quarta-feira, 31 de outubro de 2018

31 DE OUTUBRO - HELMUT NEWTON


EFEMÉRIDE - Helmut Newton, de seu nome original Helmut Neustädter, fotógrafo alemão, naturalizado australiano, conhecido pelos seus estudos de nus femininos, nasceu em Berlim no dia 31 de Outubro de 1920. Morreu em Los Angeles, em 23 de Janeiro de 2004.
Filho de um judeu alemão e de uma americana, desde muito jovem se interessou por fotografia, tendo sido trabalhador/estudante da fotógrafa alemã Yva (Else Neulander Simon), a partir de 1936.
Estudou no liceu Werner von Trotschke de Berlim e, depois, na Escola Americana, também em Berlim. 
Fugiu da Alemanha em 1938, para escapar à perseguição nazi aos judeus. Trabalhou algum tempo em Singapura, como fotógrafo da Straits Times, antes de se estabelecer em Melbourne, na Austrália.
Ao chegar à Austrália, ficou internado num campo de concentração, assim como muitos outros «estrangeiros inimigos». Posteriormente, serviu no exército australiano, como motorista de camião, durante a Segunda Guerra Mundial.
Em 1946, instalou um estúdio fotográfico, no qual trabalhou principalmente como fotógrafo de moda. Pouco tempo depois, tornou-se cidadão australiano.
Nos anos seguintes, viveu em Londres e Paris, e trabalhou para a “Vogue francesa”.
Criou um estilo muito particular de fotografia, marcado pelo erotismo, frequentemente com alusões sadomasoquistas e fetichistas. A sua notoriedade aumentou nos anos 1980, com a série “Big Nudes”. Fez trabalhos para a revista “Playboy”.
Durante a sua carreira, fotografou modelos e artistas famosas, como Catherine Deneuve, Sylvie Vartan, Brigitte Nielsen, Grace Jones, Kate Moss, Karen Mulder, Monica Bellucci, Cindy Crawford e Claudia Schiffer.
Passou os últimos anos de vida em Monte Carlo e em Los Angeles. Morreu num acidente de automóvel na Califórnia.
Era cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras (França - 1990); recebeu a Grande Cruz do Mérito (Alemanha - 1992); e entre outras condecorações, era oficial das Artes, Letras e Ciências (Mónaco).

terça-feira, 30 de outubro de 2018

30 DE OUTUBRO - ÁGOTA KRISTÓF


EFEMÉRIDE - Ágota Kristóf, poetisa, romancista e dramaturga suíça de origem húngara, nasceu em Csíkvánd (Hungria) no dia 30 de Outubro de 1935. Morreu em Neuchâtel (Suíça), em 27 de Julho de 2011. Residiu em Neuchâtel, desde 1956 até ao seu falecimento.
Deixou a Hungria aos 21 anos, juntamente com o marido e a filha de 4 meses. Começou por trabalhar, durante cinco anos, numa fábrica de relógios. À noite, escrevia sobretudo poemas. Aprendeu francês, língua em que iria desenvolver a sua carreira literária.
Na Hungria, estudara em Kőszeg, onde a família se instalara em 1944, e depois em Szombathely, obtendo um bacharelato científico em 1954.
Teve grande sucesso com “La trilogie des jumeaux”, obra que foi traduzida em numerosas línguas. O primeiro volume, “Le Grand Cahier”, recebeu o Prémio Europeu da ADELF, em 1986. Publicou o 2º volume em 1988 (“La Preuve”). O Prémio do Livro Inter 1992 foi ganho pelo último volume da trilogia, “Le Troisième Mensonge”.  
Em 2008, foi galardoada com o Prémio do Estado Austríaco para a Literatura Europeia, pelo o conjunto da sua obra. Em 1988, recebera o Prémio Schiller.
Teve três filhos e divorciou-se duas vezes. Quando morreu, foi cremada e - segundo a sua vontade - as cinzas foram enviadas para a Hungria. Os seus arquivos e o espólio literário encontram-se nos Arquivos Literários Suíços, em Berna.
Em 2011, ano do seu falecimento, o Estado húngaro atribuiu-lhe o Prémio Kossuth.
Publicou 9 obras de teatro, 7 romances e um livro de poemas, este escrito em húngaro.  Le Grand Cahier” foi adaptado ao cinema em 2013, numa co-produção franco-germano-austro-húngara, com realização de János Szász.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

