participou, ao todo, em quase vinte películas, entre elas “Matar Saudades” (1988) de Fernando Lopes e “O Rapaz do Trapézio Voador” (2002) de Fernando Matos Silva.

Actor regular na televisão, tem integrado o elenco de diversas novelas e séries.

É também professor no Liceu Passos Manuel, onde dá aulas de teatro a alunos do curso profissional de interpretação.

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

29 DE NOVEMBRO - PAULA MOURA PINHEIRO

EFEMÉRIDE - Maria Paula Serra Camilo de Moura Pinheiro, jornalista, apresentadora de televisão, radialista e realizadora portuguesa, nasceu em Coimbra no dia 29 de Novembro de 1964.

Paula Moura Pinheiro foi casada com o também jornalista Rodrigo Guedes de Carvalho, de quem se divorciou e de quem tem um filho e uma filha, Rodrigo de Moura Pinheiro Guedes de Carvalho (1992) e Benedita de Moura Pinheiro Guedes de Carvalho (1994).

É licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa e pós-graduada em Direito Comunitário pelo Instituto Europeu da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Na imprensa, Paula Moura Pinheiro trabalhou como repórter, entrevistadora e cronista; na televisão e na rádio, como autora, editora e apresentadora de programas.

Colaborou como jornalista em: “Expresso”, “Marie Claire”, “Independente”, “Grande Reportagem”, “Público”, “Rádio Comercial” e “Rádio Paris Lisboa”, nos canais SIC, RTP1 e RTP2.

Sexo Forte”, “O Pecado Mora Aqui”, “O Senhor que se Segue”, “Livres e Iguais”, “GLX” e “Câmara Clara” são alguns dos programas que dirigiu e apresentou. “Câmara Clara” foi distinguido com o prémio APOM.

Responsável pelo “Guia de Leitura 2003” do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas, fez comunidades de leitores um pouco por todo o país; realizou durante anos, com a Fundação Calouste Gulbenkian, “Os Clássicos”.

Fez o programa cultural da Feira do Livro de Lisboa em 2004 e em 2005 e publicou “Portugal no Futuro da Europa”, um livro sobre a primeira versão do Tratado Constitucional Europeu.

Em 2002, saiu o seu primeiro livro, “27/08”, em 2006 “Estória da Pré-História do Chapitô”, uma biografia de Teresa Ricou, e em 2010, “Viagem de Regresso”. Entre 2006 e 2012, foi subdirectora da RTP2.

Publicou várias obras literárias. Actualmente realiza e apresenta, desde 2012, o programa “Visita Guiada” na RTP2 e Antena 1. Este programa recebeu o prémio de Melhor Programa da APOM e da SPA.

Entre 2013 e 2016, Paula Moura Pinheiro foi júri do Prémio de Jornalismo para os Direitos Humanos e Integração da UNESCO. Entre 2014 e 2017, foi membro do Conselho-Geral da Universidade do Minho.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

28 DE NOVEMBRO - FRANK WILLIAMS

EFEMÉRIDE – Francis “Frank” Owen Garbatt Williams, empresário britânico, morreu em Surrey, Inglaterra, no dia 28 de Novembro de 2021.  Nascera em South Shields, Condado de Durham, Inglaterra, em 16 de Abril de 1942.

Ficou conhecido como fundador e dirigente da equipa de Fórmula 1 Williams.

Fundou a sua primeira equipa de corridas em 1966, a Frank Williams Racing Cars.

Em 1977, juntamente com Patrick Head, fundou a Williams Grand Prix Engineering, hoje conhecida simplesmente por Williams.

Em Março de 1986, após acompanhar os testes do novo carro de corrida da sua equipa na Fórmula 1 e antes de começar o Campeonato Mundial, Frank Williams sofreu um sério acidente de carro na perigosa estrada que vai do circuito de Paul Ricard até Marselha, em França. Frank ficou paraplégico, utilizando uma cadeira de rodas.

Frank Williams faleceu em 2021, aos 79 anos de idade.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

MATT MONRO - "From Russia With Love" (24.10.1974)

27 DE NOVEMBRO - LAURENT-DÉSIRÉ KABILA

EFEMÉRIDE - Laurent-Désiré Kabila, guerrilheiro e presidente da República Democrática do Congo de 1997 até 2001, quando foi assassinado, nasceu em Likasi, Catanga, no dia 27 de Novembro de 1939. Morreu em Quinxassa, em 16 de Janeiro de 2001.

Tornou-se presidente após a queda de Mobutu Sese Seko.

Foi assassinado, em 2001, pelo seu guarda-costas, em plena guerra civil no seu país.

O seu filho, Joseph Kabila, assumiu o cargo de presidente, logo em seguida.

domingo, 26 de novembro de 2023

26 DE NOVEMBRO - LAMECHA GIRMA


EFEMÉRIDE - Lamecha Girma, atleta etíope, recordista mundial e medalha olímpica dos 3000 metros com obstáculos, nasceu em Oromia no dia 26 de Novembro de 2000.

Nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, conquistou a medalha de prata nos 3000 metros obstáculos, com o tempo de 8:10.38.

Em Junho de 2023, estabeleceu uma nova marca mundial de 7:52.11, batendo um recorde, com 19 anos, pertencente ao atleta do Qatar Saif Saaeed Shaheen, durante o Meeting de Paris.

sábado, 25 de novembro de 2023

25 DE NOVEMBRO - FÉLIX DE AVELAR BROTERO


EFEMÉRIDE - Félix de Avelar Brotero, de seu nome Félix da Silva Avelar, botânico português, nasceu em Santo Antão do Tojal, Loures, no dia 25 de Novembro de 1744. Morreu em Belém, Lisboa, em 4 de Agosto de 1828.

Em sua homenagem foi fundada a Sociedade Broteriana, agremiação científica que, através do seu Boletim, teve grande importância no desenvolvimento da Botânica em Portugal.

Filho mais novo de José da Silva Pereira e Avelar, médico pela Universidade de Coimbra, e de Maria René da Encarnação Frazão. Aos 19 anos, recorreu à arte do canto para angariar meios de subsistência, devido à morte do seu avô e, após ter ficado órfão de pai aos 2 anos, e a sua mãe ter perdido a razão, conseguiu um lugar de capelão cantor na patriarcal de Lisboa. Entretanto, tinha estudado Latim, Grego e Música e adquirido conhecimentos de Direito Canónico suficientes para ir para Coimbra fazer exame três anos seguidos, não concluindo, porém, a formatura devido à reforma da Universidade de 1772, que proibia exames sem a respectiva frequência.

Foi, em 1778, redactor das “Gazetas de Lisboa”, ao reaparecerem depois da sua suspensão desde 1762. As suas ideias filosóficas, e a amizade que o ligava a Filinto Elísio (1734/1819), tornaram-no suspeito ao Santo Ofício, e viu-se obrigado a emigrar, juntamente com o seu amigo. Em 5 de Julho de 1778, embarcaram ambos para Paris.

