quarta-feira, 31 de agosto de 2022

31 DE AGOSTO - IVO LUCAS

EFEMÉRIDE - Ivo Marcelo Pretorius Lucas, actor, cantor e compositor português, nasceu em Vila Franca de Xira no dia 31 de Agosto de 1990.

Entrou para o Conservatório aos 8 anos, na vertente de piano. Durante 9 anos, frequentou aulas de música, tocando, para além do piano, viola, guitarra eléctrica e saxofone. Desenvolveu também aptidões de canto.

Como actor, começou por participar na 6ª série de “Morangos com Açúcar”, na TVI, onde desempenhou o papel de Gonçalo, personagem que também era músico, o que o fez por diversas vezes interpretar temas na novela. Seguiram-se várias participações como actor em novelas da TVI: “Espírito Indomável”, “Remédio Santo”, “Doce Tentação” e “Destinos Cruzados”. Também participou em “Morangos com Açúcar - O Filme”.

Em 2013, desempenha o papel de Sandro Pedroso em “Bem-Vindos a Beirais”, uma série da RTP.

Em 2015, estreia-se na ficção da SIC, na telenovela “Coração d’Ouro”, fazendo uma participação especial e interpretando ‘CaSo’, um cantor famoso da trama.

Em 2017, regressou à RTP1, no programa “Cuidado com a Língua”, e entrou no elenco principal da série “Sim, Chef!”, interpretando Carlos Pintado. Em 2018, participa na série Excursões Air Linoe em 2020 no programa “Cá Por Casa”, de Herman José.

Ainda em 2020, é escolhido para ser um dos protagonistas jovens da telenovela “Amor Amor”, da SIC, cuja estreia ocorreu em 2021. Na novela, Ivo Lucas interpreta Leandro Vieira.

Para além de actor, Ivo Lucas também é cantor, tendo interpretado desde 2009 vários temas, dos quais se destaca “Pinta a Lua (No Tom dos Teus Olhos)”, presente na banda sonora da novela “Destinos Cruzados”.

Em 2014, a convite do compositor João Só, participa no Festival RTP da Canção.

Em 2016, Lucas lançou o seu primeiro single, “Não Me Olhes Assim”, que conta com a participação de Kasha, dos D.A.M.A, e em 2017 lançou mais um single, ‘Amor Desleixado’, que conta com 2 milhões de visualizações no Youtube e com airplay nas principais rádios do país.

No Verão de 2018. marca presença no Meo Sudoeste, nas Festas do Mar (Cascais) e noutros palcos nacionais.

No início de 2019, editou o single “Inverno de 2003”, que conta com mais de 500 000 visualizações no Youtube e, no Outono, “Não Faz Mal”, um tema que surgiu numa conversa entre amigos, onde se falava da sinceridade e simplicidade em assumir que duas pessoas podem não funcionar por serem diferentes, mas ligarem-se bem.

Ivo Lucas é irmão da também cantora Diana Lucas.

Às 18h45m de 5 de Dezembro de 2020, conduzia um Range Rover, onde seguia também a sua namorada, a cantora Sara Carreira, quando se viu envolvido num acidente de viação ao km 61 na A1, na Póvoa da Isenta. O acidente envolveu mais dois veículos, sendo que num deles seguia a cantora Cristina Branco e a sua filha. Sara Carreira acabou por morrer no local. Ivo Lucas, então com 30 anos, foi internado no Hospital Distrital de Santarém com um derrame num pulmão e uma fractura exposta no pulso, tendo sido operado mais tarde em Lisboa, no Hospital de Santa Maria. O artista teve autorização para sair do hospital no dia 14 de Dezembro.

Em Novembro de 2021, foi tornado público o relatório final da GNR sobre o acidente. O relatório aponta para imputação do crime de homicídio por negligência a Ivo Lucas, por conduzir em excesso de velocidade (128 km/h). Em 3 de Dezembro de 2021, o Ministério Público de Santarém acusou formalmente o actor e Cristina Branco de homicídio negligente de Sara Carreira.

terça-feira, 30 de agosto de 2022

30 DE AGOSTO - LEE THOMPSON

EFEMÉRIDE - John Lee Thompson, realizador (director) de cinema inglês, morreu em Sooke, Colúmbia Britânica, no dia 30 de Agosto de 2002. Nascera em Bristol, Inglaterra, em 1 de Agosto de 1914.

Foi sobretudo conhecido pelos seus trabalhos em “Os Canhões de Navarone” (1961), “A Conquista do Planeta dos Macacos” (1972) e “A Batalha do Planeta dos Macacos” (1973).

Ao longo da sua carreira (1950/1989), trabalhou em 50 filmes.

Recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Realizador, por “The Guns of Navarone” (1961).

Foi nomeado duas vezes para o BAFTA de Melhor Filme, com “Tiger bay” (1959) e “North west Frontier” (1959).

Ganhou duas vezes o Prémio FIPRESCI no Festival de Berlim, por “Woman in a dressing gown” (1957) e “Sob o Sol da África” (1968).

Ganhou o Prémio OCIC - Menção Especial no Festival de Berlim, com “Woman in a dressing gown” (1957).

Faleceu com 88 anos de idade.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

29 DE AGOSTO - WILLIAM FRIEDKIN

EFEMÉRIDE - William Friedkin, realizador de cinema norte-americano, nasceu em Chicago no dia 29 de Agosto de 1935. Dirigiu dois grandes filmes da década de 1970: “The French Connection” e “O Exorcista”.

Tem a sua estrela na Calçada da Fama, no Hollywood Boulevard.

Friedkin nasceu no estado de Illinois, filho de Rachael Green e de Louis Friedkin. O pai era um jogador semiprofissional de softball, marinheiro mercante e vendedor de roupas masculinas. A mãe, a quem Friedkin chamava «uma santa», era uma enfermeira de sala de operações.

Os pais eram imigrantes judeus da Ucrânia. Os seus avós, pais e outros parentes fugiram da Ucrânia durante um pogrom anti judeu particularmente violento em 1903.

O pai de Friedkin era um pouco desinteressado em fazer dinheiro e a família foi geralmente da classe média baixa, enquanto ele estava a crescer.

De acordo com o historiador de cinema Peter Biskind, «Friedkin via o seu pai com uma mistura de afecto e desprezo por não fazer mais por si mesmo». De acordo com o seu livro de memórias, “The Connection Friedkin”, ele teve grande afeição pelo seu pai.

No que respeita à sua carreira no cinema, recebeu várias nomeações e prémios: duas nomeações para o Oscar de Melhor Realizador, com “Operação França” (1971) e “O Exorcista” (1973). Venceu em 1971; dois Globo de Ouro de Melhor Realizador, por “Operação França” (1971) e “O Exorcista” (1973); nomeação para o BAFTA de Melhor Director, por “Operação França” (1971); e ainda 3 nomeações para o  Directors Guild of America, com os já citados dois filmes e “Doze Homens e Uma Sentença” (1997). Venceu em 1971.

Ao longo da sua carreira (1962/2017), trabalhou em dezenas de filmes para cinema e televisão.

domingo, 28 de agosto de 2022

28 DE AGOSTO - CHADWICK BOSEMAN

EFEMÉRIDE - Chadwick Aaron Boseman, actor, director e guionista norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 28 de Agosto de 2020.  Nascera em Anderson, em 29 de Novembro de 1976.  

Ele era mais conhecido pelos seus retratos de figuras históricas da vida real, como Jackie Robinson em “42” (2013), James Brown em “Get on Up - A História de James Brown” (2014) e Thurgood Marshall em “Marshall” (2017), e pelo seu retrato como ‘T’Challa / Pantera Negra’ no Universo Cinematográfico Marvel, nos filmes “Captain America: Civil War” (2016), “Black Panther” (2018), “Avengers: Infinity War” (2018), “Avengers: Endgame” (2019) e fornecendo a sua voz na série animada “What If...?” (2021).