29 DE OUTUBRO - NEI DUCLÓS


EFEMÉRIDE - Nei Carvalho Duclós, jornalista e escritor brasileiro, nasceu em Uruguaiana no dia 29 de Outubro de 1948.
Editou 17 livros de cronicas, contos, poesias, romance e ensaios, além de ter inúmeros textos na imprensa brasileira, sites, blogs e redes sociais.
Poemas e contos seus foram traduzidos para italiano pela revista “Sagarana”, editada em Lucca. Tem poemas traduzidos para inglês, na revista “Rattapallax”, publicada em Nova Iorque.
Aos 17 anos, mudou-se para Porto Alegre e matriculou-se no curso de Engenharia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que abandonaria em breve para ingressar na Faculdade de Jornalismo. Envolveu-se no movimento estudantil brasileiro, após o golpe militar de 1964. Trabalhou nos jornais “Folha da Tarde” e “Folha da Manhã”, publicando o seu primeiro livro, “Outubro”, em 1975.
Foi para São Paulo, onde desenvolveu uma longa carreira como jornalista, tendo trabalhado no jornal “Folha de S. Paulo”; nas revistas “Brasil 21”, e “IstoÉ”; e ainda nos periódicos “A Tribuna” de Vitória, “O Estado” de Florianópolis e “Jornal de Santa Catarina” de Blumenau.
Publicou textos igualmente em “O Estado de S. Paulo”, “Veja”, “Escrita”, “Arte Hoje”, “Diário Catarinense”, “Shopping News”, “Zero Hora” e “Jornal Opção”, entre outros.
Escreveu: “No Meio da Rua”, em 1979, com prefácio de Mário Quintana; em 2001, “No Mar, Veremos”; e em 2012, “Partimos de Manhã”), todos de poesia.
Em 2004, publicou o seu primeiro romance, “Universo Baldio”. Em 2006, lançou “O Refúgio do Príncipe - Histórias Sopradas Pelo Vento”. Em e-books, lançou “Arraso”, “Poemas de Amor”, “Cálida Palavra”, “Trovador” e “Verso Esparso”. E ainda “Mágico Deserto - Contos Fora de Forma” e “Beijo Entre Nuvens” (crónicas).
Em 2012, o livro “Laguna, Obra e Paisagem” foi publicado pela Editora Expressão. Em 2014, editou “Todo Filme é Sobre Cinema”, ensaios sobre a 7ª Arte.
Tem dois livros de literatura infanto-juvenil publicados pela Editora Record, escritos em parceria com Tabajara Ruas: “Meu Vizinho Tem Um Rottweiler (E Jura que ele é Manso)” e “A Trilha da Lua Cheia”.
É bacharel em História, formado pela Universidade de São Paulo. Actualmente, reside em Florianópolis, onde trabalha como escritor contratado de Projetos Especiais, além de continuar a sua carreira literária.

domingo, 28 de outubro de 2018

28 DE OUTUBRO - MARIA BORGES


EFEMÉRIDE - Maria Borges, modelo angolana, nasceu em Luanda no dia 28 de Outubro de 1992.
Entrou no mundo da moda como concorrente do Elite Model Look Angola 2011 (2º lugar), dando os seus primeiros passos na agência Step Model. Foi, durante um ano, o rosto da empresa de cosméticos Pérola Negra.
Foi considerada pela ‘models.com’ como uma das dez modelos mais notáveis. Venceu, em 2011, o Supermodel of the World Angola.
Teve uma breve e bem-sucedida passagem pela Moda Lisboa e pelo Portugal Fashion. Conquistou agências dos Estados Unidos em 2012, com a confirmação de 17 desfiles na sua primeira participação na NY Fashion Week.
A Givenchy reparou nela e contratou-a em exclusivo, no decorrer da Paris Fashion Week.
A residir em Nova Iorque, Marias Borges é a única angolana a participar na Semana da Alta Costura de Paris e em todas as semanas oficiais do circuito internacional de moda: Paris, Milão, Londres e Nova Iorque, onde - em Janeiro de 2013 - ficou classificada em 1° lugar no ranking das modelos negras, com 18 desfiles confirmados.
Foi uma das seis modelos negras seleccionadas para o último desfile da prestigiada marca Dior, que há vários anos não usava nenhuma manequim africana nas suas apresentações.
Tem participado em desfiles para Givenchy, Jean Paul Gaultier, Kenzo, Paco Rabanne e Oscar de la Renta, entre outros; fez campanhas para a Tommy Hilfiger; e um editorial da “Vogue Italia” conferiu-lhe o estatuto de «Top Model Internacional».
Actualmente, é mais conhecida por participar nos desfiles da Victoria's Secret, onde desfilou em 2013, 2014 e 2015, fazendo história por ser a primeira modelo negra a usar o seu cabelo natural e a única modelo angolana a desfilar 3 vezes consecutivas no Victoria's Secret Fashion Show.
Foi designada pelo “Forbes Africa Magazine’s” como a «Top model de 2013». Tem contratos com as agências Women Management, Elite Model Management, Mega Model Agency, Supreme Management e Way Model Management.

