quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

28 DE FEVEREIRO - KARL-MARIA KERTBENY


EFEMÉRIDE - Karl-Maria Kertbeny, jornalista, tradutor, escritor e activista dos direitos humanos austro-húngaro, nasceu em Viena no dia 28 de Fevereiro de 1824. Morreu em Budapeste, em 23 de Janeiro de 1882. Ficou também conhecido por ter criado a palavra homossexual, num documento datado de 1868 e guardado na Biblioteca Nacional Húngara.
A família Benkert (apelido original) mudou-se para Budapeste quando Karl-Maria ainda era criança. Na sua juventude, como aprendiz de livreiro, Karl tinha um amigo homossexual que se suicidou ao ser chantageado por um extorsionista. Kertbeny recordou mais tarde que foi esse trágico episódio que o levou a interessar-se profundamente pelo tema da homossexualidade, seguindo o que ele descreveu como sendo o seu «impulso instintivo de lutar contra as injustiças».
Depois de um período no exército húngaro, empregou-se como jornalista e escritor de viagens, tendo escrito pelo menos vinte e cinco livros sobre vários temas. Em 1847, alterou legalmente o seu nome. Mudou-se para Berlim em 1868.
Traduziu escritores húngaros para o alemão. Contava entre os seus amigos com personalidades famosas como Heinrich Heine, George Sand, Alfred de Musset, Hans Christian Andersen e os irmãos Grimm.
Kertbeny morreu em Budapeste em 1882, com 58 anos de idade, mas a sua campa só foi descoberta em 2001 pelo sociólogo Judit Takács, autor de extensa investigação sobre a sua vida. A comunidade gay erigiu-lhe uma lápide e, a partir de 2002, tornou-se tradição depor anualmente uma coroa de flores na campa.
Desde a sua mudança para Berlim, Kertbeny passou a escrever extensivamente sobre a questão da homossexualidade, motivado - segundo disse - por um «interesse antropológico» combinado com um sentimento de injustiça e preocupação com os direitos do homem. Escreveu vários panfletos sobre o assunto, afirmando nomeadamente que os actos sexuais, em privado e consentidos pelas partes, não deviam cair sob a alçada da lei criminal. Evocando o caso do seu amigo da juventude, afirmava com determinação que a lei prussiana favorecia a existência de chantagem e extorsão de dinheiro a homossexuais, o que frequentemente os levava ao suicídio.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

27 DE FEVEREIRO - LEONARD NIMOY


EFEMÉRIDE - Leonard Simon Nimoy, actor, cenarista, realizador, produtor, poeta e fotógrafo norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 27 de Fevereiro de 2015. Nascera em Boston, em 26 de Março de 1931.
O seu papel mais conhecido é o de Senhor Spock, nas séries de TV e nos filmes “Star Trek”. Também actuou na série clássica “Missão Impossível”, nas temporadas de 1969/71, e fez um episódio na primeira temporada de “Agente 86”. Nimoy participou no episódio “O Gorila” da série “Bonanza”, em Dezembro de 1960. Realizou “Jornada nas Estrelas: À Procura de Spock” e “Jornada nas Estrelas: A Volta para Casa”.
Leonard Nimoy tinha por origem uma família de judeus ortodoxos da Ucrânia. Incentivado pelo pai, começou a sua carreira de actor aos oito anos. Estudou depois Teatro na Universidade de Boston, mas não finalizou o curso. Na universidade, trabalhou - a tempo parcial - no National Yiddish Book Center.
Nimoy era vegetariano, tinha dois filhos e era casado com a actriz Susan Bay. Nos últimos anos, aposentou-se da carreira no cinema, para se dedicar à fotografia. Escreveu também livros de poesia e apresentou programas televisivos.
Informou, no começo de 2014, que estava com uma doença pulmonar obstrutiva crónica, causada por anos de tabagismo. Morreu no ano seguinte, na decorrência da doença. O asteróide Nimoy (4864) foi assim denominado em sua homenagem.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

26 DE FEVEREIRO - LEVI STRAUSS


EFEMÉRIDE - Levi Strauss, de seu nome original Löb Strauß, industrial germano-americano, co-inventor das blue jeans (calças Levi's) e fundador da empresa Levi Strauss & Co., nasceu em Buttenheim no dia 26 de Fevereiro de 1829. Morreu em San Francisco, em 26 de Setembro de 1902.
Oriundo de uma família judaica alemã, tinha seis irmãos mais velhos. O pai, um pobre vendedor-ambulante, morreu em 1846 vítima de tuberculose, quando Löb tinha apenas dezasseis anos. Um ano depois, em 1847, a mãe Rebecca Strauß decidiu emigrar com cinco dos seus filhos para os Estados Unidos. Os dois mais velhos já moravam há alguns anos em Nova Iorque, sendo comerciantes de produtos têxteis. Löb Strauß naturalizou-se norte-americano em 1853, mudando o seu nome para Levi Strauss.
Os seus primeiros anos em Nova Iorque, passou-os a trabalhar na loja dos irmãos mais velhos. Com as primeiras notícias sobre as descobertas de ouro na Califórnia, decidiu abrir em San Francisco uma loja de tecidos e roupas em 1853, associado com seu cunhado David Stern, fundando assim aquela que viria a tornar-se na famosa empresa Levi Strauss & Company.
Em 1872, o costureiro Jacob Davis de Reno propôs a Levi Strauss a ideia de reforçar com rebites as costuras das calças usadas pelos mineiros. O sucesso nas vendas foi tão grande que Strauss e Davis decidiram requerer a patente do produto. Maio de 1873 ficou a marcar o início da história de sucesso das calças jeans, pois foi nesse mês/ano que lhes foi concedida a respectiva patente.
Levi Strauss morreu aos 73 anos, na sua casa em San Francisco, onde morava com a família da irmã Fanny (o marido falecera), deixando para os sobrinhos a Levi Strauss & Company. O seu túmulo encontra-se no cemitério Hills of Eternity em Colma, ao sul de San Francisco.
Levi desenvolveu outras actividades durante a sua vida: foi membro fundador e tesoureiro da Câmara de Comércio de San Francisco (1877); director do Banco do Nevada; da Liverpool, London and Globe Insurance Company; e – igualmente -  da San Francisco Gas and Electric Company. Foi também um dos principais filantropos de San Francisco, sobretudo no auxílio a órfãos e na concessão de bolsas de estudo na Universidade da Califórnia.
A sede e a fábrica Levi Strauss & Co, bem como todo o seu recheio, foram completamente destruídas quando do sismo de 1906. Os sobrinhos planearam desde logo novas instalações e continuaram a pagar aos credores, bem assim como os salários dos trabalhadores. até à sua reabertura. Honraram assim a memória do seu tio.