Ele também estrelou filmes como “21 Bridges” (2019), “Da 5 Bloods” (2020) e “Ma Rainey’s Black Bottom” (2020), oi seu último filme.

Boseman faleceu aos 43 anos, após uma batalha de quatro anos contra um cancro colorretal.

Boseman nasceu e fora criado em Anderson, Carolina do Sul, filho de Carolyn e Leroy Boseman, ambos afro-americanos. A mãe era enfermeira e o pai trabalhava numa fábrica de têxteis, mantendo também um negócio de estofos.  Boseman formou-se na T. L. Hanna High School em 1995.

No 1º ano, escreveu a sua primeira peça, “Crossroads. Ele estudou na Universidade Howard em Washington, D.C., formando-se em 2000 com um bacharelato em Artes plásticas. Uma das suas professoras foi Phylicia Rashad, que se tornou sua mentora. Ela ajudou a arrecadar fundos para que Boseman e alguns colegas de classe pudessem participar no Oxford Mid-Summer Programa da British American Drama Academy em Londres, no qual eles foram aceites.

Boseman queria escrever e dirigir, e inicialmente começou a estudar Representação para aprender a relacionar-se com actores.

Depois de voltou para os EUA, formou-se na Academia Digital de Cinema de Nova Iorque (British American Dramatic Academy). Ele morava no Brooklyn no início da sua carreira.

Boseman trabalhou como instrutor de dramas no Schomburg Junior Scholars Program, alojado no Centro Schomburg de Pesquisa em Cultura Negra em Harlem, Nova Iorque. Em 2008, mudou-se para Los Angeles para prosseguir uma carreira de actor.

Boseman obteve o seu primeiro papel de televisão em 2003, num episódio de “Third Watch”. O seu trabalho inicial incluiu episódios das séries “Law & Order”, “CSI: NY” e “ER”.

Ele também continuou a escrever peças, com o seu guião para “Deep Azure” realizado na Congo Square Theatre Company em Chicago, Illinois; foi nomeado para o Prémio Joseph Jefferson de 2006 para novos trabalhos.

Em 2008, desempenhou um papel recorrente na série de televisão “Lincoln Heights” e apareceu na sua primeira longa-metragem, “The Express”. Ele conseguiu um papel regular em 2010 noutra série de televisão, “Persons Unknown”.

Boseman desempenhou o seu primeiro papel principal em 2013, no filme “42”, em que retratou o pioneiro do basebol e estrela Jackie Robinson. Ele estava a dirigir uma peça off-Broadway em East Village quando fez uma audição para o papel. Ele considerou, na época, a hipótese de desistir de ser actuar e prosseguir como um director em tempo integral. Cerca de 25 outros actores haviam sido seriamente considerados para o papel, mas o director Brian Helgeland gostou da bravura de Boseman e lançou-o depois dele ter feito a audição duas vezes.

Em 2013, Boseman também estrelou o filme independente “The Kill Hole”, que foi lançado nos cinemas algumas semanas antes de “42”.

Em 2014, Boseman apareceu junto de Kevin Costner em “Draft Day”, no qual ele actuou numa perspectiva preliminar da National Football League. Mais tarde naquele ano, ele estrelou como James Brown em “Get on Up - A História de James Brown”. Em 2016, fez de Tot, uma divindade da mitologia egípcia, em “Deuses do Egipto”.

Boseman foi criado como cristão. Ele foi baptizado e fazia parte de um coro da igreja e de um grupo juvenil.

Em Outubro de 2019, Boseman casou em segredo com a cantora Taylor Simone Ledward. Os dois já vinham se relacionando desde 2015.

A morte de Boseman apanhou os seus fãs de surpresa, uma vez que o actor jamais revelou que estava doente, embora já houvessem suspeitas anteriores sobre o seu estado de saúde.

Entre muitas nomeações e prémios recebidos, foi nomeado para um Oscar de Melhor Actor.

sábado, 27 de agosto de 2022

27 DE AGOSTO - CAROLINA DESLANDES

EFEMÉRIDE - Carolina Deslandes, cantora e compositora portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 27 de Agosto de 1991.

Aos 18 anos, entrou no programa “Ídolos”. Tirou o curso de Línguas e Literatura na Universidade de Lisboa. Depois, estudou Vocals na London Music School, durante seis meses.

Carolina entrou para a música devido a um concerto dos Xutos e Pontapés, onde disse para o pai: «Um dia eu quero estar ali em cima». Em Dezembro de 2010, ficou em 3º lugar na quarta temporada da versão portuguesa dos “Ídolos”.

Em Agosto de 2017, lançou o single “A Vida Toda”, que se tornou um dos temas mais cotados no Top do iTunes português e mais ouvidos no Spotify em Portugal, tendo o respectivo videoclipe publicado no Youtube ultrapassado os 7 milhões de visualizações em Abril de 2018. O single chegou ao nº 9 do top português de singles em Fevereiro de 2018. Em Abril de 2018, lançou o seu terceiro álbum, “Casa”, que se estreou no primeiro lugar do top português de álbuns.

Em Abril de 2017, lançou o seu blogue pessoal ‘A Vida Toda’, onde partilha episódios da maternidade.

No dia 29 de Setembro de 2019, ganhou o Globo de Ouro de Melhor Música, com o tema “A Vida Toda”.

Foi vencedora na categoria de Música do prémio Personalidade do Ano, atribuído pela revista “Lux” (2017).

Recebeu ainda o prémio Blog Revelação, pelo seu blogue ‘A Vida Toda’, atribuído pela TVI (2017).

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

26 DE AGOSTO - CARLOS AMARAL DIAS

EFEMÉRIDE Carlos Augusto Amaral Dias, psicanalista e professor universitário português, nasceu em Coimbra no dia 26 de Agosto de 1946. Morreu em Lisboa, em 3 de Dezembro de 2019.

Médico licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, com especialização em Psiquiatria, obteve o grau de doutor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da mesma Universidade, com a dissertação “A influência relativa dos factores psicológicos e sociais no evolutivo toxicómano” (1981).

Foi director do Instituto Superior Miguel Torga e professor catedrático da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e do Instituto Superior de Psicologia Aplicada (ISPA), em Lisboa. Teve colaboração com a Universidade de Wisconsin e com a Universidade de Porto Alegre. Foi vice-presidente da Academia Internacional de Psicologia e coordenador do Nusiaf - Núcleo de Seguimento Infantil e Acção Familiar. Foi também presidente da Sociedade Portuguesa de Psicanálise e da Sociedade Portuguesa de Psicodrama Psicanalítico de Grupo.

É autor dos livros “O Inferno Somos Nós - conversas sobre crianças e adolescentes” (2002 e “Modelos de Interpretação em Psicanálise” (2003). Com João Sousa Monteiro, publicou “Eu Já Posso Imaginar que Faço” (1989). Foi também revisor científico da edição portuguesa do “Dicionário de Psicanálise” de Élisabeth Roudinesco e Michel Plas (2000). Foi director da “Revista Portuguesa de Psicanálise”. Dirigiu “Esta Inquietante Estranheza”, programa para a TSF, e partilhou “Alma Nostra”, com Carlos Magno, na Antena1, cuja última emissão foi em 1 de Novembro de 2011.

Foi também comentador televisivo. Colaborou na revista “Arte Opinião” (1978/1982).

O problema da toxicodependência é um dos temas principais da sua investigação. Os seus referenciais de interesse científico e de investigação são a psicanálise, a psicologia clínica, a psicopatologia do funcionamento mental, a toxicodependência e a investigação sobre a psicose.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

25 DE AGOSTO - TOZÉ BRITO



EFEMÉRIDE
Tozé Brito, de seu nome completo António José Correia de Brito, cantor, letrista, compositor, produtor, editor, administrador e mentor de projectos musicais português, nasceu no Ermesinde no dia 25 de Agosto de 1951. Foi executivo das editoras Universal Music Portugal (sucessora da Polygram) e BMG. Presentemente, é director e administrador da Sociedade Portuguesa de Autores.