sábado, 27 de outubro de 2018

27 DE OUTUBRO - ARON RALSTON


EFEMÉRIDE - Aron Lee Ralston, caminheiro, alpinista e engenheiro norte-americano, nasceu em Marion (Ohio) no dia 27 de Outubro de 1975. Ganhou fama mundial em 2003, quando da escalada de um canyon em Wayne County. Após ficar preso por uma pedra na fenda para onde caiu, foi obrigado a amputar o próprio antebraço direito com um canivete. Foi esta a única forma de sobreviver e sair do local.
Poderia demorar semanas até ser encontrado e dificilmente sobreviveria à hemorragia. O incidente está documentado na sua autobiografia “Between a Rock and a Hard Place” de 2004 e foi tema do filme “127 Hours” (6 nomeações para os Oscars em 2011). Foi também referido num episódio da série “Man vs. Wild” do Discovery Channel.
No dia 26 de Abril de 2003, Ralston descia o Blue John Canyon, quando uma rocha suspensa que ele escalava se soltou, esmagando o seu braço direito e prendendo-o contra a parede do canyon.  Ele não avisara ninguém sobre a caminhada que ia fazer, por isso ninguém saberia onde o procurar. Assumindo que morreria, passou mais de cinco dias a beber o restante da água que levara e a comer barras de cereais.
Os seus esforços foram inúteis para remover o braço, debaixo da rocha de 500 quilos. Após três dias de tentativas,  Aron preparou-se para amputar o braço. Experimentou os seus torniquetes e fez alguns cortes no braço, nos primeiros dias. Ao quarto dia, Ralston concluiu que para se libertar, teria de cortar os ossos dentro do seu antebraço, mas as ferramentas que tinha não eram suficientes.
Quando ficou sem água e comida no quinto dia, foi forçado a beber a própria urina. Começou a ter alucinações. Escreveu o seu epitáfio na parede do canyon. Gravo o seu último adeus à família. Aron nunca pensou que ia sobreviver àquela noite. Após acordar, no dia seguinte, ganhou coragem para partir os ossos e executar a amputação, com o seu canivete multiusos. Após se libertar, ainda tinha de voltar para o seu carro…
Desceu uma altura de 20 metros, com uma só mão e depois caminhou sob um sol escaldante. Estava a 8 km do seu veículo e não tinha celular. Mesmo assim, enquanto caminhava, encontrou uma família de turistas holandesa, que lhe deram comida e água e avisaram as autoridades.
Ralston teve medo de sangrar até morrer. Perdeu 18 quilos, incluindo 25% do seu sangue. Felizmente, as autoridades procuraram por ele de helicóptero e foi resgatado.
Mais tarde, o seu antebraço amputado foi recolhido pelas autoridades do parque. De acordo com um apresentador de TV, treze homens, um guincho e uma furadeira foram necessários para remover o braço de Aron. Foi cremado e as cinzas foram-lhe entregues. Aron voltaria ao local do acidente e aí dispersou as cinzas.
Depois do acidente, Aron tem continuado a escalar montanhas e afirma que pretende escalar o Monte Everest. Tem feito conferências e participado em vários programas famosos de televisão. Dedica-se também à publicidade e a obras de beneficência.

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

26 DE OUTUBRO - GUILLERMO KAHLO


EFEMÉRIDE - Guillermo Kahlo, de seu nome original Carl Wilhelm Kahlo Kauffmann, fotógrafo mexicano, nasceu em Pforzheim, na Alemanha, no dia 26 de Outubro de 1871.  Morreu na cidade do México em 14 de Abril de 1941. Era pai da célebre pintora Frida Kahlo.
Algumas fontes (inclusive a própria Frida) sugeriram que ele era descendente de judeus húngaros. No entanto, segundo outras fontes, «apesar do mito propagado por Frida», Guillermo não teria raízes judaico-húngaras, mas seria descendente de uma família luterana constituída por militares, artesãos e joalheiros de Frankfurt am Main e de Pforzheim.
Estudou na Universidade de Nuremberga. Em 1890, o pai custeou-lhe a viagem para o México, aparentemente porque Carl Wilhelm não se dava bem com a madrasta.
Em 1893, casou-se com María Cárdena Espino. Naturalizado mexicano em 1894, mudou o seu nome de Wilhelm para Guillermo. A sua mulher, María, morreu do parto da sua segunda filha, em 1897. As filhas, María Luisa e Margarita, foram internadas num convento.
Em 1898, Guillermo casou-se com Matilde Calderón y Gonzalez, filha de um fotógrafo de ascendência indígena da cidade de Morelia, com quem terá tido outras quatro filhas, entre as quais, Frida Kahlo. Foi Matilde que convenceu o marido a dedicar-se à fotografia.
Tornou-se assim num fotógrafo e de nomeada. Em 1904, durante a segunda fase do Porfiriato, foi contratado pelo secretário da Fazenda, José Yves Limantour, para documentar fotograficamente grandes edifícios e especialmente as igrejas do país que o acolhera. O resultado foi mais de 1 300 placas de vidro, na sua maioria em tamanho grande. Provavelmente, este terá sido o seu melhor e mais importante trabalho.
Faleceu com 69 anos. Em 1951, Frida Kahlo pintou o retrato do pai. No filme “Frida” de 2002, a sua figura foi protagonizada pelo actor Roger Rees.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

