terça-feira, 30 de junho de 2020

30 DE JUNHO - GEORGI BEREGOVOI


EFEMÉRIDE - Georgi Timofeyevich Beregovoi, cosmonauta soviético, morreu em Moscovo no dia 30 de Junho de 1995. Nascera em Fedorovka, em 15 de Abril de 1921.
Georgi ingressou na Força Aérea Soviética, em 1941, e foi logo enviado para voar na unidade voadora de ataque terrestre, Ilyushin Il-2 Shturmovik. Voou em 185 combates, durante a Segunda Guerra Mundial, e subiu rapidamente nas classificações. No final da guerra tinha o posto de capitão, comandante de esquadrão. Foi condecorado como Herói da União Soviética.
Tornou-se piloto de testes e, durante 16 anos, voou em sessenta aeronaves diferentes, subindo à patente de coronel e à posição de chefe do departamento de testes da força aérea. Em 1962, inscreveu-se, e foi aceite, no programa de treino de cosmonautas.
O voo de Beregovoi na Soyuz 3 foi malsucedido, uma vez que não conseguiu unir-se, em órbita, com a nave Soyuz 2, não tripulada (26 de Outubro de 1968). Ele, entretanto com 47 anos, nunca mais foi seleccionado para voar noutra missão.
Em 22 de Janeiro de 1969, convidado para uma cerimónioa oficial no Kremlin, foi ferido numa tentativa de assassinato que visava Leonid Brejnev, levada a cabo pelo oficial soviético Viktor Ilyin, que viria a ser internado num hospital psiquiátrico. 
Posteriormente, Georgi Beregovoi assumiu funções no Centro de Treino de Cosmonautas Yuri Gagarin e, em 1972, tornou-se director deste departamento.
Faleceu em 1995, de causas naturais, e foi sepultado no Cemitério Novodevichy em Moscovo.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

29 DE JUNHO - HENRY KING


EFEMÉRIDE - Henry King, realizador de cinema norte-americano, morreu em Toluca Lake, Califórnia, no dia 29 de Junho de 1982. Nascera em Christiansburg, Virgínia, em 24 de Janeiro de 1886.
Começou a trabalhar como actor, desempenhando pequenos papéis em várias peças teatrais, conseguindo, a partir de 1912, figurar também em alguns filmes.
Realizou o seu primeiro filme em 1915, tornando-se um dos mais conhecidos realizadores de Hollywood, da década de 1920.
Por duas vezes, foi nomeado para o Oscar de Melhor Realizador, mas nunca o viria a conquistar, tendo, todavia, ganho a primeira edição dos Globos de Ouro, em 1944, obtendo o prémio para o Melhor Realizador, com o seu filme “The Song of Bernadette”.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi comandante da patrulha costeira de Brownsville, Texas. Chegou a ser o piloto privado mais horas de voo nos Estados Unidos, tendo obtido o seu brevet em 1918.
Em 1927, foi um dos 36 fundadores da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que atribui anualmente os Oscars. Ao longo de toda a sua carreira, realizou mais de 100 filmes.

