quarta-feira, 31 de março de 2021

31 DE MARÇO - AL GORE

EFEMÉRIDE - Albert “Al” Arnold Gore, Jr., jornalista, ambientalista e político norte-americano, nasceu em Washington no dia 31 de Março de 1948. Foi vice-presidente dos Estados Unidos durante a administração de Bill Clinton, entre os anos 1993 e 2001.

Em 2000, concorreu à presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata e perdeu, numa eleição marcada pela contagem polémica dos votos na Flórida, para George W. Bush, apesar de ter tido mais votos populares, já que Bush obteve mais delegados no colégio eleitoral.

Em 2006, lançou “An Inconvenient Truth” (“Uma Verdade Inconveniente”), documentário sobre mudanças climáticas, mais especificamente sobre o aquecimento global, o qual se sagrou vencedor do Oscar de Melhor Documentário em 2007.

Al Gore é um activista ambiental, tendo escrito três livros, “A Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano” (Augustus, 1993, 452 páginas), “Uma verdade inconveniente” (Manole, 2006, 328 páginas) e “O Ataque à Razão” (best-seller do “New York Times”, 2007, 327 páginas).

Em Fevereiro de 2007, Al Gore e o presidente da empresa Virgin, Richard Branson, lançaram uma competição que dará 25 milhões de dólares, para o cientista que apresentar a melhor proposta para ‘limpar o ar’ do planeta, ou seja, diminuir as quantidades de dióxido de carbono na atmosfera.

Al Gore recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2007, junto com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU, «pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações».

Recebeu ainda o Prémio Princesa das Astúrias de 2007, galardão concedido pela Fundación Princesa de Astúrias, na cidade de Oviedo (Espanha).

Al Gore, actualmente, vive em Nashville, no Tennessee.

terça-feira, 30 de março de 2021

MARCEL AMONT - "Le Mexicain"

30 DE MARÇO -YELENA KONDAKOVA

EFEMÉRIDE - Yelena Vladimirovna Kondakova, terceira cosmonauta russa e a primeira mulher a participar numa missão espacial de longa duração, nasceu em Mytishchi no dia 30 de Março de 1957.

Formada em Engenharia de Voo em Moscovo, em 1980, foi seleccionada como cosmonauta em 1989, após um programa de treinos no Centro de Treinos Cosmonautas Yuri Gagarin, na Cidade das Estrelas.

Kondakova participou na missão Soyuz TM-20 à estação Mir, lançada do Cosmódromo de Baikonur em 4 de Outubro de 1994, permanecendo na estação orbital até 22 de Março de 1995, numa estadia de mais de cinco meses no espaço.

Em Maio de 1997, fez o seu segundo voo espacial, desta vez no programa conjunto ónibus espacial-Mir, da NASA e da AER, a bordo da nave Atlantis, missão STS-84, como especialista de missão, passando mais dez dias no espaço.

Yelena é casada com o também cosmonauta Valeri Ryumin e vive em Kaliningrado.

segunda-feira, 29 de março de 2021

29 DE MARÇO - ELSA GALVÃO

EFEMÉRIDE - Elsa Maria de Matos Chaves da Silva Galvão, actriz portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 29 de Março de 1961.

Iniciou-se como actriz em 1980, no projecto “Teatro Emarginato”, tendo - a partir de 1988,-  com a peça “Maria Não Me Mates que Sou Tua Mãe” de Camilo Castelo Branco, iniciado uma colaboração regular com Fernando Gomes (“Como é Diferente o Amor em Portugal”, “Klassikus Kabaret”, “Amor Também de Perdição”, “Goodbye Século XX”, “Até as Coristas Falam”, “Uma Noite no Paraíso”, “O Gato das Notas”, “Os Três Mosqueteiros”, “A Vida Trágica de Carlota”, “Drakula.com”, “O Sangue”, “Vou Dar de Beber à Dor”, “O Corcunda de Notre Dame”, “A Ilha do Tesouro”, “Viva o Casamento” e “Divina Loucura”).

Foi dirigida por outros encenadores, como João Mota, António José da Silva, Adriano Luz, Fernanda Lapa, Graça Correia, Teresa Sobral, Diogo Infante e João Lagarto.”

É actriz regular na televisão, onde participou em séries como “Médico de Família” (SIC, 1998), “Super Pai” (TVI, 2001), “Jornalistas” (RTP, 1999), “Inspector Max” (TVI, 2004) e novelas como “Ganância” (SIC, 2000), “Olhos de Água” (TVI, 2001), “Amanhecer” (TVI, 2003), “Queridas Feras” (TVI, 2004) e “O Jogo” (SIC, 2004).

Estreou-se no cinema em “O Miradouro da Lua” (1993) de Jorge António, tendo sido dirigida por Luís Filipe Rocha em “Camarate” (2001) e “A Passagem da Noite” (2003).

Entre 2017 e 2020, fez parte do elenco de sete peças de teatro.

domingo, 28 de março de 2021

28 DE MARÇO - MIKE NEWELL


EFEMÉRIDE - Michael “Mike” Cormac Newell, realizador e proditor de cinema e televisão inglês, nasceu em St Albans no dia 28 de Março de 1942.

Recebeu a sua educação na St. Albans School e na Universidade de Cambridge. Depois de se formar em Cambridge, Mike Newell trabalhou na Granada Television, em Manchester, durante três anos. O seu primeiro filme de realce foi “O homem da máscara de ferro” (1977).

Fez também vários filmes para a televisão inglesa. Ao todo, ao longo da sua carreira (1964/2018), já dirigiu cerca de oitenta filmes.

Ganhou dois BAFTA, um de Melhor Filme e outro de Melhor Realizador, com “Four Weddings and a Funeral" (1994).

Recebeu ainda o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, pela mesma película (1994).  

Desde a década de 1990, tem-se dedicado igualmente às funções de produtor executivo.

É casado com Bernice Stegers e têm três filhos.

sábado, 27 de março de 2021

27 DE MARÇO - VIRIATO TELES

EFEMÉRIDE - Viriato Teles, jornalista e escritor português, nasceu em Ílhavo no dia 27 de Março de 1958. Trabalhou nas redacções de diversos jornais e revistas, e participou como autor, repórter e editor em diversos programas de rádio e televisão. É autor de vários livros de poesia e reportagem. Integra, desde 2006, o Gabinete dos Provedores da Rádio e Televisão de Portugal.

Viriato Teles começou a escrever para jornais aos 15 anos de idade.

Entre 1976 e 1982, frequentou sucessivamente o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro e a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Jornalista profissional desde 1979, trabalhou nos jornais “O Diário”, “Se7e”, “O Jornal”, “O Inimigo”, na revista “Visão” e em diversos programas de rádio, na Antena 1 e na TSF, e televisão, na RTP e na SIC. Escreveu guiões e realizou filmes documentais sobre cidades portuguesas e estrangeiras e efectuou reportagens em vários países da Europa e da América Latina. Também foi, entre 1997 e 2001, chefe de redacção do semanário “Grande Amadora”.

Tem poemas dispersos por várias publicações, parte dos quais reunidos em 1998 no volume “Margem para Dúvidas”. Participou com ficções e textos poéticos em algumas obras colectivas e está representado em várias antologias, em Portugal e no estrangeiro.

De parceria, entre outros, com o compositor Eduardo Paes Mamede, é co-autor de diversas canções e nessa condição participou no II Festival da Canção dos Países da CEE (Grécia, 1992) - com “Terra à Vista” (int. Paula Fonseca), que se classificou em primeiro lugar e figura na antologia “100 Canções Portuguesas” (ed. SPA, 1996) - e no XXXV Festival Internacional da Canção de Viña del Mar (Chile, 1994) - com “Sabor de Mar” (int. Tó Leal).

Publicou diversos livros de reportagens: “As Voltas de um Andarilho” (reportagem biográfica sobre José Afonso, 1999), “Bocas de Cena” (colectânea de entrevistas, 2003), “Carlos do Carmo, do Fado e do Mundo” (entrevista, 2003), “Contas à Vida - Histórias do tempo que passa” (vinte entrevistas a propósito do 30º aniversário da Revolução dos Cravos, 2005) e “A Utopia Segundo Che Guevara” (reportagem biográfica sobre Ernesto Che Guevara, 2005). Uma nova edição, corrigida e aumentada, de “As Voltas de um Andarilho” foi publicada em 2009, pela Assírio & Alvim.