Cresceu no Porto. Em 1959 iniciou os estudos de piano que abandonou três anos depois.

Forma o seu primeiro grupo aos quatorze anos. Começou como guitarrista dos Grupo 4. Com os Duques, subiu a um palco pela primeira vez. Com 15 anos foi um dos membros fundadores do grupo Pop Five Music Incorporated como viola baixo e vocalista. O primeiro EP do grupo inclui um original da sua autoria (“You’ll See”).

Aos 18 anos, veio viver para Lisboa para tocar, como músico profissional, no Quarteto 1111. Em 1971 actua com José Cid no conhecido Festival Yamaha - World Popular Song Festival, em Tóquio.

A solo, lança - em 1972 - o EP “Liberdade”72). Participa no Festival RTP da Canção de 1972 com “Se Quiseres Ouvir Cantar”.

Os Green Windows, grupo paralelo ao Quarteto 1111, começaram em 1972 no Festival dos Dois Mundos. O grupo era composto por José Cid, Tozé Brito, Moniz Pereira, Mike Sergeant e as mulheres de alguns deles. Cantam em inglês porque havia uma tentativa de internacionalização que não chegou a ser bem-sucedida.

Ainda em 1972, foi chamado para fazer a recruta à espera de ingressar no Alerta Estar, onde eram colocados os artistas. Como o Quarteto 1111 tinha discos proibidos pela censura, não conseguiu entrar nesse serviço e decide partir para Inglaterra. Aí, trabalhou como tradutor e fez dois anos de Psicologia no Birbeck College da Universidade de Londres. Casa-se e aí nasce a sua primeira filha.

Gravou um disco com a cantora Daphne (ex-Música Novarum) no projecto “Som Dois” que chega a lançar um single com os temas “A um Amigo” e “Irmão na Cor da Alma”.

Regressou a Portugal após o 25 de Abril de 1974. É obrigado a fazer a tropa, onde passa todo o ano de 1975. Intensifica o seu trabalho como compositor e autor.

Os Green Windows duraram até 1976 quando decide formar os Gemini com Mike Sergeant, Fá e Teresa Miguel. “Pensando Em Ti”, a primeira canção do grupo, foi editada em Dezembro de 1976. O álbum atingiu o galardão de disco de ouro, o mais alto da época. Foi considerado, tendo em conta as vendas, o compositor português do ano pela revista “Billboard”.

Em 1977, lançou a solo, pela Phonogram, os singles “2010 DC” e “Eu, Tu e o Tempo”. Cândido Mota colabora num dos discos.

Os Gemini são os vencedores do Festival RTP da canção, em 1978. O grupo acabará por terminar no ano seguinte.

Participou no Festival RTP da Canção de 1979 com “Novo Canto Português”. É editado um single em conjunto com um tema das Cocktail. Lança, com Paulo de Carvalho, o álbum “Cantar de Amigos”. “Olá, então como vais?” foi um dos maiores sucessos deste disco. Entra para A & R da editora discográfica Polygram.

No ano seguinte, “Cantar de Amigos” é transformado num programa de televisão. Mi amor por Ana”, em co-autoria com Paulo de Carvalho e o seu irmão Pedro Correia Brito, é apresentado no Festival de Viña del Mar, no Chile, em 1980.

Bem Bom” das Doce vence o Festival RTP da Canção em 1982. Edita o disco “Adeus Até Ao Meu Regresso (Apenas oito Canções de Amor)”no ano seguinte. Colabora como autor em vários programas de Herman José.

Penso em ti, eu sei” de Adelaide Ferreira vence o Festival em 1985. O disco “As noites íntimas de um hotel com estrelas”, álbum que assinala os 20 anos de carreira, foi editado em Outubro de 1986. Das onze faixas incluídas, só quatro são cantadas.

Em 1990, sai da Polygram para dirigir a filial portuguesa da editora BMG Ariola. Foi administrador até Setembro de 1998. Saiu porque os seus patrões estrangeiros lhe exigiram a liderança do mercado nacional a curto prazo, o que julgou irrealista. Em 1999, fundou a Mar, uma estrutura de A&R e produção criada em parceria com a EMI. Lança, numa lista muito desigual, nomes como Lúcia Moniz, Ayamonte, Francisco Mendes e Darrasar.

É convidado para presidente do Conselho de Administração da Universal Portuguesa (ex-Polygram).

Comemorou 35 Anos de Canções com a compilação “... Mas o Mais Importante É o Amor” com nomes como Lúcia Moniz, Marta Plantier, Adelaide Ferreira, Paulo de Carvalho, José Cid, Quarteto 1111, Carlos do Carmo, Simone de Oliveira, Victor Espadinha, Doce, Gemini e Green Windows.

Em 2007, celebraou40 anos de carreira e lança o CD “Vida, canções e amigos” que reúne um conjunto de 40 canções, com música ou letra assinadas por ele ou das quais é co-autor. No final de 2007, deixa a Universal Music Portugal após uma fusão entre a Universal espanhola e a portuguesa, e a passagem da administração para Madrid.

Desde 2008, Tozé Brito é administrador da Sociedade Portuguesa de Autores e sócio fundador da MUV-Movimento de Ideias Criativas, Lda.

Em 2010, foi editado pela assírio & Alvim, o songbook40 Canções - Partituras, letras, Cifras”.

Em Maio de 2011, recebeu da Câmara Municipal de Coimbra, enquanto elemento do Quarteto 1111, a medalha de mérito cultural, tendo sido agraciado também com nova medalha de mérito cultural a título individual em Junho, pela Câmara Municipal de Cascais. Foi posteriormente homenageado, num espectáculo durante as Festas do Mar, perante 40 000 pessoas, por muitos dos intérpretes que durante mais de 40 anos gravaram e cantam canções de sua autoria.

A comemorar 45 anos de carreira, foi lançada em 2013 uma compilação da Universal que inclui o inédito “Apenas Mais Um Caso” e canções de outros intérpretes que gravaram canções da sua autoria.

Em 2021, foi homenageado no álbum tributo “Tozé Brito (de) Novo”, editado pela Sony, no qual participaram Benjamim, B Fachada, Ana Bacalhau, Mitó, Tiago Bettencourt, Miguel Guedes, Rita Redshoes, Selma Uamusse, Catarina Salinas, Camané, Samuel Úria, Joana Espadinha, António Zambujo e Tomás Wallenstein, pelos seus 55 anos de carreira e 70 de vida.

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

24 DE AGOSTO - YASSER ARAFAT

EFEMÉRIDE - Yasser Arafat, líder da Autoridade Palestiniana, presidente (de 1969 até 2004) da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), líder da Fatah e co-detentor do Nobel da Paz, nasceu no Cairo em 24 de Agosto de 1929. Morreu em Clamart no dia 11 de Novembro de 2004.

Arafat nasceu de pais palestinos a viver no Cairo, onde passou a maior parte de sua juventude e estudou na Universidade do Rei Fuad I. Enquanto estudante, abraçou as ideias árabes nacionalistas e antissionistas. Contrário à criação do Estado de Israel em 1948, lutou ao lado da Irmandade Muçulmana durante a Guerra Árabe-Israelita de 1948.

Regressado ao Cairo, serviu como presidente da União Geral dos Estudantes Palestinos, de 1952 a 1956. Na última parte da década de 1950, co-fundou a Fatah, uma organização paramilitar que buscava a remoção de Israel e a sua substituição por um estado palestino.