Foi em Paris que, seguindo o uso dos estudiosos da época, adoptou o apelido de Brotero (amante dos mortais). Durante os 12 anos em que esteve em Paris, frequentou assiduamente as aulas e institutos de Ciências Naturais, ao mesmo tempo que procurava meios de subsistência com trabalhos originais e traduções que vendia aos livreiros.

Assistiu ao curso de História Natural, que Valmont de Bomare abriu em Paris em 1781, e às lições de Botânica de Jacques Brisson na Académie de Pharmacie. Concluídos os principais estudos de História Natural doutorou-se na Escola de Medicina de Reims. Deixou depois de exercer clínica e dedicou-se exclusivamente ao estudo da Botânica. Deixou Paris, depois de haver presenciado os acontecimentos iniciais da revolução francesa e chegou a Lisboa em 1790, na companhia de Filinto Elísio.

Pela reputação que ganhara, foi nomeado lente de Botânica e Agricultura na Universidade de Coimbra, por decreto de 25 de Fevereiro de 1791.

Já em 1788, havia publicado em Paris o “Compêndio de Botânica”. As suas prelecções alcançaram grande êxito. Iniciou a primeira escola prática de Botânica, reorganizando o jardim, que fora principiado sob a direcção do antigo lente, Domenico Vandelli (1730/1816).

Dedicou-se à investigação botânica e daí resultaram obras importantes como a “Flora Lusitânica” (1804) e a “Phytographia Lusitaniae selectior”, cuja publicação, começada em 1816, terminou em 1827.

Nos seus trabalhos de colheita de exemplares, passou por diversas situações de perigo: três quedas na Serra da Estrela, um ataque de salteadores no Alentejo e uma tentativa de assassínio por pastores que suspeitavam que Brotero inspeccionava os baldios para conseguir que lhe fossem doados.

Por decreto de 27 de Abril de 181,1 foi nomeado por D. João VI director do Real Museu e Jardim Botânico da Ajuda; e jubilado por decreto de 16 de Agosto de 1811. Em 1820, foi eleito deputado às Cortes Constituintes pela Estremadura. Depois de ter assistido aos trabalhos legislativos durante 4 meses, pediu dispensa que lhe foi concedida.

Entre outros livros escreveu, “Flora Lusitânica”, onde identificou cerca de 1800 espécies, muitas delas desconhecidas até então.

Embora o seu trabalho tenha sido reconhecido na Europa, em Portugal, apesar da qualidade também reconhecida das suas aulas e das suas obras, sofreu muito com invejas e obstáculos diversos. A investigação botânica sofreu muito com a sua morte, entrando em decadência. Os jardins botânicos de Coimbra e da Ajuda deixaram de ser devidamente cuidados, ficando num estado deplorável até meados do século XIX.

É possível verificar o prestígio que Brotero tinha na Europa pela correspondência que manteve com prestigiados especialistas da época e pelo facto de botânicos como Sprenger, Cavanilles, Boissier, Willkomm e De Candolle terem atribuído o nome de Brotero a plantas que identificaram.

Foi membro de diversas sociedades: Horticultural Society de Londres; Linnean Society de Londres; Acadmia Real das Ciências de Lisboa; Société Philomatique; Société d’Histoira Naturalle de Paris; Physioographica Society de Lunden, Suécia; Sociedade de História Natural de Rostock; Academia Cesarea de Bona, e outras.

Acabou por falecer aos 83 anos de idade em casa, na Calçada do Galvão, em Belém (registo de óbito na paróquia da Ajuda, Lisboa), com testamento. Foi sepultado no Convento de São José de Ribamar dos Religiosos Arrábidos, perto de Algés. Nunca casou, nem teve filhos.

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

24 DE NOVEMBRO - PEDRO ROLO DUARTE

EFEMÉRIDE - Pedro Manuel Madeira Rolo Duarte, jornalista e editor português, morreu em Lisboa no dia 24 de Novembro de 2017. Nascera na mesma cidade em 16 de Maio de 1964.

Filho dos jornalistas António Rolo Duarte e Maria João Duarte, e irmão do editor fonográfico António Manuel Rolo Duarte e da designer e escritora Fátima Rolo Duarte, foi casado com Cristina de Penha Coutinho (entre 1994 e 2001), com quem teve um filho.

Estudou no Liceu Camões, onde foi aluno de Mário Dionísio e Vergílio Ferreira.

Aos 17 anos, começou a enviar textos para o suplemento juvenil do diário “Correio da Manhã”, “Correio dos Jovens”. Depressa se tornou colaborador regular do suplemento - e, logo depois, do jornal de espectáculos “Se7e” e do vespertino nortenho “Notícias da Tarde”.

No início, assinava apenas Pedro Duarte, tendo a morte do pai marcado a sua opção pelo apelido completo: Rolo Duarte.

Em 1984, a convite de Rui Pêgo e Henrique Mendes, estreia-se na Rádio Renascença com um programa diário em directo, “Sessão da Meia-Noite”. Um ano depois, transita para a Rádio Comercial, onde assina “Só Com gelo”, coordenando uma equipa que integrava João Gobern e Maria Flor Pedroso. Entretanto, inicia uma colaboração regular com o “Diário de Notícias” (que terminaria em 2006).

Em 1987, e depois de algumas colaborações pontuais em programas de Jorge Pêgo e José Nuno Martins, estreia-se na RTP, primeiro com o magazine de espectáculos semanal “Programa das Festas”, e depois com o talkshow diário “Tempos Modernos”, acumulando aqui também a co-autoria e co-apresentando com Ana do Carmo.

Destacou-se nas décadas de 1980, 1990 e 2000 pelo papel que teve na fundação e direcção de marcantes projectos de imprensa, incluindo “O Independente”, a revista “K”, a revista “Visão” e o suplemento “DNA” do “Diário de Notícias”. Em rádio, apresentou programas de sucesso como “A Cidade Branca” e “Só com Gelo”, na Rádio Comercial, e “Hotel Babilónia” (com João Gobern), na Antena 1. Manteve também presença frequente na televisão, em programas como “Canal Aberto” (RTP 1), “Falatório” (RTP 2) ou “Central Parque” (RTP 3).

Veio a falecer, vítima de cancro, em Novembro de 2017, no Hospital da Luz, em Lisboa, onde estava internado na unidade de cuidados paliativos. A morte foi atribuída a um cancro do peritoneu de que padecia após ter batalhado com um cancro do pulmão.

Foi homenageado com um voto de pesar na Assembleia da República, aprovado por unanimidade. No texto do voto destaca-se a sua «capacidade de inovação editorial e de escrita que fez escola na comunicação social portuguesa». O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou que «Pedro Rolo Duarte foi, ao longo de décadas, um nome forte, que deixou marcas». O ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, lamentou a morte de «um dos mais destacados jornalistas da sua geração».