domingo, 25 de fevereiro de 2018

25 DE FEVEREIRO - MAURICE FARMAN


EFEMÉRIDE - Maurice Alain Farman, ciclista, piloto de automóveis e de aviões e pioneiro da aviação francês, morreu em Paris no dia 25 de Fevereiro de 1964. Nascera na mesma cidade em 21 de Março de 1877. Filho de pais britânicos, ele e os seus irmãos Dick e Henry tiveram destaque como pioneiros da aviação na Europa.
Farman foi campeão de ciclismo com o irmão Henry. Depois, começou a participar em corridas de automóveis com um Panhard, ganhando em 1901 o Grande Prémio de Pau, a primeira corrida a ser chamada ‘Grande Prémio’. Em Maio de 1902, ganhou o Circuit du Nord, de Paris à Arras (ida e volta). Também competiu na corrida Paris - Viena daquele ano, vencida por Marcel Renault. Em breve, porém, o seu interesse se voltaria para a aviação e, em 1908, comprou um biplano Voisin 4.
Em Dezembro de 1909, recebeu o brevet nº 65 de piloto-aviador do Aéro-Club de France. Realizou o mais longo voo até então, com uma extensão de 70 km, entre Versailles e Chartres. Em Junho de 1910, sofreu um acidente quando voava acompanhado por Georges Besançon, secretário geral do Aéro-Club. Em decorrência da queda, Farman sofreu escoriações e Besançon feriu-se no braço e na testa.
Não levou muito tempo para que Maurice Farman iniciasse a construção dos seus próprios aviões com a empresa Farman, fundada em 1908. Quatro anos mais tarde, criou uma companhia aérea, a Lignes Aériennes Farman, que depois de várias alterações de capital e societárias, deu origem à Air France.
Farman, que era comendador da Legião de Honra, publicou em 1896 um trabalho sobre aeronáutica,” Les Merveilles aériennes”. Faleceu em 1964, sendo sepultado no cemitério Père-Lachaise.

sábado, 24 de fevereiro de 2018

24 DE FEVEREIRO - RICHARD THORPE


EFEMÉRIDE - Richard Thorpe, de seu verdadeiro nome Rollo Smolt Thorpe, actor, guionista e realizador norte-americano, conhecido pela sua longa carreira na Metro-Goldwyn-Mayer, nasceu em Hutchinson (Kansas) no dia 24 de Fevereiro de 1896. Morreu em Palm Springs (Califórnia) em 1 de Maio de 1991.  Iniciou a sua carreira na era do cinema mudo, fazendo com sucesso a transição para a era do sonoro.
Começou por trabalhar no teatro e em revistas e só em 1921 se iniciou no cinema, como actor, no filme “Burn 'Em Up Barnes”. Passou depois a realizador, dirigindo o seu primeiro filme em 1923. Foi um realizador bastante versátil, tendo dirigido cerca de 180 filmes, setenta deles westerns da era muda.
O primeiro filme que dirigiu para a MGM foi “Last of the Pagans”, em 1935. Foi também guionista de 27 filmes, entre 1925 e 1931. Realizou alguns filmes do Tarzan com Johnny Weissmuller.
Após realizar “The Last Challenge”, em 1967, aposentou-se da indústria cinematográfica. Faleceu em 1991, tendo sido cremado e as cinzas espargidas sobre o Oceano Pacífico.
Pela sua contribuição para a indústria cinematográfica, Thorpe tem uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

23 DE FEVEREIRO - IVA LAMARÃO


EFEMÉRIDE - Iva Catarina da Silva Lamarão, modelo e apresentadora de televisão portuguesa, nasceu em Ovar no dia 23 de Fevereiro de 1983.
No ano de 1998, venceu a edição local do concurso Supermodel of the World, sendo a sucessora de Diana Pereira e tendo representado Portugal na versão internacional do concurso. Em 2001, foi eleita Miss Portugal e, em Maio do ano seguinte, participou na 51.ª Edição do concurso Miss Universo, realizado em San Juan, em Porto Rico. Após vencer o concurso Miss Portugal foi contratada pela agência Elite Model Management, participou em eventos como Moda Lisboa e Portugal Fashion e foi capa da revista “GQ Portugal”.
Estreou-se na televisão em 2008, quando foi contratada pela SIC e apresentou o programa “Quando o Telefone Toca” e, posteriormente, o “Todos em Linha” e o “Allô, Allô”. Também já participou noutros programas como “SIC ao Vivo”, “Mesmo a Tempo”, “Quem Sabe Sabe”, “EXTRA+”, além do magazine da Liga dos Campeões da UEFA.
Em 2012, passou a integrar a equipa de apresentadoras do programa “Fama Show”, ao lado de Cláudia Borges, Laura Figueiredo, Rita Andrade, Vanessa Oliveira e Andreia Rodrigues.
Iva é licenciada em Bioquímica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, tendo feito o mestrado na mesma instituição.
Namorou durante três anos, entre 2008 e 2011, com o apresentador Miguel Domingues. De Junho de 2012 a Julho de 2015, manteve uma relação com o futebolista André Filipe Bernardes Santos. Passaram grande parte do relacionamento a namorar à distância uma vez que ele se encontrava a jogar na Turquia, ao serviço do Balikesirspor.