Integrou o Gabinete de Apoio aos Provedores do Serviço Público de Rádio e Televisão. Na RTP, foi, em anos recentes, co-autor da série “Estranha Forma de Vida”, de Jaime Fernandes. Foi também autor, juntamente com António Macedo, da rubrica “Os Dias Cantados”, transmitida pela Antena 1 para assinalar os 40 anos da Revolução dos Cravos. Presentemente, mantém no canal principal da rádio pública a rubrica diária “Praça da Europa”, que apresenta com Augusto Fernandes.

Colabora pontualmente em diversas publicações, nomeadamente nas revistas “Autores” e “Zoot” e nos semanários “Jornal do Fundão” e “Diário do Alentejo”.

sexta-feira, 26 de março de 2021

26 DE MARÇO - LUDGERO MARQUES

EFEMÉRIDE - Ângelo Ludgero da Silva Marques, empresário português, nasceu em Santa Maria da Feira no dia 26 de Março de 1938.

Licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade do Porto, Ludgero Marques possui no seu currículo uma intensa actividade profissional e associativa.

Foi presidente de diversas empresas, entre as quais se destaca a Cifial - Centro Industrial de Ferragens. Foi presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos e Metalomecânicos do Norte, fundador e presidente da Associação Portuguesa dos Industriais de Ferragens.

Entre 1985 e 2008, desempenhou as funções de presidente da direcção da Associação Industrial Portuense/Associação Empresarial de Portugal (AEP), bem como da Exponor.

Deixou a Cifial em 2013. Devido a dificuldades da mesma, esta passou para as mãos do Fundo Recuperação, gerido pela ECS Capital.

Recebeu várias condecorações, entre elas: Comendador da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial de Portugal - Classe do Mérito Industrial (1990); Comendador da Ordem de Orange-Nassau dos Países Baixos (1992); Grã-Cruz da Ordem Civil do Mérito Agrícola, Industrial e Comercial de Portugal - Classe do Mérito Industrial (9 (1995); e Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique de Portugal (1999).

quinta-feira, 25 de março de 2021

25 DE MARÇO - ALBRECHT MERTZ VON QUIRNHEIM


EFEMÉRIDE - Albrecht Ritter Mertz von Quirnheim, oficial alemão da Segunda Guerra Mundial, nasceu em Munique no dia 25 Março de 1905. Morreu em Berlim, em 21 de Julho de 1944.

Quirnheim era coronel do exército alemão, na época do nazismo. Foi executado no dia 21 de Julho de 1944, junto com os outros conspiradores do Atentado de 20 de Julho contra Adolf Hitler. Foi um oficial essencial e apoiado por Claus von Stauffenberg para o plano de matar o führer Adolf Hitler.

Quirnheim, que era, filho de Hermann Ritter Mertz von Quirnheim, capitão do Estado-Maior Geral da Baviera, passou a sua juventude na capital da Baviera antes do pai ser nomeado chefe do Arquivo Imperial (Reichsarchiv), quando a sua família se mudou para Potsdam. Na infância, desenvolveu amizade com Hans-Jürgen von Blumenthal e, quando jovem adulto, veio a conhecer os irmãos Werner von Haeften e Hans Bernd von Haeften. Por meio de ligações familiares, estes acabaram se tornando futuros companheiros de conspiração.

Quirnheim juntou-se ao Reichswehr em 1923. A sua amizade com Claus von Stauffenberg, que se tornaria o conspirador-chave, começou em 1925. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Quirnheim foi nomeado director de Pessoal da divisão organizacional do Estado-Maior Geral.

Inicialmente, Quirnheim tinha posição favorável em relação à ascensão de Hitler ao poder, mas começou a distanciar-se do regime quanto mais consciente ficava da brutalidade deste. Em 1941, por exemplo, o seu apoio a um tratamento mais humano aos civis, na Europa Oriental ocupada pelos nazis, desencadeou uma disputa entre Alfred Rosenberg (ministro do Reich para os Territórios Orientais Ocupados) e Erich Koch (comissário do Reich para a Ucrânia). Em 1942, enquanto foi promovido a tenente-coronel e, em seguida, a chefe de Gabinete do 24º Exército na Frente Oriental, fortaleceu os seus laços com a resistência alemã através de seu cunhado, Wilhelm Dieckmann. Ele foi promovido a coronel em 1943, o mesmo ano em que se casou com Hilde Baier.

Em Setembro de 1943, Quirnheim envolveu-se com a conspiração para matar Hitler. Quirnheim, general Friedrich Olbrich (seu superior) e Stauffenberg elaboraram a Operação Valquíria, um plano de acção para ser executado logo que Hitler morresse. Enquanto isso, Quirnheim sucedeu a Stauffenberg como chefe de Pessoal do Escritório Geral do Exército em Berlim. Imediatamente após o atentado à vida de Hitler na Prússia Oriental, em 20 de Julho de 1944, Quirnheim pediu com urgência ao general Olbrich para iniciar a Operação Valquíria, mesmo que não estivessem certos de que Hitler havia sido morto. Quase ao mesmo tempo, porém, começaram a chegar notícias de que Hitler havia sobrevivido à tentativa de assassinato.

Dentro de algumas horas, Quirnheim, Stauffenberg, Olbrich e Werner von Haeften foram presos, julgados e sumariamente executados pelo coronel-general Friedrich Fromm - um apoiante secreto que os traiu assim que a conspiração falhou - e foram fuzilados e enterrados no Adro de Matthäus no distrito de Schönenberg, Berlim. Há uma lápide funerária em memória desse acontecimento, no local. Heinrich Himmler, subsequentemente, ordenou que os corpos fossem exumados, cremados e que as cinzas fossem espalhadas.

Dias depois, os pais de Quirnheim e uma das suas irmãs foram presos pela Gestapo, e o seu cunhado foi executado em 13 de Setembro de 1944.

Há, actualmente, um memorial, onde Quirnheim e os seus companheiros na Conspiração de 20 de Julho foram executados.

O actor alemão Christian Berkel interpreta Albrecht Mertz von Quirnheim no filme de Bryan Singer “Valkyrie” (2008).

quarta-feira, 24 de março de 2021

24 DE MARÇO - FRANCISCO DE PAULA BORBA

EFEMÉRIDE - Francisco de Paula Borba, médico português, formado cirurgião na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa em 1898, nasceu em Angra do Heroísmo no dia24 de Março de 1873.  Morreu em Setúbal, em 1934. Exerceu medicina na Misericórdia e no Montepio em Setúbal.

Foi um dos membros fundadores do Asilo de Velhos de Bocage, tendo-se destacado durante a angariação de fundos para criar esta instituição, que se baseou na herança de vários edifícios e nas receitas das cerimónias da comemoração do centenário do poeta. Posteriormente, foi provedor da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, tendo-se notabilizado por ter organizado grandes obras de modificação no antigo hospital, que ficou mais moderno e adequado às necessidades da população. Para as obras no hospital e nos asilos, Paula Borba conseguiu o apoio da classe piscatória de Setúbal, que aos domingos iam colaborar nos trabalhos.

Devido ao seu sucesso na gestão do Hospital, Paula Borba foi nomeado para dirigir várias instituições de assistência em Setúbal, onde também teve muito êxito.

Faleceu em 1934 na cidade de Setúbal, tendo nessa altura 61 anos de idade. Em sua homenagem, os estabelecimentos comerciais em Setúbal conservaram as suas portas fechadas, durante dois dias.

Casara-se em Setúbal com uma senhora da família Botelho Moniz, tendo tido dois filhos.  Foi galardoado como Grande Oficial na Ordem do Mérito, em Abril de 1931.

terça-feira, 23 de março de 2021

23 DE MARÇO - CRISTÓBAL BALENCIAGA

EFEMÉRIDE - Cristóbal Balenciaga Eizaguirre, estilista espanhol e o fundador da casa de moda Balenciaga, morreu em Valência no dia 23 de Março de 1972. Nascera em Getaria, em 21 de Janeiro de 1895.