No âmbito da sua actividade enquanto jornalista, foi ainda professor universitário convidado da Universidade Autónoma de Lisboa (2003/2005) e formador no instituto Restart (2013/2015). No domínio dos seus conhecimentos de comunicação, apoiava alguns projectos desenvolvidos pela empresa Shift Thinkers, nomeadamente o evento VoxMar (2013).

Teve quatro livros publicados: “Fumo”, edição Oficina do Livro, 2007, “Sozinho em Casa”, edição Oficina do Livro, 2002 (3 edições), “Noites em Branco”, edição Oficina do Livro, 1999 (4 edições) e “SOS – SMS”, edição Oficina do Livro, 2003, (este último em co-autoria com Ana Mesquita).

Do seu percurso fez ainda parte a direcção geral da empresa Pretexto - Imprensa Rádio e TV Produções (1987/1999), trabalhos de direcção e marketing em actividades culturais (1986/1989), direcção criativa e produção das campanhas de publicidade e marketing da revista “Visão” (1995/1997), concepção e direcção do Boletim Municipal e Agenda Cultural da Câmara Municipal de Sintra (1995), e a assessoria à presidente da Câmara Municipal de Sintra (1995).

Foi autor da letra do tema “Renascer”, de Luís Represas.  

Em Maio de 2018, a editora Manuscrito anunciou a publicação de “Não Respire”, livro de memórias e reflexão que Pedro Rolo Duarte teria concluído dias antes da sua morte.

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

23 DE NOVEMBRO - MANUEL DE FALLA

EFEMÉRIDE - Manuel de Falla y Matheu, compositor e pianista espanhol, nasceu em Cádis no dia 23 de Novembro de 1876. Morreu em Alta Gracia, Argentina, em 14 de Novembro de 1946.

Filho de um comerciante e de uma pianista, recebeu as suas primeiras aulas de sua mãe, María Jesús Matheu.

No final da década de 1890, estudou piano em Madrid, com José Trago, e composição com Felipe Pedrell.

Em 1899, por votação unânime, foi-lhe conferido o 1º prémio na competição de piano do seu conservatório e, nessa mesma época, começou a usar o “de” com seu primeiro sobrenome, fazendo “de Falla”, o nome com o qual se tornaria famoso.

Foi por influência de Pedrell que de Falla se tornou interessado na música espanhola, particularmente no flamenco andaluz (em especial o cante jonde), que se mostraria marcante em muitas das suas composições.

Entre as obras iniciais há algumas zarzuelas, mas a primeira grande composição foi a ópera em um acto “La Vida Breve” escrita em 1905, embora revista antes da sua estreia, em 1913.

De Falla tentou - em vão - impedir o assassinato do seu amigo Frederico García Lorca, em 1936. Após a vitória de Franco na Guerra Civil Espanhola, de Falla emigrou para a Argentina, onde viria a morrer.

Em 1947, os seus restos mortais foram levados para Espanha e, segundo os seus despojos, sepultado na Catedral de Cádis.

Uma das homenagens à sua memória é a Cátedra de Música Manuel de Falla na Faculdade de Filosofia e Letras na Universidade Complutense de Madrid. Outra foi feita pelo maestro Waldo de Los Ríos, baptizando a sua orquestra com o nome do compositor espanhol. A orquestra fez muito sucesso gravando músicas clássicas com novos arranjos, usando instrumentos inusuais em peças eruditas, como, por exemplo, a guitarra eléctrica.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

22 DE NOVEMBRO - JAMIE LEE CURTIS

EFEMÉRIDE - Jamie Lee Curtis, actriz, produtora, autora infantil e activista norte-americana, nasceu em Santa Mónica no dia 22 de Novembro de 1958.

Conhecida pelas suas actuações no cinema e na televisão, ela é uma das actrizes mais prolíficas dos géneros terror e slasher e é considerada uma «rainha do grito», mas também se tem destacado em outros papéis, principalmente na comédia.

Curtis recebeu vários prémios, incluindo um Oscar, um BAFTA, dois Globos de Ouro e dois Screen Actors Guild, bem como nomeações para os Emmy e Grammy. Ela recebeu uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 1998.

Curtis, inicialmente, ganhou destaque com a sua interpretação como a tenente Barbara Duran na sitcom “Operation Petticoat” (1977/1978). Ela fez a sua estreia no cinema interpretando Laurie Strode no filme de terror “Halloween” (1978), o primeiro filme da franquia Halloween, que a estabeleceu como uma rainha do grito, final girl e ícone do terror e a levou a uma série de papéis noutros filmes de terror, como “The Fog, Prom Night”, “Terror Train” (todos em 1980) e “Roadgames” (1981). Ela repetiu o papel de Laurie em cinco sequências, incluindo “Halloween II” (1981), “Halloween H20: 20 Years Later” (1998), “Halloween: Resurrection” (2002), “Halloween” (2018), “Halloween Kills” (2021) e “Halloween Ends” (2022).

O trabalho de Curtis abrange vários géneros, incluindo as comédias cultTrading Places” (1983), pela qual recebeu o BAFTA de Melhor Actriz coadjuvante, e “A Fish Called Wanda” (1988), pelo qual ganhou uma nomeação para o BAFTA de Melhor Actriz.

O seu papel no filme “Perfect” (1985) rendeu-lhe a reputação de símbolo sexual. Ela ganhou um Globo de Ouro, um American Comedy Award e um Prémio Saturno pela sua interpretação como Helen Tasker no filme de comédia “True Lies” (1994).

Os seus outros papéis notáveis ​​no cinema incluem: “Blue Steel” (1990), “My Girl” (1991), “Forever Young” (1992), “The Tailor of Panama” (2001), “Freaky Friday” (2003), “Beverly Hills Chihuahua” (2008), “You Again” (2010), “Veronica Mars” (2014) e “Knives Out” (2019).

Em 2023, recebeu elogios da crítica pela sua actuação em “Everything Everywhere All At Once”, que lhe rendeu a primeira nomeação para os Oscars - e a vitória - da sua carreira, na categoria de Melhor Actriz coadjuvante.

Curtis recebeu um Globo de Ouro e um People’s Choice Awards pela sua interpretação como Hannah Miller na sitcom da ABC, “Anything But Love” (1989/1992).

Ganhou uma nomeação para o Prémio Emmy do Primetime pela sua actuação no telefilme “Nicholas’ Gift” (1998). Ela também actuou como Cathy Munsch, na série de humor ácido da Fox, “Scream Queens” (2015/2016), pela qual ganhou a sua sétima nomeação para o Globo de Ouro.

Curtis é filha de Janet Leigh e Tony Curtis. Ela é casada com Christopher Guest, com quem tem dois filhos adoptivos.

Ela escreveu inúmeros livros infantis, tais como “Today I Feel Silly” e “Other Moods That Make My Day” lançado em 1989, fazendo parte da lista de best-seller do “The New York Times”. Ela também é blogueira frequente do HuffPost.

Através do marido, que se tornou o quinto Barão Haden-Guest, ela seria a Lady Haden-Guest, mas rejeita o título dizendo que «não combina comigo».

