sábado, 31 de março de 2012

Humor negro...
EFEMÉRIDEEdite Castro Soeiro, jornalista portuguesa, nasceu em Benguela, Angola, no dia 31 de Março de 1934. Morreu em Lisboa, em 27 de Julho de 2009.
Iniciou a sua actividade jornalística em 1950, no semanário angolano “O Intransigente”, onde era a única mulher a exercer a profissão.
Em 1962 mudou-se com a mãe para Lisboa e, algum tempo depois, ingressou na redacção da revista “Flama”. Em 1967, transferiu-se para a delegação de Lisboa da revista semanal angolana “Notícia”, da qual foi chefe de redacção e onde se tornou a primeira jornalista portuguesa a escrever sobre desporto, uma das suas paixões. Em 1968, fez a cobertura, como enviada especial, dos Jogos Olímpicos do México.
Voltou à “Flama” em 1972, como chefe de redacção, e ali se manteve até ao encerramento da publicação em 1976. Passou então para o recém-criado semanário “O Jornal”, onde foi redactora e editora do suplemento “O Jornal Ilustrado”. Durante vários anos, colaborou também regularmente no semanário de espectáculos “Se7e”.
Em 1993, integrou a equipa fundadora da revista “Visão”, na qual permaneceu até 2007. Em Setembro de 2006, foi galardoada pelo Clube de Jornalistas com o Prémio Gazeta de Mérito, pelo conjunto da sua longa carreira.
Edite Soeiro foi um misto de mãe, professora e conselheira de várias gerações de jornalistas. Solidária e frontal, de espírito jovem e rebelde, era amiga do seu amigo e extremamente leal. As suas qualidades humanas e profissionais conquistaram os seus camaradas nas diversas redacções onde trabalhou. Já septuagenária, era muitas vezes a primeira a chegar e a última a sair do local de trabalho.
Sportinguista ferrenha, era uma mulher cheia de energia, tendo um carinho especial pelo desporto, sentimento que vinha desde os tempos de Angola. Foi durante vários anos, por carolice e divertimento, treinadora da equipa de Futsal de “O Jornal”.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Boss AC - Sexta-feira (Emprego Bom Já) - Exclusive


6ª feira...
EFEMÉRIDE – Henry Warren Beatty, actor, produtor, realizador e guionista de cinema norte-americano, irmão mais novo da actriz Shirley MacLaine, nasceu em Richmond no dia 30 de Março de 1937. Foi um dos grandes nomes da indústria cinematográfica de Hollywood nos últimos quarenta anos.
Durante a sua adolescência, a família mudou-se para a cidade de Arlington, onde Warren se tornou um astro de futebol americano. Encorajado pela irmã mais velha, que começava então a afirmar-se como actriz, deixou o futebol para se dedicar às artes, conseguindo um emprego de assistente de palco durante as férias de verão num teatro de Washington, o que lhe deu a primeira oportunidade de contactar com alguns actores e realizadores famosos.
Após a estreia num filme para televisão em 1959, teve a sua primeira oportunidade no cinema, dois anos depois, pelas mãos do realizador Elia Kazan, no filme “Clamor do Sexo”, contracenando com Natalie Wood. Era um drama marcado pela tensão sexual e psicológica que envolvia os dois protagonistas e que lançou Beatty como actor de relevo.
Durante os seis anos seguintes, fez alguns filmes de importância relativa, até realizar e actuar naquele que seria um “divisor de águas”, na linguagem de Hollywood, e que faria dele uma personalidade inovadora e respeitada do cinema americano. “Bonnie & Clyde” é o filme geralmente lembrado como a pedra fundamental de uma nova geração de actores, realizadores e produtores de cinema – chamada Nova Hollywood – que possibilitou o aparecimento de cineastas como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, George Lucas e Steven Spielberg entre outros, com uma visão cinematográfica até então inexistente no cinema norte-americano. Warren produziu “Bonnie & Clyde” de modo a ter o controlo total de todo o projecto. Como produtor e idealizador do filme, contratou dois guionistas novatos e o jovem realizador Arthur Penn para descrever a história do casal que, nos anos 1920, aterrorizou os Estados Unidos com assaltos a bancos e assassinatos e se tornou famoso através da imprensa. Controlou todas as etapas da produção, inclusive a escolha do elenco, do guião e a montagem final do filme, como faria muitas vezes durante a sua carreira. Com a sua combinação de humor, violência, sexo e realismo, o filme foi um campeão das bilheteiras, saudado como inovador pela crítica e nomeado para dez Oscars. Segundo historiadores do cinema, se não fosse ele e a sua visão idiossincrática de “Bonnie & Clyde”, que resultou num clamoroso sucesso, os estúdios nunca permitiriam que os novos realizadores surgidos no começo da década seguinte, como Coppola e Scorsese, fizessem os filmes que os tornaram famosos e a estagnação da indústria do cinema americano nos anos 1960 teria continuado na década seguinte.
Colocado entre os grandes de Hollywood a partir daí, Beatty actuou, produziu ou realizou uma série de grandes sucessos seguidos, que lhe deu as condições financeiras necessárias para rodar “Reds” em 1981, um filme épico sobre a vida do revolucionário jornalista comunista americano John Reed, durante a Revolução Russa de 1917. O filme ganhou quatro Oscars e deu-lhe o Prémio de Melhor Realizador.
Nos anos 1990, voltou às manchetes da imprensa, com a transposição da banda desenhada de Dick Tracy para o cinema, rodeado de estrelas como Al Pacino e Dustin Hoffman, além da cantora Madonna.
Beatty igualou Orson Welles como o único profissional do cinema americano a ser nomeado para os Oscars, no mesmo ano, como actor, realizador, produtor e guionista. Ele, porém, teve estas nomeações por duas vezes, em 1978 e 1981, enquanto Orson Welles foi assim nomeado apenas uma vez, com a sua obra-prima “Cidadão Kane”.
Politicamente, Warren Beatty tem sido sempre um activista de esquerda, envolvido em diversas causas políticas e humanistas desde a década de 1960. Tem estado sempre extremamente activo também, desde 1968, nas campanhas presidenciais americanas, pelo Partido Democrata.
Cães talentosos