Nascido numa pequena localidade no País Basco, no seio de uma família humilde e muito católica, Cristóbal era filho de um pescador e de uma costureira, com quem passava a maior parte do tempo, enquanto ela trabalhava. Aos doze anos de idade, começou a trabalhar como aprendiz de alfaiate. Quando adolescente, a marquesa de Casa Torres tornou-se sua cliente e patrona. Ela mandou-o a Madrid, onde recebeu treino profissional.

Em 1919, abriu uma boutique em San Sebastian, a qual se expandiu ao originar filiais em Madrid e Barcelona. A família real espanhola e a aristocracia usavam as suas roupas, mas, quando a Guerra Civil Espanhola (1936/1939) eclodiu, Balenciaga foi obrigado a fechar as suas lojas e partir para Paris. Aqui, abriu uma loja na Avenue George V, em Agosto de 1937.

Foi somente a partir do período pós-guerra que Balenciaga se tornou um estilista original e reconhecido. Em 1951, transformou totalmente a silhueta, alargou os ombros e removeu a cintura das suas criações. Em 1955, desenhou o vestido de túnica que, mais tarde, virou o vestido chemise de 1957. Em 1959, o seu trabalho tornou-se um império, com vestidos de cintura alta e casacos cortados como quimonos. Tais criações são consideradas obras-primas da alta-costura, das décadas de 1950 e 1960.

Balenciaga também deu aulas de moda, inspirando outros estilistas como Oscar de la Renta, André Courrèges, Emanuel Ungaro e Hubert de Givenchy.

Em 1968, Balenciaga fechou a sua casa de moda ao perceber o advento do pronto-a-vestir, iniciado pelos franceses. Faleceu pouco tempo depois, aos setenta e sete anos.

Hoje, a casa de moda Balenciaga está sob a direcção do belga Demna Gvasalia, e pertence ao Grupo Gucci desde 2001.

segunda-feira, 22 de março de 2021

22 DE MARÇO - KARL MALDEN

EFEMÉRIDE - Karl Malden, actor norte-americano, nasceu em Chicago no dia22 de Março de 1912. Morreu em Los Angeles, em 1 de Julho de 2009. Conquistou os prémios Emmy, Oscar e Golden Globe.

Da sua filmografia, destacam-se: “A "Streetcar Named Desire”, “On the Waterfront”, “One-Eyed Jacks”, “Patton”, “Baby Doll” e “How the West Was Won”.

Foi com “A Streetcar Named Desire” que recebeu o Oscar de Melhor Actor coadjuvante, além de ter sido nomeado, na mesma categoria, por On the Waterfront”.

Na televisão, estrelou, com Michael Douglas, “The Streets of San Francisco”, série famosa nos Estados Unidos, na década de 1970. Participou, como convidado especial, na série “The West Wing”.

Também teve actuação em dramaturgia na rádio, segundo o artigo “Tom Malden on the Radio Otr.com,”, de Jack French (1999).

Faleceu aos 88 anos, sendo sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery. Ao longo da sua carreira, actuou em cerca de 70 filmes, tendo realizado dois.

domingo, 21 de março de 2021

21 DE MARÇO - RITA BORRALHO

EFEMÉRIDE - Rita Maria Varela Borralho, atleta olímpica portuguesa, nasceu em Vila Nova de São Bento, Serpa, no dia 21 de Março de 1954.

Representou o SL Benfica durante cerca de 20 anos, tendo igualmente competido pelo Maratona CP e pelo Clube Xistarca.

Foi uma das melhores atletas da sua geração, em provas de atletismo de meio-fundo e fundo, nacionais e internacionais (década de 1980 e início dos anos 1990), a par de nomes como Carlos Lopes, Rosa Mota, Aurora Cunha, Albertina Dias, Conceição Ferreira, António Leitão, Fernando Mamede e João Campos, entre outros.

Sobressaiu nas distâncias de 10 000 metros e maratona, sendo recordada como a primeira grande maratonista portuguesa de nível internacional, contribuindo para o sucesso daquela que foi considerada a “geração de ouro” do atletismo português.

Venceu a Maratona de Barcelona em 1982, a Maratona de Nova Jersey em 1986 e Maratona de Lisboa em 1991.

Actualmente, desempenha as funções de assessora desportiva, apoiando atletas profissionais e amadores, numa vertente direccionada não apenas para o desempenho desportivo como também para a saúde e o bem-estar geral.

Sempre permaneceu ligada ao atletismo em Portugal e no Brasil e, entre outras actividades, foi criadora - em parceria com a atleta olímpica por si treinada, Janete Mayal - da assessoria desportiva Mayal Athletics no Brasil, fundadora do Maratona Clube do Brasil e fundadora da assessoria desportiva RB Running em Portugal.

Os sus recordes pessoais são: nos 10 000 metros, 34.13,45 (1985); na maratona, 2.34.11 (1989).

Ganhou a Corrida de São Silvestre da Amadora (1980) e 3 Campeonatos Nacionais na maratona (1983, 1991 e 1992).

sábado, 20 de março de 2021

20 DE MARÇO - ALBERTO SEIXAS SANTOS

EFEMÉRIDE - Alberto Jorge Seixas dos Santos, realizador português, um dos aderentes ao movimento Novo Cinema Português, nasceu em Lisboa no dia 20 de Março de 1936. Morreu na mesma cidade em 10 de Dezembro de 2016.

Frequentou o Curso de Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. A partir de 1958, trabalhou como crítico de cinema em diversas publicações. Em 1962, estudou em Paris, frequentando o Institut d’Hautes Études Cinématographiques e, no ano seguinte, a London Film School.

Pertencente à geração de realizadores portugueses formada nos cineclubes de Lisboa, foi dirigente do ABC - Cineclube de Lisboa. Seixas Santos começou por filmar documentários: “A Arte e o Ofício de Ourives” e “Indústria Cervejeira em Portugal” (1968). Foi, em 1970, um dos fundadores do Centro Português de Cinema, entidade apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian, ao tempo presidida por José de Azeredo Perdigão, que permitiu aos realizadores do cinema novo iniciarem a sua actividade na realização cinematográfica.

Brandos Costumes” foi a sua primeira longa-metragem, tendo sido rodada entre 1972 e 1975 e escrita em parceria com Luiza Neto Jorge e Nuno Júdice. O argumento consiste numa narrativa paralela entre o quotidiano de uma família da média burguesia e o trajecto do regime emanado do golpe militar de 28 de Maio de 1926, que precedeu a institucionalização do Estado Novo. Este filme foi seleccionado, em competição, para o Festival de Cinema de Berlim.

No período revolucionário do pós-25 de Abril de 1974, Seixas Santos foi um dos realizadores de “As Armas e o Povo”, filme colectivo, estreado em 1975, que retrata a primeira semana da Revolução dos Cravos, fazendo uma cobertura desde a semana de 25 de Abril até 1 de Maio de 1974. Seguindo a mesma linha política, realizou em 1976 o filme, também colectivo, “A Lei da Terra”, exibido no Festival de Leipzig, que tem como tema o processo da reforma agrária então em curso. Neste mesmo ano, foi nomeado presidente do Instituto Português de Cinema (IPC). Foi um dos fundadores da cooperativa Grupo Zero, à qual pertenceram realizadores como João César Monteiro, Jorge Silva Melo, Ricardo Costa, Margarida Gil, Solveig Nordlund e o director de fotografia Acácio de Almeida.

Gestos e Fragmentos”, de 1982, aborda a relação entre os militares e o poder em Portugal, baseando-se nas vivências do célebre capitão de Abril, Otelo Saraiva de Carvalho, nos pontos de vista do filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço e do jornalista e realizador norte-americano Robert Kramer. Esta longa-metragem participou no Festival de Veneza desse mesmo ano.

De 1980 a 2002, foi professor na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC) do Instituto Politécnico de Lisboa e, a partir de 1985, por algum tempo, foi director de programas da RTP.

A sua última longa-metragem, “Mal”, de 1999, foi apresentada no Festival de Veneza. Nas duas últimas obras privilegiou a ficção, valorizando a psicologia das personagens e o rigor técnico.