25 DE OUTUBRO - BILL GRAHAM


EFEMÉRIDE - Bill Graham, de seu verdadeiro nome Wolodia Grajonca, promotor de espectáculos e produtor de rock americano, nos anos 1960/70, de nacionalidade alemã, morreu em Vallejo no dia 25 de Outubro de 1991. Nascera em Berlim, em 8 de Janeiro de 1931. Obteve grande sucesso nos Estados Unidos e teve grande influência no rock, na América e resto do mundo.
Era oriundo de uma família judia da classe média, que emigrara da Rússia para a Alemanha. Com a ascensão do nazismo, Graham foi colocado num orfanato por sua mãe. O pai morrera dois dias após o seu nascimento. Posteriormente, foi transferido para um orfanato em França, segundo um acordo pré-Holocausto que permitia a troca de crianças judias por cristãs. Com a derrota da França em 1940, foi mandado de volta para a Alemanha.
Sobrevivente da II Guerra Mundial, foi para os Estados Unidos e adoptou o nome Bill Graham, após ser tachado de nazi devido ao seu forte sotaque alemão. A mãe morreu em Auschwitz. Aprimorou a sua pronúncia da língua inglesa, com sotaque americano. Teve pais adoptivos, estudou na DeWitt Clinton High Scholl e obteve o diploma de comércio no City Collee of New York.
Foi convocado para o serviço militar em 1951 e serviu no exército dos Estados Unidos. Combateu na Guerra da Coreia e foi condecorado duas vezes. Regressado aos Estados Unidos, trabalhou num hotel.
No princípio dos anos 1960, foi para São Francisco. Em 1965, começou a gerir um grupo de teatro. Iniciou-se então na organização e promoção de diversos espectáculos. A pouco a pouco, a sua actividade transformou-se numa empresa rentável e ele enveredou por esta carreira a tempo inteiro.
Os seus êxitos e popularidade levaram-no a tornar-se no principal agenciador de concertos de rock. No final da mesma década, abriu as casas de shows Fillmore West e Winterland em São Francisco e a Fillmore East em Nova Iorque, que se tornou uma paragem obrigatória para os principais artistas de rock da época.
Graham faleceu aos 60 anos, num acidente de helicóptero na Califórnia, o aparelho tendo chocado com um poste de electricidade. Dez dias mais tarde, foi organizado um concerto gratuito em sua homenagem, a que assistiram 300 000 espectadores.
Em 1993, foi eleito membro do Rock and Roll Hall of Fame. A sala de espectáculos do Centro Municipal de São Francisco foi rebaptizada como Bill Graham Civic Auditorium.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

24 DE OUTUBRO - DOROTHEA VEIT


EFEMÉRIDE - Dorothea Friederike Veit von Schlegel, de seu nome original Brendel Mendelssohn, tradutora, crítica literária e escritora alemã, nasceu em Berlim no dia 24 de Outubro de 1764. Morreu em Frankfurt, em 3 de Agosto de 1839. Era filha do filósofo judeu Moses Mendelssohn e esposa do também filósofo Friedrich Schlegel.
De origem judia, em 1778 - aos 14 anos - ficou noiva do banqueiro Simon Veit, com quem casou em Abril de 1783, com 18 anos. Tiveram quatro filhos, dois dos quais sobreviveram e se tornaram os fundadores da comunidade de pintores Nazarenos.
Em Julho de 1797, no salão da sua amiga Henriette Herz, conheceu o jovem Friedrich Schlegel e apaixonou-se. Pediu, em Janeiro de 1799, um divórcio rabínico, em que se comprometia a não contrair novo matrimónio.
Passou a viver livre e abertamente com Friedrich. Juntamente com outros intelectuais, abriu um centro literário para fazerem uma vida social e intelectual.
Em 1804, Dorothea mudou-se para Paris, onde fez a sua conversão ao protestantismo e pôde oficializar o casamento com Friedrich Schlegel. Em 1808, mudaram-se para Colónia, depois de ambos se converterem ao catolicismo.
Após vinte anos de residência em Viena, onde Schlegel ocupou o cargo de secretário judicial, mudaram-se para a Alemanha, onde ambos faleceram (ele em 1829 e ela dez anos mais tarde).