A Fatah operou em vários países árabes, de onde lançou ataques contra alvos israelitas. Na última parte da década de 1960, o perfil de Arafat cresceu; em 1967, ingressou na OLP e, em 1969, foi eleito presidente do Conselho Nacional Palestino (CNP). A crescente presença da Fatah na Jordânia resultou em confrontos militares com o governo jordaniano do rei Hussein e, no início da década de 1970, mudou-se para o Líbano. Lá, a Fatah ajudou o Movimento Nacional Libanês durante a Guerra Civil Libanesa e continuou os seus ataques a Israel, resultando em se tornar um dos principais alvos das invasões de Israel em 1978 e 1982.

De 1983 a 1993, Arafat estabeleceu-se na Tunísia e começou a mudar a sua abordagem do conflito aberto com os israelitas para a negociação. Em 1988, ele reconheceu o direito de existência de Israel e buscou uma solução de dois estados para o conflito israelense-palestino.

Em 1994, voltou à Palestina, estabelecendo-se na cidade de Gaza e promovendo o autogoverno dos territórios palestinos. Ele envolveu-se numa série de negociações com o governo de Israel para acabar com o conflito entre eles e a OLP. Estas incluíram a Conferência de Madrid de 1991, os Acordos de Oslo de 1993 e a reunião de Camp David de 2000.

Em 1994, Arafat recebeu o Prémio Nobel da Paz, juntamente com Yitzhak Rabin e Shimon Peres, pelas negociações em Oslo. Na época, o apoio da Fatah entre os palestinos diminuiu com o crescimento do Hamas e de outros rivais militantes.

No final de 2004, depois de ser efectivamente confinado no seu complexo de Ramallah por mais de dois anos pelo exército israelita, Arafat entrou em coma e morreu. Embora a causa da morte de Arafat tenha permanecido objecto de especulação, investigações de equipas russas e francesas determinaram que nenhum crime estava envolvido.

Arafat continua a ser uma figura controversa. Os palestinos geralmente vêem-no como um mártir que simbolizava as aspirações nacionais de seu povo. Os israelitas consideravam-no um terrorista. Rivais palestinos, incluindo islâmicos e vários esquerdistas da OLP, frequentemente denunciaram-no como corrupto ou muito submisso nas suas concessões ao governo de Israel.

terça-feira, 23 de agosto de 2022

23 DE AGOSTO - JIMI JAMISON

EFEMÉRIDE - Jimmy Wayne “JimiJamison, cantor e compositor norte-americano, nasceu em Durant no dia 23 de Agosto de 1951. Morreu em Memphis, em 31 de Agosto de 2014. Ficou conhecido como vocalista da banda Survivor.

Em 1984, Jamison substitui Dave Bickler como vocalista dos Survivor, gravando a canção “The Moment of Truth”, que fez parte da banda sonora do filme “Karate Kid”.

No ano seguinte, gravou o hit “Burning Heart”, tema do filme “Rocky IV”, de Sylvester Stallone.

Em 1989, Jamison deixou a banda para fazer carreira a solo. Gravou no mesmo ano a canção “I’m Always Here”, que fez parte da banda sonora da série televisiva “Baywatch” (“SOS Malibu” no Brasil; “Marés Vivas” em Portugal).

Em Outubro de 2011, lançou um álbum em parceria com Bobby Kimball (vocalista dos Toto) intitulado “Kimball/Jamison”.

Jamison morreu na sua casa em Memphis, nos Estados Unidos, após sofrer um ataque cardíaco. Tinha 63 anos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

22 DE AGOSTO - CUNHA LEAL

EFEMÉRIDE - Francisco Pinto da Cunha Leal, militar, publicista e político português, nasceu em Penamacor no dia 22 de Agosto de 1888. Morreu em Lisboa, em 26 de Abril de 1970.

Entre outras funções, foi deputado, presidente do Ministério (primeiro-ministro) de um dos governos da Primeira República Portuguesa, ministro das Finanças e reitor da Universidade de Coimbra. Membro do Partido Republicano Nacionalista, fundou a União Liberal Republicana em 1923. Apesar de ter apoiado o golpe de 28 de Maio de 1926, incompatibilizou-se com Oliveira Salazar, transformando-se num dos mais notáveis opositores da primeira fase do regime do Estado Novo e um dos primeiros proponentes de uma solução política de autodeterminação para o Império Colonial Português.

Destacou-se na defesa de uma solução política de progressiva autonomia para as colónias, programa que expôs em obras como “O Colonialismo dos Anticolonialistas” e “A Gadanha da Morte”.

Também se destacou como publicista, dirigindo os periódicos “O Século”, “A Noite” e a revista “Vida Contemporânea”. Para além de colaborar em múltiplos jornais, foi autor de obras sobre Angola, a Primeira República e de carácter memorialista. Encontra-se colaboração da sua autoria na “Gazeta das colónias” (1924/1926).

Cunha Leal era filho de Maria da Piedade de Carvalho e de José Pinto da Cunha, um pequeno proprietário e funcionário público. Conclui o ensino primário no concelho do Fundão e iniciou os estudos liceais em Castelo Branco, concluindo-os em Lisboa. Entre 1905 e 1908, frequentou a Escola Politécnica de Lisboa, ingressando seguidamente na Escola do Exército, onde em 1912 concluiu os cursos de Engenheiro militar e de Engenheiro civil e de minas.

Iniciou a carreira de oficial do Exército Português na especialidade de Engenharia, no decorrer da qual foi sucessivamente colocado no Serviço de Torpedeiros (1912 a 1913) e nos Pontoneiros de Tancos (1913 a 1914). Já no posto de tenente de Engenharia Militar, serviu em Angola, tendo sido nomeado chefe-de-brigada na Companhia dos Caminhos-de-Ferro de Angola (1914 a 1915). Foi promovido a capitão em 1917 e nesse posto integrou o Corpo Expedicionário Português enviado para França durante a Primeira Guerra Mundial.

Regressado a Portugal em 1918, em gozo de licença do Corpo Expedicionário Português, foi um dos muitos oficiais que não voltou à frente de batalha, sendo nomeado director-geral dos Transportes Terrestres e ficando adstrito ao Governo, em Lisboa.

Iniciou a sua acção política em 1918, durante o sidonismo, filiando-se no Partido Republicano Nacionalista e depois no Partido Centrista Republicano de António Egas Moniz. Apoia Sidónio Pais e ainda em 1918 foi eleito, de acordo com as regras eleitorais definidas pelo novo regime, deputado pelo círculo eleitoral da Covilhã, cargo que ocupou até 1919.

Esteve envolvido na Revolta de Santarém de 12 de Janeiro de 1919, contra o governo presidido por Tamagnini Barbosa, então acusado de estar sob a influência dos monárquicos. Por essa razão foi detido, passando alguns meses na prisão. Com a alteração da situação política, foi reabilitado e, nesse mesmo ano, nomeado director-geral de Estatística.

A 28 de Junho de 1919, foi feito cavaleiro da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Nas eleições gerais de 1919, foi eleito deputado pelo círculo eleitoral de Angola, integrando o grupo parlamentar Popular, no qual permaneceu até 1921. Durante aquela legislatura, integrou pela primeira vez o Governo, embora de forma efémera, exercendo as funções de ministro das Finanças de 20 a 30 de Novembro de 1920, no executivo presidido por Álvaro de Castro.

Apesar da queda do executivo reconstituinte de Álvaro de Castro, manteve-se à frente do Ministério das Finanças entre 30 de Novembro de 1920 e 2 de Março de 1921, integrando o Governo presidido por Liberato Pinto. Esta nomeação surgiu após ter defendido no Parlamento, meses antes, uma política financeira de igual rigor por parte do Estado e dos contribuintes, a quem exigiu os pagamentos devidos. Já como ministro, afirmou que o Estado se encontrava «sem os recursos necessários para comprar o pão-nosso de cada dia». Durante este período foi também director do jornal “O Popular”.

Voltou a ser eleito deputado pelo círculo eleitoral de Angola nas eleições de 1921, integrando então o grupo parlamentar do Partido Liberal Republicano, que ajudou a criar e liderou. Participou na revolta de 19 de Outubro de 1921, na qual foi ferido ao tentar salvar António Granjo, presidente do Ministério derrubado nesse dia.