Em 2005, terminou a curta-metragem “A Rapariga da Mão Morta”, que teve estreia mundial no 13º Festival de Curtas-Metragens de Vila do Conde.

Em 10 de Abril de 2014, a Escola Superior de Teatro e Cinema homenageou Alberto Seixas Santos, «realizador, fundador da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e antigo professor da ESTC (sucessora do Conservatório)». Alberto Seixas Santos foi distinguido com a medalha de Conhecimento e Mérito do Instituto Politécnico de Lisboa, ao qual a ESTC pertence, e foram exibidos excertos do documentário “Refúgio e Evasão”, de Luís Alves de Matos, que aborda o olhar cinematográfico de Alberto Seixas Santos. A sessão contou ainda com as intervenções do sociólogo francês Jacques Lemière, especialista em cinema português, e do director do Departamento de Cinema da ESTC José Bogalheiro.

Alberto Seixas Santos faleceu, na sua casa de Lisboa, aos 80 anos, depois de um período de doença. 

sexta-feira, 19 de março de 2021

19 DE MARÇO - FRÉDÉRIC JOLIOT-CURIE

EFEMÉRIDE - Jean Frédéric Joliot-Curie, físico francês, nasceu em Paris no dia 19 de Março de 1900. Morreu na mesma cidade em 14 de Agosto de 1958.

Recebeu o Prémio Nobel de Química em 1935.

Casou com Irène Joliot-Curie, cujo apelido de solteira, Curie, já era famoso, devido aos seus pais, Pierre Curie e Marie Curie.

Frédéric trabalhou sempre com a sua mulher, no campo da física nuclear e da estrutura do átomo. Juntos demonstraram a existência do neutrão e descobriram a radioactividade artificial em 1934, o que lhes valeu o Prémio Nobel de Química de 1935.

Onze anos mais tarde, foi nomeado alto-comissário para a energia atómica e, através deste cargo, dirigiu a construção da primeira fábrica atómica, em 1948.

Foi galardoado, em 1950, com o Prémio Lenin da Paz.

quinta-feira, 18 de março de 2021

18 DE MARÇO - ANTHONY MINGHELLA

EFEMÉRIDE - Anthony Minghella, actor, guionista, realizador e produtor de cinema inglês, morreu em Londres no dia 18 de Março de 2008. Nascera na Ilha de Wight em 6 de Janeiro de 1954.

Filho de italianos, Minghella tinha uma paixão pelo cinema desde a infância.

O primeiro filme que realizou foi “Um romance do outro mundo” (“Truly, Madly, Deeply”, em inglês), em 1991.

Ganhou destaque como realizador, ao receber o Oscar de Melhor Realizador pelo filme “O Paciente Inglês” (1996).

A sua morte, em Março de 2008 foi confirmada pelo seu agente, Judy Daish, à rede britânica BBC. A causa oficial foi uma hemorragia cerebral. Ocorreu no Charing Cross Hospital, em Londres, onde havia sido submetido, na semana anterior, a uma operação a um tumor no pescoço,

Ao longo da sua relativamente curta carreira, foi nomeado e galardoado com diversos prémios. No que se refere aos Oscars, além do prémio recebido, foi nomeado mais três vezes (1996, 1999 e 2000).

quarta-feira, 17 de março de 2021

17 DE MARÇO - LUCHINO VISCONTI

EFEMÉRIDE - Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo, um dos mais importantes realizadores de cinema italianos, morreu em Roma no dia 17 de Março de 1976. Nascera em Milão, em 2 de Novembro de 1906.  Era descendente da nobre família milanesa dos Visconti.

Luchino prestou o serviço militar como suboficial de cavalaria, em 1926, no Piemonte, e viveu os anos de juventude cuidando dos cavalos da sua propriedade. Além disso, frequentou activamente o mundo da lírica e do melodrama, que tanto o influenciou.

Foi para França, onde se tornou amigo de Coco Chanel e, através dela, em 1936, foi apresentado ao cineasta Jean Renoir, com quem trabalhou no filme “Une partie de champagne”. Em 1937, passou por Hollywood, antes de voltar a Roma. Na capital italiana, trabalhou com Renoir na direcção da ópera “Tosca”.

A partir de 1940, ligou-se aos intelectuais que faziam o jornal “Cinema” e vendeu jóias da família para realizar o seu primeiro filme, “Ossessione”, em 1943, com Clara Calamai e Massimo Girotti. No fim da Segunda Guerra Mundial, realizou o segundo filme, o documentário “Giorni di gloria”. Contratado pelo Partido Comunista Italiano para realizar três filmes sobre pescadores, mineiros e camponeses da Sicília, acabou por fazer apenas um, “A Terra Treme”.

Em 1951, filmou “Bellissima”, com a grande actriz italiana Anna Magnani, Walter Chiari e Alessandro Blasetti. O primeiro filme colorido foi em 1954, “Senso “com Alida Valli e Farley Granger. O primeiro grande prémio da crítica chegou em 1957, quando recebe o Leão de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Veneza, pelo filme “Noites Brancas”, uma transposição delicada e poética de uma história de Fiódor Dostoiévski, com Marcello Mastroianni, Maria Schell e Jean Marais.

O primeiro êxito de bilheteira viria em 1960, com “Rocco e Seus Irmãos”, a saga de uma humilde família de calabreses que emigrava para Milão. Foi o filme que consagrou o actor francês Alain Delon, ao lado de Annie Girardot e Renato Salvatori. No ano seguinte, juntou-se a Vittorio De Sica, Federico Fellini e Mario Monicelli, no filme em episódios “Boccaccio 70”. O episódio de Visconti é protagonizado por Tomas Milian, Romy Schneider, Romolo Valli e Paolo Stoppa.

Em 1963, dirigiu o seu maior sucesso comercial e um dos filmes mais elogiados pela crítica, o grandioso “O Leopardo”, com três horas de duração e extraído do romance homónimo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, que conta a história da transição da nobreza para o populismo na Sicília, nos tempos da Unificação Italiana. O filme tem um elenco estelar, onde se destacam Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.

Vaghe stelle dell'Orsa...”, um mergulho inquieto e melancólico na capacidade dos seres sensíveis para se destruírem amorosamente, com Claudia Cardinale e Jean Sorel, realizado em 1965, foi a obra seguinte. Em 1970, conheceu o fracasso de uma obra sua, com “O Estrangeiro”, extraído do livro homónimo de Albert Camus, e realizou também “La caduta degli dei” que lançou o actor Helmut Berger.

Com o sensível e refinado “Morte em Veneza” (1971), protagonizado por Dirk Bogarde e baseado na obra de Thomas Mann, Visconti voltou a encontrar-se com o sucesso do público e da crítica. O filme conta a história de Gustav Aschenbach, um compositor que vai passar férias em Veneza e acaba por viver uma grande e inesperada paixão, que iniciaria a sua completa destruição. O filme faz uma abordagem do conceito filosófico de beleza, assim como a passagem do tempo e a importância da juventude nas nossas vidas. O filme que se seguiu foi o grandioso, mas decepcionante, “Ludwig”, com Helmut Berger e Romy Schneider. Durante as filmagens de “Ludwig”, Visconti sofreu um ataque cardíaco que o prendeu a uma cadeira de rodas até à sua morte. Mesmo com muita dificuldade, Luchino Visconti ainda fez dois filmes, “Violência e Paixão” e “L’innocente”, a sua derradeira obra, versão do romance de Gabriele d’Annunzio, que regista brilhantes interpretações de Giancarlo Giannini e Laura Antonelli.

Apesar dos casos amorosos vividos, em diferentes períodos, com várias mulheres, como a estilista Coco Chanel, as actrizes Clara Calamai, María Denis, Marlene Dietrich e com a escritora Elsa Morante, Visconti nunca escondeu a sua homossexualidade, explicitamente referida em muitos dos seus filmes e nas montagens teatrais que dirigiu. Segundo Visconti, na sua autobiografia, ele e o rei Humberto II de Itália tiveram um relacionamento amoroso durante a juventude, na década de 1920. Nos anos 1930, em Paris, teve um relacionamento com o fotógrafo Horst P. Horst. Entre o final dos anos 1940 e o início da década de 1950, já consagrado como realizador, manteve uma longa relação afectiva e profissional com o seu então cenógrafo Franco Zeffirelli.