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

22 DE FEVEREIRO - JORGE FERREIRA CHAVES



EFEMÉRIDE - Jorge Ribeiro Ferreira Chaves, arquitecto português, nasceu na Ponta do Sol, Ribeira Grande, Ilha de Santo Antão, em Cabo Verde, no dia 22 de Fevereiro de 1920. Morreu em Lisboa, em 22 de Agosto de 1981.
Foi um dos arquitectos surgidos na segunda metade da década de 1940 responsáveis pela fixação do Movimento Moderno em Portugal. Activo profissionalmente entre 1941 e 1981, é considerado um dos mais perfeccionistas arquitectos portugueses.
Realizou, em atelier próprio, desde 1946, várias dezenas de projectos, para Portugal continental, Madeira, Guiné e Angola, dos quais se destacam a Pastelaria Mexicana, a loja Palissi Galvani, os Laboratórios Cannobio e o Hotel Florida, em Lisboa, o Hotel Garbe, o Hotel da Baleeira e o Hotel Globo, no Algarve, a Câmara de Comércio de Bissau e a Caixa Geral de Depósitos de S. Pedro do Sul.
Foi também colaborador de alguns dos principais ateliers de arquitectura de Lisboa da primeira metade do século XX, entre eles o de Porfírio Pardal Monteiro.
Viveu em Lisboa definitivamente desde 1931. Frequentou o Liceu Pedro Nunes durante a primeira metade da década de 1930. Ingressou no Curso Especial de Arquitectura na Escola de Belas-Artes de Lisboa em 1935.
Em 1941, interrompeu o curso para cumprir um longo serviço militar durante a Segunda Guerra Mundial. Esteve mobilizado, como expedicionário, em São Miguel, nos Açores, de onde só regressou no fim de 1944.
Na Escola de Belas-Artes de Lisboa, onde entretanto reingressou, frequentou igualmente o Curso Especial de Escultura em 1946/47. Concluiu a parte escolar do curso de Arquitectura em 1948, tendo obtido em 1946 o Prémio José Luís Monteiro. Este prémio, com uma componente monetária, era entregue a estudantes que se destacassem pela excepcionalidade do seu percurso académico.
Obteve a classificação de 19 valores em 20, no Concurso para a Obtenção do Diploma de Arquitecto em 1953.
O exercício da profissão foi iniciado no período de 1943/56, período que Nuno Portas designa como a fase da «resistência» na arquitectura e nas artes portuguesas.
Em 1946, em sociedade com o colega do final do curso, Luís Coelho Borges, abriu o seu primeiro atelier em espaço próprio.
Foi membro do colectivo Iniciativas Culturais Arte e Técnica e da Sociedade Nacional de Belas-Artes. Participou, expondo projectos de arquitectura, em quatro edições das Exposições Gerais de Artes Plásticas. Em 1948, participou no I Congresso Nacional de Arquitectura.
Um dos seus projectos do período «pós-congresso de 48», o edifício dos Laboratórios Cannobio, projectado em 1948 e construído em 1949, é uma das primeiras obras a surgir no centro de Lisboa exibindo uma linguagem arquitectónica claramente alinhada com o Movimento Moderno.
Em paralelo com a actividade no seu atelier, foi colaborador do arquitecto Miguel Jacobetty Rosa entre 1948 e 1952, e tirocinou sob a direcção do arquitecto Hernâni Gandra durante o ano de 1951.
Em 1952, foi convidado para o atelier do arquitecto Porfírio Pardal Monteiro com quem trabalhou na concepção de vários edifícios, entre eles o Hotel Ritz. Apesar de ter sido o projecto do Hotel Ritz a sua actividade central entre 1952 e 1959, manteve sempre atelier próprio, ao qual se dedicou em exclusivo após 1959.
A sua produção arquitectónica mais significativa teve lugar durante um período caracterizado como de «abertura relativa do regime à arquitectura moderna». A Câmara de Comércio de Bissau, sede da Associação Comercial, Industrial e Agrícola da Guiné, é considerada «a mais qualificada realização arquitectónica em Bissau» do período colonial.
Actuou ainda à escala do urbanismo e teve também um papel relevante no desenvolvimento do design em Portugal. Para equipamento das suas obras, Jorge Ferreira Chaves projectou quase sempre mobiliário original. Em alternativa, escolhia, principalmente, objectos de designers portugueses, produzidos na indústria nacional.
Entre 1978 e 1981, projectou intervenções em edifícios públicos, enquanto arquitecto da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais do Ministério das Obras Públicas.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