Quando em 16 de Dezembro daquele ano de 1921 foi derrubado o Governo presidido por Carlos Maia Pinto, assumiu as funções de presidente do Ministério, mantendo-se no poder até 6 de Fevereiro de 1922. Durante esse período acumulou a presidência com a pasta de ministro do Interior.

O governo era de concentração de vários partidos, num equilíbrio político instável, assumindo como principal missão acabar com a onda revolucionária que assolava o país e provocara a sublevação da Noite Sangrenta, em que tinham sido assassinados vários prestigiados políticos republicanos. Tal implicava restaurar a ordem pública através da reposição do controlo político sobre a Guarda Nacional Republicana, mas o Governo, pressionado pela GNR, foi obrigado a procurar refúgio no forte de Caxias e a chamar o Exército para cercar Lisboa.

Os maus resultados das eleições gerais de 29 de Janeiro de 1922, ganhas pelo Partido Democrático Republicano, e um pequeno conflito diplomático com o governo britânico levaram à queda do executivo.

Nas eleições de 1922 e de 1925 foi eleito pelos círculos eleitorais de Chaves e de Vila Real, respectivamente, desta feita nas listas do Partido Republicano Nacionalista, cuja bancada parlamentar liderou. Neste período, voltou a integrar o executivo, exercendo as funções de ministro das Finanças entre 15 de Novembro e 18 de Dezembro de 1923 no executivo presidido por António Ginestal Machado, que ficaria conhecido como o «Governo da Intentona Putchista». Entretanto, fora nomeado director de “O Século”, passando a defender com crescente veemência a necessidade de uma ditadura que restabelecesse a ordem pública e social em Portugal. Em 17 de Dezembro de 1923, véspera da demissão do Governo de Ginestal Machado, ainda em funções ministeriais, discursou na Sociedade de Geografia de Lisboa, afirmando, sem rebuços, que «a ditadura salvadora para Portugal há-de vir, trazida pela força das circunstâncias».

Estas afirmações são reflexo da evolução do seu pensamento, já que a partir de Janeiro de 1922, aquando da sua saída da presidência do executivo, iniciara um percurso político e ideológico que o levou a aderir à direita republicana.

Foi nomeado reitor da Universidade de Coimbra em 1924, mas apoiou a Revolta de 18 de Abril de 1925, o Golpe dos Generais, o que levou, em 19 de Abril, à sua demissão do cargo e prisão por um breve período. Após a sua libertação, em Setembro daquele ano, com Tamagnini Barbosa, tornou-se advogado de defesa dos militares implicados na intentona.

Reabilitado, foi ainda em 1925 nomeado vice-governador do Banco Nacional Ultramarino, uma sinecura que desempenhou até 1926.

Em 1926, foi obrigado a deixar a chefia do Partido Nacionalista e fundou a União Liberal Republicana, partido que liderou e que tinha como objectivo expresso criar condições para a ocorrência de um golpe militar que restabelecesse a ordem republicana.

Divergente com as posições que defendia desde 1923, apoiou o golpe de 28 de Maio de 1926, por ele encarado como a única solução de pôr termo à ditadura do Partido Democrático Republicano e restaurar a ordem pública. Em consequência desse apoio, durante os governos da Ditadura Nacional manteve-se no exercício de diversos cargos públicos, entre os quais o de governador do Banco de Angola (1926 e 1927/1930), de delegado de Portugal à Conferência Económica Internacional de Genebra (1927) e de membro do Comité Consultivo da Organização Económica da Sociedade das Nações (1928).

Apesar de ter sido, na altura, um dos intelectuais e políticos que estava com o general António Óscar Carmona, ao tempo presidente do Ministério e depois presidente da República, já no 1º de Dezembro de 1927 lhe foi proibido de proferir um discurso nacionalista que se lhe oponha. Assim como, se no início apoiou a nomeação de António de Oliveira Salazar para a pasta das Finanças, já em 1930 critica publicamente a eternização da ditadura e a sua política financeira. Na qualidade de governador do Banco de Angola (1926 e 1927/1930), considera particularmente danosos os efeitos da interferência do Governo da República no orçamento e nas finanças das colónias.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                

Aquela oposição resultava de ser defensor da autonomização das colónias, pelo que se opunha às medidas financeiras subjacentes ao Acto Colonial e às políticas financeiras crescentemente restritivas impostas. No decurso da sua segunda nomeação como governador do Banco de Angola, tornou-se num acerbo crítico da política financeira salazarista para as colónias. Essa oposição valeu-lhe a exoneração daquele cargo, seguida da acusação de conspirar contra o Governo, o que o levou a ser preso em Maio de 1930 e deportado para Ponta Delgada, nos Açores. Dali seguiu sob prisão para a ilha da Madeira, de onde, em Novembro de 1930, se conseguiu evadir para Londres, seguindo então para um período de exílio em Espanha. Beneficiando de uma amnistia, regressou a Lisboa em finais de 1932.

Tolerado em Lisboa, em 1934 assume o lugar de director da “Vida Contemporânea”, mas - logo no ano seguinte - em 1935, foi detido e novamente deportado.

No exílio, foi uma das mais respeitadas vozes da oposição ao Estado Novo. Foi candidato oposicionista em diversos sufrágios e manteve sempre uma postura de grande combatividade contra o regime ditatorial que ajudara a instalar.

Nas eleições de 18 de Novembro de 1945, para a Assembleia Nacional, foi candidato independente pelo círculo eleitoral de Angola nas listas do Movimento de Unidade Democrática (MUD). Dois dias antes do escrutínio atacou violentamente Salazar, de quem disse que «não quer nem sabe trabalhar senão quando nas ruas reina um pávido silêncio e ninguém discute os frutos do seu labor».

Foi novamente candidato oposicionista nas eleições para a Assembleia Nacional de 1949, também pelo círculo de Angola.

Em 1950, participou no Directório Democrático Social, ao lado de António Sérgio, Jaime Cortesão e Mário de Azevedo Gomes.

Nas eleições presidenciais de 1951, com Henrique Galvão, apoiou a candidatura de Manuel Carlos Quintão Meireles.

domingo, 21 de agosto de 2022

21 DE AGOSTO - KELIS

EFEMÉRIDE - Kelis Rogers, cantora norte-americana, nasceu em Nova Iorque no dia 21 de Agosto de 1979. Já conquistou um BRIT Award e foi nomeada para dois Grammy Awards.

Kelis nasceu e foi criada em Harlem. O seu primeiro nome é uma palavra que era usada frequentemente pelo seu pai Kenneth e por mãe Eveliss. Kenneth é um músico afro-americano de jazz, ministro pentecostal e professor da Wesleyan University. A mãe Eveliss é criadora de moda.

Em Março de 2007, Kelis foi presa pela polícia em Miami Beach, Flórida, por conduta imprópria. Foi libertada mais tarde sob uma fiança de 1 500 dólares.

Kelis foi casada com o rapper Nas. O filho do casal, Knight, nasceu em 2009. Em Abril do mesmo ano, a revista “People” escreveu que Kelis, na época com sete meses de gravidez, preparava já o divórcio.

Kelis começou a gravar o seu disco de estreia no final de 1998. Kaleidoscopefoi lançado em 7 de Dezembro de 1999. Desde o seu lançamento vendeu cerca de 249 mil cópias, segundo a Nielsen SoundScan. A British Phonographic Industry certificou o álbum como   Ouro, por ter vendido mais de 100 mil cópias no Reino Unido.

O seu segundo disco, “Wanderland”, foi editado dois anos depois, em 17 de Outubro de 2001. De acordo com Kelis, a gravadora Virgin Records não «compreendeu» o álbum. O disco teve pouco impacto a nível mundial.