Depois de 1965, Visconti foi ligado ao actor austríaco Helmut Berger, que também actuou em alguns dos seus filmes. Estra relação manteve-se, com altos e baixos, até à morte de Visconti, em 1976. 

terça-feira, 16 de março de 2021

16 DE MARÇO - MERCEDES McCAMBRIDGE

EFEMÉRIDE - Carlotta Mercedes McCambridge, actriz norte-americana, nasceu em Joliet, Illinois, no dia 16 de Março de 1916. Morreu em La Jolla, na Califórnia, em 2 de Março de 2004. É conhecida por ter dobrado a voz do demónio Pazuzu, no filme “O Exorcista”, de 1973. Ganhou um Oscar de Melhor Actriz coadjuvante em 1950, pelo seu papel em “All the King’s Men” (“A corrupção do poder”).

Mercedes era filha de pais imigrantes irlandeses e católicos. Posteriormente, dizia ter nascido em 17 de Março de 1918, o que era falso.

McCambridge começou a sua carreira como intérprete de rádio, na década de 1940, trabalhando ao mesmo tempo em espectáculos na Broadway. A sua arrancada em Hollywood aconteceu quando foi escalada para contracenar com o actor Broderick Crawford no filme “All the King’s Men” de 1949. Mercedes cimentou o seu prestígio, vencendo o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante de 1950, pelo seu papel no filme, que também ganhou o prémio de Melhor Filme do Ano. McCambridge ganhou ainda o troféu Globo de Ouro de Melhor Actriz coadjuvante e de Revelação Feminina, pelo mesmo filme.

Em 1954, McCambridge co estrelou, com Joan Crawford e Sterling Hayden, o filme de faroeste, “Johnny Guitar”, hoje um clássico. McCambridge e Hayden, publicamente, declararam a sua aversão por Crawford, com McCambridge rotulando Crawford de «a bad egg» (um ovo podre). O elenco ainda incluía uma cara nova, apesar dos seus quase 40 anos: um certo actor chamado Ernest Borgnine.

O seu desempenho em “Johnny Guitar” levou-a a co-estrelar, com Burt Lancaster e Walter Matthau, o filme “The Kentuckian”, no qual interpretou, mais uma vez, uma «mulher de más intenções».

Destacou-se ainda pelo seu trabalho no filme “Giant(“O Gigante”) de 1956, de George Stevens, onde interpretou a irmã mais velha de Rock Hudson, Luz Benedict.

McCambridge possui duas estrelas na Calçada da Fama em Hollywood: uma pelos seus trabalhos no cinema e outra pelos seus desempenhos em televisão.    

Desde o início da década de 1980, Mercedes McCambridge começou a desfrutar de uma gradativa reforma, interrompida por aparições em eventos especiais. Compareceu na 70ª cerimónia de entrega dos Oscars, em 1998, sendo homenageada em conjunto com outros vencedores do prémio no decorrer desses 70 anos. Também apareceu no programa em homenagem aos 30 anos do filme “O Exorcista”, em 2003, discutindo o seu papel.

McCambridge contou a história da sua vida no livro “The Quality of Mercy: An Autobiography” (publicado pela Times Books). O título faz uso do seu nome em criança (Mercy).

Foi casada com William Fifield, de 1941 a 1946 (divorciou-se). Casou-se depois com o actor/director/produtos Fletcher Markle em 1950, de quem se divorciou em 1962.

McCambridge faleceu, de causas naturais, aos 87 anos de idade.

segunda-feira, 15 de março de 2021

15 DE MARÇO - MIKE LOVE

EFEMÉRIDE - Michael Edward “Mike Love, cantor, compositor e activista norte-americano, nasceu em Los Angeles, Califórnia, no dia 15 de Março de 1941.

Foi um dos fundadores do grupo The Beach Boys, nos anos 1960.

Caracterizado pelo seu canto nasal e por vezes barítono, foi um dos vocalistas e letristas da banda durante a maior parte da sua carreira, contribuindo para cada um dos seus álbuns de estúdio.

Mike Love é frequentemente considerado como uma figura maligna na história da banda, uma reputação que ele reconhece, com a seguinte metáfora: «Para aqueles que acreditam que Brian Wilson anda sobre a água, eu sempre serei o Anticristo».

Foi casado cinco vezes e teve sete filhos.  É tio do jogador profissional de basquetebol da NBA, Kevin Love, campeão norte-americano em 2016.

 Mike Love completa hoje 80 anos de idade

domingo, 14 de março de 2021

14 DE MARÇO - PEDRO DUQUE

EFEMÉRIDE - Pedro Francisco Duque, astronauta e político espanhol, veterano de duas missões espaciais, nasceu em Madrid no dia, 14 de Março de 1963. Desde Junho de 2018, ocupa o cargo de ministro de Ciência, Inovação e Universidades do Governo de Espanha.

Duque é casado e tem três filhos. É apreciador de natação, caça submarina e gosta de andar de bicicleta.

Formou-se em Engenharia Aeronáutica na Universidade Politécnica de Madrid, em 1986. Trabalhou para a Agência Espacial Europeia durante seis anos, antes de ser seleccionado como candidato a astronauta em 1992. Duque submeteu-se a treinos, tanto na Rússia.

O seu primeiro voo espacial ocorreu em 1998, como especialista da missão STS-95, a bordo do ónibus (ou vaivém) espacial, durante a qual supervisionou os módulos experimentais da ESA.

Em Outubro de 2003, voltou à órbita terrestre a bordo da Soyuz TMA-3 e visitou a Estação Espacial Internacional durante nove dias, durante uma troca de tripulação.

Pedro Duque está actualmente, também, a leccionar na Escola Técnica Superior de Engenheiros Aeronáuticos, em Madrid.

Em Março de 1995, recebeu a Ordem da Amizade, concedida pelo presidente Boris Ieltsin da Federação Russa. Em Fevereiro de 1999, recebeu a Gran Cruz al Mérito Aeronáutico, das mãos do rei Juan Carlos I de Borbón.

Em Outubro de 1999, Pedro Duque recebeu o Prémio Príncipe de Astúrias de Cooperación Internacional, junto com os astronautas Chiaki Mukai, John Glenn e Valeri Polyakov. O prémio foi concedido por terem sido considerados representantes da cooperação internacional na exploração pacífica do espaço.

sábado, 13 de março de 2021

BEACH BOYS - "Surfin Usa HD"- clique no link: «Veja este vídeo no YouTube»

13 DE MARÇO - WILLIAM H. MACY

EFEMÉRIDE - William Hall Macy Jr., actor, cenarista, produtor e realizador de cinema norte-americano, nasceu em Miami no dia13 de Março de 1950. Ganhou um Emmy do Primetime e foi nomeado para um Oscar, pelo papel de Frank Gallagher em “Shameless Us”.

Também fez grande sucesso com os papéis de Paul Kirby em “Jurassic Park III”, filme de 2001, e de Dudley Frank no filme “Motoqueiros Selvagens” de 2007.

Desde 2011, contracena na série “Shameless” com a actriz Emmy Rossum, fazendo o papel de Frank Gallagher.

É casado com a actriz Felicity Huffman desde 1997, com quem tem duas filhas: Sofia Grace (2000) e Georgia Grace (2002).

Tem uma estrela no Walk of Fame em Los Angeles, desde 2012.Em 2018, recebeu o Screen Actors Guild Award, como Melhor Actor numa série cómica.

Ao longo da sua carreira, iniciada em 1978, já tem o seu nome ligado a mais de uma centena filmes e séries. 

sexta-feira, 12 de março de 2021

12 DE MARÇO - MARCELINO LIMA

EFEMÉRIDE - Marcelino de Almeida Lima, jornalista, romancista e historiógrafo português, nasceu na Horta em 12 de Março de 1868. Morreu em Lisboa no dia 22 de Janeiro de 1961. Foi autor dos “Anais do Município da Horta” e de vasta bibliografia sobre a ilha do Faial.