21 DE FEVEREIRO - CHUCK PALAHNIUK


EFEMÉRIDE – Charles Michael “ChuckPalahniuk, jornalista e escritor norte-americano de ascendência ucraniana, nasceu em Pasco, Washington, no dia 21 de Fevereiro de 1962. O seu trabalho mais popular é “Clube de Combate”, que foi adaptado ao cinema em 1999.
Aos 20 anos, estudou jornalismo na Universidade de Oregon, obtendo o respectivo diploma em 1986. Jornalista de profissão, Palahniuk foi também lutador amador, camionista e até mecânico de automóveis. O pai foi assassinado com a namorada pelo ex-marido dela. Quando era adolescente, o avô suicidou-se após matar a mulher.
Os personagens, nas obras de Palahniuk, são indivíduos que, de uma forma ou de outra, foram marginalizados pela sociedade, frequentemente reagindo com agressividade autodestrutiva. O escritor lê pouca ficção. Para escrever as suas obras é influenciado, principalmente, por pensadores do século XX. As narrativas nos livros de Palahniuk começam, não raramente, pelo seu fim cronológico, com o protagonista a recontar os eventos que conduziram ao ponto que forma o princípio da obra. Frequentemente, há um ponto de viragem da história, na forma de uma revelação inesperada perto do fim. O estilo de Palahniuk é caracterizado pelo uso e repetição de frases curtas plenas de humor cínico ou irónico. O autor gosta de descrever o seu estilo como Ficção Transgressional.
Em Setembro de 2003, foi entrevistado por Karen Valby, repórter do “Entertainment Weekly”. Durante a entrevista, de boa fé, Palahniuk deu informações referentes ao seu parceiro. Até então, muitos julgavam que ele era casado com uma mulher, mas - na verdade - Palahniuk estava a viver com o seu namorado. Algum tempo depois, Palahniuk chegou a acreditar que a jornalista Valby ia publicar esta informação na entrevista, sem o seu consentimento. Em resposta, fez uma gravação de áudio com raiva e colocou-a no seu web site, não só revelando que era gay, mas também fazendo comentários pouco abonatórios sobre a entrevistadora e um membro da sua família. Os temores de Palahniuk acabaram por se revelar infundados, pois Valby não revelou nada sobre a sua vida pessoal, afirmando apenas que era solteiro. A gravação foi mais tarde removida do site, fazendo com que alguns fãs acreditassem que Palahniuk estava envergonhado pela sua homossexualidade. Porém, segundo a webmaster do site, a gravação não foi removida por causa das declarações a respeito da sua sexualidade, mas por causa das declarações negativas sobre a repórter.
Palahniuk é hoje em dia abertamente gay, o seu parceiro não está identificado e estão juntos há mais de vinte anos.
Os direitos cinematográficos de “Survivor” (“Sobrevivente”) foram vendidos, mas nenhum estúdio se empenhou na adaptação do romance, pois depois dos ataques ao Pentágono e ao World Trade Center em 11 de Setembro, os estúdios de cinema consideraram o romance demasiado controverso, já que o protagonista sequestrava um avião e decidia matar-se.
Em 2003, foi realizado - por membros do site oficial do autor - um documentário em filme sobre a sua vida, chamado “Postcards from the Future: The Chuck Palahniuk Documentary”.
Durante a ComicCon de São Diego, em 2013, Chuck anunciou a continuação de “Clube de Combate”, romance amplamente conhecido devido à sua versão cinematográfica.
Chuck Palahniuk foi voluntário na assistência aos sem-abrigo, em hospícios, e a doentes em fase terminal.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

20 DE FEVEREIRO - ERNÂNI LOPES




EFEMÉRIDE - Ernâni Rodrigues Lopes, economista, professor e político português, nasceu em Lisboa no dia 20 de Fevereiro de 1942. Morreu na mesma cidade em 2 de Dezembro de 2010.
Licenciado em, 1964 pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (actual ISEG da Universidade Técnica de Lisboa), cumpriu o serviço militar, como oficial da Reserva Naval, entre 1964 e 1967, e ingressou no Banco de Portugal, em 1967. Integrou o Serviço de Estatística e Estudos Económicos do banco, como assistente técnico de 1967 a 1974 e director até 1975.
Paralelamente à sua carreira no Banco de Portugal, prosseguiu a carreira académica. Foi assistente no ISCEF, entre 1966 e 1974, tendo-se doutorado em Economia, pela Universidade Católica Portuguesa, em 1982. Assumiu a chefia do Instituto de Estudos Europeus desta universidade, a partir de 1996.
As primeiras funções públicas que Ernâni Lopes desempenhou foi como chefe da Missão de Portugal junto das Comunidades Europeias, de 1979 a 1983. Viria, em seguida, a desempenhar o cargo de ministro das Finanças e do Plano no IX Governo Constitucional entre 1983 e 1985, negociando a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE).
Foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo em Maio de 1984 e com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique em Junho de 1988.
Fundou e foi sócio-gerente da consultora SaeR - Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco. Foi também membro fundador e presidente do conselho de administração da Fundação Luso-Espanhola (2000/10). Coordenou dois importantes trabalhos científicos para melhorar as políticas de Portugal. São relatórios com mais de 900 páginas cada. Um sobre “Turismo”, apresentado em fins de 2004, o outro “Hypercluster da Economia do Mar” (2007).  Várias partes das recomendações de 2004 sobre turismo foram implementadas ao final do mandato de José Sócrates, pelo então secretário de estado de Turismo, Bernardo Trindade (2010). As relativas à economia do mar só em 2017 começam a ser debatidas no governo.
Morreu aos 68 anos, no Instituto Português de Oncologia de Lisboa, após quatro anos de luta contra um linfoma.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