terça-feira, 23 de outubro de 2018

23 DE OURUBRO - WEIRD AL YANKOVIC


EFEMÉRIDE - Weird Al Yankovic, de seu verdadeiro nome Alfred Matthew Yankovic, músico, humorista, parodista, acordeonista e produtor norte-americano, nasceu em Downey no dia   23 de Outubro de 1959. É particularmente conhecido por satirizar a cultura popular e parodiar músicas contemporâneas. Os seus trabalhos renderam-lhe três discos de ouro e cinco de platina, nos Estados Unidos.
Filho de um jugoslavo e de uma italo-inglesa, Alfred nasceu na Califórnia, mas viveu em Lynwood. Começou a tocar acordeão aos 7 anos. Um vendedor de rua andava a oferecer aulas de acordeão e guitarra. O seu pai optou pelo acordeão, dizendo que ele seria mais um Yankovic acordeonista no mundo, ao lado do “rei da polca” Frankie Yankovic (com quem não tem nenhum parentesco). Já dominava o instrumento aos dez anos, tendo parado com as lições para treinar sozinho. Mais tarde, usaria um acordeão pequeno, que lhe permitia pular mais vigorosamente nos palcos.
Em 1976, depois de escutar “Dr. Demento”, um programa de rádio especializado em comédias com músicas humorísticas, Yankovic decidiu enviar para o “Doutor” uma música intitulada “Belvedere Cruisin”, que falava sobre o automóvel da sua família (um Plymouth Belvedere). Outra música, contida na fita, “Dr. D Superstar”, era uma parodia de “Jesus Christ Superstar”. Ele estudava então na Lynwood High School e começava a tentar encontrar um rumo para a sua vida.
Três anos depois, foi estudante de arquitectura na California Polytechnic State University e DJ na estação de rádio da universidade. O seu nome artístico na rádio era “Weird Al”, que passou a usar até hoje. Quando a canção “My Sharona”, pelos The Knack, estava a fazer sucesso e a banda foi convidada para tocar na universidade, ele levou o seu acordeão para um quarto que havia na sala da rádio (por causa da vantagem acústica dos ecos) e gravou a paródia “My Bologna”, com um lado B chamado “School Cafeteria”. The Knack acharam a música engraçada, quando conheceram Yankovic depois do show na faculdade, e fizeram a música ser lançada pela gravadora da banda, a Capitol Records, que contratou Yankovic por seis meses.
Em 1980, produziu a música “Another One Rides the Bus”, uma paródia do sucesso dos Queen. Tornou-se tão popular, que veio a aparecer pela primeira vez na televisão, no “The Tomorrow Show”.
Em 1981, Yankovic saiu pela primeira vez em tournée, como integrante do programa “Dr. Demento”. O seu estilo interessou Jay Levey, que se tornou seu empresário. Levey insistiu que a actuação dele soaria ainda melhor se tivesse uma banda completa para o acompanhar. Fizeram audições e Steve Jay tornou-se o seu baixista e Jim West o guitarrista. Com Schwartz na bateria, a banda ficou completa. Em 1991, Ruben Valtierra juntou-se ao grupo nos teclados, para deixar Yankovic mais concentrado nos concertos.
Rick Derringer iria produzir todos os seus discos a partir de 1992. Depois da partida de Derringer, Yankovic começou a produzir os seus álbuns. Assim, lançou mais onze, o último dos quais, editado em Julho de 2014, foi “Mandatory Fun”.
Em 1985, Yankovic co-escreveu e estrelou um documentário sobre si próprio, chamado “The Compleat Al”, que misturava factos reais e outros ficcionados sobre a sua vida até ao momento.
Casou-se com Suzanne Krajewski em Fevereiro de 2001. Nasceu-lhes uma filha em Fevereiro de 2003.
Durante a sua carreira, já vendeu mais de 12 milhões de álbuns e gravou mais de 150 canções (paródias ou originais). Apresentou-se em público mais de um milhar de vezes. Foi nomeado para 9 Grammy Awards, tendo sido premiado em três.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

22 DE OUTUBRO - MARISA LIZ


EFEMÉRIDE - Marisa Liz (Marisa Pinto), cantora portuguesa, actualmente vocalista da banda Amor Electro, nasceu em Lisboa no dia 22 de Outubro de 1982.
Participou em programas como “Bravo Bravíssimo” e “Os Principais”. Iniciou o seu percurso musical em bandas infanto-juvenis como as Popeline e os Onda Choc, onde sempre se destacou positivamente.
Em 2002, interpretou a adaptação portuguesa da música do genérico da série “Kim Possible” do Disney Channel.
Em 2003, formou com Miguel Ângelo Majer e Ricardo Santos a banda pop-folk-fado denominada Donna Maria.
Participou no espectáculo-tributo dos 50 anos de carreira de Simone de Oliveira, “Num País Chamado Simone”, realizado no Coliseu dos Recreios em 2008.
Em 2009, Marisa deixou os Donna Maria, para dar continuidade à sua carreira a solo.
Nos primeiros dias de 2010, surgiu como vocalista de uma nova banda electro-pop, os Catwalk, na programação de espectáculos do Casino Estoril, passando a apresentar-se como Marisa Liz.
Marisa Liz participou no álbum de Júlio Pereira lançado em 2010, “Graffiti”, entre nomes como Sara Tavares e Dulce Pontes.
Em 2010, actuou na Gala de Natal da SIC, com o seu novo grupo Amor Electro e na qual apresentaram o single “A Máquina (Acordou)”. O álbum de estreia do grupo (“Cai o Carmo e a Trindade”) foi lançado em 2011.
Marisa interpretou a adaptação portuguesa da música do genérico do filme “Winx Club 3D: A Aventura Mágica”. O filme estreou em 31 de Março de 2011. Ainda em Novembro deste ano, a banda Amor Electro atingiu o disco de platina com o seu disco de estreia.
Em 2017, foi a mentora vencedora do “The Voice Portugal” com o concorrente Tomás Adrião.