Foi membro do júri do Festival de Cannes em 1992.

Após uma cirurgia plástica, teve problemas com o alcoolismo superados em 1999. É directora do National Center on Addiction & Substance Abuse.

terça-feira, 21 de novembro de 2023

21 DE NOVEMBRO - JACQUES LAFFITE

EFEMÉRIDE - Jacques-Henri Marie Sabin Laffite, automobilista francês, que disputou a Fórmula 1 de 1974 até 1986, nasceu em Paris no dia 21 de Novembro de 1943.

Laffite estreou-se na Fórmula 1 em 1974 pela Iso Marlboro, equipa dirigida por Frank Williams. No ano seguinte, competiu para a mesma equipa, chamada agora Williams, ficando em 2º lugar no Grande Prémio da Alemanha, disputado em Nürburgring.

Em 1976, mudou para a equipa francesa Ligier, conseguindo 20 pontos e um pódio no Grande Prémio da Itália. A sua primeira vitória foi no Grande Prémio da Suécia de 1977.

A temporada de 1979 abriu com duas vitórias de Laffite nos primeiros dois GPs, na Argentina e no Brasil, colocando o piloto francês pela primeira vez na liderança do campeonato; porém, com o abandono em Long Beach, perderia para o canadiano Gilles Villeneuve da Ferrari.

O piloto do carro azul número 26 recuperaria novamente a ponta com o 2º lugar na Bélgica; porém foi só isto e, nas etapas seguintes, não conseguiu alcançá-la.

Por falta de recursos financeiros, não foi suficiente para a pequena equipa francesa enfrentar as mais bem estruturadas: Ferrari, Williams, Brabham e Renault. Laffite conseguiu como melhor colocação ao fim do campeonato a 4ª posição nos campeonatos de 1979, 1980 e 1981.

Em 1981, com os motores Matra V12, ele chegou à última corrida em Las Vegas disputando o título com o argentino Carlos Reutemann, da Williams, e com Nelson Piquet, da Brabham. Uma troca de pneus acabou tirando as suas chances e o título foi para o brasileiro.

Pelo 7º ano seguido, continuou na equipa azul, mas o melhor que consegue foi o 3º lugar no GP da Áustria e apenas 5 pontos no total, terminando em 18º na geral. No final da época, decide sair da equipa, indo para a Williams do seu amigo Frank.

Disputou as temporadas de 1983 e 1984 pela equipe Williams, mas não obteve sucesso. Em 1983, a equipa tinha apenas o antigo motor Ford Cosworth aspirado, para enfrentar os possantes motores turbo, apenas na última etapa é que a equipa consegue o desejado Honda Turbo. No retorno à equipa, fez 11 pontos e o 11º lugar na classificação.

No ano seguinte, os novos motores japoneses revelaram-se muito frágeis para resistir às corridas. Além disso, o primeiro piloto, o finlandês Keke Rosberg, recebia tratamento preferencial na equipa. Com tudo isso, marcou 5 pontos e o 14º na final.

Voltou à equipa Ligier em 1985 e com os potente motores Renault Turbo e obteve três pódios, sendo dois 3ºs nos GPs: Grã-Bretanha e Alemanha e o 2º lugar na Austrália e o 9º na classificação final com 16 pontos.

Mais dois pódios em 1986: Brasil e Estados Unidos. Naquele ano, ele vinha a fazer uma temporada muito boa, mas sofreu um acidente na largada do Grande Prémio da Grã-Bretanha e fracturou os dois pés, obrigando-o a parar de correr na Fórmula 1 encerrando com 14 pontos e o 8º lugar na classificação geral (naquela corrida, Laffite igualaria a marca de 176 Grande Prémios do inglês Graham Hill).

Recuperou dos ferimentos e competiu mais tarde em carros de turismo. É agora um comentador de televisão para o canal francês TF1.

Laffite competiu em 176 GPs, tendo 6 vitórias, 32 pódios, 7 pool positions, 6 voltas mais rápidas e 228 pontos totais.

As vitórias firam conseguidas foram: 1977 - Suécia; 1979 - Argentina e Brasil; 1980 - Alemanha; e 1981 – Áustria e Canadá.

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

20 DE NOVEMBRO - JOSÉ CUTILEIRO

EFEMÉRIDE - José Pires Cutileiro, diplomata, antropólogo e escritor (cronista) português, nasceu em Évora no dia 20 de Novembro de 1934. Morreu em Bruxelas, em 17 de Maio de 2020.

De família burguesa, de raízes alentejanas, a sua mãe, de nome Amália Pires, dona de casa, era de Pavia, no Alto-Alentejo, e foi viver para Évora, onde se casou com José Cutileiro, um médico da Organização Mundial da Saúde aí sediado. Dos três filhos do casal, o seu irmão, o escultor João Cutileiro era o do meio.

Em Lisboa, a família Cutileiro vivia na Av. Elias Garcia, numa casa afamada por ser frequentada pela chamada intelligentsia, um grupo de personalidades da época. A família do pai era republicana e oposicionista ao regime do Estado Novo; a família da mãe era católica conservadora, além de apoiante do regime de Salazar.

Quando tinha três anos, a família deixou a cidade de Évora e passou a viver em Lisboa. Mais tarde, o pai, sofrendo constrangimentos na direcção do Centro de Saúde de Lisboa por motivos políticos - antes, fora afastado de um concurso para professor na Faculdade de Medicina de Lisboa, por interferência da PIDE - pôs a sua profissão ao serviço da Organização Mundial da Saúde. Foi assim que, por força da actividade profissional do pai, Cutileiro passou parte da sua adolescência em países tão distintos como a Suíça, a Índia e o Paquistão.

De novo em Lisboa, terminou os estudos secundários no Colégio Valsassina, passando em seguida pelos cursos de Arquitectura e de Medicina, na Escola Superior de Belas-Artes e na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, respectivamente. Esse é também o tempo das tertúlias no Almanaque, com José Cardoso Pires e Luís de Sttau Monteiro.

Abandonando os estudos em Portugal, decidiu viajar para o Reino Unido, onde viria a licenciar-se em Antropologia Social, na Universidade de Oxford. Subsequentemente, no ano de 1968, completou o doutoramento na mesma disciplina com a tese “A Portuguese Rural Society”, descrição antropológica de Monsaraz, uma freguesia rural alentejana, referida na obra apenas como Vila Velha.

Ingressou depois no St. Antony’s College, como fellow (1968/1971), passando, em seguida, para a London School of Economics and Political Science, como lecturer (1971/1974).

Com a Revolução de 25 de Abril de 1974, foi nomeado conselheiro cultural da Embaixada de Portugal em Londres, cargo que desempenhou de 1974 até 1977.