19 DE FEVEREIRO - MASSIMO TROISI


EFEMÉRIDE - Massimo Troisi, actor e realizador italiano, nasceu em San Giorgio a Cremano, pequena cidade perto de Nápoles, no dia 19 de Fevereiro de 1953. Morreu em Óstia, em 4 de Junho de 1994, vítima de problema cardíaco. Ele soube reinterpretar e inovar as tradições e os costumes de Nápoles.
Criado numa numerosa família, durante anos viveu juntamente com 16 pessoas, com o pai, a mãe, cinco irmãos, um tio, uma tia, cinco primos, o avô e a avó. Tímido, católico e muito ligado a Nápoles, Troisi orgulhava-se das tradições e dos costumes dos napolitanos, registando isso em quase todas as suas obras. Massimo Troisi é considerado também um dos maiores humoristas da Itália e é tido como um dos grandes símbolos de Nápoles, por ser defensor da cultura e do dialecto do seu povo, que historicamente é discriminado por parte dos italianos de outras regiões.
Troisi começou a sua carreira de actor, em 1969, no teatro paroquial da Igreja de Sant'Anna, juntamente com alguns amigos de infância.
Em 1977, Troisi, Lello Arena e Enzo Decaro formaram o trio cómico La Smorfia (tirado do nome do “livro dos números” tradicionalmente utilizado em Nápoles para jogar na Loto ou no Bingo. Algum tempo depois, o trio trabalhou também na televisão e tornou-se famoso em toda a Itália.
Troisi tornou-se conhecido internacionalmente devido ao sucesso do seu filme “O carteiro e o poeta” (título original: “Il postino”), pelo qual foi nomeado para Melhor Actor, Melhor Filme e Melhor Guião Adaptado, nos Oscars de 1996. Troisi trabalhou noutros filmes premiados, como “Ricomincio da tre”, que foi exibido ininterruptamente nos cinemas italianos durante mais de dois anos. Contracenou com grandes figuras do cinema italiano, como Ettore Scola e Marcello Mastroianni, entre outros.
A maioria dos seus personagens fazem referência ao quotidiano dos italianos, dos napolitanos e às diferenças e peculiaridades entre o norte da Itália e a Itália meridional, fazendo referências mais especificas a Nápoles e aos costumes napolitanos.
Em 1972, foi-lhe diagnosticada uma anomalia cardíaca que, em 1976, o obrigou a ir aos Estados Unidos para fazer uma cirurgia. A operação foi efectuada em Houston e, inicialmente, foi um sucesso, retomando a sua carreira teatral e cinematográfica pouco tempo depois. Troisi quase não falava sobre a doença, apenas os seus familiares e amigos íntimos sabiam do seu problema de saúde.
Troisi devia voltar aos Estados Unidos para outra cirurgia, mas não o fez porque não queria adiar as filmagens do seu novo filme “Il postino”. No dia 4 de Junho de 1994, faleceu na casa de uma sua irmã, em Óstia. O ataque cardíaco aconteceu 12 horas após o término das filmagens. A notícia sobre a sua morte foi de grande consternação e surpresa para os italianos.
Muitos actores e realizadores homenagearam Massimo Troisi ao longo dos anos, através de eventos e de prémios de cinema e televisão. Em 1996, foi criado o Prémio Massimo Troisi, na sua terra natal. Em 2003, foi aberto ao público um museu em sua homenagem, na mesma localidade.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

18 DE FEVEREIRO - ISTVÁN SZABÓ


EFEMÉRIDE - István Szabó, realizador de cinema húngaro, nasceu em Budapeste no dia 18 de Fevereiro de 1938.
Em 1996, foi vencedor do Prémio Pulitzer pelo seu documentário de televisão “Os Cem Anos de Cinema”. Conquistou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, com “Mephisto” (1982), e foi nomeado igualmente em 1986 (“Coronel Redl”).
Os seus filmes mais aclamados foram resultado da sua colaboração com o famoso actor austríaco Klaus Maria Brandauer e da contínua colaboração e amizade com o fotógrafo Lajos Koltai.
Foi no0meado para o Globo de Ouro de Melhor Realizador com “Sunshine - Despertar de Um Século” em 2001. Foi agraciado duas vezes com o Urso de Prata do Festival de Berlim: Prémio Especial do Júri (“Queridas Amigas”) e Melhor Realização (“Confiança”).
Quatro dos seus filmes já fizeram parte da selecção oficial do Festival de Cannes: “Coronel Redl” recebeu o Prémio Especial do Júri 1985 e “Mephisto” foi o Melhor Guião de 1981 e Prémio FIPRESCI.

sábado, 17 de fevereiro de 2018

17 DE FEVEREIRO - GEORGE MARSHALL


EFEMÉRIDE - George E. Marshall, realizador e cenarista de cinema norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 17 de Fevereiro de 1975. Nascera em Chicago, em 29 de Dezembro de 1891.
George Marshall iniciou a sua carreira em Hollywood como actor, mas desde 1916 já dirigia curtas-metragens, geralmente westerns, género em que se especializou juntamente com comédias. Foi também guionista e, entre 1926 e 1932, afastou-se das câmaras para exercer funções de supervisão na Fox.
Do início da sua prolífica carreira, destacam-se os westerns “Aventura no Far West” (“Hands Off”, 1921) e “Romeu A Cavalo” (“A Ridin' Romeu”, 1921), ambos com Tom Mix, e as comédias “O Primeiro Engano” (“Their First Mistake”, 1932) e “Barqueiro de Voga” (“Towed in a Hole”, 1932).  Durante os vinte anos seguintes, Marshall esteve no grupo dos realizadores mais importantes de Hollywood, graças a comédias como “Castelo Sinistro” (“The Ghost Breakers”, 1940), “Monsieur Beaucaire” (1946) e “Um Conde em Sinuca” (“Fancy Pants”, 1950), todas com Bob Hope, “Ninho da Serpente” (“Murder, He Says”, 1945), com Fred MacMurray, e “Amiga da Onça” (“My Friend Irma”, 1949), com a dupla Jerry Lewis e Dean Martin. Destacam-se também o filme “A Dália Azul” (“The Blue Dahlia”, 1946) com Alan Ladd e Veronica Lake, e os westerns “Atire a Primeira Pedra” (“Destry Rides Again”, 1939), com Marlene Dietrich e James Stewart, e “O Irresistível Forasteiro” (“The Sheepman”, 1958), com Glenn Ford e Shirley MacLaine, um enorme sucesso de bilheteira.
A sua última dezena de filmes sofreu uma brusca queda de qualidade, resultado da sua idade já avançada. Marshall morreu de pneumonia três dias antes de ser incluído no Hall da Fama da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, tendo feito aproximadamente cem filmes. Foi presidente da Screen Directors Guild, de 1948 à 1950.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