domingo, 28 de junho de 2020

28 DE JUNHO - FRANK ZANE


EFEMÉRIDE - Frank Zane, ex-profissional de fisiculturismo norte-americano, nasceu em Kingston, Pensilvânia, no dia 28 Junho de 1942. Além de fisiculturista, é escritor e proprietário de uma clínica de reabilitação para fisiculturistas, chamada Zane Heaven.
Frank Zane foi um dos atletas mais próximos do padrão considerado ideal, com avançada simetria e qualidade muscular. Em 1970, ganhou o título de Mr. Universo como amador, no último ano em que Arnold Schwarzenegger venceu como profissional.
A partir da idade de 14 anos, Frank interessou-se pelo modalidade. Comprou um conjunto de halteres e começou a treinar no ginásio da escola. Os rápidos resultados, devidos à sua genética apropriada, fizeram com que Zane desse continuidade ao desporto. Depois de terminar a escola, ganhou vários campeonatos e, então, ofereceram-lhe uma bolsa para a Wilkes University, pelas suas qualidades atléticas. Formou-se como professor de Ciências, em 1964.
Em 1966, mudou-se para a Flórida, onde conheceu a sua futura esposa, Christine, com quem se casou no ano seguinte. Christine tinha apenas começado a faculdade e Frank estava a ensinar numa escola local, onde também estudava uma irmã de Christine. Frank já treinava há 10 anos e tinha ganho vários títulos de prestígio. Em 1977, obteve o bacharelado em Psicologia na Universidade da Califórnia (Los Angeles) e, em 1990, obteve um mestrado em Psicologia experimental.
Depois de ganhar o título de Mr. Universo várias vezes, Zane abriu a sua própria academia, em Palm Springs, onde trabalhou como personal trainer e, depois de se aposentar, mudou-se para uma fazenda isolada no deserto da Califórnia. Esse local foi chamado de Zane’s Heaven (Paraíso de Zane), onde inúmeras pessoas ao redor do mundo, incluindo fisiculturistas, iam treinar e procurar saúde física e mental.
Frank já publicou vários livros sobre fisiculturismo, onde focou a importância da meditação, do relaxamento e da qualidade de vida.
Em 2005, lançou o seu site, onde aconselha fãs de todo o mundo sobre treinos e nutrição. Reside com a esposa na Califórnia.
Frank Zane conquistou, em 1965, o título de Mr. Universo e, um ano depois, foi vencedor do Mr. América. Em 1968, conquistou novamente o título de Mr. América, em Nova Iorque, uma semana depois de derrotar Arnold Schwarzenegger no Mr. Universo, em Miami. Ganhou em 1969, em Bruges (Bélgica), o Título Mundial. Voltou a vencer o Mr. Universo em 1970 e 1972.
Zane conquistou por três vezes o Mr. Olympia. O seu reinado representou uma mudança na ênfase da estética em detrimento do volume corporal, e a sua constituição ainda é avaliada por muitos como o corpo idealizado pelos escultores do período clássico greco-romano.
Apesar da sua altura (1m75), atingiu a excelência no mundo da musculação. As suas vitórias em fisiculturismo tiveram grande mérito, pois - com os seus 82 quilos - durante as competições, foi capaz de derrotar homens que, com a mesma altura, tinham 10 ou 15 quilos a mais.
No Mr. Olympia de 1980, na Austrália, houve o retorno inesperado de Arnold Schwarzenegger. Zane considerou a vitória do adversário controversa, tendo ficado em terceiro lugar, atrás de Arnold e de Chris Dickerson. Dois anos depois, terminou em segundo lugar, novamente atrás de Chris Dickerson.
Em 1983, aposentou-se das competições, ficando em 4 º lugar, atrás de Samir Bannout, Makkawy Mohamed e Lee Haney. Foi a sua despedida como profissional da modalidade.