Torna-se, em seguida, embaixador e representante de Portugal junto do Conselho da Europa, cargo que desempenhou até 1980. Passou ainda pela Embaixada de Portugal no Maputo. Em 16 de Agosto de 1983, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. A 14 de Janeiro de 1984, foi nomeado representante permanente de Portugal junto da Conferência de Desarmamento na Europa, realizada em Estocolmo.

Em 1987, era primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva, foi chamado a Lisboa para assumir o cargo de director-geral dos Negócios Político-Económicos. Nessa altura, negociou a adesão de Portugal à União da Europa Ocidental e chefiou a delegação que negociou com os Estados Unidos os termos da utilização da Base das Lajes, nos Açores, em 1988 e 1989. Foi depois nomeado embaixador de Portugal em Pretória em 1989, passando depois a exercer a função de conselheiro especial do Ministério dos Negócios Estrangeiros para a Presidência Portuguesa da Comunidade Europeia. Nessa qualidade, coordenou a Conferência de Paz para a Jugoslávia, de Janeiro a Agosto de 1992, presidida por Lord Carrington.

Em 7 de Maio de 1990, foi feito comendador da Ordem Nacional da Legião de Honra de França e a 15 de Novembro de 1990 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Fénix da Grécia.

Presidiu o Instituto Diplomático, desde Março de 1994, quando assumiu a secretaria geral da União da Europa Ocidental (UEO), em 16 de Novembro de 1994, após uma eleição em que contou com o apoio explícito da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte e da Holanda. A escolha recaiu sobre um diplomata de carreira atlantista numa altura em que a UEO ganhou nova vida após a ratificação do Tratado de Maastricht, enquanto pilar da defesa comum. Em 3 de Fevereiro de 1995, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo. Em Maio de 1997, foi reconduzido na secretaria geral da UEO.

Além da diplomacia, era sobejamente conhecido pela sua actividade como cronista na imprensa escrita. Foi o autor das crónicas ficcionadas, escritas sob o alter-ego de Alfred Barnaby Kotter, um aristocrata inglês elitista residente em Colares, Sintra, filho de uma mãe pró-fascista, e as suas experiências e opiniões sobre o Portugal pós-25 de Abril (supostamente traduzidas pelo seu «criado» português), que a princípio foram percepcionadas como crónicas reais. Aquelas crónicas que surgiram no jornal “O Independente” (entre 1993 e 1998) foram, em 2004, recolhidas em livro em “Bilhetes de Colares” de A. B. Kotter (1982/1998), publicado pelo jornal na sua colecção “Horas Extraordinárias - Série Inéditos da Impressa”,  sendo a partir de então considerado por vezes um brilhante romance (pelo texto longo, embora episódico, e o seu carácter ficcionado) e noutras um brilhante livro de crónicas (mesmo se ficcionadas). Todas as crónicas, publicadas desde 1982 até 1998, foram editadas pela editora Assírio & Alvim, em 2007.

Sendo um relativo sucesso de popularidade, textos deste livro surgem por vezes em blogues portugueses. “Bilhetes de Colares” de A. B. Kotter recebeu em 2009 o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores.

Fora da ficção, era reconhecido enquanto escritor de crónicas no jornal “Expresso” e em blogues.

O seu nome encontra-se na lista de colaboradores da publicação académica “Quadrante” (1958/1962) publicada pela Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.

Em 4 de Dezembro de 2008, recebeu o Grande Prémio da Crónica 2008, da Associação Portuguesa de Escritores e da Câmara Municipal de Sintra, distinguindo as obras em português de autores portugueses publicadas em primeira edição no biénio anterior à entrega do prémio, pela antologia “Bilhetes de Colares” de A. B. Kotter (1982/1998).

José Cutileiro faleceu em 2020, em Bruxelas, na Bélgica, onde se encontrava hospitalizado.

domingo, 19 de novembro de 2023

19 DE NOVEMBRO - LARRY KING

EFEMÉRIDELarry King, de seu nome verdadeiro Lawrence Harvey Zeiger, radialista e apresentador de televisão norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 19 de Novembro de 1933. Morreu em Los Angeles, em 23 de Janeiro de 2021.

Desde 1985, apresentou o programa “Larry King Live” na emissora CNN. Uma das características mais marcantes de King era o seu gosto por suspensórios.

Em Julho de 2009, apareceu no “The Tonight Show com Conan O’Brien”, onde disse que desejava ser preservado clinicamente após a sua morte, como já tinha revelado no seu livro “My Remarkable Journey”.

No dia 29 de Junho de 2010, Larry King anunciou que iria encerrar o seu programa (“Larry King Live”) na CNN, após 25 anos, mas garantiu de antemão que não iria aposentar-se.

Em 16 de Dezembro de 2010, foi para o ar a última edição do programa “Larry King Live”, que contou com a participação de várias personalidades que gravaram ou apresentaram ao vivo declarações de felicitações e despedida para Larry King.

No dia 13 de Junho de 2013, quase três anos após o fim do lendário programa na CNN, King surpreendeu ao estrear o programa “Politicking with Larry King” no canal financiado pelo Kremlin, RT, frequentemente descrito como uma «ferramenta de propaganda» do governo russo.

King abordou tais alegações dizendo: «Eu não trabalho para a RT. É um acordo feito entre as empresas. Elas apenas licenciam os nossos programas». Ele também acrescentou que «até onde sabia» a rede nunca alterou qualquer entrevista que ele tenha feito. «Se eles tirassem alguma coisa, eu jamais faria isso. Seria ruim se eles tentassem editar as coisas. Eu não aguentaria isso».

Faleceu em 2021, aos 87 anos, no Cedars-Sinai Hospital, em Los Angeles. Shawn, s sua esposa, contou ao programa “Entertainment Tonight” que ele tinha recuperado da COVID-19, mas morreu de sepse como complicação.

sábado, 18 de novembro de 2023

18 DE NOVEMBRO - ALAIN BARRIÈRE

EFEMERIDE Alain Barrière, de seu verdadeiro nome Alain Bellec, cantor, autor e compositor francês, nasceu em Trinité-sur-Mer no dia 18 de Novembro de 1935.

Estudou na École Nationale Supérieure d’Arts et Métiers em Angers. Ainda estudante, comprou uma guitarra e começou a escrever as primeiras canções. Formou-se em Engenharia em 1960. Partiu para Paris à procura de emprego e começou a cantar à noite em pequenos clubes nos arredores da cidade. Concorreu ao festival Coq d’or em 1961, com uma canção composta por si, “Cathy”, conquistando o 1º prémio e conseguindo um contrato com uma editora discográfica. Começou a lançar singles com regularidade.

Em 1962, apresentou-se no Olympia num programa de Colette Renard, onde interpretou cinco canções. Em 1963, a canção “Elle était si jolie” foi escolhida como representante da França no Festival Eurovisão da Canção que se realizou em Londres. Terminou a competição em 5º lugar, entre 16 participantes. A canção tornou-se no maior sucesso da sua carreira. Em Setembro, actuou novamente no Olympia num espectáculo de Paul Anka, interpretando dez canções. Continuou a apresentar-se regularmente nesta emblemática sala de espectáculos parisiense.