domingo, 21 de outubro de 2018

21 DE OUTUBRO - LILLIAN ASPLUND


EFEMÉRIDE - Lillian Gertrud Asplund, norte-americana, uma das três últimas sobreviventes do naufrágio do Titanic (Abril de 1912), nasceu em Worcester no dia 21 de Outubro de 1906. Morreu em Shrewsbury, em 6 de Maio de 2006. Ela foi a última sobrevivente americana e também a última sobrevivente com lembranças reais da tragédia.
Em 1907, o pai de Lillian levou a família para Småland, na Suécia, para ajudar a sua mãe viúva a resolver problemas com a fazenda familiar. No início de 1912, a família estava pronta para regressar aos Estados Unidos e o pai de Lillian reservou passagens no Titanic para todos.
Lillian, os seus pais e os irmãos embarcaram no Titanic, em Southampton, Inglaterra, no dia 10 de Abril de 1912, como passageiros da terceira classe. Lillian tinha cinco anos na época e lembrava-se que o navio «era muito grande e tinha acabado de ser pintado. Lembro-me de não ter gostado do cheiro da tinta fresca».
Quando o Titanic chocou com o iceberg, às 23h40m da noite de 14 de Abril, o pai de Lillian acordou a família e, depois, colocou todos os papéis importantes, incluindo dinheiro, no bolso. Lillian, a mãe e o seu irmão Felix foram colocados no bote salva-vidas nº 15. Lillian lembrou: «minha mãe disse que preferiria ter ficado com ele (meu pai) e afundar-se com o navio, mas ele disse que as crianças não deveriam ficar sozinhas. Minha mãe pôs Felix ao colo e eu entre os joelhos. Eu acho que ela pensou que poderia me manter um pouco mais aquecida daquela forma».
Lillian, a mãe e o irmão foram resgatados pelo barco Carpathia, que chegou ao local pouco depois das quatro da manhã. Lillian e o irmão foram carregados em sacos de serapilheira e içados até o convés do navio. A bordo do Carpathia, Lillian lembrava-se: «Uma mulher tirou-me a roupa, que estava muito suja e molhada. Minha mãe estava a tentar encontrar-me. Finalmente, quando as minhas roupas secaram, tornei a vesti-las. As pessoas no Carpathia foram muito boas para nós».
O Carpathia chegou a Nova Iorque em 18 de Abril. A mãe de Lillian levou-a e ao irmão para Worcester. O pai de Lillian e os seus três irmãos pereceram no naufrágio.
A mãe de Lillian recusava-se a falar sobre o desastre. Lillian respeitava a sua dor e, durante o resto da vida, quase nunca falou sobre o assunto. A mãe de Lillian morreu em Abril de 1964. O irmão Felix, com quem Lillian morava, morreu em Março de 1983.
Lillian faleceu na sua casa em Shrewsbury, aos 99 anos. A morte de Lillian deixou duas sobreviventes, Barbara West e Millvina Dean. No entanto, ambas tinham menos de um ano de idade no momento do naufrágio e não se lembravam sequer do acontecimento.

sábado, 20 de outubro de 2018

20 DE OUTUBRO - TOM PETTY


EFEMÉRIDE - Tom Petty, de seu nome completo Thomas Earl Petty, compositor, guitarrista e cantor de rock norte-americano, nasceu em Gainesville no dia 20 de Outubro de 1950. Morreu em Los Angeles, em 2 de Outubro de 2017. Iniciou a sua carreira na banda The Epics/Mudcrutch  e foi fundador e vocalista da banda Tom Petty and the Heartbreakers. Também integrou o supergrupo Traveling Wilburys.
Petty vendeu, ao todo, 60 milhões de álbuns. Em 1999, Tom Petty & the Heartbreakers ganharam uma estrela na Calçada da Fama em Hollywood. Em 2002, foram incorporados no Rock and Roll Hall of Fame.
Tom Petty nasceu e cresceu em Gainesville (Flórida), formando-se na Gainesville High School. O seu interesse pela música, e em especial pelo rock & roll, começou ao conhecer Elvis Presley em 1961, quando este foi a Ocala (Flórida), para trabalhar no filme “Follow That Dream”. Petty também disse numa entrevista, muitos anos mais tarde, ter percebido que queria estar numa banda de rock a partir do momento em que viu os Beatles a tocar no “The Ed Sullivan Show”. Um dos seus primeiros professores de guitarra foi Don Felder, que mais tarde se tornou integrante dos Eagles.
Tom tinha uma relação difícil com o pai, que não aceitava que um seu filho fosse «um garoto interessado em artes» e submetia-o a agressões verbais e físicas. Petty era muito próximo da mãe e do irmão.
Quando adolescente, Tom Petty trabalhou na Universidade da Flórida. Apesar de nunca ter estudado lá, uma árvore que plantou nessa época nos terrenos da universidade, é chamada hoje a “árvore Tom Petty”.
Em 1975, mudaram-se para Los Angeles e a banda Mudcrutch dividiu-se. Petty recusou-se a seguir uma carreira solo. Ele, Mike Campbell e Benmont Tench trabalharam com Ron Blair e Stan Lynch, resultando daí a primeira formação dos Heartbreakers. Editaram muitos álbuns de sucesso ao longo dos anos.  
Em 1981, produziram o álbum “Hard Promises”, que entrou no Top 10 das paradas. Prosseguiram, durante muitos anos, uma carreira plena de êxitos.
Tom morreu de paragem cardiorrespiratória. Apesar de ainda ter sido socorrido num hospital de Los Angeles, veio a falecer devido a uma sobredosagem de medicamentos prescritos para as dores, de acordo com os resultados da autópsia. Petty fracturara os quadris, quando da sua última tournée, e sofria de dores horríveis.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