quinta-feira, 29 de março de 2012

EFEMÉRIDEFernando Travassos Tordo, cantor e compositor português, nasceu em Lisboa no dia 29 de Março de 1948.
Começou a cantar aos 16 anos, tendo passado pelos grupos Deltons e Sheiks. Participou no Festival RTP da Canção de 1969, onde interpretou o tema “Cantiga”. Nesse mesmo festival, conheceu o poeta José Carlos Ary dos Santos.
Regressou ao Festival RTP da Canção em 1970 com “Escrevo às Cidades”, e em 1971, com “Cavalo à Solta”, uma das suas primeiras colaborações com Ary dos Santos. Ainda em 1971, foi editado o disco “Festival de Camaradagem” com Paulo de Carvalho, Fernando Tordo, Duo Orfeu e Ary dos Santos.
Voltou ao Festival RTP da Canção, em 1972, com “Dentro da Manhã”, da autoria de Yvette Centeno e José Luís Tinoco. Nesse ano, editou o seu primeiro álbum, “Tocata”. Passou a gravar para a editora Tecla, lançando o single “Eu Não Vou Nisso”/ “Invenção do Amor”. Em 1973, venceu o Festival RTP da Canção com a canção “Tourada”.
O disco “Portugal Ressuscitado”, de Ary dos Santos e Fernando Tordo, onde consta o célebre «Agora/ o povo unido/ nunca mais será vencido», foi gravado logo a seguir ao 25 de Abril de 1974. Recebeu o Prémio Casa da Imprensa de 1974.
Em 1975, foi um dos fundadores da primeira editora discográfica independente, a Toma Lá Disco.
Uma canção sua, “Portugal no Coração”, venceu o Festival RTP da Canção, em 1977, desta vez com interpretação do grupo Os Amigos (Paulo de Carvalho, Luísa Basto, Ana Bola, Edmundo Silva e Fernanda Piçarra). Editou nesse ano o álbum “Estamos Vivos” e ganhou novamente o Prémio Casa da Imprensa.
Em 1980 lançou o disco “Cantigas Cruzadas”, o último com Ary dos Santos. Ia iniciar-se uma nova etapa na sua carreira de cantor-compositor, passando a ser também autor dos poemas. Concorreu ao primeiro Festival da Canção da Rádio Comercial, realizado em 1981, que venceu com “Conversa Nova”. Ganhou ainda os 2º e 4º prémios deste certame.
Em 1983 editou o disco “Adeus Tristeza” e foi distinguido com o prémio para o Melhor LP de Música Ligeira.
Residiu nos Açores entre 1982 e 1986. Em 1984 lançou o disco “Anticiclone”, com orquestrações de François Rauber, antigo colaborador de Jacques Brel.
Juntamente com Carlos Mendes e Paulo de Carvalho, fez uma série de quatro espectáculos no Casino do Estoril. O espectáculo apresentava uma mistura de meia centena de sucessos antigos, temas mais recentes e algumas canções inéditas. O espectáculo foi gravado num duplo álbum que, em 1990, chegou a disco de platina. Em 1991 volta a contar com a participação de François Rauber.
Criou, escreveu e apresentou na SIC, em 1993, o programa “Falas tu ou falo eu”. No ano seguinte, gravou o CD “Só Ficou o Amor Por Ti” nos famosos estúdios de Abbey Road (Londres). Em 1995 lançou o disco “Lisboa de Feira”, também gravado em Londres.
Entre Maio e Junho de 1997 gravou, em Barcelona, o disco “Peninsular”. Produziu depois e apresentou durante 27 dias consecutivos, no Teatro Nacional D. Maria II, o espectáculo “O calendário”. Voltou a vencer o Prémio Casa da Imprensa em 1997.
Em 1999 apresentou o programa “Clube Tordo” na CNL. Deslocou-se a Timor-Leste em Novembro de 1999 com Jorge Palma e Rui Pinto de Almeida. Desta parceria, resultou uma série documental de três episódios, intitulada “Timor-Leste, a Paz e a Língua Portuguesa”. Foi exibida no CNL e posteriormente na RTP internacional. A convite do Instituto Camões, apresentou este trabalho em Timor, em 2002. Neste mesmo ano, foi editado “E No Entanto Ela Move-se”, CD gravado em Barcelona, que incluiu temas dedicados aos filmes “Cinema Paraíso” e “O carteiro de Pablo Neruda” e ainda homenagens a George Harrison e ao povo de Timor-Leste.
Em Novembro de 2003, publicou o livro “Fantásticas, Fingidas e Mentirosas”, cujo título foi retirado de uma estrofe de “Os Lusíadas”.
Tributo a los laureados Nobel”, um disco em que musicou poemas de escritores que ganharam aquele prémio, foi gravado em 2006. Em 2008 lançou um novo livro, “Se Não Souberes Copia”, e realizou uma digressão nacional com a Stardust Orchestra.
Fernando Tordo gravou cerca de 30 discos, fez milhares de espectáculos, manteve-se fiel a um estilo e conseguiu sucessos que ainda hoje perduram.

Dakuwaqa's Garden - Underwater footage from Fiji & Tonga

Maravilhas do fundo do mar

quarta-feira, 28 de março de 2012

Um striptease a sério...
Os filhos tinham-lhe oferecido um IPAD no dia do Pai...
EFEMÉRIDEMarianne (Persson) Fredriksson, escritora sueca, nasceu em Gotemburgo no dia 28 de Março de 1927. Morreu em Österskär, nos arredores de Estocolmo, em 11 de Fevereiro de 2007.
Antes de se tornar escritora, foi jornalista em vários jornais e magazines suecos, entre os quais o “Goteborgs-Tidningen” e o “Svenska Dagbladet”. O seu trabalho nesta área valeu-lhe o Stora Journalist-priset, o equivalente sueco do Prémio Pulitzer do Jornalismo.
Só em 1980, em consequência de uma crise pessoal, iniciou a sua carreira como romancista, o que lhe traria importantes distinções literárias nacionais e estrangeiras.
Todas as obras que escreveu foram traduzidas para inglês, alemão e outras línguas, num total de 47 idiomas. O tema central da sua escrita era a amizade porque, segundo defendia, «no futuro, a amizade será mais importante que o amor». Nos seus primeiros livros, a autora tratou temas bíblicos, passando em seguida para as sagas familiares, sem esquecer questões como a violência contra as mulheres. A última obra que escreveu, “Ondskans leende”, foi publicada em 2006.
Quando do seu falecimento, o primeiro-ministro sueco afirmou, num comunicado, que «a Suécia acabava de perder uma escritora que, com os seus livros, conseguira seduzir os leitores de uma forma única e exemplar».

terça-feira, 27 de março de 2012




EFEMÉRIDEGloria Swanson, de seu verdadeiro nome Gloria Josephine Mae Swenson, actriz norte-americana, nasceu em Chicago, em 27 de Março de 1899. Morreu em Nova Iorque no dia 4 de Abril de 1983.


Estreou-se no cinema em 1913, como figurante, no filme “The Song of Soul”. Actuou depois em diversas comédias e, nos anos 1920, já era uma estrela do cinema mudo. Em 1922, actuou no filme mudo “Beyond the Rocks” com Rodolfo Valentino, filme que esteve perdido durante muito tempo e só foi reencontrado em 2004 numa colecção privada na Holanda.


Interpretou papéis de mulheres extravagantes e seguras, que agiam segundo os seus sentimentos e a sua lógica. Como estrela importante de Hollywood, conseguiu manter a popularidade após o advento do cinema sonoro, com filmes como “The Trespasser” (1929) e “What a Widow!” (1930).


Deixou o cinema em 1932 para se tornar uma mulher de negócios, mas voltou a filmar posteriormente, quando a convidavam para interpretar uma personagem do seu agrado. Foi assim que, em 1950, actuou em “Sunset Boulevard”, onde fez o papel de uma actriz do cinema mudo, incapaz de aceitar o esquecimento do público.


Após alguns projectos na televisão, no teatro e na rádio, Gloria Swanson interpretou-se a si mesma em 1974, no seu último filme “Aeroporto 75”.


Na vida privada, ficou famosa pelos seus seis casamentos, que despertaram sempre o interesse da imprensa, e pelo seu namoro com Joseph Kennedy, pai do futuro presidente John Kennedy. Ambos negaram essa relação.


Tem duas estrelas na Calçada da Fama, uma no 6748 Hollywood Boulevard, homenageando a sua carreira no cinema, e outra no 6301 Hollywood Boulevard, lembrando também as suas actuações na televisão.



Crianças cantam Bob Dylan

segunda-feira, 26 de março de 2012


Os ABBA - SOS






EFEMÉRIDESérgio Miguel Moreira Paulinho, ciclista português, nasceu em Oeiras no dia 26 de Março de 1980. Fez história no ciclismo português, ao conquistar uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas e ao ter vencido uma etapa da Volta à Espanha em 2006. Participou também nas edições de 2007 e 2010 da Volta à França, tendo nesta última vencido igualmente uma etapa.


Venceu o Campeonato do Mundo de Juniores e ganhou a medalha de prata nos Mundiais Sub-23 de Contra-Relógio em 2002. No ano seguinte, tornou-se profissional.