sábado, 27 de junho de 2020

27 DE JUNHO - GLÓRIA MAGADAN


EFEMÉRIDE - Glória Magadan, de seu verdadeiro nome María Magdalena Iturrioz y Placencia, autora de telenovelas cuibana, radicada no Brasil, morreu em Miami no dia 27 de Junho de 2001. Nascera em Havana, em 1920.  
Após a Revolução Cubana de 1959, Glória Magadan fixou-se em Porto Rico, onde conseguiu emprego na estação de TV local Telemundo e acabou por ser contratada pela agência publicitária da Colgate-Palmolive para desenvolver telenovelas, auxiliada por Olga Ruilópez e patrocinadas pela empresa.
Pouco depois, foi enviada para trabalhar na Venezuela e, em 1964, foi transferida para o Brasil, a fim de produzir telenovelas. Ainda em 1964, auxiliada por Walter George Hurst e por Daniel Más, iniciou a produção de telenovelas para a TV Tupi. São desta época novelas como “Gutierres”, “Drama dos Humildes”, “A Cor de Sua Pele” e “A Outra”.
No fim de 1965, foi contratada pela TV Globo do Rio de Janeiro, na qual desenvolveu telenovelas exóticas e superproduções. Em 1966, reescreveu uma nova versão da telenovela “Eu Compro Esta Mulher”, que a própria autora escrevera em 1960 para a Telemundo. Esta nova versão foi vendida para uma TV da Argentina, em 1968. Fez ainda “O Sheik de Agadir” (1966) e “A Sombra de Rebeca” (1967), entre outras.
Em 1967, após o fracasso de “Anastácia, a Mulher sem Destino”, inicialmente escrita por Emiliano Queiroz, mas sob a sua supervisão, convidou a autora Janete Clair, que estava a realizar “Paixão Proibida” pela TV Tupi, para escrever a parte final do enredo.
Glória acumulava as funções de escritora, supervisora e produtora de novelas na Globo. Com o acumular de funções, pediu para que Janete Clair continuasse a trabalhar no canal, o que abriu caminho para Janete fazer sucesso com as suas próprias tramas, tirando o lugar as novelas de Magadan. Isto gerou atritos entre as duas autoras. Magadan acusou o director Daniel Filho de prestar maior atenção às produções de Janete e isso levou o director a pedir a demissão. Magadan também proibia que Janete comunicasse directamente com os elencos.
Ainda em 1968, a TV estava a mudar. TV Excelsior e Tupi investiam em novos meios para a teledramaturgia; a Excelsior, aproveitando-se da história do Brasil, realizava novelas como “O Tempo e o Vento” e “A Muralha; a Tupi investia em temas modernos, como “Beto Rockfeller” e “Nino, o Italianinho”, enquanto na Globo a ordem era continuar a passar clássicos da literatura mundial, mas as audiências globais continuava a declinar e, em meados de 1969, a administração da Globo decide dispensar Glória Magadan, depois da fraca audiência ao seu trabalho em “A Gata de Vison”, em parte devido ao envolvimento amoroso da autora com um dos actores, Geraldo del Rey, facto que acabou tendo influência no enredo da novela e provocou a saída de Tarcísio Meira, que fazia um dos personagens principais. Era preciso renovar e a Globo apostava numa renovação, com o trabalho contemporâneo de Janete Clair.
Em 1970, dispensada pela Globo, Magadan conseguiu voltar à Tupi, onde escreveu “E Nós, Aonde Vamos?”, novela em que tentou mudar o seu estilo, ao desenvolver um enredo mais actual.
Após o fracasso desta nova passagem pela Tupi, Glória foi morar em Miami, lar de muitos dos seus compatriotas exilados. Nos Estados Unidos, continuou com a sua carreira de escritora, mas agora como correspondente de jornais e revistas. Em 1996, foi procurada pela Rede Manchete, que queria que ela escrevesse uma novela. Chegou a entregar um projecto, chamado “Homens Sem Mulher”, mas as crises constantes na Manchete puseram ponto final na sua carreira televisiva.

sexta-feira, 26 de junho de 2020

26 DE JUNHO - LUIS ARCONADA


EFEMÉRIDE - Luis Miguel Arconada Etxarri, ex-futebolista espanhol que jogava como guarda-redes, nasceu em San Sebastián no dia 26 de Junho de 1954. É irmão do técnico da equipa feminina da Real Sociedad F., Gonzalo Arconada.
Foi jogador e capitão da Real Sociedad durante 14 anos (1974/1989). Somou 414 partidas com a equipa, na Liga e. No total, jogou 551 partidas. É o 4º jogador que mais actuou com a camisola do clube. Ganhou duas Ligas (1980/81 e 1981/82), uma Copa do Rei (1986/87) e uma Supercopa de Espanha (1982).  Foi laureado três vezes com o Troféu Zamora (1980, 1981, 1982), dado ao guarda-redes menos batido de cada temporada.
Pela selecção, obteve o 2º lugar na Eurocopa de 1984, tendo disputado duas Copas (1978 e 1982) e duas Eurocopas (1980 e 1984), além das Olimpíadas de 1976. Uma grave lesão, sofrida em 1985, impediu Arconada de participar da Copa de 1986, abrindo espaço para Andoni Zubizarreta, que se tornaria dono da posição nos treze anos seguintes.
Na decisão da Eurocopa de 1984, entre Espanha e França, Arconada, que havia tido um bom desempenho na competição, cometeu um grave erro no golo francês, marcado por Michel Platini na cobrança de uma falta. Platini havia chutado uma bola praticamente defensável para Arconada, mas este deixou-a passar por baixo das pernas. A expressão «fazer uma arconada» entrou no vocabulário futebolístico.
Luis Arconada foi internacional espanhol setenta vezes.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