16 DE FEVEREIRO - WILHELM VON GLOEDEN


EFEMÉRIDE - Wilhelm Von Gloeden, fotógrafo alemão, morreu em Taormina no dia 16 de Fevereiro de 1931. Nascera em Wismar, em 16 de Setembro de 1856. Os seus trabalhos foram em grande parte inovadores, já que ele foi um pioneiro na fotografia ao ar livre com o uso do nu masculino. A incorporação de elementos clássicos da Grécia antiga nas belas paisagens sicilianas fez a singularidade da sua obra.
Von Gloeden foi uma referência na produção artística antes da Primeira Guerra Mundial. Ficou conhecido internacionalmente desde o final do século XIX, mas só no início da década de 1970 é que foi redescoberto.
Filho de um oficial que morreu quando ele ainda era criança, Gloeden foi criado pela mãe, a qual se casou posteriormente com um político conservador e jornalista. Terminado o colégio, Gloeden estudou História da Arte na Universidade de Rostock, mas em breve abandonou o curso para estudar Pintura em Weimar.
Devido a uma tuberculose, no ano de 1878, mudou-se para Itália com a esperança de obter a cura, o que veio a acontecer.
Maravilhado pelas paisagens sicilianas e sobretudo pela beleza selvagem e bruta dos jovens paisanos de Taormina, iniciou-se na arte da fotografia, ajudado tanto pelos fotógrafos locais como pelo seu primo Guglielmo, que vivia em Nápoles e tinha igual fascínio pelos corpos dos jovens italianos do Sul da Itália. A partir de 1880, Von Gloeden tornou-se rapidamente famoso pelas suas fotos de efebos com poses inspiradas na arte da Antiguidade.
Por volta de 1895, o padrasto perdeu a sua fortuna e, consequentemente, Von Gloeden deixou de tero o seu apoio financeiro. Este facto foi marcante na sua vida, porque o profissionalizou. Contudo, não o abalou profundamente, pois vendia as suas fotografias em larga escala e, além disso, era costumeiramente agraciado com presentes de várias personalidades, que conhecera nos tempos de criança e que eram grandes admiradores e coleccionadores das suas obras.
Com a entrada da Itália na Primeira Guerra Mundial, deixou a um amigo a sua casa e um espólio de mais de 3 000 fotografias. Muitas das imagens tinham sido publicadas em grandes revistas da época e apresentadas em várias exposições. Em 1899, a Sociedade Fotográfica de Berlim convidara-o para fazer uma palestra sobre “Fotografia ao ar livre”.
Von Gloeden pagava aos seus modelos e isso explica em grande parte a tolerância dos habitantes daquela região pobre de Itália, em relação à sua actividade.
Ele introduziu novas técnicas na produção fotográfica, o que tornou o seu trabalho uma referência na perfeição artística. Para aquela época, a retratação do nu masculino era algo novo e fora do comum.
Faleceu em 1931, sendo sepultado junto de sua irmã, no cemitério protestante de Taormina.
Parte das suas fotos, reconhecidas hoje como obras de arte, encontram-se desde 2000 no Museu Alinari de Florença.

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2018

15 DE FEVEREIRO - JOAQUIM COSTA


EFEMÉRIDE - Joaquim Costa, músico português, conhecido como “o Elvis de Campolide”, morreu em 15 de Fevereiro de 2008. Nascera em 1936. É considerado como uma lenda: -  o avô do rock português.
Na década de 1950, actuou em festas organizadas pelo realizador de cinema Leitão de Barros, no Jardim da Estrela, nas noites de Verão. Foram as primeiras vezes que o rock foi divulgado em Portugal. Com o dinheiro ganho nessas festas, Joaquim Costa financiou sessões no estúdio da Rádio Graça, fez três acetatos e criou as capas dos discos, que ficaram inéditos até ao ano em que faleceu.
Na década de 1970, integrou - com José Gouveia - o Duo Jotas, chegando a gravar músicas na Rádio Renascença, embora as gravações se tenham perdido.
Em meados dos anos 1990, associado a Elsa Pires, lançou o álbum “Teenagers from Outerspace”, na editora Beekeeper.
Segundo Edgar Raposo, fundador da Groovie Records e vizinho de Joaquim Costa, «o Joaquim foi um punk na atitude ‘do-it-yourself', na rebeldia e no anti-sistema. Dizia que o rock era para ser cantado em inglês, que cantar rock em português era uma palhaçada. Tinha uma opinião muito própria e um conhecimento muito vasto sobre a história do rock'n'roll.». Edgar Raposo trabalha actualmente com Pedro Carvalho Costa num documentário sobre o músico.
Em 2007, actuou no Maxime de Lisboa, em conjunto com os músicos dos WrayGunn, Paulo Furtado (Tiger Man, no seu projecto a solo), Pedro Pinto e Pedro Gonçalves, baixista dos Dead Combo.
Joaquim Costa nunca quis ser músico profissional. Foi ajudante de electricista, electricista e distribuidor de listas telefónicas, recusando-se sempre a viver do rock. Casou com Piedade Maria, com quem constituiu família, com filhos e netos. Teve o seu primeiro disco publicado em 2008, pela editora Groovie Records, com grande sucesso. Morreu nesse mesmo ano, aos 72 anos de idade.  