Foi finalmente em 2003, que a cantora teve o sucesso esperado há muito. O seu terceiro disco, “Tasty”, foi editado em 5 de Dezembro de 2003. De acordo com Nielsen SoundScan, o álbum vendeu 533 mil cópias só nos Estados Unidos e o seu single mais popular “Milkshake” atingiu o Ouro. O mesmo single foi um sucesso na Europa. De acordo com a British Phonographic Industry, o disco foi certificado Platina no Reino Unido, vendendo mais de 300 mil cópias e o single “Milkshake” foi Prata. Já o segundo single não teve tanto sucesso nos Estados Unidos.

O quarto álbum de estúdio, “Kelis Was Here”, foi lançado a 22 de Agosto de 2006. O disco vendeu 157 mil cópias nos Estados Unidos, de acordo com a Nielsen SoundScan. O single “Bossy” foi certificado Platina em Dezembro de 2006, pela RIAA. No Reino Unido, o disco vendeu 60 mil cópias e foi certificado Prata pela BPI.

Em 1 de Março de 2008, Kelis lançou a sua primeira compilação, “The Hits”.

Actualmente, Kelis está a escrever um livro de culinária e a preparar a sua própria linha de acessórios, apelidada de Cake. Está também a trabalhar com Ashanti num negócio dos sapatos de salto alto, a que deu nome de KeShany Heels.

Está igualmente em conversações para o seu próprio projecto televisivo no canal VH1, e está a fazer audições para alguns papéis na TV e no cinema.

Kelis participou na versão remix da música “Oceania”, de Björk.

sábado, 20 de agosto de 2022

20 DE AGOSTO - AMY ADAMS

EFEMÉRIDE - Amy Lou Adams, actriz e cantora norte-americana, nasceu em Vicenza, Itália, no dia 20 de Agosto de 1974.

Começou a sua carreira no palco, em teatros, antes de fazer a sua estreia no cinema em 1999, no filme de comédia de humor negro “Drop Dead Gorgeous”. Conhecida por papéis cómicos e dramáticos, ela apareceu três vezes no ranking anual das actrizes mais bem pagas do mundo. Os elogios incluem dois Golden Globe Awards, além de nomeações para seis Oscars e sete BAFTAS.

Adams fez a sua estreia no cinema com um papel coadjuvante na sátira de 1999, “Drop Dead Gorgeous”. Depois de se mudar para Los Angeles, fez aparições na televisão e interpretou papéis de «rapariga má» em filmes de pequeno porte.

O seu primeiro papel importante foi no filme biográfico de Steven Spielberg “Catch Me If You Can” (2002), ao lado de Leonardo DiCaprio. A sua descoberta veio no papel de uma mulher grávida, no filme de comédia dramática independente “Junebug” (2005).

O filme de fantasia musical “Enchanted” (2007), no qual Adams interpretou uma alegre personagem do tipo princesa de contos de fadas, foi o seu primeiro grande sucesso como protagonista. Em seguida, interpretou mulheres ingénuas e optimistas numa série de filmes, como o drama “Doubt” (2008).

Adams, posteriormente, desempenhou papéis mais fortes e com críticas positivas no filme “The Fighter” (2010) e no drama psicológico “The Master” (2012).

Em 2013, começou a interpretar Lois Lane em filmes de super-heróis ambientados no DC Extended Universe. Adams ganhou dois Globos de Ouro consecutivos de Melhor Actriz por interpretar uma sedutora vigarista no filme policial “American Hustle” (2013) e a pintora Margaret Keane no filme biográfico “Big Eyes” (2014).

Maior aclamação veio por interpretar uma linguista no filme de ficção científica “Arrival” (2016), a dona de uma galeria de arte no filme de suspense “Nocturnal Animals” (2016), a personagem principal na mini-série da HBOSharp Objects” (2018) e Lynne Cheney no filme satírico “Vice” (2018).

Amy trabalhava num famoso restaurante/teatro em Chanhassen, Minnesota, quando foi descoberta por um produtor de cinema.

Amy era filha de pais norte-americanos, que estavam na Itália a trabalho. Estudou na Douglas Contry School e foi criada na religião mórmon, mas deixou a igreja após os pais se divorciarem quando ela tinha onze anos.

A actriz conheceu o actor e pintor Darren Le Gallo numa aula de Actuação em 2001 e começaram a namorar um ano depois, enquanto colaboravam numa curta-metragem intitulada “Pennies”. Eles ficaram noivos em 2008 e ela deu à luz a sua filha, Aviana, em 2010. Sete anos após o noivado, o casal casou-se numa cerimónia privada num rancho perto de Santa Bárbara, Califórnia. Eles residem em Beverly Hills. Adams descreveu a sua vida familiar como «muito discreta», e disse que a sua rotina envolve ir para o trabalho, levar a filha ao parque e ter encontros semanais com o marido.

Adams não vê grande importância na vida de celebridade e afirma que «quanto mais as pessoas souberem sobre mim, menos acreditarão em mim e nos meus personagens». Quando se sente stressada, canta.

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

19 DE AGOSTO - SARA MARTINS

EFEMÉRIDE Sara Martins, actriz franco-portuguesa, nasceu em Faro no dia 19 de Agosto de 1977.

Filha de pai de origem cabo-verdiana, chegou a França aos três anos de idade. Quando era pequena, Sara queria ser bailarina clássica, tendo integrado a Ópera de Lyon. Porém, quando - para progredir - deveria partir para a Ópera de Paris, deixou a dança e decidiu concentrar-se noutra actividade. Embora tímida, optou pelo teatro do liceu durante três anos.

Em 1995, obtido o bacharelato, o dramaturgo e encenador Roger Planchon contratou-a para a sua peça “Le Radeau de la Méduse”, a ir à cena no Teatro nacional popular de Villeurbanne.

Paralelamente, continuou os estudos de Direito por correspondência, até obter o diploma. Aos 20 anos, integrou a École de Théâtre Les Enfants Terrible e, em 1998, o Conservatoire national supérieur d’art dramatique, onde ficou durante três anos. Começou a sua carreira na televisão em 2000.

Em 2002, fez a sua primeira aparição no cinema, numa curta-metragem. No ano seguinte, entrou na sua primeira longa-metragem. Seguiram-se segundos-papéis em vários filmes, entre 2006 e 2010. Ia fazendo também vários clips e dobragens.

Depois, actuou em diferentes séries televisivas francesas, como “Pigalle la nuit” em 2009 e “Détectives” de 2013 a 2014. O seu papel mais conhecido internacionalmente é o da detective Camille Bordey, na série franco-britânica “Death in Paradise”, na BBC e em França (2011/2015).

Apesar da sua ainda relativamente curta carreira de actriz, já entrou em 25 filmes (2002/2018), 12 telefilmes (2003/2018), 25 séries televisivas (2000/2020) e 12 peças de teatro (1995/2018).

quinta-feira, 18 de agosto de 2022

18 DE AGOSTO - HENRIQUE MEDINA

EFEMÉRIDE - Henrique Medina de Barros, pintor português, filho de mãe portuguesa e de pai espanhol, nasceu no Porto em18 de Agosto de 1901. Morreu na mesma cidade em 30 de Novembro de 1988. É actualmente considerado o principal retratista português do século XX.

Aos 10 anos, foi apresentado ao professor José de Brito da Escola de Belas Artes do Porto que, surpreendido com a sua habilidade, consentiu que assistisse às suas aulas. Também teve aulas com Acácio Lino e Marques de Oliveira.

Em 1919, interrompeu o curso na Escola Superior de Belas Artes do Porto para prosseguir estudos em Paris, com os mestres Cormon e Bérard. Permaneceu sete anos na capital francesa.

Em seguida, mudou-se para Londres, onde viveu dez anos e teve um estúdio.

Foi para Roma, onde pintou o retrato de Mussolini. Na execução desta obra ocupou cinco sessões matinais no gabinete do ditador, que não interrompeu o seu trabalho.