19 DE OUTUBRO - JOHN LE CARRÉ




EFEMÉRIDE - John le Carré, de seu verdadeiro nome David John Moore Cornwell, escritor britânico notabilizado pelos seus romances de espionagem, nasceu em Poole no dia 19 de Outubro de 1931. John le Carré não conheceu a mãe, que o abandonou quando ele tinha cinco anos. As suas relações com o pai eram difíceis.
Estudou na Universidade de Berna na Suíça (1948/49) e na Universidade de Oxford em Inglaterra, tornando-se depois professor no Eton College, antes de se juntar ao corpo diplomático britânico. Foi depois recrutado pelo M15.
A sua experiência nos serviços secretos terminou repentinamente, quando o agente duplo britânico Kim Philby denunciou ao KGB (URSS) a identidade de dezenas de espiões seus compatriotas. John le Carré publicou nesta época o seu primeiro romance (1961).
John le Carré é autor de numerosos livros de espionagem, muitos dos quais apresentam enredos que se desenvolvem no contexto da Guerra Fria. O fim da Guerra Fria levou-o a modernizar as temáticas que serviam como pano de fundo para os seus romances. Assim, passou a introduzir nas suas obras temas como o terrorismo islâmico, a problemática causada pelo desmembramento da União Soviética, a política dos Estados Unidos da América no Panamá e as manobras obscuras da indústria farmacêutica no continente africano. 
Em 1998, recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Bath. Em 2008, “The Times” classificou-o em 22º lugar na sua lista de Os 50 maiores escritores britânicos desde 1945. Em 2011, foi-lhe atribuída a Medalha Goethe do Instituto Goethe. Em 2008 e 2012, recebeu o grau de doutor, honoris causa pelas Universidades de Berna e de Oxford.
O seu romance “O Espião que vinha do frio” (1963) tornou-se um best-seller internacional e, ainda hoje, é uma das suas obras mais conhecida.
Com 87 anos, completados hoje, vive actualmente no condado da Cornualha, continuando a escrever.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

TOM PETTY - "You Don't Know How It Feels"


18 DE OUTUBRO - JESSIE BOUCHERETT


EFEMÉRIDE - Emilia Jessie Boucherett, activista inglesa dos direitos das mulheres, morreu em North Willingham, no dia 18 de Outubro de 1905. Nascera na mesma localidade em Novembro de 1825. 
Nascida no seio de uma família extremamente conservadora, Jessie era a filha mais nova de Louise Pigou e Ayscoghe Boucherett, descendentes de protestantes franceses.
As actividades de Boucherett nas causas feministas foram inspiradas pela leitura do “English Woman's Journal”, que reflectia os seus próprios objectivos, e por um artigo na “Edinburgh Review” sobre os problemas de muitas mulheres ‘supérfluas’ da Inglaterra, durante os anos de meados do século XIX, uma época em que havia muito mais mulheres do que homens na população.
Juntamente com Barbara Bodichon e Adelaide Anne Procter, Boucherett ajudou a fundar a Society for Promoting the Employment of Women em 1859. Esta evoluíu para a Society for Promoting the Training of Women (1926).
Também em 1859, Boucherett e Procter juntaram-se ao Grupo de Langham Place, um pequeno mas determinado grupo, que fez campanha para a melhoria da situação das mulheres e esteve activo entre 1857 e 1866.
Boucherett foi uma promotora do movimento de direito ao voto feminino e uma forte apoiante do Acto de Propriedade das Mulheres Casadas de 1882. Fundou a “Englishwoman's Review” em 1866 e editou-a até 1870, quando fundou - juntamente com Lydia Becker - o “Women's Suffrage Journal”.