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

14 DE FEVEREIRO - JOÃO FRANCO


EFEMÉRIDE - João Ferreira Franco Pinto Castelo Branco, um dos políticos dominantes da fase final da monarquia constitucional portuguesa, nasceu em Alcaide, Fundão, no dia 14 de Fevereiro de 1855. Morreu em Lisboa, em 4 de Abril de 1929.
Formado em Direito pela Universidade de Coimbra (1875), ocupou vários cargos na magistratura judicial, nas alfândegas e no Tribunal Fiscal e Aduaneiro. Eleito deputado às Cortes em 1884 (pelo círculo eleitoral de Guimarães), rapidamente subiu na vida política ocupando vários postos ministeriais e a presidência do conselho de ministros. Entrando em dissidência com Hintze Ribeiro, abandonou o Partido Regenerador e formou o Partido Regenerador Liberal.
Foi autor, enquanto ministro e secretário de estado dos Negócios do Reino no gabinete regenerador “Hintze-Franco”, do decreto de Março de 1895, que concedeu autonomia administrativa aos ex-distritos dos Açores.
Logo nos bancos da universidade se salientara péla vivacidade do seu espírito e pela energia do seu carácter, qualidades demonstradas mais tarde nas lutas partidárias, que lhe deram o papel importantíssimo que desempenhou na política portuguesa.
Por decreto de Julho de 1906, foi agraciado com a grã-cruz e comenda da Ordem da Torre e Espada, por serviços distintos e relevantes.
Entre outros diplomas, apresentou ao parlamento o da criação dos privilégios de introdução de novas indústrias, que, não chegando então a ser convertido em lei por ter caído o ministério, foi depois aproveitado e tornado lei do país, por um decreto de 1892.
Foi da sua lavra a célebre lei de Fevereiro de 1896, que previa a deportação de agitadores e anarquistas para África e Timor, logo baptizada de “lei celerada” pelos republicanos.
Em Julho de 1900, na nova situação regeneradora, João Franco não entrou no ministério, e desde logo se julgou que não eram inteiramente cordiais as relações políticas entre ele e Hintze Ribeiro, chefe do Partido Regenerador e presidente do gabinete. Na imprensa, escrevia-se que - não concordando João Franco com os processos administrativos - seria natural um rompimento. A cisão começou a evidenciar-se quando, em Fevereiro de 1901, João Franco proferiu sobre as concessões no Ultramar um discurso que não agradou ao governo e que o presidente de conselho considerou de oposição declarada.
A situação causou viva impressão e produziu acontecimentos políticos que tiveram por desfecho a dissolução da câmara electiva, medida governamental que foi motivo de grandes controvérsias.
Foi revogada também a lei eleitoral e substituída por outra de Agosto de 1901, que alterou por completo a anterior. Realizaram-se eleições gerais, ficando João Franco e quase todos os seus amigos políticos fora das Cortes. Estava, pois, consumada a cisão, e oficializada a existência de um novo grupo político, que tomou o título de Partido Regenerador Liberal, ou franquista, derivando esta última designação do apelido pelo qual era mais conhecido o seu chefe.
Cinco anos decorridos após a fundação dos regeneradores-liberais, as circunstâncias da administração do país e uma activa propaganda partidária, granjearam ao franquismo imensas e valiosas adesões.
Em Maio de 1906, o país estava cansado de tanta luta e era forçoso que subisse ao poder um grupo político, que sem compromissos anteriores, pudesse liquidar e regular as importantes questões pendentes. Os regeneradores-liberais surgem como a alternativa e o novo ministério foi presidido por João Franco.
O ministério regenerador-liberal foi apoiado pelo partido progressista, e estes dois partidos reunidos formaram a denominada “concentração-liberal”. João Franco afirmou querer governar à inglesa, prometendo o aprofundamento da democracia. João Franco dedicou-se à implantação das suas reformas, apresentando ao parlamento as da contabilidade pública, da responsabilidade ministerial, da liberdade de imprensa e da repressão anarquista.
Numa sessão parlamentar em Novembro de 1906, foi ele que protagonizou a expulsão violenta do parlamento dos deputados republicanos Afonso Costa e Alexandre Braga.
Face à greve académica de 1907 na Universidade de Coimbra e à crescente agitação social, o apoio parlamentar dos progressistas foi retirado e os seus ministros demitiram-se. Ao contrário do que prometera no ano anterior, em vez de governar à inglesa, João Franco passou a governar à turca, numa situação de efectiva ditadura.
A agitação social cresceu e foi denunciada uma conspiração promovida por republicanos e dissidentes progressistas. Em Fevereiro de 1908, deu-se o regicídio, com o rei D. Carlos I e o príncipe herdeiro Luís Filipe a serem assassinados à chegada a Lisboa.
João Franco foi responsabilizado pelo extremar de posições e pela falta de segurança pública e demitiu-se, sendo substituído por um governo de pacificação presidido por Francisco Joaquim Ferreira do Amaral.

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

13 DE FEVEREIRO - FERNANDO SOR


EFEMÉRIDE - Fernando Sor, de seu verdadeiro nome Ferran Sor i Muntades, compositor e violonista espanhol, nasceu em Barcelona no dia 13 de Fevereiro de 1778. Morreu em Paris, em 10 de Julho de 1839.
Começou a sua aprendizagem musical com o pai, numa época em que a guitarra era pouco popular como instrumento de concerto. A família desejava, porém, que ele seguisse uma carreira militar. Chegou a alistar-se no exército e foi colocado em Madrid, onde conheceu a duquesa de Alba, protectora de numerosos artistas, como Goya, o que lhe permitiu encontrar um emprego como músico.
Foi o primeiro grande compositor a dedicar-se, de forma especial, ao violão (guitarra clássica), tal qual o conhecemos hoje. Começara os seus estudos, de forma séria, aso doze anos de idade, no Mosteiro de Montserrat, e logo se destacou entre os seus colegas. Permaneceu no mosteiro até completar quinze anos.
De volta a Barcelona, decidiu estudar sozinho o violão, baseando-se nos seus próprios conceitos técnicos.
Em 1797, com 19 anos, apresentou a sua ópera “Telêmaco na ilha de Calipso”, no teatro municipal de Barcelona, tendo tido boa aceitação. Em 1812, viajou para Paris, onde permaneceu cinco anos. Depois, seguiu para Londres, onde foi tão grande o sucesso que muitos opinam ter sido a sua actuação nesta capital que preparou o terreno para a notável popularidade de que gozou o violão na Inglaterra, por volta de 1830.
Em 1822, voltou a apresentar-se em Paris, onde realizou um concerto que lhe rendeu muitos elogios. Viajou através da Europa para apresentar as suas obras. Casou-se com a dançarina Félicité Hullin e instalaram-se em Moscovo. Separaram-se três anos depois e Sor voltou a viver em Paris.
Fernando Sor morreu aos 61 anos de idade, vítima de doença cancerosa, tendo deixado para cima de 250 obras. O seu trabalho mais conhecido, as “Variações sobre um tema da Flauta Mágica de Mozart”, talvez seja a obra mais executada do compositor. Ainda hoje, é um tema obrigatório para os estudos de quem quer tornar-se violonista.
Foi sepultado anonimamente no cemitério de Montmartre em Paris e só em 1934 o seu túmulo foi identificado.
Se bem que Sor seja conhecido sobretudo pela sua actividade com a guitarra, compôs também sob outras formas: óperas, músicas para ballet e canções patrióticas. Aa suas obras de guitarra incluem estudos e lições, variações, valsas, fantasias, etc.. Foi o seu aluno Napoléon Coste quem catalogou postumamente os seus trabalhos.