25 DE JUNHO - NUNO RESENDE


EFEMÉRIDE - Nuno Guilherme de Figueiredo Resende, cantor português, nasceu no Porto em 25 Junho de 1973.
Filho único, frequentou uma escola francesa no Porto, a partir dos 5 anos. Quando tinha doze anos, a família instalou-se na Bélgica, onde ele continuou os estudos na Escola Europeia de Bruxelas. Participou em torneios desportivos, como, por exemplo, no Torneio de Ténis de l’Espérance. Entre 1993 e 1996, frequentou a École d’Éducation Physique, tendo completado o curso de professor de educação física. Seguidamente, lançou-se na carreira musical.
Formou vários grupos musicais de hard rock. Nessa época, em 1997, participou no concurso televisivo de jovens talentos “Pour La Gloire” na RTBF (televisão pública francófona belga). Em 1998, o músico Alec Mansion criou um grupo de que Nuno fez parte: La Teuf. Em 2000, o grupo participou na selecção belga para o Festival Eurovisão da Canção 2000, com o título “Soldat de l’amour”, tendo sido eliminado na final.
Em 1999, fez parte do elenco da comédia musical “La Belle et la Bête”, na qual desempenha o papel de Gontrand. No mesmo ano, integrou o grupo Apy, que gravou uma versão de “Banana Split de Lio”, que foi duplo disco de ouro e de platina.     
De 2000 até fins de 2002, Nuno Resende foi duplo em “Roméo et Juliette, de la haine à l’amour” de Gérard Presgurvic. O grupo alcançou um NRJ Music Award da Canção Francófona do Ano, em 2001.
Nuno Resende foi um dos artistas do single de 2002 “Un seul mot d’amour”, junto com Clémence Saint-Preux, Pino Santoro e Philippe d’Avilla. O disco alcançou o 48º lugar do hit parade francês e o 20º. lugar do belga. No mesmo ano, o trio composto por Pino Santoro, Philippe d’Avilla e Nuno Resende, cantou “J’suis p’tit”, que alcança o 34º lugar do hit parade belga.
Em 2003, participou na comédia musical “Les Demoiselles de Rochefor”. Deste espectáculo, foi publicado em single a canção “Ma Seule chanson d’amour” por Frédérica Sorel e Florent Neuray. A face B é “Une Proposition honnête” interpretada por Nuno Resende, Frédérica Sorel e Mélanie Cohl.
Alec Mansion e Frédéric Zeitoun compuseram a canção “Le Grand Soir”, que Nuno defendeu no Festival Eurovisão da Canção 2005, em representação da Bélgica. A canção, que não chega à final, visto ter sido eliminada na meia-final, foi publicada em single e ficou classificada em 23º lugar na Bélgica.
Em 2007, participou no espectáculo musical “Aladin”, no qual teve o papel principal, contracenando com Florence Coste. Esta comédia musical apresentou-se no Palais des Congrès de Paris, e nas Salas Zénith de França. Interpretou em duo o respectivo single “On se reconnaîtra”.
De Setembro de 2008 a Janeiro de 2009, desempenhou o papel de Roger, na comédia musical “Grease”, no teatro Comédia de Paris. A produção foi nomeada para os Globes de Cristal em 2009.
Em 2012, desempenha o papel de Snake em “Adam et Ève: La Seconde Chance”, comédia musical de Pascal Obispo. Apesar do êxito obtido no Palais des Sports de Paris durante 2 meses, o grupo anulou o prosseguimento por falta de meios.
Em Outubro de 2012, juntou-se à trupe do espectáculo musical “Erzsebeth” de Stéphane e Brigitte Decoster, inspirado na vida de Isabel Bathory. Nuno encarnou o papel de Thurzo.
Participou na segunda temporada da emissão “The Voice, la plus belle voix”. Integrou a equipa de Florent Pagny, tendo atingido a final. Terminou em terceiro, a seguir a Olympe e Yoann Fréget. Fez parte dos oito candidatos qualificados para o “The Voice Tour”, que se apresentou nas Salas Zénith de França, no Palais Omnisports de Paris-Bercy e no Líbano.
Durante o Verão, foi convidado para diversos festivais, nomeadamente para o Festival off de Avinhão, onde interpretou vários standards da canção francesa e internacional.
Em Janeiro de 2014, encarnou Maître Grigri, alias Grilo Falante, em “Pinocchio, le spectacle mvvausical” de Marie-Jo Zarb e Moria Némo, integrado num elenco em que participavam, nomeadamente, Vanessa Cailhol, Pablo Villafranca e Sophie Delmas, no Théâtre de Paris.
Em 2014, participou no grupo Latin Lovers, juntamente com Damien Sargue e Julio Iglesias Jr. Retomaram a canção “Vous les femmes”, de Julio Iglesias. Em Junho desse ano, foi publicado um álbum do grupo. Em Outubro, desempenhou o papel de Idole, em “Salut les copains”.
Nuno participa regularmente em concertos caritativos. Em 2012, cantou no “Foot concert”, criado por Michaël Jones e Joël Bats, em proveito da Associação Huntington Avenir.
Em 2013, subiu igualmente ao palco, junto com Yannick Noah, durante um concerto para a associação Les Enfants de la Terre. Participou no evento “Freddie for a day” organizado pelo Mercury Phoenix Trust, que recolhe fundos para as associações de luta contra a Sida. Integra igualmente o colectivo de artistas “Les grandes voix des comédies musicales chantent pour les enfants hospitalisés”, participando no single “Un faux départ”.