Em 1964, lançou o seu primeiro álbum, “Ma vie”, que obteve igualmente enorme sucesso. Em 1965, foi-lhe proposto um papel num heist thriller, “Pas de panique”, juntamente com Pierre Brasseur. Esta seria, no entanto, a sua única aventura no campo da representação. O auge da sua carreira, no final da década de 1960, fez dele uma das principais estrelas da música francesa daquele tempo.

Barrière ganhou a reputação de ter um temperamento difícil. Nos inícios da década de 1970, deixou a editora Barclay para criar ele próprio a Albatros. Conseguiu conquistar uma importante base de fãs, com os quais assegurava que as vendas e concertos continuassem a proporcionar-lhe uma vida desafogada, apesar de ser quase ignorado pela televisão e pela rádio. “Tu t’en vas”, que gravou em dueto com a cantora Noëlle Cordier em 1974, foi o terceiro single mais vendido em França.

Casou-se em 1975 e, juntamente com a esposa, abriu um clube nocturno num antigo castelo da Bretanha. Se bem que tivessem sucesso, surgiram problemas com o pagamento de impostos. Em 1977, ele e a família partiram para os Estados Unidos da América onde permaneceram durante quatro anos.

De regresso a França, fez várias tentativas para regressar à vida musical. Depois de outro período no estrangeiro, desta feita no Canadá, a família voltou à Bretanha. A sua carreira foi renovada com o lançamento, em 1997, de um CD com versões remasterizadas dos seus velhos êxitos. Pouco tempo depois, lançou um álbum com novas canções (“Barrière 97”) que também teve êxito. Em 1998, deu um espectáculo na Salle Pleyel em Paris.

Em 2005, relançou de novo a sua actividade e, no ano seguinte, publicou a autobiografia “Ma vie”. Voltou ao Canadá para dar vários espectáculos e recebeu um Disco de Ouro. Em 2007 fez uma grande tournée por França e publicou um novo disco.

Em Novembro de 2010, foi lançado “The Best of Alain Barrière”, um álbum com 53 composições. Em Julho de 2011 foi convidado para um espectáculo integrado na partida de uma etapa da Volta a França.

Em 5 de Setembro de 2011, anunciou que se via obrigado a finalizar a sua carreira, tendo mesmo de renunciar ao espectáculo de despedida previsto para cinco dias depois, no Palácio dos Congressos da sua terra natal. Tinha sido vítima de dois AVC e não conseguia manter-se muito tempo de pé.

sexta-feira, 17 de novembro de 2023

17 DE NOVEMBRO - NUNO GOMES NABIAM

EFEMÉRIDE - Nuno Gomes Nabiam, engenheiro e político da Guiné-Bissau, líder do partido guineense Assembleia do povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), nasceu em Bissau no dia 17 de Novembro de 1966. Foi primeiro-ministro da Guiné-Bissau, exercendo o cargo de 28 de Fevereiro de 2020 a 7 de Agosto de 2023.

De 1973 a 1978, foi membro da Organização dos Pioneiros Abel Djassi, inspirada no pensamento político de Amílcar Cabral. Em 1978, passou a ser militante da Juventude Africana Amílcar Cabral (JAAC) para dois anos depois, em 1980, formalizar a sua militância no PAIGC.

Concluiu o ensino no Liceu Nacional Kwame Nkrumah e, em 1986, foi contemplado com uma bolsa de estudos no domínio de Aviação Civil para a então União Soviética. Concluiu a licenciatura no Instituto Superior de Engenharia de Aviação Civil, em Kiev, hoje capital da Ucrânia. Em 1994, viajou para os Estados Unidos da América, onde obteve o mestrado em Gestão empresarial.

Exerceu, até 2014, o cargo de presidente da Agência de Aviação Civil. Tem ainda um mestrado em Gestão de empresas.

Em Abril de 2014, entrou na cena política, concorrendo às eleições presidenciais com o apoio e orientação de Kumba Yalá, fundador da segunda maior força política do país, o Partido de Renovação Social (PRS). Passou à segunda volta, disputando a eleição com José Mário Vaz, que viria a ser eleito presidente do país.

Em Novembro do mesmo ano, após a derrota nas presidenciais, apresentou em Gabu o seu partido, Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), sendo então a 38ª força política existente na Guiné-Bissau.

Em Maio de 2019, durante um comício no Largo dos Mártires do Pindjiquite, em Bissau, Nuno Nabian afirmou que Domingos Simões Pereira seria nomeado primeiro-ministro pelo então presidente, José Mário Vaz, «custe o que custar», na qualidade de líder do partido vencedor das eleições legislativas no país, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), afirmando ao presidente guineense que caso isto não acontecesse, iria iniciar uma nova revolução no país.

Em Setembro desse mesmo ano, foi candidato às eleições presidenciais, sendo apoiado pelo APU-PDGB e pelo PRS.

Até 28 de Fevereiro de 2020, exerceu o cargo de primeiro vice-presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, vindo nessa qualidade a indigitar simbolicamente Umaro Sissoco Embaló, tido como vencedor das eleições presidenciais de 2019 pela Comissão Nacional de Eleições, como presidente da Guiné-Bissau. No mesmo dia, foi nomeado por Sissoco Embaló como chefe do governo e primeiro-ministro do país, em substituição de Aristides Gomes.

Nabiam tomou posse em 29 de Fevereiro, em cerimónia oficial que teve lugar no Palácio da República, na presença de várias chefias militares, do Procurador Geral da República, do presidente do Tribunal de Contas e dos Embaixadores do Senegal e da Gâmbia, além de Sissoco Embaló.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

16 DE NOVEMBRO - LUÍS FILIPE ROCHA

EFEMÉRIDE - Luís Filipe Rocha, cineasta português, na linha do Novo Cinema, que explora as técnicas do cinema directo, nasceu em Lisboa no dia 16 de Novembro de 1947.

Aluno do Colégio Militar entre 1958 e 1964, é licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (1971). Por volta de 1963, integra o Cénico de Direito e aí trabalha como actor, assistente de direcção, dramaturgo, tradutor e produtor.

Exila-se no Brasil em 1973, trabalhando no teatro com Izaías Almada.

Luís Filipe Rocha iniciou em 1974 a sua actividade cinematográfica, como assistente de realização e documentarista, sendo “Barronhos - Quem Teve Medo do Poder Popular?” (1976) o seu primeiro filme.

Em 2003, “A Passagem da Noite”, protagonizado por Leonor Seixas, conquistou o Prémio de Melhor Filme e Argumento no Festival de Olympia (Pírgos, Grécia).

Em 2007, o filme “A Outra Margem” (2007) recebeu o Prémio Arco-Íris (2007) da Associação ILGA Portugal.