Ingressou na equipa de ciclismo espanhola Liberty Seguros-Würth. Em Junho de 2006, na competição Dauphiné Libéré, atingiu o melhor momento da sua carreira no estrangeiro ao permanecer durante boa parte da competição no Top 10. Três semanas depois, foi impedido de participar no Tour de France por alegado envolvimento no escândalo de doping “Operação Puerto”. Poucos dias após o final da competição, a situação verificou-se ser falsa, podendo assim regressar às competições.


Em Julho de 2006, foi anunciada a sua saída, no final da temporada, para a equipa norte-americana Discovery Channel. No dia 5 de Setembro de 2006, na 10ª etapa da Vuelta a España, conseguiu uma vitória memorável, entrando numa fuga, batendo a concorrência e vencendo a etapa no alto de Museo de Altamira.


Em 2008, voltou a ver a sua equipa impedida de participar no Tour, devido a mais um caso de doping do qual voltaria a ser totalmente ilibado. Em Junho do mesmo ano, sagrou-se Campeão Nacional de Contra-Relógio.


Em 2010, foi contratado pela equipa norte-americana RadioShack e conquistou uma das maiores vitórias da sua carreira, ao vencer a 10º etapa do Tour, com chegada a Gap.


Em Setembro de 2011, assinou pela formação dinamarquesa Saxo Bank-Sungard onde, nos próximos dois anos, terá como missão principal acompanhar Alberto Contador nas voltas mais importantes do ciclismo mundial.

domingo, 25 de março de 2012





EFEMÉRIDESimone Signoret, de seu verdadeiro nome Simone-Henriette-Charlotte Kaminker, famosa actriz francesa, nasceu na Alemanha, em Wiesbaden, no dia 25 de Março de 1921. Morreu em Paris, vítima de doença oncológica, em 30 de Setembro de 1985.


Esteve refugiada na Bretanha juntamente com a família, de origem polaca e judia, no começo da ocupação alemã. Estudou no Liceu de Vannes. De regresso a Paris em 1941, começou a fazer figuração no cinema. Adoptou então o nome porque havia de se celebrizar, acrescentando ao seu nome próprio o apelido de sua mãe, Signoret.


Aquela que viria a ser considerada uma das melhores actrizes do cinema francês, começou por entrar no filme “Bolero” em 1942. A sua carreira só seria porém lançada em 1946 com “Macadam”, película com a qual obteve o Prémio Suzanne-Bianchetti de Revelação. O realizador Yves Allegret proporcionou-lhe então os primeiros papéis de relevo, nomeadamente em “Dédée d'Anvers” (1948) e “Manèges” (1950). Ainda em 1950, impôs a sua beleza na comédia “La ronde”. Actuou sob a direcção de Luís Buñuel em “La mort en ce jardin” (1956) e obteve um Oscar pelo seu papel em “Les Chemins de la haute ville”, que também lhe valeu o Premio de Melhor Actriz no Festival de Cannes de 1959.


Em 1944, passara a viver com Yves Allegret, tendo-se casado em 1948 e divorciado um ano depois. Em 1951 casou-se com o cantor e actor Yves Montand, então um jovem cantor descoberto por Edith Piaf. Juntamente com ele, militou até ao início dos anos 1980 no Partido Comunista Francês.


Simone Signoret formou com Yves Montand um casal lendário. Estavam unidos pela profunda ternura de um casamento de 35 anos e por muitas lutas e causas políticas vividas em conjunto. Trabalharam juntos pela primeira vez, já casados, na peça de Arthur Miller, “As feiticeiras de Salém”, uma alegoria do macartismo. Dois anos depois, esta obra seria levada igualmente aos ecrãs de cinema. Fizeram mais cinco filmes, entre os quais “Paris está em chamas” (1966) de René Clément e “A confissão” (1970) de Costa-Gavras.


Outros desempenhos brilhantes de Simone foram “O gato” (Urso de Prata no Festival de Berlim de 1971), contracenando com Jean Gabin; “A Viúva Couderc”, também de 1971, ao lado de Alain Delon; e “La Vie devant soi”, que lhe valeu o César de Melhor Actriz em 1978.


Em 1954, Signoret e Montand compraram uma propriedade em Autheuil-Authouillet, na Normandia, que se tornou um local de encontros artísticos e intelectuais. Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Serge Reggiani, Pierre Brasseur, Luis Buñuel, Jorge Semprún, entre muitos outros, passavam por lá com regularidade.


Refira-se, como curiosidade, que a cantora Nina Simone escolheu o seu pseudónimo em homenagem a Simone Signoret, depois de a ver no filme “Casque d'or “.


Signoret publicou a sua autobiografia “A nostalgia já não é o que costumava ser” em 1975, a que se seguiram dois romances: “Le lendemain, elle était souriante...” em 1979 e “Adeus Volodia” em 1985, ano em que faleceu.






Massagem Tailandesa: Quem quer experimentar?

sábado, 24 de março de 2012

PAÇO REAL DE ALMEIRIM

I

Por ordens de D. João,
Foi feito o Paço Real.
Almeirim foi com razão
A jóia de Portugal! (a)

II

Com Almeirim eu sonhei
E não me dei nada mal…
…Com Gil Vicente vibrei,
Vi-o no Paço Real!


(a) – 1º Prémio nos Jogos Florais de Almeirim – 2011/2012





EFEMÉRIDE – Frederico Gil, tenista português, profissional desde 2003, nasceu em Lisboa no dia 24 de Março de 1985. Residente em Sintra, pertenceu ao Clube de Tennis de Oeiras (CETO).


Foi em 2008 o tenista português com melhor ranking na classificação ATP de singulares. Em 2011, tornou-se o tenista português com o melhor ranking de sempre (62.º), superando Nuno Marques (86.º) e o seu ex-treinador, João Cunha e Silva (108.º). Em Setembro de 2011, foi ultrapassado por Rui Machado que atingiu a posição 61.º e mais tarde a posição 59.º.


Em Maio de 2010 foi o primeiro português a qualificar-se para a final do Torneio ATP do Estoril.


Encerrou o ano de 2011 como número 102 do Mundo. No ano de 2012, foi campeão do ATP250 Viña del Mar na variante de pares, ao lado de Daniel Gimeno-Traver.


É treinado actualmente por Juan Manuel Esparcia, ex-treinador de Guillermo García-López, e faz parte da equipa de Portugal na Taça Davis.

sexta-feira, 23 de março de 2012




EFEMÉRIDE – Maria Lídia Amado Franco, actriz portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 23 de Março de 1944.


Começou a sua carreira artística como bailarina, na Companhia Portuguesa de Bailado, no Grupo Fernando Pessoa, no Grupo Experimental de Ballet da Fundação Calouste Gulbenkian e no Théâtre Royal de la Monnaie, sob a direcção de Maurice Béjart.


Mais tarde, optou pela frequência de um curso de teatro no British Theatre Association em Londres, como bolseira do British Council e da Fundação Calouste Gulbenkian.


Iniciou a sua carreira de actriz no Teatro Estúdio de Lisboa, vindo depois a participar em espectáculos no Teatro de Animação de Setúbal, no Teatro Experimental de Cascais, no Grupo 4, na Barraca, na Comuna, no Teatro Villaret, na Acarte, no Teatro Ibérico, no Centro Cultural de Belém, nos Artistas Unidos, no Teatro Trindade, no Teatro Maria Matos, no Teatro da Mala Posta, no Teatro Nacional D. Maria II e no Cheltenham Festival Theatre em Inglaterra. Já representou também em Espanha, no Brasil, na Venezuela, na Bélgica e no Canadá. Em 1965, ficou classificada em 2º lugar na eleição de Miss Objectiva 1965, no Brasil.