Em 10 de Maio de 1930, foi feito cavaleiro da Ordem Militar de Cristo.

Convidado a trabalhar no Brasil, onde pintou representativas figuras da sociedade como o embaixador Nobre de Melo e o escritor Carlos Malheiro Dias.

Trabalhou ainda em Buenos Aires, tendo retratado o biólogo Francisco Jauregui (1934) entre outros.

Em 9 de Abril de 1936, foi feito oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Depois, residiu sete anos em Hollywood, com um estúdio que manteve após o regresso a Portugal. Retratou artistas da época como Greer Garson, Linda Darnell, Mary Pickford, Madeleine Carol e Ann Miller. Também pintou nomes da música como Jannete MacDonald, Lily Pons e Galli Curcci, estas últimas telas estão expostas no Metropolitan Opera House em Nova Iorque.

Pintou também o quadro do filme “O Retrato de Dorian Gray” e o retrato de Greer Garson utilizado no filme “Mrs Parkington” que faz parte do museu da Metro Goldwin Mayer.

Em seguida pintou de novo na Europa, na Suécia, Dinamarca e Espanha.

Voltou à Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, para se mudar - com a Segunda Guerra Mundial - de novo para o Brasil e Estados Unidos onde passa 7 anos.

Em Portugal, pintou cinco presidentes da República: António José de Almeida (1932), Óscar Carmona (1933), Sidónio Pais (1937), Canto e Castro (1937) e Américo Thomaz (1957), homens da ciência como Egas Moniz (1950) e José Gabriel Pinto (1957). Pintou também o compositor Cláudio Carneiro (Paris 1921), o cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira (1934), o bispo do Porto António Ferreira Gomes (1981) e o arcebispo de Braga Eurico Dias Nogueira, além de António de Oliveira Salazar (1939).

A 2 de Julho de 1969, foi elevado a grande-oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.

Desde tenra idade, passava férias em casa de família na freguesia de Marinhas, concelho de Esposende, à qual regressou definitivamente em 1974, onde se dedica aos retratos da vida rural que o acompanhou durante os seus primeiros anos de vida. O seu atelier é hoje museu.

Actualmente, a escola secundária de Esposende chama-se Escola Secundária Henrique Medina em sua honra. Da mesma forma, a Câmara Municipal do Porto assim quis homenagear o pintor, dando-lhe o se nome a uma das ruas da freguesia de Ramalde. Ainda em Esposende, poderemos encontrar o nome de Henrique Medina associado ao nome de uma praça no centro da cidade, além de um busto do pintor, situado nesta mesma praça.

A maior colecção de obras do autor está em Braga no Museu Medina, composta por 50 óleos e ainda diversos desenhos da autoria do pintor, legados pelo próprio em 1982 à Arquidiocese de Braga.

Em 11 de Fevereiro de 1984, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique. Faleceu em 1988, aos 87 anos de idade.

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

17 DE AGOSTO - ROGER PEYREFITTE

EFEMÉRIDE - Roger Peyrefitte, escritor e diplomata francês, nasceu em Castres (Tarn) no dia 17 de Agosto de 1907. Morreu em Paris, em 5 de Novembro de 2000.

Nascido no seio de uma família de comerciantes abastados, Peyrefitte foi aluno de colégios internos de Jesuítas e Lazaristas e estudou Línguas e Literatura em Toulouse.

Licenciou-se na École des Sciences Politiques em 1930, tendo sido o primeiro classificado do seu curso, após o que trabalhou como secretário da embaixada em Atenas, entre 1933 e 1938.

De regresso a Paris, foi obrigado a demitir-se do serviço diplomático em 1940 por razões pessoais (possivelmente devido a acusações de colaboração com as forças de ocupação alemãs), tendo sido reintegrado em 1943 para terminar a sua carreira diplomática passados apenas dois anos.

Nos seus romances, tratou frequentemente temas controversos e as suas obras colocaram-no em rota de colisão com a Igreja Católica.

Escreveu abertamente sobre as suas experiências homossexuais no colégio interno (“As Amizades Particulares”, no original “Les amitiés particulières”, 1944) o que lhe valeu o cobiçado Prémio Renaudot em 1945. O livro foi adaptado ao cinema em 1964, mantendo o mesmo nome. Durante a rodagem do filme, Peyrefitte conheceu o jovem aristocrata Alain-Philippe Malagnac d’Argens de Villele, então com 14 anos, que se tornaria seu amante. Peyrefitte descreve essa relação nos romances “Notre amour” (1967) e “L’Enfant de cœur” (1978). Malagnac casaria mais tarde com a cantora Amanda Lear (alegadamente transexual).

Peyrefitte atacou também a Santa Sé e o papa Pio XII em “Les Clés de saint Pierre” (1953), o que lhe valeu a alcunha de ‘Papa dos Homossexuais’. A publicação deste livro foi o ponto de partida para uma discussão acesa e prolongada com François Mauriac, Prémio Nobel de Literatura em 1952. Mauriac ameaçou deixar de escrever para o jornal “L’Express”, com quem colaborava na altura, se este não retirasse a publicidade ao livro. Esta quezília foi exacerbada pela estreia do filme “Les amitiés particulières” e culminou numa virulenta carta aberta de Peyrefitte em que este acusava Mauriac de esconder as suas tendências homossexuais e o apelidava de Tartufo.

No livro “As Embaixadas” (“Les Ambassades”), 1951, Peyrefitte descreve os segredos escondidos da diplomacia. Muitos, se não a maioria, dos seus livros tem um tom de fundo pederasta, e nalguns ele explora livremente essa faceta da sua personalidade. Talvez mais do que os seus amigos André Gide ou Henry de Montherlant, Peyrefitte utilizou os seus dotes literários em defesa da pederastia.

Peyrefitte escreveu também sobre o exílio do barão Jacques d’Adelswärd-Fersen em Capri (“L’Exilé de Capri”, 1959) e traduziu a partir do grego o poema de amor pederasta, “La Muse garçonnière”, Flammarion, 1973.

Apesar de ser largamente conhecido, Peyrefitte foi acusado de valorizar mais o sucesso comercial dos seus livros do que as suas qualidades literárias. Na opinião de um crítico anónimo do “L’Express”: «Nos tempos em que escreveu “As Amizades Particulares”, tinha algo a dizer. Hoje só tem algo a vender».

Morreu aos 93 anos, após uma longa batalha com a doença de Parkinson, e não sem antes receber os últimos sacramentos da Igreja Católica que tão fortemente atacara durante a sua vida.

Após o seu falecimento, a cidade de Capri descerrou uma placa em sua memória próximo da Villa Lysis cuja inscrição diz: «A Roger Peyrefitte, autor de “O Exilado de Capri”, por ter exaltado e difundido o mito, a cultura e a beleza desta ilha no mundo».

terça-feira, 16 de agosto de 2022

16 DE AGOSTO - ANGELA BASSETT

EFEMÉRIDE - Angela Evelyn Bassett, cantora, compositora, instrumentista, actriz e directora norte-americana, nasceu em Nova Iorque no dia 16 de Agosto de 1958.

Foi vencedora de dois NAACP Image Awards de Melhor Actriz no Cinema e de um Globo de Ouro de Melhor actriz em comédia ou musical pelo filme “What’s Love Got to Do with It” (1994), pelo qual foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz.

É formada em Música e Composição.

Interpretou uma personagem em “Meet the Robinsons”, um filme da Walt Disney Pictures.

Já actuou na série norte-americana “American Horror Story” e, actualmente, é estrela da série “9-1-1”.

Foi nomeada sete vezes para os Emmy Awards. 

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

15DE AGOSTO - SYLVIE VARTAN

EFEMÉRIDE - Sylvie Vartan, cantora francesa, conhecida como uma das mais produtivas e resistentes artistas do yé-yé, e embaixador da boa-vontade da OMS (desde 2005), nasceu em Iskrets no dia 15 de Agosto de 1944.