Por “Até Amanhã Camaradas”, Luís Filipe Rocha recebeu o Prémio Autores (2014) de Melhor Argumento, na área de Cinema, da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

Em 2017, o filme “Cinzento e Negro” foi nomeado na categoria de Melhor Filme na 22ª edição dos Globos de Ouro, estando também nomeados pelo mesmo filme, para Melhor Actriz Principal (Joana Bárcia e Mónica Calle) e para Melhor Actor Principal (Miguel Borges e Filipe Duarte).

Ainda em 2017, “Cinzento e Negro” venceu em três categorias nos Prémios Sophia (2017) da Academia Portuguesa de Cinema: Melhor Actor Principal (Miguel Borges), Melhor Banda Sonora Original (Mário Laginha) e Melhor Argumento Original (Luís Filipe Rocha). Ao todo reuniu 14 nomeações incluindo ainda para Melhor Filme, Melhor Actriz Principal (Joana Bárcia), Melhor Actor Principal (Miguel Borges e Filipe Duarte), Melhor Fotografia (André Szankowski), Melhor Actriz Secundária (Camila Amado), Melhor Direcção Artística (Isabel Branco), Melhor Som (Carlos Alberto Lopes e Elsa Ferreira), Melhor Guarda Roupa (Isabel Branco), Melhor Maquilhagem e Cabelos (Sandra Pinto), Melhor Montagem (António Pérez Reina) e Melhor Realizador (Luís Filipe Rocha).

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

15 DE NOVEMBRO - ARLINDO GOMES FURTADO

EFEMÉRIDE - Arlindo Gomes Furtado, primeiro cardeal católico cabo-verdiano, actual bispo de Santiago de Cabo Verde, nasceu em Figueira da Naus, Santa Catarina, no dia 15 de Novembro de 1949.

Quarto filho de Ernesto Robalo Gomes e de sua mulher Maria Furtado, foi baptizado na freguesia de Santa Catarina, em Agosto de 1951.

Realizou os estudos primários em Achada Lem, Santa Catarina. Entrou para o Seminário Menor São José, em 1 de Outubro de 1963, onde fez os estudos do ensino médio. Em 11 de Setembro de 1971, partiu para Coimbra, Portugal, a fim de continuar os seus estudos no Seminário Maior daquela cidade. Depois de concluir os cursos de Teologia no Instituto de Estudos Teológicos, voltou a Cabo Verde, em 1976.

Foi ordenado diácono pelo bispo Paulino do Livramento Évora, bispo de Santiago de Cabo Verde, em 9 de Maio de 1976, no Seminário de São José. Ele, como diácono, trabalhou na paróquia de Nossa Senhora da Graça, em Praia; em Agosto de 1986, estudou no Pontifício Instituto Bíblico, de Roma, onde obteve a licenciatura em Sagrada Escritura. Voltou a Cabo Verde em 1990.

Ordenado padre em 18 de Julho de 1976, na freguesia de Santa Catarina pelo bispo Paulino do Livramento Évora. Nomeado vigário paroquial de Nossa Senhora da Graça. De 1978 a 1986, foi reitor do Seminário Menor São José.

Voltou a Roma, entre 1986 e 1990.

Regressado a Cabo Verde em 1990, residiu no Seminário São José. Durante um ano, ajudou as áreas de Lém-Cachoro e Achada São Filipe. Naquele mesmo ano, ensinou inglês no Liceu Domingos Ramos. De 1991 a 1995, ensinou grego bíblico, hebraico, história e geografia dos povos bíblicos e foi titular da cadeira de Antigo Testamento no Instituto de Estudos Teológicos de Coimbra, Portugal. Durante a sua estada naquela diocese, era administrador paroquial de duas comunidades, Ameal e Vila Pouca (na altura, Freguesia do Ameal, na qual estava ainda inserida a Quinta das Cunhas). Colaborou na equipe de tradutores da “Nova Bíblia dos Capuchinhos”, traduzindo os livros de Provérbios, Eclesiastes, Ben Sirah, e escreveu as suas apresentações.

Em 1995, voltou a Cabo Verde para a paróquia de Nossa Senhora da Graça. Foi membro do Conselho Nacional de Educação e professor da Escola de Formação da Polícia. Até 2004, foi vigário-geral da diocese de Cabo Verde.

Eleito primeiro bispo do Mindelo em 14 de Novembro de 2003, Arlindo foi consagrado em 22 de Fevereiro de 2004, por Paulino do Livramento Évora, bispo de Santiago de Cabo Verde, assistido por Albino Mamede Cleto, bispo de Coimbra, e por José Câmnate, bispo de Bissau. O seu lema episcopal é «Jesus, o Bom Pastor». Transferido para a Sé de Santiago de Cabo Verde em 22 de Julho de 2009, tomou posse da Sé em 15 de Agosto desse ano.

Em 4 de Janeiro de 2015, o Papa Francisco anunciou a sua elevação a cardeal, a ter lugar no Consistório Ordinário Público de 2015. É o primeiro cardeal de Cabo Verde na história.

Em 14 de Fevereiro de 2015, na Basílica de São Pedro, em Roma, teve lugar o rito de imposição do barrete e da entrega do anel e da bula de criação cardinalícios a Arlindo Gomes Furtado pelo Papa Francisco, tendo sido investido com o título de São Timóteo.

terça-feira, 14 de novembro de 2023

ALAIN BARRIÈRE - "Elle était si jolie"

14 DE NOVEMBRO - HUSSEIN DA JORDÂNIA

EFEMÉRIDE - Hussein, rei da Jordânia de 1952 até à sua morte, nasceu em Amã no dia 14 de Novembro de 1935. Morreu na mesma cidade em 7 de Fevereiro de 1999. Era filho do rei Talal e de sua esposa Zein al-Sharaf, tendo ascendido ao trono após a abdicação de seu pai.

Hussein pertence à dinastia dos haxemitas, cujos membros se consideram descendentes de Maomé.

Fez os seus estudos em Amã, no Victoria College de Alexandria e na Harrow School em Inglaterra. Neste país, frequentou também a Royal Military Academy Sandhurst.

Em 1952, Hussein sucedeu ao pai que, devido aos seus problemas de esquizofrenia, foi declarado inapto para governar, pelo parlamento da Jordânia. Hussein foi coroado no ano seguinte, quando tinha apenas dezoito anos de idade.

Em 1957, teve que fazer frente a um golpe de estado, por causa do qual decretou a lei marcial e dissolveu todos os partidos políticos. No ano seguinte, sobreviveu a uma tentativa de assassinato ordenada pela Síria e, em 1959, a uma nova tentativa de golpe de estado.

Hussein manteve uma política próxima dos estados ocidentais, em particular dos Estados Unidos e do Reino Unido. Procedeu a uma modernização do país e das forças armadas, tendo neste último caso recebido uma ajuda especial dos Estados Unidos.

Em 1967, na sequência da Guerra dos Seis Dias, a Jordânia perdeu a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém para Israel. Outra consequência da guerra seria a chegada de mais refugiados palestinianos à Jordânia, o que teria consequências políticas internas.