No cinema, trabalhou com os realizadores Manuel Guimarães, Arthur Duarte, Perdigão Queiroga, Henrique Campos, João César Monteiro, António-Pedro Vasconcelos, António da Cunha Teles, Lauro António, António Macedo, Eduardo Geada, Manoel de Oliveira, João Canijo, João Botelho e Michel Serrault, entre outros.


Obteve o Prémio de Interpretação em Televisão e o Prémio de Interpretação em Rádio, em programas de Herman José, e o Prémio Actriz Revelação pelo programa “O Tal Canal”, atribuídos pelo semanário “Sete” e pela revista “Nova Gente”. Fez parte dos Júris do Festival Internacional de Cinema de Tróia e do Festival Internacional de Cinema Cine-eco.

quinta-feira, 22 de março de 2012




EFEMÉRIDEMario Cipollini, ciclista italiano, conhecido como “Super Mário” e considerado um dos maiores velocistas mundiais de todos os tempos, nasceu em Lucca no dia 22 de Março de 1967.


A sua melhor temporada foi a de 1995, em que subiu ao 1º lugar do pódio por 18 vezes. Entre os seus maiores sucessos, destaca-se o título de Campeão Mundial de Fundo em Estrada, conquistado em Zolder, na Bélgica, em 2002. No mesmo ano, venceu as corridas clássicas Gante-Wevelgem e Milão-San Remo.


Cipollini é detentor do recorde de vitórias (42) em etapas da Volta à Itália. Ganhou igualmente várias etapas das Voltas a França e a Espanha. Curiosamente, não ganhou nenhuma destas três voltas mais importantes do ciclismo mundial.


Foi o corredor mais bem pago de Itália e não se incomodava em pagar pesadas multas por causa das suas bizarrias. Entre as suas extravagâncias em competições, chegou a pintar a bicicleta e os calções com a bandeira dos Estados Unidos, subiu uma vez ao pódio vestido de imperador, noutra apareceu vestido com um smoking branco e, noutra ainda, “desfilou” com a camisola do futebolista brasileiro Ronaldo.


Abandonou a carreira com 38 anos de idade e 17 de ciclismo. Acumulou 189 vitórias no seu palmarés. Continua ligado à modalidade em diversas actividades, tais como organizador/dinamizador, criador de material e consultor técnico.

quarta-feira, 21 de março de 2012




EFEMÉRIDERonald Koeman, ex-futebolista e actual treinador de futebol holandês, nasceu em Zaandam no dia 21 de Março de 1963.


Foi um dos poucos jogadores a ter jogado nos três grandes rivais do seu país: o Ajax, o PSV Eindhoven e o Feyenoord, sendo o defesa central que mais golos marcou na história do futebol (207 em 581 jogos).


Começou a jogar no pequeno FC Groningue em 1980. Três anos depois, foi contratado pelo Ajax onde ficou três temporadas, conquistando o Campeonato da Holanda em 1985 e a Taça dos Países Baixos em 1986.


Em 1986, transferiu-se para o PSV, ganhando um tricampeonato, iniciado logo na sua primeira temporada. Conquistou também um bi na Taça dos Países Baixos em 1988 e 1989 e, o mais importante, o primeiro (e único) título do clube na Taça dos Campeões da UEFA (1988).


O excelente desempenho no PSV chamou a atenção do seu compatriota Johan Cruijff, que treinava o Barcelona. Koeman ingressou assim no clube catalão em 1989. Koeman e Cruijff participaram activamente no renascimento da equipa, que atravessava um período menos bom desde os anos 1960. As conquistas em série ainda demorariam dois anos, começando com o título de Campeões de Espanha em 1991. O Barça chegaria ao tetracampeonato em 1994. Venceu ainda uma Copa do Rei e duas Super Taças, sendo um dos pilares do chamado Dream Team. Foi um golo de Koeman que deu à equipa o primeiro título na Taça dos Campeões Europeus (1991/1992). Ganhou ainda a Super Taça Europeia de 1992. O encanto acabaria dois anos depois, numa nova final europeia, em que a equipa foi batida por 0-4 pelo Milan. Koeman deixou o Barcelona no ano seguinte e foi contratado pelo Feyenoord. Já veterano, jogou bem individualmente, mas não conquistou qualquer troféu, dando por finda a sua carreira de futebolista em 1997.


Koeman estreou-se na Selecção Holandesa em 1983. A “Laranja Mecânica”, como a equipa era conhecida, vinha duma crise provocada pela partida de jogadores que tinham sido duas vezes Vice-Campeões Mundiais na década anterior. Jogou nos Europeus de 1988 e nos Mundiais de 1990, onde obteve resultados antagónicos: no primeiro, os neerlandeses conseguiram o seu primeiro título num torneio importante de futebol; no segundo, a mesma equipa-base decepcionou e terminou a competição sem vitórias, eliminada nos oitavos de final. Participou ainda nos Europeus de 1992 e nos Mundiais de 1994. Juntamente com Ruud Gullit, Frank Rijkaard e Marco van Basten, foi um dos melhores jogadores holandeses da sua geração.


Como treinador, conquistou três Campeonatos Holandeses, dois pelo Ajax e um pelo PSV; uma Taça dos Países Baixos e uma Super Taça da Holanda pelo Ajax; a Super Taça Cândido de Oliveira pelo Sport Lisboa e Benfica; e uma Copa do Rei pelo Valencia CF. Ganhou ainda uma outra Super Taça da Holanda pelo AZ Alkmaar (2009). Treina o Feyenoord desde 2011.

terça-feira, 20 de março de 2012




EFEMÉRIDEAuzenda de Oliveira, popular e notável actriz portuguesa do teatro musicado, nasceu na Pocariça, Cantanhede, em 20 de Março de 1888. Faleceu em data e local desconhecidos no ano de 1960.


A sua estreia, ainda como amadora, teve lugar na cidade de Beja, em 1902, na peça “Moleiro de Alcalá”. Em Junho de 1904, fez a sua estreia profissional no Teatro Avenida, na Companhia Sousa Bastos, com a opereta “A Boneca”, a que se seguiram outras peças. Com a junção da Companhia Sousa Bastos com a do D. Amélia, surgiu um vasto reportório de operetas em que Auzenda patenteou de modo exuberante o seu extraordinário valor.


Passou depois para a Companhia José Ricardo, entrando nas revistas “ABC”, “Favas Contadas” e outras. Contratada pelo empresário Luís Galhardo, esteve no Porto onde desempenhou papéis importantes em várias operetas e revistas.


Foi depois a estrela principal da Companhia Armando de Vasconcelos, tendo criado figuras inolvidáveis em diversas peças. Representou todo este repertório no Brasil durante quatro temporadas, com êxito absoluto. Regressada a Portugal, foi contratada pelo empresário Taveira, tendo sido intérprete de numerosas peças. A sua voz privilegiada tinha porém recursos para muito mais e, assim, cantou também as óperas “Cavalaria Rusticana” e “Boémia”, merecendo os aplausos até da crítica mais exigente.


No Teatro Politeama, trabalhou com Palmira Bastos e Maria Matos em várias peças, entre as quais se destacaram “A Rainha de Biarritz” e “Mamã”. Auzenda de Oliveira foi a grande vedeta teatral do seu tempo, não só no teatro ligeiro como também na comédia. Fê-lo sempre com brilhantismo, como por exemplo, quando durante centenas de noites, fez as delícias de um público entusiástico na interpretação do vaudevilleO Ás”, no Teatro do Ginásio.