Marcelino Lima nasceu na cidade da Horta, onde frequentou a instrução primária, ingressando em 1879 no Liceu da Horta. Empregou-se como funcionário dos Correios e Telégrafos, atingindo o lugar de chefe da Estação Telégrafo-Postal da Horta.

Ingressou muito cedo nas lides jornalísticas, pois com apenas 17 anos de idade já dirigia, com Júlio Lacerda, o semanário literário da ilha do Faial intitulado “O Bibliófilo”, fundado a 31 de Maio de 1885.

Dirigiu também, e foi redactor principal da “Revista Faialense”, um semanário literário e desportivo fundado em 1 de Fevereiro de 1893, e da segunda série do semanário literário e noticioso “O Faialense” (1899), redigido em colaboração com Florêncio Terra e Rodrigo Guerra. Foi colaborador assíduo de múltiplos periódicos, com destaque para os jornais faialenses “O Telégrafo”, “A Democracia”, “Correio da Horta” e “Arauto”.

Embora mantivesse activa colaboração na imprensa periódica, a partir de finais da década de 1920 passou a dedicar-se a estudos históricos e genealógicos, com especial incidência sobre as questões relacionadas com as famílias e a história faialense.

Foi sócio fundador, e por várias vezes presidente, do Ginásio Clube (então grafado Gymnasio Club), agremiação fundada na cidade da Horta em 18 de Maio de 1880. Foi presidente da Sociedade Luz e Caridade e do Grémio Literário Faialense. Fez parte do grupo dramático António Baptista.

Apoiado na obra de Garcia do Rosário, publicou em 1922, uma genealogia das principais famílias faialenses, incluindo notas históricas sobre os seus principais membros.

Fixou-se em Lisboa a partir de 1927, dedicando-se então ao estudo da história faialense. Quando a Câmara Municipal da Horta resolveu redigir os “Anais do Município”, um trabalho que andava em preparação há mais de meio século, decidiu, em sessão de 14 de Agosto de 1939, convidar Marcelino Lima para os redigir.

Marcelino Lima aceitou o convite, conseguindo levar a termo, em 1943, a elaboração dos “Anais”, naquela que é a sua obra de maior vulto.

Marcelino Lima faleceu em Lisboa, deixando inédita a obra “Faial Letrado”, uma listagem dos escritores faialenses. Foi um dos últimos intelectuais da excepcional elite faialense do fim do século XIX, que incluiu escritores como Florêncio Terra, Rodrigo Guerra, Manuel Zerbone, Manuel Garcia Monteiro, Manuel Joaquim Dias, Osório Goulart e Manuel Greaves.

A cidade da Horta homenageou Marcelino Lima na sua toponímia, dedicando-lhe, por decisão da Câmara Municipal de 24 de Outubro de 1979, a artéria onde se encontra instalada a sede do Parlamento Açoriano. 

quinta-feira, 11 de março de 2021

11 DE MARÇO - ASTOR PIAZZOLLA

EFEMÉRIDE - Astor Pantaleón Piazzolla, bandoneonista e compositor argentino, nasceu em Mar del Plata no dia 11 de Março de 1921. Morreu em Buenos Aires, em 4 de Julho de 1992.

Filho de pais italianos, aos quatro anos foi com a família viver em Nova Iorque, em busca de melhores condições de vida. No período vivido nos Estados Unidos, além do espanhol, tornou-se fluente em inglês, italiano e francês, dando asas também ao seu interesse pela música.

Em 1929, ganhou o seu primeiro bandoneón, prenda do seu pai e, em 1933, começou a ter aulas de piano com Bela Wilde, um pianista húngaro discípulo de Sergei Rachmaninoff. Foi em Nova Iorque que o jovem Astor conheceu o cantor argentino do tango, Carlos Gardel, enquanto este estava na cidade para rodar o filme “El Día Que Me Quieras”, onde fazia o papel de um garoto que fazia a entrega de jornais ao domicílio.

Na sua juventude, tocou e realizou arranjos orquestrais para o bandoneónista, compositor e director Aníbal Troilo. Estudou teoria harmónica e contraponto tradicional com a educadora, compositora e directora de orquestra francesa, Nadia Boulanger.

Hoje, normalmente considerado como o compositor de tango mais importante da segunda metade do século XX, ironicamente, quando começou a fazer inovações no tango, no ritmo, no timbre e na harmonia, foi muito criticado pelos tocadores de tango mais antigos. Ao voltar de Nova Iorque, Piazzolla já mostrava a forte influência do jazz na sua música, estabelecendo então uma nova linguagem, seguida até hoje.

Quando os mais ortodoxos, durante a década de 1960, bradaram que a música dele não era de facto o tango, Piazzolla respondia-lhes que era música contemporânea de Buenos Aires. Para os seus seguidores e apreciadores, aquela música certamente representava melhor a imagem da metrópole argentina.

Piazzolla deixou uma vasta e prolífica discografia, tendo gravado com Gary Burton e António Carlos Jobim, entre outros músicos que o acompanharam, como o também notável violinista Fernando Suarez Paz.

Entre os seus mais destacados parceiros na Argentina, estão a cantora Amelita Baltar e o poeta Horacio Ferrer, além do escritor Jorge Luís Borges.

Algumas das suas composições mais famosas são “Libertango” e “Adiós Nonino”. “Libertango” é uma das mais conhecidas, sendo que esta é constantemente tocada por diversas orquestras de todo o mundo.

Em 1973, teve algumas músicas usadas como banda sonora do filme “Toda Nudez Será Castigada”, dirigido por Arnaldo Jabor e adaptado da peça homónima de Nélson Rodrigues. A principal delas foi “Fuga nº 9”, do disco “Música contemporanea de la Ciudad de Buenos Aires”, Vol 1 (1971). Por conta disso, Piazzolla ganhou uma Menção Especial do Júri, como Melhor Banda Sopnora, no Festival de Gramado do mesmo ano.

A canção “Adiós Nonino”, outra das suas mais conhecidas composições, foi feita em homenagem ao seu pai, quando este estava no leito de morte, em 1959.

Astor Piazzolla faleceu aos 71 anos de idade. 

quarta-feira, 10 de março de 2021

10 DE MARÇO - LAURELCLARK

EFEMÉRIDE - Laurel Blair Salton Clark, astronauta e médica norte-americana, nasceu em Ames no dia 10 de Março de 1961. Morreu no Texas, em 1 de Fevereiro de 2003. Foi uma, tripulante do ónibus espacial Columbia que se desintegrou na reentrada da atmosfera, ao final da missão STS-107 da NASA.

Laurel Clark nasceu no estado de Iowa e, desde a juventude, sempre foi praticante de desportos de risco, como o mergulho, o pára-quedismo, o alpinismo e o voo, além do seu gosto natural por aventuras, que a faziam sempre participar em acampamentos em regiões inóspitas e em viagens pelo país.

Laurel frequentou o curso de Medicina e formou-se em Pediatria no Centro de Medicina Naval de Maryland, além de realizar treinos de medicina em mergulho, tornando-se oficial-médica de mergulho da Marinha e passando a integrar o esquadrão médico de submarinos, baseado na Escócia. Nesta posição, ela treinou com escafandristas e mergulhadores da Marinha e realizou várias evacuações médicas de submarinos dos Estados Unidos.

Com as suas experiências e cursos subsequentes na marinha e na aviação naval, tornou-se oficial-médica de submarinos e cirurgiã naval de voo, passando a integrar o esquadrão de ataque nocturno do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, como cirurgiã, praticando a medicina em condições extremas de meio ambiente, atendimento médico através de pára-quedismo e graduou-se como piloto em diversos tipos de aeronaves.

Seleccionada para o grupo de astronautas da NASA em 1996, Clark passou os dois anos seguintes em treino no Centro Espacial Lyndon B. Johnson, em Houston, Texas, até ser qualificada como astronauta especialista de missão em 1998, trabalhando em terra no escritório de cargas da NASA, avaliando, treinando a sua manipulação e estudando as cargas tecnológicas levadas ao espaço pelos ónibus espaciais.