Por volta de 1970, os vários grupos que integravam a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tinham praticamente criado na Jordânia um estado dentro do estado, controlando áreas próximas da fronteira a partir das quais realizavam ataques contra Israel. Em Setembro de 1970, Hussein enviou exército contra os palestinianos, que executaria milhares destes, naquilo que ficou conhecido como o Setembro Negro. A subjugação dos palestinianos na Jordânia ficou concluída em meados de 1971; os guerrilheiros da OLP bem como vários refugiados palestinianos fugiram para o Líbano.

A partir de 1979, Hussein iniciou o processo de reconciliação com Yasser Arafat, líder da OLP. Em 1987, abdicou das reivindicações territoriais jordanas sobre a Cisjordânia; desde então a tarefa de representação política dos palestinianos passaria a recair inteiramente sobre a OLP.

As primeiras eleições democráticas na Jordânia desde a década de 1950 foram autorizadas pelo rei em 1989. As mulheres da Jordânia, às quais o rei tinha concedido o direito de voto em 1974, tiveram nestas eleições a sua primeira participação. O resultado seria a conquista de cerca de 40% dos votos por parte de partidos políticos ligados ao fundamentalismo islâmico hostis ao rei. Em 1993, Hussein dissolveu o parlamento e convocou novas eleições, tendo desta feita saído como vencedoras as forças moderadas.

Em 1994, Hussein assinou com Yitzhak Rabin um tratado de paz com Israel numa aldeia fronteiriça entre os dois países. Contudo, o tratado não foi bem recebido por uma porção significativa da população.

Em 1998, adoeceu com cancro; o rei já tinha sido tratado nos Estados Unidos com sucesso a esta doença em 1992, mas desta feita acabaria por não sobreviver. Antes de falecer, Hussein alterou a ordem sucessória, retirando o seu irmão Hassan como seu sucessor (este estava nomeado como sucessor desde 1965) para colocar na posição o seu filho mais velho Abdullah.

Hussein foi casado com quatro mulheres ao longo da sua vida. O seu primeiro casamento ocorreu em 1955 com a princesa Dina, com a qual teve uma filha, Alia; o casamento foi dissolvido no ano seguinte.

Em 1961, casou com uma inglesa, Antoinette Gardiner, que mudou o seu nome para Muna e com a qual teve o príncipe Abdullah II da Jordânia (actual rei), bem como Faisal, Aisha e Zein. Em 1972, divorciou-se de Muna e casou com Alia Baha Eddian, falecida num acidente de helicóptero em 1977. Com Alia teve dois filhos, a princesa Haya e o príncipe Ali.

O seu quarto casamento foi em 1978 com Lisa Najeeb Halaby, norte-americana de ascendência síria, inglesa e sueca. Ela alterou o seu nome para Noor, após a conversão ao islão. Desta união resultaram dois filhos, Hamzah e Hashem, e duas filhas, Iman e Raiyah.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

13 DE NOVEMBRO - VITIRINO GUIMARÃES

FEMÉRIDE - Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães, militar, economista e político português, nasceu em   Penafiel no dia 13 de Novembro de 1876. Morreu em Lisboa, em 18 de Outubro de 1957.

Entre outras funções, foi deputado e várias vezes ministro das Finanças, tendo em 1925 sido presidente do Ministério (primeiro-ministro) de um dos governos da Primeira República Portuguesa.

Concluiu o curso liceal no Liceu Nacional de Viana do Castelo, prosseguindo os seus estudos no Instituto Comercial e Industrial do Porto, transferindo-se depois para a instituição congénere de Lisboa.

Terminado o curso de comércio, em 1901 ingressou na Escola do Exército, graduando-se como oficial de administração militar, iniciando uma carreira que aliou um percurso na área da administração militar com a docência nas áreas da administração e das finanças, tendo leccionado na Escola do Exército, no Instituto dos Pupilos do Exército, no Instituto Superior de Comércio e na entidade que lhe sucedeu, o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.

Ingressou cedo na vida política, iniciando-se como apoiante de João Franco, mas logo em 1908 surgiu como um dos líderes republicanos da revolta de 28 de Janeiro de 1908 contra a monarquia e o governo de João Franco.

Integrou o comité militar criado para a proclamação da República e após a sua implantação, em 1911 foi eleito deputado ao Congresso Constituinte, pelo círculo eleitoral de Bragança.

Republicano convicto, foi membro da “Jovem Turquia”, a associação paramilitar liderada por Álvaro de Castro, e do Partido Democrático, mas ainda assim sempre se assumiu como centrista, posicionando-se politicamente entre a ala dos “bonzos” e dos “canhotos”.

Estreou-se na acção governativa como ministro das Finanças do governo de José de Castro, entre 19 de Junho e 29 de Novembro de 1915. Entre 16 e 22 de Dezembro de 1915 acumulou, interinamente, a pasta do Comércio.

Deflagrada a Primeira Guerra Mundial, foi nomeado chefe dos serviços administrativos da 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português. Terminada a Guerra, em 1919 participou em várias comissões de contabilidade e de reforma do Banco Nacional Ultramarino, sendo nesse mesmo ano eleito deputado pelo círculo eleitoral de Moncorvo. Em 15 de Fevereiro de 1919, foi feito cavaleiro da Ordem Militar de Avis e, em 28 de Fevereiro do mesmo ano, foi feito oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico. Foi delegado do Governo português à Comissão de Reparações de Guerra (1919/1920), sendo feito grande-oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo em 28 de Maio de 1919, e embaixador de Portugal junto da Conferência Financeira de Bruxelas (1920).

Voltou a ser chamado ao cargo de ministro das Finanças do governo presidido por Francisco da Cunha Leal, tendo exercido o cargo de 16 de Dezembro de 1921 a 6 de Fevereiro de 1922, sendo simultaneamente delegado de Portugal à Conferência Económica da Guerra (1922).

Foi novamente empossado como ministro das Finanças do governo de António Maria da Silva, exercendo o cargo de 14 de Setembro a 30 de Novembro de 1922. Em 5 de Outubro de 1922, foi elevado a comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis. Foi então autor da importante reforma tributária de 1923.

Foi nomeado presidente do Ministério, tendo exercido o cargo de 15 de Fevereiro a 1 de Julho de 1925. Durante este período acumulou, interinamente, a pasta de ministro das Finanças.

A partir do golpe de 28 de Maio de 1926, foi afastado da política activa, terminando a sua carreira de oficial do Exército em 1936, no posto de coronel de administração militar.

A sua obra publicada mais conhecida intitula-se “Contabilidade Pública. Sua Origem e Evolução em Portugal”, tendo saído a público na “Revista da Contabilidade Pública”, entre 1941 e 1943. Em 9 de Junho de 1941, foi elevado a grande-oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis.

Vitorino Guimarães faleceu em 1957. Foi pai de Elina Guimarães, activista dos direitos das mulheres; e sogro de Adelino da Palma Carlos, advogado e primeiro-ministro em 1974.

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