Auzenda desfrutou de uma popularidade sem limites e era a grande favorita do público. Motivos de saúde e o desaparecimento do género opereta dos palcos portugueses de então, causaram o seu brusco e injusto eclipse total.

segunda-feira, 19 de março de 2012

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"Poetando"...



EFEMÉRIDEHilário Rosário da Conceição, ex jogador de futebol português, nasceu em Lourenço Marques (actual Maputo) no dia 19 de Março de 1939. Jogava como defesa.


Representou o FC Arsenal, o Atlético de Lourenço Marques, o Sporting de Lourenço Marques e o Sporting Clube de Portugal. Conquistou três Campeonatos Nacionais e três Taças de Portugal, sendo também um elemento fundamental da Selecção Nacional nos anos 1960. A sua agressividade, carácter e entrega ao jogo eram tais, que constituía quase uma barreira intransponível.


Hilário não pôde dar o seu contributo na final da Taça dos Vencedores das Taças Europeias conquistada pelo Sporting em 1964, pois num lance fortuito, poucos dias antes, fracturou a tíbia e o perónio. Ficou assim arredado de uma das mais saborosas vitórias do futebol sportinguista.


Em 1972, com 34 anos, foi convocado para uma Selecção da Europa que defrontou a sua congénere da América do Sul. Despediu-se do futebol na final da Taça de Portugal de 1973, que o Sporting venceu. Dedicou-se depois à carreira de treinador, tendo chegado a treinar o Sporting de Braga em 1979/1980.


Foi internacional português 39 vezes (1959/1971). O apogeu da sua carreira ocorreu nos Mundiais de 1966 em que, para além dos ases do ataque português, todos eles benfiquistas, foi ele o jogador que mais conseguiu destacar-se. De tal forma que foi titular indiscutível nos seis jogos e, segundo os especialistas, o jogador nacional que teve um desempenho mais regular em toda a campanha.

domingo, 18 de março de 2012




EFEMÉRIDE René Clément, realizador de cinema francês, nasceu em Bordéus no dia 18 de Março de 1913. Morreu em Monte Carlo, em 17 de Março de 1996, na véspera de completar 83 anos.


Foi considerado um dos maiores realizadores do cinema francês. Começou por colaborar com Jacques Tati em gags visuais na década de 1930 e trabalhou nos serviços cinematográficos do exército.


Depois da guerra, em 1946, co-dirigiu com Jean Cocteau um dos grandes filmes do cinema europeu, “A Bela e o Monstro”. Foi por três vezes vencedor do Festival de Cannes como Melhor Realizador (1946, 1947 e 1949) e recebeu os Oscars do Melhor Filme Estrangeiro em 1950 com “Três Dias de Amor” e em 1952 com “Brinquedo Proibido”.


O seu maior sucesso no cinema foi, no entanto, em 1959, “O Sol por Testemunha” com Alain Delon e Marie Laforêt. Realizou o seu último filme em 1976. Em 1986 foi eleito para a Academia das Belas Artes Francesa.

sábado, 17 de março de 2012




EFEMÉRIDEAntónio José Saraiva, professor e historiador de Literatura portuguesa, morreu em Lisboa no dia 17 de Março de 1993. Nascera em Leiria, em 31 de Dezembro de 1917.


Foi criado em Leiria até aos quinze anos. Estudou na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Obteve o doutoramento em Filologia Românica, em 1942.


Envolveu-se na oposição ao Salazarismo, tendo sido apoiante da candidatura presidencial do general Norton de Matos. Em 1949, foi preso e impedido de ensinar. Durante os anos seguintes, viveu exclusivamente das suas publicações e da colaboração em jornais e revistas.


Exilou-se em França em 1960, tendo em seguida ido viver para a Holanda, onde leccionou na Universidade de Amesterdão. Regressado a Portugal, após o 25 de Abril de 1974, tornou-se professor catedrático da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.


António José Saraiva foi autor de uma vastíssima obra, considerada uma referência nos domínios da História da Literatura e da História da Cultura portuguesas. Estudou diversos autores (Camões, Garrett, Alexandre Herculano, Fernão Lopes, Fernão Mendes Pinto, Gil Vicente, Eça de Queirós, Oliveira Martins, etc.) e publicou obras de grande fôlego como a “História da Cultura em Portugal” ou, em parceria com Óscar Lopes, a “História da Literatura Portuguesa”.


Era pai do jornalista José António Saraiva e irmão do historiador José Hermano Saraiva. Era também sobrinho de José Maria Hermano Baptista, militar centenário (1895/2002), o último veterano português sobrevivente da Primeira Guerra Mundial.



Até fazem parar o trânsito!...

sexta-feira, 16 de março de 2012




EFEMÉRIDELupe Cotrim, de seu verdadeiro nome Maria José Cotrim Garaude Gianotti, poetisa e tradutora brasileira, professora da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, nasceu em São Paulo no dia 16 de Março de 1933. Morreu em 18 de Fevereiro de 1970, vítima de doença oncológica, um mês antes de completar 37 anos de idade.


Viveu alguns anos em Araçatuba onde o pai exercia clínica e, ainda muito jovem, transferiu-se com a mãe para o Rio de Janeiro, onde estudou no Colégio Bennett. Voltou mais tarde a residir em São Paulo, para estar mais próxima do pai. Integrou-se no meio literário paulista. Concluiu os estudos secundários no Colégio Des Oiseaux. Licenciou-se em Cultura Geral e “Biblioteconomia” no Instituto Sedes Sapientiae em São Paulo.


Nos anos 1950, estudou Literatura, Línguas, Artes e Canto lírico. Em 1961, fez um programa de televisão, que a tornou conhecida do grande público. Em 1963, começou a estudar Filosofia na USP, onde conheceu José Arthur Gianotti, seu futuro marido.


Lupe foi um dos nomes em destaque na poesia brasileira da década de 1960. Em 1968, integrou o grupo de professores que fundou a ECA, leccionando Estética e Pensamento Filosófico. A sua notável actuação face aos desafios da recém-criada unidade da Universidade de São Paulo e, ao mesmo tempo, à conjuntura política adversa por que passava o Brasil, levou os estudantes a darem o nome de Lupe Cotrim ao Centro Académico, após a sua morte prematura.


O seu livro “Poemas ao Outro” recebeu postumamente o Prémio Governador do Estado de São Paulo. É frequentemente citada e relembrada pela forma e clareza dos seus poemas e também pela sua beleza pessoal.

quinta-feira, 15 de março de 2012





EFEMÉRIDECharles Nungesser, aviador francês e ás da aviação durante a Primeira Guerra Mundial, nasceu em Paris no dia 15 de Março de 1892. Desapareceu em 8 de Maio de 1927, algures no Atlântico ou já na América do Norte, durante uma tentativa de fazer Paris – Nova Iorque sem escala. Pilotava o avião “L'Oiseau Blanc”, juntamente com François Coli.
Estudou na Escola Nacional Profissional de Armentières de 1905 a 1907. Uma placa presta-lhe hoje homenagem no hall de honra desta prestigiosa escola, que se passou entretanto a chamar Liceu Gustave Eiffel.

Aos quinze anos partiu para a América do Sul onde exerceu diversos ofícios, como cowboy, boxeur e piloto de corridas de automóveis. Descobriu igualmente a aviação, que dava os primeiros passos, e começou a pilotar.

Regressado a França antes da declaração de guerra, alistou-se no exército, onde recebeu uma medalha após dez dias de combate. Conseguiu com efeito, depois de ter passado as linhas inimigas, capturar um automóvel Mors e abater os quatro oficiais prussianos. Conduziu seguidamente a viatura até ao quartel-general da sua divisão, juntamente com os planos encontrados junto dos oficiais inimigos. A seu pedido, foi então autorizado a transferir-se para a aviação.