quarta-feira, 24 de junho de 2020

24 DE JUNHO - ELLISON ONIZUKA


EFEMÉRIDE - Ellison Shoji Onizuka, astronauta norte-americano de origem japonesa, que morreu durante a explosão do ónibus espacial Challenger em 1986, nasceu em Kealakekua no dia 24 de Junho de 1946. Morreu em Cabo Canaveral, em 28 de Janeiro de 1986.
Formado em Engenharia Aeroespacial, Onizuka serviu como engenheiro de voo na Força Aérea dos Estados Unidos, trabalhando com diversos tipos de aviões militares.
Seleccionado para o programa espacial em 1978, passou um ano em treinos e foi destacado para integrar a equipa de apoio em terra das duas primeiras missões da nave espacial Columbia.
A sua primeira ida ao espaço deu-se na nave Discovery, em Janeiro de 1985, na primeira missão de carácter exclusivamente militar do ónibus espacial.
Um ano depois, integraria a fatídica missão STS 51-L da nave Challenger, que explodiu no ar, 73 segundos após o lançamento, devido à fadiga material de um pequeno anel de vedação de um dos gigantescos tanques de combustível que acompanham o ónibus espacial durante a subida, causando a morte de todos os sete tripulantes.

terça-feira, 23 de junho de 2020

NUNO RESENDE - "L'Assassymphonie"

23 DE JUNHO - CHUCK TAYLOR


EFEMÉRIDE - Charles Hollis “ChuckTaylor, jogador e treinador de basquetebol norte-americano, morreu em Port Charlotte no dia 23 de Junho de 1969. Nascera em Condado de Brown, em 24 de Junho de 1901.
Taylor adoptou, fez promoção e sugeriu melhorias, do mundialmente famoso calçado desportivo All Star, feito de lona e borracha e produzido pela empresa Converse.
Taylor estudou na Columbus High School, em Indiana, onde jogou basquete até à licenciatura, em 1918. Mais tarde, deixou a faculdade e jogou em várias equipas profissionais de Detroit e Fort Wayne. Tocou no Akron Firestone Non-Skids, durante a década de 1920. Durante a Segunda Guerra Mundial, treinou a equipa da base militar da Força Aérea em Wright-Patterson.
Desde o ensino médio, Taylor costumava usar botas da Converse. Apreciou-as ao ponto de ir directamente à empresa, em 1921, à procura de emprego. Foi contratado com a qualificação de agente de vendas e, a partir de então, dedicou-se quase exclusivamente à divulgação das All Star, que tinham tido pouco sucesso até então.
Taylor viajou pelos Estados Unidos, promovendo a modalidade e o uso das All Star. Em 1922, teve a intuição de publicar o “Converse Basketball Yearbook”, um anuário que reunia fotos dos maiores campeões da época, que usavam calçado Converse.
O “Converse Basketball Yearbook”, publicado até 1983, tornou-se uma das mais aguardadas publicações de basquete e contribuiu decisivamente para a notoriedade do jogo, promovendo e celebrando o trabalho de jogadores e treinadores americanos.
Em 1932, o nome de Chuck Taylor foi consagrado pela Converse, colocando a assinatura do jogador nas All Star que, portanto, se tornaram oficialmente as “Chuck Taylor All Star”.
Taylor continuou a ganhar com a disseminação e o desenvolvimento do basquete em todo o mundo, realizando cursos e seminários, em escolas de ensino médio, faculdades e academias. Esteve no México, América do Sul, Canadá, Porto Rico, África e Europa.
Em 1969, o seu nome tornou-se parte do Basketball Hall of Fame, em reconhecimento dos esforços pioneiros para promover e difundir o basquete nos Estados Unidos.
Chuck Taylor faleceu, vítima de infarto do miocárdio, na véspera de completar 68 anos de idade.