Em 16 de Janeiro de 2003, foi ao espaço pela primeira e única vez, como tripulante da nave Columbia, numa viagem de 16 dias, para uma missão científica de pesquisa, que realizou mais de oitenta experiências em órbita terrestre. Ao fim da missão, em 1 de Fevereiro, a nave desintegrou-se na reentrada da atmosfera, matando todos os tripulantes.

Uma fita de vídeo gravada a bordo da Columbia, fez um registo - poucos minutos antes da reentrada - e foi recuperada nos destroços da nave após a tragédia. Pode-se escuitar aquela que talvez seja a mais comovente conversação da história dos voos espaciais. Minutos antes da sua morte, o Centro Espacial Johnson pediu a Clark que fizesse alguma pequena tarefa final, enquanto a nave reentrava na alta atmosfera terrestre. Ela respondeu que estava ocupada naquele exacto instante, mas que faria o que lhe era pedido num minuto, ao que o controlador em terra respondeu: «Não se preocupe, você tem todo o tempo do mundo». Foi a última gravação na Columbia.

terça-feira, 9 de março de 2021

9 DE MARÇO - THIERRY VIGNERON

EFEMÉRIDE - Thierry Vigneron, antigo atleta francês, especialista de salto com vara, nasceu em Gennevilliers no dia 9 de Março de 1960. Medalha com bronze em Los Angeles 1984, também participou das Olimpíadas de 1980 e 1988.

Bateu ou igualou por cinco vezes o recorde mundial da especialidade, imediatamente antes do reinado do ucraniano Sergey Bubka.

A notoriedade de Thierry começou ainda com a idade de júnior, ao bater em várias ocasiões o recorde mundial dessa categoria (5.45m, 5.52m e finalmente 5.61m). No início da temporada de 1980, arrebatou o recorde europeu de seniores com 5.67m e, mais tarde, o primeiro dos seus recordes mundiais, ao transpor a fasquia colocada a 5.75m, no Meeting de Colombes.

Nessa mesma época, nos Jogos Olímpicos de Moscovo, cedo abandonou a final com três ensaios falhados a 5.55m e a perder o recorde mundial para Władysław Kozakiewicz, que se tornou campeão olímpico com 5.78m. Obteve o seu primeiro grande título internacional no início da época de 1981, por ocasião dos Campeonatos da Europa em Pista Coberta, disputados em Grenoble, ultrapassando a marca de 5,70m. No dia 20 de Junho de 1981, Vigneron retomou o seu recorde do mundo, ao passar 5,80m no decorrer de um encontro internacional de atletismo opondo a França à URSS, em Mâcon.

No início da temporada de 1984, Vigneron venceu os Campeonatos da Europa em Pista Coberta de Gotemburgo. Em Julho, arrebata a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Los Angeles, terminando em igualdade com o americano Earl Bell com 5,60m, indo o título olímpico para o seu compatriota Pierre Quinon. Em 31 de Agosto, no Meeting de Roma, Thierry Vigneron estabeleceu o quinto recorde mundial da carreira com 5,91m, mas o soviético Sergey Bubka consegue 5,94m alguns minutos mais tarde.

Após um segundo lugar obtido nos Jogos Mundiais em Pista Coberta 1985 (precursores dos respectivos Campeonatos do Mundo), Vigneron teve de se submeter uma vez mais a Bubka, na final dos Campeonatos do Mundo de Roma em 1987.

segunda-feira, 8 de março de 2021

8 DE MARÇO - GEORGE STEVENS

EFEMÉRIDE - George Stevens, actor, realizador e produtor de cinema norte-americano, morreu em Lancaster no dia 8 de Março de 1975. Nascera em Oakland, em 18 de Dezembro de 1904.  

Filho de um casal de actores, cedo pisou os palcos teatrais. Ainda adolescente, demonstrou um especial interesse pela fotografia.

Com 17 anos, empregou-se em Hollywood como assistente de câmara, não demorando a ser promovido a cameraman principal, por influência do produtor Hal Roach, que o colocou a trabalhar em algumas comédias de Stan Laurel e Oliver Hardy, como “Two Tars” de 1928 e “Big Business” de 1929. Em 1930, estreou-se como realizador, rodando duas curtas-metragens simultâneas: “Ladies Last” e “The Kickoff”. Foi nos estúdios da RKO Pictures que fez a sua primeira longa-metragem: “The Cohens and Kellys in Trouble” de 1933. Entre 1933 e 1934, Stevens foi um dos realizadores mais profícuos de Hollywood, realizando onze títulos.

O seu primeiro filme de grande sucesso foi “Alice Adams” (“Sonhos Dourados”, 1935), onde fez uma recriação do dia-a-dia de uma pequena cidade norte-americana cuja personagem principal (interpretada por Katharine Hepburn) tenta melhorar as suas condições de vida através de um casamento de interesse, acabando por se apaixonar por um rapaz humilde (Fred MacMurray).

O realizador enveredou depois pelo musical, dirigindo a dupla Fred Astaire -Ginger Rogers em “Swing Time” (“Ritmo Louco”, 1936). As opções de Stevens resultavam bem em termos de bilheteiras. Comprovou-o em “Gunga Din” de 1939, um filme de aventuras desenrolado na Índia, nos finais do Século XIX, e centrado na história de três sargentos ingleses (Cary Grant, Douglas Fairbanks Jr. e Victor McLaglen), que fogem da perseguição de um culto de assassinos.

Seguiram-se outros filmes, que ajudaram a estabelecer uma sólida reputação à sua carreira: “Woman of the Year” (“A Primeira Dama”, 1942) foi o primeiro filme em conjunto do futuro casal Spencer Tracy e Katharine Hepburn e “The More the Merrier” (“Gentes a Mais… Casas a Menos”, 1943), que conferiu a Stevens a sua primeira nomeação para o Oscar de Melhor Realizador. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi operador de câmara no exército norte-americano, tendo filmado momentos cruciais como o desembarque do exército aliado nas praias da Normandia e a libertação dos prisioneiros judeus do campo de concentração de Dachau.

Voltou ao activo com “I Remember Mama” (“O Seu Grande Mistério”, 1948), um melodrama sobre um casal de imigrantes nórdicos que tenta iniciar uma nova vida nos Estados Unidos.

A década de 1950 foi a mais frutuosa para Stevens. Venceu o seu primeiro Oscar com “A Place in the Sun” (“Um Lugar ao Sol”, 1951), um retrato cru da moral norte-americana, que venceu seis Oscars e que guindou ao estrelato os actores Montgomery Clift e Elizabeth Taylor. Seguiram-se “Shane” de 1953, um clássico dos westerns sobre um herói solitário (Alan Ladd) que protege uma família das investidas de um poderoso fazendeiro, e aquela que foi considerada como a sua obra-prima, a saga “Giant” (“O Gigante / Assim caminha a humanidade”, 1956), que retrata o confronto entre um barão de gado (Rock Hudson) e um milionário do petróleo (James Dean), que valeu a Stevens novo Oscar. A partir daí, rodou mais três filmes: “The Diary of Anne Frank” (“O Diário de Anne Frank”, 1959), “The Greatest Story Ever Told” (“A Maior História de Todos os Tempos”, 1965, com Max von Sydow) e “The Only Game in Town” (“Quando o Jogo É o Amor”, 1970).

Morreu vítima de ataque cardíaco. Tem uma estrela na Calçada da Fama, em 1701 Vine Street. 

domingo, 7 de março de 2021

7 DE MARÇO - JOSÉ BENTO PESSOA

EFEMÉRIDE - José Bento Pessoa, ciclista português, nasceu na Figueira da Foz em 7 de Março de 1874. Morreu na mesma cidade em   7 de Julho de 1954. Foi recordista mundial dos 500 metros, em 1897, e venceu o Campeonato de Espanha de Ciclismo em Estrada.

José foi sócio fundador do Ginásio Clube Figueirense. O nome oficial do Estádio Municipal José Bento Pessoa, foi dado em sua homenagem.