Integrou, em Dunquerque, a esquadrilha VB 106, pilotando um bombardeiro Voisin III, tendo efectuado 53 missões de bombardeamento. Aproveitava também para perseguir os aviões com os quais se cruzava. Em Julho de 1915, abateu um Albatroz alemão o que lhe valeu a Cruz de Guerra e uma transferência para a esquadrilha de caça N 65 baseada em Nancy. Por várias vezes, terminou as patrulhas de caça com acrobacias por cima da sua base, o que lhe custou algumas punições.


Em Fevereiro de 1916, ficou gravemente ferido, num acidente à descolagem, aos comandos do protótipo de um avião de caça. Fracturou o maxilar e as duas pernas. Um mês depois, saiu do hospital de muletas, recusou a reforma e voltou à sua esquadrilha. Tinha de ser ajudado para entrar e sair dos aviões.


Participou na Batalha de Verdun obtendo dez vitórias e, depois, mais onze na frente de Somme. O seu estado de saúde, porém, continuava a ser muito precário e teve de regressar ao hospital, de onde só conseguiu sair depois de ter prometido aos médicos e ao estado-maior que voltaria depois de cada voo para continuação dos tratamentos. Um acidente de automóvel, onde morreu o seu fiel mecânico Roger Pochon, que estava ao volante, levou-o de novo para um hospital mas, apesar de tudo, continuou depois a acumular sucessos. Em Agosto de 1918, abateu vários Drachens e obteve a sua 43ª vitória homologada, que seria também a última.


Em 1927, obcecado pelo desejo de se ultrapassar, formou com François Coli o projecto de atravessar o Atlântico Norte. O duo descolou do aeroporto do Bourget em 8 de Maio de 1927, com direcção a Nova Iorque. O avião foi apercebido pela última vez ao largo das costas irlandesas e nunca chegou ao destino. Nem os corpos nem o avião foram encontrados.


Além de várias condecorações francesas, foi distinguido por vários países, como o Reino Unido, a Bélgica, os Estados Unidos, a Roménia, a Sérvia e Montenegro.


Foi dado o seu nome a várias escolas, ruas, aviões e ao estádio de futebol de Valenciennes, localidade onde passou parte da sua juventude. Um selo dos correios franceses “Nungesser e Coli, 8 de Maio de 1927” foi emitido em 1967.

quarta-feira, 14 de março de 2012



Que raio de azar!




EFEMÉRIDEGeorge Eastman, industrial norte-americano, fundador da Kodak e inventor da película que permitiu a popularização da fotografia, morreu em Rochester no dia 14 de Março de 1932. Nascera em Waterville, em 12 de Julho de 1854.


Em 1888 lançou no mercado o primeiro aparelho fotográfico de sua concepção, sob a marca Kodak, termo que ele criou para a circunstância, procurando uma palavra simples, atraente e pronunciável em todas as línguas.


Kodak era um aparelho, portátil e simples, carregado com um rolo de película negativa para cem fotografias. O utilizador devia enviá-lo ao fabricante depois de utilizado e recebia-o, dias mais tarde, carregado com um novo rolo de negativos e acompanhado das fotos precedentes devidamente impressas. O slogan utilizado pela Eastman Dry Plates and Film Company era: «Carregue no botão, nós fazemos o resto».


Em 1892 reorganizou a sociedade, transformando-a na Eastman Kodak Company. Em 1900 pôs no mercado a “Brownie”, um aparelho destinado às crianças e vendido por um dólar. O seu sucesso foi considerável e, em 1927, detinha praticamente o monopólio da indústria fotográfica nos Estados Unidos.


Nos anos 1930, foi atingido por uma doença da coluna vertebral que o iria deixar diminuído fisicamente para o resto da vida. Não podendo suportar tal ideia, suicidou-se com um tiro no coração e deixou uma carta onde dizia apenas: «Para os meus amigos. O meu trabalho está feito. Porque esperar?». O corpo foi velado na Igreja Episcopal St. Paul, em Rochester, e enterrado no jardim da Kodak, no estado de Nova Iorque.


Em 1924, George Eastman abdicara de metade da sua fortuna para o mecenato. As suas dádivas atingiram o total de 75 milhões de dólares e os principais beneficiários foram a Universidade de Rochester e o Massachusetts Institute of Technology (MIT) de Boston. Fundou também, em Paris, o Instituto Dentário George-Eastman. Foi um dos primeiros industriais a distribuir parte dos lucros pelos seus funcionários, sob a forma de prémios de produtividade.


A sua casa particular, a George Eastman House, é agora um centro de arquivos e um museu fotográfico de reputação mundial. Ironicamente, Eastman detestava ser fotografado. A empresa não resistiu à era digital e, em Janeiro de 2012, declarou falência.


Um exemplo...

terça-feira, 13 de março de 2012




EFEMÉRIDENeil Sedaka, cantor, pianista e compositor norte-americano, de origem turca e judaica, nasceu em Brooklyn, Nova Iorque, no dia 13 de Março de 1939.


Quando começou a interessar-se pela música, a sua ambição era tornar-se pianista de concerto. Durante os estudos, porém, voltou-se para uma música mais viva, abandonando a clássica em benefício da pop-music. Fez parceria com Howard Greenfield na composição de muitas canções de sucesso, tanto para si como para outros cantores. A voz de Sedaka é identificada como de tenor.


Em 1958 gravou, por sua conta, o primeiro disco. A editora RCA tomou conhecimento desta gravação e propôs-lhe de imediato um contrato. No ano seguinte, o seu segundo disco “I go ape” proporcionou-lhe o primeiro Disco de Ouro, seguindo-se um segundo com o seu maior sucesso de sempre “Oh Carol” e ainda um terceiro, em 1962, com “Breaking up is hard to do”. Muitas outras canções de Neil Sedaka tiveram enorme êxito, desde os finais da década de 1950 e o início dos anos 1960 até à actualidade.


Quando o grupo sueco ABBA estava no início da carreira, Neil ajudou-os a fazer a versão em inglês de “Ring Ring”, uma das primeiras canções do grupo nessa língua e que foi incluída no álbum com o mesmo nome em 1973.

segunda-feira, 12 de março de 2012





EFEMÉRIDELouison Bobet, de seu verdadeiro nome Louis Pierre Marie Bobet, antigo ciclista francês, nasceu em Saint-Méen-le-Grand no dia 12 de Março de 1925. Morreu em Biarritz, em 13 de Março de 1983.


Foi vencedor da Volta a França em 1953, 1954 e 1955, igualando o velho recorde do belga Philippe Thys que tinha vencido também o Tour em 1913, 1914 e 1920. Foi Campeão Mundial de Ciclismo em Estrada (1954) e vencedor do Paris-Roubaix em 1956. Era conhecido como “o padeiro de Saint-Méen”, devido à profissão que tinha antes de iniciar a sua carreira de ciclista.


Praticou vários desportos na juventude, nomeadamente ténis de mesa, onde se sagrou mesmo Campeão da Bretanha. Um seu familiar notou nele aptidões muito especiais para o ciclismo e convenceu-o a dedicar-se à modalidade. Começou a competir em 1941 e obteve a sua primeira vitória como federado no ano seguinte.


Durante a guerra, transportou mensagens para a Resistência e integrou o exército, depois do desembarque aliado em 1944. Desmobilizado do serviço militar, conquistou em 1946 um título de campeão amador. Em 1947 tornou-se profissional e começou a sobressair em todas as provas que disputou.


Durante a sua carreira profissional (1947/1962), averbou 122 vitórias. Representou as equipas “Stella”, “Mercier” e “Ignis”. Juntamente com o italiano Fausto Coppi, dominou o ciclismo mundial nos anos 1950.