segunda-feira, 22 de junho de 2020

22 DE JUNHO - PETER PEARS


EFEMÉRIDE - Peter Neville Luard Pears, tenor inglês e companheiro de toda a vida do compositor Benjamin Britten, nasceu em Farnham no dia 22 de Junho de 1910. Morreu em Aldeburgh, em 3 de Abril de 1986.
Pears frequentou o Lancing College e estudou música no Keble College, em Oxford, e foi organista do Hertford College, mas abandonou os estudos sem obter qualquer diploma. Mais tarde, voltou a estudar canto, durante dois períodos escolares, no Royal College of Music.
Conheceu Britten em 1936, quando cantava no coro BBC Singers. Pears e Britten deram o seu primeiro recital em 1937, no Balliol College, na Universidade de Oxford. Nesse ano, viajaram juntos para a América e, depois do seu regresso, apresentaram em conjunto a obra “Seven Sonnets of Michelangelo”, de Britten, no Wigmore Hall, que posteriormente gravariam para a EMI - o seu primeiro disco em conjunto.
Muitas das obras de Britten foram escritas tendo em mente especificamente a voz de tenor de Pears, que foi uma fonte de inspiração e um catalisador fundamental da sua criatividade. Entre as obras escritas para Pears, contam-se: “Nocturne, a Serenade for Tenor”, “Yorn and Strings” e os “Cânticos”; igualmente, diversas óperas.
Pears foi co/libretista da ópera “A Midsummer Night’Dream”, em que criou um dos seus raros papéis cómicos.
A sua voz era controversa, com qualidades vocais consideradas pouco usuais, e descrita como “seca” ou “branca”. A qualidade da sua voz não funcionava bem em gravações, mas não existem dúvidas que ele tinha uma rara capacidade de articulação e de agilidade vocal, que Britten também potenciou. Peter Pears foi considerado pelo “BBC Music magazine”, como um dos 10 melhores tenores de sempre.
Pears estreou-se na Metropolitan Opera em Outubro de 1974, como Aschenbach, em “Death in Venice”. Cantou regularmente na Royal Opera House e em múltiplas salas de ópera prestigiadas da Europa e dos Estados Unidos da América. Teve performances notáveis, como em “Evangelista nas Paixões” de Johann Sebastian Bach.
Foi feito comendador da Ordem do Império Britânico em 1957, tendo sido enobrecido em 1978.  Repousa no cemitério da Igreja de São Pedro e São Paulo, em Aldeburgh, Suffolk, ao lado de Benjamin Britten.