As suas performances eram muitas vezes caracterizadas por elaboradas coreografias. Teve muitas aparições na TV francesa e italiana.

Espectáculos anuais com o então marido Johnny Hallyday atraíam o público ao Olympia e ao Palais des congrès de Paris nos anos 1960 e meados da década de 1970.

Depois de uma pausa nas apresentações, começou a gravar e a dar concertos de jazz em francês, no final de 2004.

Desde 1962, gravou cerca de 70 discos e trabalhou numa dezena de filmes (cinema e televisão).

Ao longo da carreira, tem recebido várias distinções: é oficial (2008) e cavaleiro (1998) da Legião de Honra Francesa; oficial (2006) e cavaleiro (1987) da Ordem Nacional do Mérito; e comendadora (2011) e cavaleiro (1985) da Ordem das Artes e das Letras.

domingo, 14 de agosto de 2022

14 DE AGOSTO - HALLE BERRY

EFEMÉRIDE - Maria Halle Berry, actriz norte-americana, nasceu em Cleveland no dia 14 de Agosto de 1966. Começou a sua carreira como modelo e participou em vários concursos de beleza, terminando como a segunda colocada no concurso de Miss EUA em 1986.

O seu primeiro papel de destaque no cinema foi em “O Príncipe das Mulheres” (1992), ao lado de Eddie Murphy. Berry também actuou na comédia “Os Flinstones” (1994), na comédia dramática “Bulworth” (1998) e no telefilme “Dorothy Dandridge - O Brilho de uma Estrela” (1999), pelo qual ganhou os prémios Emmy e Globo de Ouro.

Ganhou o Oscar de Melhor Actriz pela sua actuação em “A Última Ceia” (2001), tornando-se a primeira mulher negra a receber o prémio.

Nos anos 2000, Berry interpretou o papel de Tempestade nos filmes “X-Men” (2000) e nas suas sequências “X-Men 2” (2003) e “X-Men 3: O Confronto Final” (2006); a Bond girl Jinx em “007 - Um Novo Dia Para Morrer” (2002); e o thriller “Na Companhia do Medo” (2003).

Na década de 2010, participou nos filmes “A Viagem” (2012), “Chamada de Emergência” (2013) e em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido” (2014); “Kingsman: O Círculo Dourado” (2017) e “John Wick 3: Parabellum” (2019).

Berry foi uma das actrizes mais bem pagas de Hollywood durante os anos 2000 e esteve envolvida na produção de vários dos filmes em que actuou. Também é porta-voz da marca Revlon.

Ela foi casada com o jogador de beisebol David Justice, o cantor e compositor Eric Benét e o actor Olivier Martinez. Ela tem um filho com Martinez.

Halle Berry é filha de Judith Hawkins, mãe britânica e branca, e de Jerome Jesse Berry, pai afro-americano. Os pais divorciaram-se quando ela tinha quatro anos de idade e foi criada por sua mãe, não tendo nenhum contacto com o pai. Apesar disso, Berry disse que ela foi criada para se identificar como negra, pois a sua mãe dizia que, mesmo ela sendo «metade branca», no dia a dia ninguém saberia disso e ela iria sofrer os preconceitos da sociedade como qualquer outro negro. Em entrevista de 2011, Halle Berry disse que acredita na one-drop rule (que diz que uma pessoa com qualquer gota de sangue africano é «negra»).

Antes de iniciar a carreira de actriz, Halle Berry disputou vários concursos de beleza, vencendo o Miss Teen All-American 1985 e o título de Miss Ohio USA em 1986. No Miss USA 1986, terminou em segundo lugar, vencida pela texana Christy Fichtner (também segunda colocada no Miss Universo 1986). Na pergunta feita durante a competição de Miss USA 1986, ela disse que pretendia ser uma artista ou seguir alguma carreira na imprensa. A sua entrevista recebeu a maior nota dos jurados.

No mesmo ano, Berry tornou-se a primeira afro-americana a disputar pelo seu país o título de Miss Mundo 1986 e ficou em sexto lugar; a coroa ficou com a candidata de Trinidad e Tobago, Giselle LaRonde. Apesar das dificuldades enfrentadas desde cedo pela sua família, Halle conseguiu formar-se em Jornalismo no Cuyahoga Community College, em Ohio. Entretanto, nunca chegou a exercer a profissão.

Em 1989, a actriz descobriu ser portadora de diabetes (tipo 1), antes de gravar as suas primeiras cenas numa série da televisão americana, a “Living Dolls”. Certa vez, inclusive, desmaiou por causa da doença nos locais de filmagem da série.

Em 1998, Berry estreou-se no papel principal do filme para TV (biográfico) “Introducing Dorothy Dandridge”, dirigido por Martha Coolidge, onde ela interpreta a própria Dorothy Dandridge, uma actriz e cantora norte-americana, famosa por ter sido a primeira mulher afro americana a ser nomeada na categoria de Melhor Actriz nos Oscars. Com a sua actuação, Berry, conquistou diversos prémios, entre eles o Emmy do Primetime de Melhor Actriz em mini série ou telefilme e Globo de Ouro de Melhor Actriz em mini série ou telefilme, em 2000.

sábado, 13 de agosto de 2022

13 DE AGSTO - NINO FERRER

EFEMÉRIDENiuno Ferrer, de seu nome completo Nino Agostino Arturo Maria Ferrari, cantor, compositor, actor e pintor franco-italiano, morreu em Montcuq no dia 13 de Agosto de 1998. Nascera em Génova, em 15 de Agosto de 1934.  

Filho de um engenheiro, Nino Ferrer passou a infância na Nova Caledónia, onde o pai trabalhava. Regressou a França em 1947 e iniciou o curso de Etnologia e Arqueologia na Sorbonne, em Paris. Paralelamente aos estudos, despontou-lhe o interesse pela música e pela pintura.

Em 1959, estreia-se como baixista do grupo Dixie Cats, em 2 discos.

O seu primeiro trabalho como cantor foi em 1963, lançando o álbum “Pour Oublier Qu’On S’Est Aimé”, onde teve como destaque “C’est irreparable”, que integrou a banda sonora do filme “Tacones lejanos”, dirigido por Pedro Almodóvar em 1991.

Após vários insucessos profissionais, grava o álbum “Myrza” em 1965. Neste disco, que rendeu a Ferrer o rótulo de cantor cómico pelas suas rimas, os destaques eram “Les Cornichons”, “Oh! Hé! Hein! Bon!” e “Ma vie pour rien”.

Cansado da música, decide voltar para a Itália em 1967, ali permanecendo até 1970. No país natal, o seu maior sucesso foi “La Pelle Nera”, que chegou a participar em duas edições do Festival de Sanremo.

Novamente estabelecido em território francês, Ferrer não se conformou com a «espalhafatosa frivolidade» do show-business nacional, que ele se referiu como «tecnocratas cínicos e gananciosos exploradores de talento». Ele também concordou com as opiniões de Serge Gainsbourg e Claude Nougaro de que as músicas eram apenas uma «arte menor» e também «um ruído de fundo».

Após 3 anos longe dos palcos, Nino Ferrer grava o seu quinto disco, intitulado “Métronomie”, que teve repercussão baixa no cenário musical, embora a faixa principal, “La Maison Près de la Fontaine”, vendesse meio milhão de cópias.

Desde então, lançou outros 12 álbuns, que não tiveram o mesmo sucesso dos anteriores.

Em Julho de 1998, Mounette Ferrer, a mãe do cantor, morre aos 86 anos. Enfrentando um grave quadro de depressão, ele - que obtivera a cidadania francesa em 1989 e estava a gravar o 17º disco da carreira - não consegue superar o drama pessoal e cometeu o suicídio ao disparar um tiro no coração, a 2 dias de completar 64 anos de idade.

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