Em Dezembro de 1961, ao regressar de Bruxelas com um irmão, foi vítima de um grave acidente de automóvel. No decorrer da sua recuperação física, foi tratado durante duas semanas no Instituto de Talassoterapia de Roscoff. Disse adeus às competições em Agosto de 1962. Surpreendido com os efeitos da água do mar sobre o seu organismo, imaginou um novo conceito de “saúde/tempos livres”, criando o primeiro centro moderno de talassoterapia, em Goulvars. O instituto abriu as suas portas em Abril de 1964 e foi inaugurado oficialmente no mês seguinte. O mundo da política, das artes, dos espectáculos e das letras acorreu de forma surpreendente. Face a este sucesso, fez construir dois outros centros, um em Biarritz e outro em Marbella. Este último só abriria após o seu falecimento. A maldita doença atraiçoou-o. Morreu vitimado por um cancro, precisamente no dia seguinte ao seu 58º aniversário.


Um museu foi inaugurado em 1994 na sua terra natal. Nele se podem contemplar numerosos troféus, livros, testemunhos, maquetas, vídeos, fotografias, revistas, medalhas, camisolas, bandeiras, cachecóis, bicicletas, etc.


Supersticioso, Bobet vivia fascinado pelo número 41. Antes de cada corrida, queria saber sempre qual o ciclista a quem coubera aquele número. O 41 tinha um significado especial para ele, porque a sua primeira vitória, ainda como amador, ocorrera em 1941. Foi incorporado também no 41º regimento de infantaria e, quando se instalou em Fontenay-sous-Bois, foi morar no nº 41 da rua Roublot.


Bobet foi um dos primeiros corredores a ter um preparador físico só para si e um fisioterapeuta, que era simultaneamente seu secretário e motorista. Publicou em 1959 um livro para crianças, com o título “Campeão ciclista”.


12 de Março 2011 - Passado um ano, tudo piorou. Até a mobilização...

domingo, 11 de março de 2012




EFEMÉRIDE – Nino Konis Santana, de seu verdadeiro nome Antoninho Santana, comandante das Forças Armadas de Libertação e Independência de Timor-Leste (FALINTIL), forças de guerrilha da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (FRETILIN), que lutaram contra a Indonésia e pela independência, morreu em Ermera no dia 11 de Março de 1998. Nascera em Veru, Tutuala, em 1957.


Durante a juventude, foi dirigente da União Nacional dos Estudantes Timorenses. Foi membro da comissão que preparou o processo eleitoral em Lospalos em 1974 e professor, na mesma localidade, até à invasão indonésia em Dezembro de 1975. Após a invasão e a ocupação indonésia, Konis Santana buscou refúgio nas montanhas e ingressou na luta armada, na Região Militar de Lospalos.


Em 1981 foi nomeado membro do grupo de ligação liderado por Xanana Gusmão. No início de 1992, após a captura de José da Costa, aliás “Mau Hodu Ran Kadalak”, passou a adido político de Xanana. Com a prisão deste em Novembro de 1992, foi nomeado membro do Comité Político-Militar liderado por António João Gomes da Costa, conhecido pelo nome de guerra “Ma'Hunu”, que acabou também por ser capturado pelas forças indonésias no ano seguinte em Manufahi. Konis Santana ascendeu, então, a comandante operacional das FALINTIL, tendo reorganizado a resistência com o estabelecimento do Conselho Executivo da Luta Armada e da Frente Clandestina, coordenando toda a actividade da resistência dentro do território. Konis Santana foi ainda Secretário do Comité Directivo da FRETILIN.


Com o objectivo de levar a guerrilha à parte ocidental da ilha, Konis Santana fixou-se em Ermera em 1991. Inicialmente viveu nas plantações de café. Com o intensificar das patrulhas indonésias (naquele tempo chegou a haver um soldado indonésio por cada 35 civis timorenses), Konis – com a ajuda de familiares que viviam na zona – construiu um pequeno oratório dedicada a Nossa Senhora de Fátima. Por baixo, ficava um esconderijo que incluía uma pequena sala, um quarto de dormir e um quarto de banho, onde Konis viveu os últimos seis anos da sua vida. Foi dali que conseguiu comandar as forças no terreno, graças ao serviço de estafetas que levavam e traziam mensagens, de rádios e também, já perto do final da sua vida, pelo recurso a um telefone via satélite.


Apesar da presença constante do exército indonésio nas redondezas, o esconderijo nunca foi descoberto. Konis acabou por falecer na sequência de complicações de saúde e da falta de assistência médica adequada. Com a sua morte, a liderança da luta armada de Timor-Leste passou a ser assumida por Taur Matan Ruak, até à realização do referendo que decidiu a independência do território.


Em finais de 2005, após cinco anos de investigação nos arquivos por ele deixados, o historiador português José Mattoso lançou o livro “A Dignidade – Konis Santana e a Resistência Timorense”.

sábado, 10 de março de 2012




EFEMÉRIDEAntónio-Pedro Saraiva de Barros e Vasconcelos, cineasta português, nasceu em Leiria no dia 10 de Março de 1939. Estudou Direito na Universidade de Lisboa e Filmografia na Universidade da Sorbonne. É um dos realizadores do Cinema Novo Português, nomeadamente com o filme “Perdido por Cem” em 1973.


Imediatamente após a Revolução de 25 de Abril, realizou para a Rádio Televisão Portuguesa o documentário “Adeus, Até ao meu Regresso” (1974), sobre uma geração marcada pela Guerra Colonial (o título era uma frase proferida por muitos militares, quando enviavam pela televisão mensagens de Natal aos seus familiares no Continente). Abordou igualmente o tema do afastamento, na média metragem “Emigr/Antes... e Depois?”, sobre as férias em Portugal de algumas famílias de emigrantes.


Em 1981, regressou às longas-metragens com “Oxalá”, um filme ainda marcado pela realidade sociopolítica pós Revolução e pela dicotomia entre a vida em Portugal e no estrangeiro, corporizada desta vez no regresso dum jovem que tinha estado exilado em Paris.


Após cerca de três anos marcados por dificuldades a nível da produção, foi responsável por alguns dos maiores sucessos cinematográficos portugueses, sobretudo com “O Lugar do Morto” em 1984 e “Jaime” em 1999. Com esta última película conquistou a Concha de Prata do Festival Internacional de Cinema de San Sebastian e, em Portugal, os Globos de Ouro para Melhor Filme e Melhor Realizador. Os seus mais recentes filmes foram “Os Imortais” em 2003, “Call Girl” em 2007 e “A Bela e o Paparazzo” em 2010.


A par da realização, foi um dos fundadores da V. O. Filmes, da Opus Filmes e ainda do Centro Português de Cinema, que mereceu o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e produziu a maior parte dos filmes do Cinema Novo. Foi apresentador do programa “Cineclube”, na RTP2; fez crítica literária e cinematográfica, tendo chefiado a redacção de “O Cinéfilo”, com João César Monteiro; foi colunista da “Visão” e director de “A Semana”, suplemento do “Independente”. É autor de “Interesse Público, Interesses Privados” (2002) e foi Provedor do Leitor no jornal desportivo “Record”. Em 1985, representou Portugal no Fórum Cultural de Budapeste, a convite do ministro dos Negócios Estrangeiros. Presidiu ao Grupo de Trabalho do Livro Verde para a Política do Cinema e Audiovisual, dirigido pela Comissão Europeia.