De 1892 a 1905, com um interregno entre 1902 e 1905 correu em Espanha, França (Paris) Bélgica (Gand), Suíça (Genebra), Itália (Turim), Alemanha (Berlim) e Brasil (Pará). Em Espanha, disputou provas em Vigo, Corunha, Sevilha, Bilbau, Salamanca, Ávila e Madrid. Na capital de Espanha, esteve continuamente oito meses e, em Paris, dois anos. Em Maio de 1897, na inauguração do Velódromo de Chamartin, Madrid, ganhou a prova internacional e bateu o record mundial dos 500 metros, que pertencia a Edmond Jacquelin, baixando o tempo de 34,6 para 33,2 segundos.

Em Espanha, tornou-se um ídolo, pois em 68 corridas, venceu-as todas. Em 10 de Abril de 1898, no Velódromo de Genebra, na Suíça, perante 20.000 pessoas, bateu o até aí invencível campeão suíço Théodore Champion. Venceria outras corridas em Paris, e em Berlim a 8 de Maio de 1898, talvez o ponto mais alto da sua carreira, venceu o Grande Prémio Zimmerman, à época a prova velocipédica mais importante da Europa, em honra de Arthur Augustus Zimmerman, vencedor do Campeão do Mundo Willy Arend. Conquistou grande número de medalhas e objectos de arte, e entre os prémios pecuniários que obteve conta-se o que ganhou no Pará - «10 contos fortes».

Quando as notícias das vitórias chegavam à sua terra, o entusiasmo dos figueirenses expandia-se em manifestações ruidosas e festivas:  - saíam as filarmónicas, a fachada do Teatro Príncipe iluminava-se e havia marchas - uma loucura.

Quando o campeão vinha descansar, era meia Figueira a festejá-lo. Chegou a ir da estação do caminho-de-ferro até casa, aos ombros dos mais entusiastas.

Em 1 de Setembro de 1901, os clubes ciclistas do país prestaram uma homenagem ao grande campeão. Para lhe ser entregue uma mensagem e um brinde, organizaram a estafeta ciclista Lisboa/Figueira.

José Bento Pessoa foi não só um campeão mundial, o maior ciclista de velocidade do seu tempo, mas também um treinador competente. Faleceu aos 80 anos de idade, na sui cidade natal.

sábado, 6 de março de 2021

6 DE MARÇO - TERESA WRIGHT

EFEMÉRIDE - Maria Teresa Wright, actriz norte-americana premiada com um Oscar, morreu em New Haven no dia 6 de Março de 2005.Nascera no Harlem, em Nova Iorque, em 27 de Outubro de 1918.

Durante o ensino médio, Teresa interessou-se pela carreira de actriz e, nas férias de Verão, passou a actuar em produções teatrais em Provincetown, Massachusetts. Após se ter graduado no ensino médio, em 1938, voltou à cidade de Nova Iorque, onde foi contratada como substituta do papel de Emily (interpretada por Dorothy McGuire e, mais tarde, por Martha Scott) na peça “Our Town” de Thornton Wilder. Ela assumiu o papel, quando Scott se deslocou para Hollywood a fim de filmar a adaptação da mesma peça.

A partir de 1939, Teresa actuou no papel de Mary Skinner na peça “Life with Father”. Foi então descoberta por um caça talentos contratado por Samuel Goldwyn para encontrar uma jovem actriz para interpretar o papel de Alexandra Giddens na adaptação da peça “The Little Foxes” de Lillian Hellman. Ela assinou imediatamente um contrato de cinco anos em Hollywood, mas assegurou a imagem de actriz séria numa cláusula em que afirmava que «não posaria para fotografias vestindo com fato de banho ou calções».

Em 1941, Teresa foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante, pela sua performance de estreia no cinema em “The Little Foxes”. No ano seguinte, foi nomeada novamente, então como Melhor Actriz principal, em “The Pride of the Yankees”, onde interpretou a esposa do jogador de basebol Lou Gehrig, vivido por Gary Cooper. Nesse mesmo ano, venceu como Melhor Actriz coadjuvante pela sua actuação no filme “Mrs. Miniver”. Até hoje, nenhum outro actor conseguiu ser nomeado para os Oscars pelos seus três primeiros filmes.

Em 1943, Goldwyn cedeu temporariamente Teresa à Universal Studios, para o filme “Shadow of a Doubt”, dirigido por Alfred Hitchcock. Outros filmes notáveis da actriz incluem “The Best Years of Our Lives” (1946), vencedor do Oscar de Melhor Filme, e “The Men”, o primeiro filme de Marlon Brando.

Teresa rebelou-se contra o sistema dos estúdios da época. Quando foi demitida por Goldwyn pela sua recusa em promover o filme de 1948 “Enchantment”, ela não expressou arrependimento em perder o seu salário de 5 mil dólares por semana. Ela afirmou, na época, que «o tipo de contrato entre actores e produtores é antiquado na forma e abstracto no conceito. Não há privacidade nossa que os produtores não possam invadir. Tratam-nos como gado, mandam em nós como se fossemos crianças».

A partir de 1955, Teresa passou a actuar mais em peças de teatro e na televisão. Em 1957, foi nomeada para um Emmy por “The Miracle Worker” e, em 1960, por “The Margaret Bourke-White Story. Em 1975, actuou em “A Morte de um Caixeiro Viajante” e, em 1980, em “Morning’s at Seven” na Broadway.

Os seus papéis mais recentes no cinema foram: em 1980, “Somewhere in Time” e, em 1997, “The Rainmaker”, adaptação de Francis Ford Coppola do romance com o mesmo nome de John Grisham.

Teresa faleceu de ataque cardíaco, aos 86 anos de idade. Foi casada com o escritor Niven Busch, de 1942 a 1952. O casal teve dois filhos. Em 1959, casou com o dramaturgo Robert Anderson, separando-se em 1978, mas permaneceram bons amigos até a morte da actriz.

sexta-feira, 5 de março de 2021

5 DE MARÇO - ROBERT CURBEAM

EFEMÉRIDE - Robert Lee Curbeam Jr., ex-astronauta e aviador norte-americano, veterano de três missões ao espaço, nasceu em Baltimore no dia 5 de Março de 1962.

Formado em Engenharia Aeroespacial pela Academia Naval dos Estados Unidos em 1984, serviu como piloto no Mediterrâneo, no Caribe e no Oceano Índico a bordo do porta-aviões USS Forrestal. Nos anos 1980, como integrante do seu esquadrão de combate, fez o curso dos TOPGUNS da Marinha.

Após cursar a Escola de Piloto de Teste Naval dos Estados Unidos em 1991, serviu como oficial de projecto do sistema de mísseis ar-terra do caça F-14. Em 1994, regressou à Academia Naval como instrutor do Departamento de Engenharia de Armas e Sistemas.

Curbeam entrou para a NASA em Dezembro de 1994 e treinou durante um ano no Centro Espacial Lyndon B. Johnson em Houston, Texas, onde - após avaliação - passou a integrar o corpo de astronautas da agência espacial.

O seu primeiro voo ao espaço ocorreu em 1997, como especialista de missão da STS-85 Discovery, passando doze dias no espaço. Ao voltar, assumiu as funções de CAPCOM, responsável pela transmissão de voz entre Houston e todas as tripulações de ónibus espaciais e de integrantes das expedições à Estação Espacial Internacional.

Em Fevereiro de 2001, foi novamente à órbita terrestre com a nave Atlantis, na missão STS-98, que integrou o módulo científico Unity à estrutura da ISS. Nos sete dias em que o ónibus espacial esteve acoplado à estação, ele passou um total de dezanove horas em actividades extra-veiculares, em três etapas diferentes no vácuo.

A sua terceira missão espacial foi em Dezembro de 2006 quando integrou a tripulação da STS-116 Discovery, que instalou mais equipamentos e secções à estrutura da estação em construção.

No total das suas três missões, Curbeam acumulou 901 horas no espaço, 45 horas em actividades extra-veiculares e é o astronauta que, até hoje, realizou mais caminhadas espaciais numa única missão: quatro, durante a expedição STS-116 da Discovery, em 2006.

Em Dezembro de 2007, ele anunciou o seu desligamento da NASA, para trabalhar no sector privado da indústria norte-americana.

Arquivo do blogue

Acerca de mim

A minha foto
- Lisboa, Portugal
Aposentado da Aviação Comercial, gosto de escrever nas horas livres que - agora - são muitas mais...