quarta-feira, 17 de outubro de 2018

17 DE OUTUBRO - GRAÇA MACHEL


EFEMÉRIDE - Graça Simbine Machel, política e activista dos direitos humanos moçambicana, nasceu em Incadine no dia 17 de Outubro de 1945. Foi primeira-dama de Moçambique, desde 1976, quando se casou com Samora Machel, o primeiro presidente moçambicano, falecido em 1986. Em 1998, casou-se com Nelson Mandela, o primeiro presidente negro da África do Sul. Pelos casamentos, Graça Machel tornou-se a única pessoa no mundo a ser primeira-dama de mais de uma nação. Com Samora Machel, teve dois filhos: Josina e Malengani.
Oriunda de uma família de camponeses, estudou em escolas administradas por missionários metodistas. Beneficiando de uma bolsa de estudos, ingressou depois num liceu de Maputo (então Lourenço Marques). Licenciou-se em Filologia da língua alemã, na Universidade de Lisboa. Voltou a Moçambique em 1972, como professora, e lutou clandestinamente com a FRELIMO durante a Luta Armada de Libertação Nacional.
Na Tanzânia, onde estava instalada a sede da Frelimo, aprendeu o manejo de armas. Conheceu Samora Machel durante uma missão de “correio” à província de Cabo Delgado, em Moçambique. Na Tanzânia, foi directora-adjunta de uma escola da Frelimo, durante dois anos. 
Conquistada a independência de Moçambique em 1975, casou com Samora Machel e viria a ser ministra da Educação e da Cultura no primeiro governo moçambicano, durante cerca de 14 anos. No seu mandato, substituiu os programas da época colonial e criou o ensino nocturno para adultos.
Após a morte de Samora Machel, num acidente aéreo, continuou a sua actividade política no partido Frelimo e criou uma organização sem fins lucrativos - a Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade. Em 1990, foi nomeada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas para o Estudo do Impacto dos Conflitos Armados na Infância. Como reconhecimento pelo seu trabalho, recebeu a Medalha Nansen das Nações Unidas. em 1995. Em 1998, foi um dos dois vencedores do Prémio Norte-Sul.
Conheceu Mandela em 1990, pouco depois da sua libertação e tornaram-se amigos.  Nelson Mandela separou-se da esposa Winnie em 1992, divorciando-se em 1996. Graça Machel e Nelson Mandela passaram a aparecer juntos em público, casando-se em 1998. Mandela era presidenta da África do Sul desde 1994.
Graça Machel optou por conservar o apelido do seu primeiro marido em sua homenagem.
Graça é presidente do Conselho de Administração da Universidade da Cidade do Cabo. Entre as honrarias recebidas, salientam-se: doutora em Letras pela University of Glasgow (2001); doutora Honoris Causa pela University of Essex, Inglaterra (1997); doutora Honoris Causa pela University of Cape Town, África do Sul (1993); e doutora Honoris Causa pela Universidade de Évora, Portugal (2008).
Graça Machel é licenciada também em Direito e fala seis línguas, além do seu dialecto natal (Tsonga).

terça-feira, 16 de outubro de 2018

16 DE OUTUBRO - NICHOLAS AMHURST


EFEMÉRIDE - Nicholas Amhurst, poeta e escritor político inglês, nasceu em Marden, Kent, no dia 16 de Outubro de 1697. Morreu em Twickenham, em 27 de Abril de 1742.
Foi educado na Merchant Taylors' School e no St John's College, em Oxford. Em 1719, foi expulso da universidade, por «irregularidades de conduta», mas na realidade (segundo o seu próprio relato), foi por causa das suas ideias políticas. O seu pensamento político era evidente em muitos dos seus escritos.
Amhurst satirizou a moral de Oxford, em “Strepkon's Revenge”e em “Satire on the Oxford Toasts” (1718). Atacava também, de vez em quando, a administração da universidade e os seus principais membros. Um velho costume de Oxford permitia, em sessões públicas, que algumas pessoas fizessem da tribuna um discurso satírico, bem-humorado, acerca da universidade. Estes oradores eram conhecidos por ‘Terræ filius’. Em 1721, Amhurst produziu uma série de jornais satíricos bissemanais sob este nome. Foram publicados durante sete meses e, incidentalmente, forneciam informações muito curiosas. Estas publicações foram reimpressas em 1726, em dois volumes, como “Terræ Filius, ou, a História Secreta da Universidade de Oxford”.
Amhurst reuniu os seus poemas, em 1720, e escreveu outra sátira da universidade, “Oculus Britanniæ”, em 1724.
Ao deixar Oxford para morar em Londres, tornou-se um panfletário de destaque do partido de oposição (Whig). Em Dezembro de 1726, publicou o primeiro número de “The Craftsman”, um periódico semanal, que editou sob o pseudónimo de Caleb D'Anvers. A revista era voltada sobretudo para derrubar Sir Robert Walpole, do governo. Alcançou uma tiragem de 10 000 exemplares e foi uma das mais importantes revistas do seu tempo.
Por ocasião do derrube do governo em 1742, os líderes da oposição não fizeram nenhuma referência ao editor de “The Craftsman” e essa negligência terá apressado o fim de Amhurst, cuja morte ocorreu em Abril desse mesmo ano.

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