Presidiu à Associação Portuguesa de Realizadores de 1978 a 1984, ao Secretariado Nacional do Audiovisual de 1991 a 1993 e ao Conselho de Opinião da RTP entre 1996 e 2003. Professor da Escola de Cinema do Conservatório Nacional e coordenador executivo da licenciatura em Cinema, Televisão e Cinema Publicitário da Universidade Moderna de Lisboa, foi distinguido pelo Presidente da República com a Ordem do Infante D. Henrique.



Freira em biquini...

sexta-feira, 9 de março de 2012




EFEMÉRIDEFernando Luís, actor português, nasceu em Lisboa no dia 9 de Março de 1961. Iniciou a sua actividade no Teatro de Animação de Setúbal, onde permaneceu duas temporadas.


Em 1992, recebeu o Prémio de Melhor Actor da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro, pela peça “A Ópera dos Três Vinténs” de Bertolt Brecht. Depois disso, passou pelo Teatro Nacional D. Maria II, pelo Teatro Maria Matos, pelo Teatro da Cornucópia e pelo Teatro Aberto, entre outros, representando peças de Brecht, Eugene O'Neill, Turgueniev, Manuel Teixeira Gomes e Hélia Correia. Foi dirigido por nomes como João Canijo, Diogo Infante, Fernando Gomes, Filipe La Féria e Carlos Avilez.


Estreou-se no cinema com “Rosa Negra” de Margarida Gil (1992). Desde então, participou em filmes de vários realizadores. Foi dirigido por João Canijo em “Sapatos Pretos” (1998), “Noite Escura” (2004) e “Mal Nascida” (2007).


Actor regular em séries televisivas, integrou o elenco de “O Mandarim” (1990), “Alentejo Sem Lei” (1990) e “Polícias” (1996), popularizando-se depois em “Médico de Família” (1998 a 2000). Seguiram-se “A Minha Família é Uma Animação” (2001 a 2002), “A Minha Sogra é Uma Bruxa” (2002 a 2003), “Inspector Max” (2003 a 2005), “Nome de Código: Sintra” (2005 a 2006), “Bocage” (2006) e “A Minha Família” (2006 a 2007).


Em 2007, estreou-se em telenovelas com “Fascínios”, tendo participado no ano seguinte na série “Equador”, baseada na obra homónima de Miguel Sousa Tavares. De salientar ainda, entre outras séries e telenovelas: “Sentimentos” (2009/2010), “República” (2010) e “Anjo Meu” (2011). Fez igualmente vários trabalhos notáveis de dobragem.


Vários órgãos de comunicação social têm tentado entrevistar Fernando Luís sobre aspectos da sua vida privada, tendo este recusado sempre revelar tais pormenores, afirmando que «é preferível que o público não fique com a ideia dos actores, mas sim dos personagens que eles representam».

quinta-feira, 8 de março de 2012




EFEMÉRIDE – Antónia de Jesus Montes Tonicha Viegas, cantora portuguesa, nasceu em Beja no dia 8 de Março de 1946. Cedo mostrou vocação para cantar. Primeiro na escola e, na adolescência, em festas da Capricho, colectividade de cultura e recreio, actualmente conhecida como Sociedade Filarmónica Capricho Bejense.


Com a irreverência da sua juventude, apresentou-se ainda com 16 anos, num concurso da Emissora Nacional, em cujos “quadros” só viria a entrar aos 18 anos. Entretanto, foi recebendo lições dos maestros Tavares Belo, Fernando de Carvalho, António Melo e outros. Recebeu naqueles dois anos lições de canto por parte da então famosa vedeta internacional Corina Freire.


Iniciou a sua actividade profissional em 1965. No entanto, as primeiras gravações de Tonicha são anteriores àquele ano. O primeiro disco que gravou, um EP chamado “Canções de Natal”, que reuniu vários nomes da canção, foi editado em 1963 pela etiqueta Estúdio. A sua primeira gravação a solo, que foi editada com o nome de Antónia Tonicha, data de 1964, num EP da RCA chamado “Luar para esta noite”.


Em 1966, obteve o primeiro prémio no Festival da Canção da Figueira da Foz. Participou também no filme “Sarilho de Fraldas”, de Constantino Esteves, com Nicolau Breyner, António Calvário e Madalena Iglésias.


Em 1967, recebeu o Microfone de Ouro do Rádio Clube Português e foi eleita Mulher Portuguesa do Ano pelo Clube das Donas de Casa. Venceu igualmente o Prémio de Imprensa desse ano.


Ficou em 2.º lugar no Festival RTP da Canção de 1968. Gravou um EP com temas de José Cid, como “La Mansarde” e “Emporte-Moi Loin d'Ici”. Foi editado um novo EP, ainda com a colaboração de Cid, com os temas “Caminheiro, Donde Vens?”, “Terra Sonhada”, “Amanhã” e “Canção Para um Regresso”.


A ideia de Tonicha gravar igualmente folclore português partiu do seu marido, o etnólogo João Viegas. Ao “Vira dos Malmequeres”, canção recolhida na zona de Santarém, seguiu-se “Resineiro”, um tema gravado por indicação de Zeca Afonso. Estes dois discos, editados pela RCA Victor/Telectra, foram vendidos em mais de 80 000 cópias. Um novo EP, “D. Pedro”, voltou a contar com a colaboração de José Cid, na direcção musical e na autoria de três temas.


Conheceu Ary dos Santos através do compositor Nuno Nazareth Fernandes. Os dois seriam os autores de “Menina do Alto da Serra”, que venceu o Festival RTP da Canção de 1971.


Participou com sucesso em vários festivais internacionais. “Poema Pena” ficou em 4.º lugar nas Olimpíadas da Canção de Atenas, onde Tonicha obteve o 2.º Prémio de Interpretação. Ficou em 3º lugar no Festival de Brasov (Roménia). Com “Manhã Clara”, ganhou o Prémio da Crítica no VI Festival do Rio de Janeiro e com “Rosa de Barro” venceu o 1.º Prémio de Interpretação no Festival de Split.


Assinou depois contrato com a editora Movieplay, gravando versões portuguesas de canções de Patxi Andión. Por iniciativa de José Niza, participou em 1972 no disco “Fala do Homem Nascido”, uma opereta gravada em disco, com poemas de António Gedeão. Os cantores foram Duarte Mendes, Carlos Mendes, Samuel e Tonicha.


Em 1974, foram lançados vários discos através da Zip-Zip. Participou na revista de Sérgio de Azevedo “Uma no Cravo, outra na Ditadura”, com textos do José Carlos Ary dos Santos e música do Fernando Tordo.


Em 1978 foi editado o singleZumba Na Caneca”, um dos seus maiores sucessos populares. Gravou o álbum “Ela por Ela”, em 1980, com canções de Carlos Mendes e Joaquim Pessoa e direcção musical de Pedro Osório.


O disco “Foliada Portuguesa” foi lançado em 1983, incluindo temas como “Todos Me Querem” e “O Mar Enrola Na Areia”. Em 1985, participou no disco “Abraço a Moçambique” e gravou o singleEsta Festa Portuguesa”.


Esteve afastada alguns anos dos palcos e da ribalta, só reaparecendo em 1993 com o CD “Regresso”. Em 1995, gravou “Canções d' Aquém e d'Além-Tejo”. Na Páscoa de 2003, participou num programa do Herman José onde interpretou a “Ave Maria” de Schubert.


Em 2010, aceitou um novo desafio, estreando-se como actriz num musical etnográfico de Tiago Torres da Silva. Para além de cantar um tema inédito (“Quantas voltas dá a nora”) e uma canção que popularizou na década de 1970 (“Vareira do mar”), contracenou com Carlos Mendes, Lurdes Norberto, Cecília Guimarães, Filipa Pais e Joana Negrão.


Ao longo da sua carreira gravou mais de 600 canções e centena e meia de discos.

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