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

12 DE FEVEREIRO - RAY MANZAREK



EFEMÉRIDE - Raymond Daniel Manzarek Jr., músico norte-americano, nasceu em Chicago no dia 12 de Fevereiro de 1939. Morreu em Rosenheim, em 20 de Maio de 2013. Ray Manzarek foi o tecladista da banda de rock The Doors, de 1965 a 1973, e também a partir de 2001 (por motivos legais, chamada de Manzarek-Krieger desde 2009).
Frequentou cursos de piano durante a infância. Estudou cinema na Universidade da Califórnia onde conheceu Jim Morrison, em 1965. Depois de escutar os textos de Morrison, Manzarek propôs-lhe formar um grupo de rock para os musicar. Conheceram então o baterista John Densmore e o guitarrista Robby Krieger, durante uma conferência sobre Meditação Transcendental. Os quatro fundaram o grupo The Doors. Gravaram seis álbuns entre 1967 e 1971, atingindo os tops de vendas nos Estados Unidos.
O grupo separou-se em 1973, depois da morte de Morrison em Paris. Manzarek começou a gravar a solo. Durante os anos 1980, organizou também um grupo de música punk. Em 1998, o editor G. P. Putnam's Sons publicou a sua autobiografia intitulada “Light My Fire: My Life With the Doors”.
Manzarek gravou igualmente uma adaptação rock de “Carmina Burana”. Colaborou ainda com o poeta Michael McClure, a quem acompanhava musicalmente enquanto ele recitava as suas poesias.
Ray formou ainda a banda Nite City, que lançou dois álbuns (1976 e 1978).
Ray Manzarek faleceu na Clínica Romed em Rosenheim, na Alemanha, após uma longa batalha contra um cancro do ducto biliar. Estava rodeado pela esposa Dorothy e pelos seus irmãos Rick e James. O corpo foi cremado.

domingo, 11 de fevereiro de 2018

11 DE FEVEREIRO - WILLEM JOHAN KOLFF


EFEMÉRIDE - Willem Johan Kolff, médico de origem holandesa, inventor da hemodiálise, morreu na Pensilvânia em 11 de Fevereiro de 2009. Nascera em Leiden no dia 14 de Fevereiro de 1911.
Foi igualmente um dos pioneiros no desenvolvimento de órgãos artificiais. Estudou Medicina na universidade da sua terra natal. Mais tarde, foi professor residente na Universidade de Groningue. Um dos seus primeiros pacientes foi um homem de 22 anos, que sofria de insuficiência renal.
Kolff desenvolveu um programa de substituição do rim por um órgão artificial e esteve igualmente na origem do primeiro banco de sangue na Europa (1940).
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi colocado em Kampen, onde participou na luta contra a ocupação alemã. Simultaneamente, desenvolveu o primeiro rim artificial. Em 1945, conseguiu manter viva uma mulher graças à hemodiálise.
Juntamente com a sua esposa.  Janke Cornelia Kolff-Huidekoper (1913/2006), recebeu a nomeação de ‘’Justo entre os Justos’, a título póstumo (Fevereiro de 2012).

sábado, 10 de fevereiro de 2018

10 DE FEVEREIRO - BOTTELHO


EFEMÉRIDEBottelho, de seu verdadeiro nome Carlos A. Botelho, pintor e escultor português, nasceu em Chaves no dia 10 de Fevereiro de 1964. 
Na sua infância, leu vários livros de medicina do século XIX do seu avô paterno, ilustrados com gravuras de anatomia humana que ele desenhava nas férias de Verão. Foi Lereno, seu professor primário e irmão de Nadir Afonso, que muito contribuiu para o incentivar no caminho das artes.
A proximidade da fábrica de tijolo e do barro, as oficinas das artes da forja e do ferro, os ateliers de arquitectura onde desenhou e a música que sempre o acompanhou foram-no influenciando. Aos dezasseis anos, expôs pela primeira vez Desenho e Pintura no Museu da Cidade com o apoio da Câmara Municipal de Chaves, acontecimento que teve a presença do general António Ramalho Eanes. Fez estudos secundários no Liceu Fernão Magalhães. Em 2006, prosseguiu os estudos na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia, em Ciências da Comunicação e da Cultura - na área de Gestão Cultural.
Aos dezassete anos, rumou a Lisboa. No AR.CO - Centro de Arte e Comunicação Visual - estudou em ateliers de Desenho e Pintura sob orientação de Manuel Costa Cabral e Rogério Ribeiro.
Entre muitas das suas actividades, salientam-se: decoração dos Grandes Armazéns do Chiado (1987);  director de imagem e comunicação na campanha de Manuel Damásio às eleições no SL e Benfica (1994); decorador dos átrios da Estação do Rossio em efemérides anuais; cenografias para o Teatro S. Luís e Coliseu dos Recreios; decorador oficial do pavilhão da Guiné-Bissau na Expo98; e pintura de telas e painéis de grandes dimensões e réplica da estátua de Fernando Pessoa (Olivais) no centenário do poeta, para a Câmara Municipal de Lisboa.
Fez ilustrações para as revistas “Gente e Viagens”, “África Hoje”, “Comunicar e pensar entre maçons” e “Entre Colunas”. Foi autor de vários cartazes e ilustrações para catálogos, assim como de capas e grafismo em livros de arte e de poesia.  É autor regular de ilustrações para artigos da agência de notícias World News.
Está representado em várias exposições públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro.  É autor do Monumento ao Bombeiro em bronze e betão, em Belas, Sintra (2002).
Em 2005, foi director e produtor da exposição comemorativa dos 250 anos do terramoto de Lisboa - 1755 – no Museu da Água, com o patrocínio do presidente da República Jorge Sampaio.
Em 2006, dirigiu a produção da exposição comemorativa do 25 de Abril de 1974, na Fundação Mário Soares.

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