domingo, 21 de junho de 2020

21 DE JUNHO - YANG LIWEI


EFEMÉRIDE - Yang Lìwei, astronauta e primeiro chinês no espaço, nasceu em Suizhong no dia 21 de Junho de 1965. O lançamento da sua nave Shenzhou 5, em 15 de Outubro de 2003, fez com que a República Popular da China se tornasse o terceiro país a enviar pessoas ao espaço pelos seus próprios meios.
Filho de uma professora e de um contabilista, e casado com uma oficial do Exército de Libertação Popular, Yang graduou-se em Ciências e cursou a Escola de Aviação da Força Aérea Chinesa, integrando a aeronáutica até à patente de tenente-coronel. Aos 38 anos, somava 1 350 horas de voo como piloto de caça, ao juntar-se ao programa espacial chinês.
Começou os seus treinos como astronauta em 1998 e foi seleccionado para o grupo final de catorze astronautas, que participariam em duros treinos técnicos, físicos e psicológicos durante cinco anos. Foi escolhido para voar na primeira missão tripulada.  Antes do seu lançamento, quase nada tinha sido tornado público pelas autoridades sobre os candidatos. A sua selecção para o voo inaugural só foi divulgada à imprensa no dia anterior à missão.
A Shenzhou 5 foi lançada do Centro de Lançamentos de Satélites de Jiuquan, no interior da China, no Deserto de Gobi.
Durante os primeiros 120 segundos de voo, Liwei reportou para Terra uma quantidade anormal de vibrações na estrutura da nave, descrevendo-a como «muito desconfortável». Como consequência, medidas foram tomadas para corrigir o problema no desenho do foguetão Longa Marcha 2F para a próxima missão, a Shenzhou 6. Durante toda a jornada de 21 horas, ele esteve em comunicação constante com o Centro de Jiuquan, reportando a sua situação. Durante a oitava órbita, falou com a sua mulher na Terra, dizendo que «tudo está bem, não te preocupes». No meio da viagem, a televisão estatal chinesa transmitiu imagens de Liwei acenando com uma bandeira da China e uma da ONU na outra mão.
Ele comeu pacotes especialmente concebidos de carne de porco desfiada com alho, frango Kung Pao e arroz. A imprensa chinesa divulgou que Liwei transportava na cápsula uma faca, uma pistola e uma tenda, para o caso de aterrar num local errado.
A cápsula deu catorze voltas em órbita da Terra, cobrindo mais de 600 mil km e desceu de pára-quedas na Mongólia Interior às 06h30 (hora de Pequim) em 16 de Outubro de 2003 e, quinze minutos depois, era congratulado pelo primeiro-ministro chinês Wen Jiabao. As imagens dele transmitidas pela TV estatal, com sangue nos lábios, quando foi retirado da cápsula, espalharam rumores de que a aterragem, havia sido muito duro, o que foi confirmado depois pelo pessoal de apoio presente na área.
Recebido como herói nacional, Yang visitou Hong Kong e Macau dias depois, fazendo palestras e trocando experiências sobre o voo. Promovido a coronel logo após a missão - e a major-general em 2008 - recebeu o título de “Herói Espacial” das mãos do ex-presidente da República Popular da China e chefe da Comissão Militar Central, Jiang Zemin. Também foi condecorado pela Rússia com a Medalha Gagarin. O asteróide 21064 Yangliwei foi assim baptizado em sua homenagem.

sábado, 20 de junho de 2020

PETER PEARS - "perform Henry Purcell - RARE!"

20 DE JUNHO - PAULO BENTO


EFEMÉRIDE - Paulo Jorge Gomes Bento, ex-jogador e actual treinador de futebol português, nasceu em Lisboa no dia 20 de Junho de 1969. É o actual treinador da Selecção Sul-Coreana.
Enquanto jogador, ocupava a posição de médio defensivo. Começou nas escolas do SF Palmense, seguindo a carreira profissional no SL Benfica. Seguiram-se o CF Estrela da Amadora, o Vitória SC de Guimarães, novamente o Benfica, o Real Oviedo e por fim o Sporting CP, onde encerrou a sua carreira futebolística.
Foi 35 vezes internacional por Portugal, estreando-se com a camisola da Selecção Nacional em Janeiro de 1992, com um empate 0-0 contra a Espanha, e finalizou a sua carreira internacional no infeliz 0-1 contra Coreia do Sul, em Junho de 2002, resultado que ditou o afastamento de Portugal do Campeonato do Mundo de 2002, ainda na fase de grupos. Encerrou a carreira de jogador em 2004, aos 34 anos.
Depois de anunciar o fim da carreira num comunicado emotivo, tornou-se treinador da equipa júnior do Sporting. Nessa mesma época, conquistou o Campeonato Nacional de Juniores, trabalhando com uma equipa de grande potencial. Depois do despedimento de José Peseiro, foi chamado a treinar a equipa sénior do Sporting.
Conquistou - em 4 épocas - 4 segundos-lugares consecutivos, sempre atrás do FC Porto, 2 Taças de Portugal e 2 Supertaças Cândido de Oliveira.
Em Setembro de 2010, Paulo Bento, então com 41 anos, foi designado como novo seleccionador nacional, com o contrato previsto para terminar em 2012. Estreou-se na selecção com uma vitória por 3-1 contra a Dinamarca, num jogo de apuramento para o Europeu 2012. Nova vitória frente à selecção da Islândia por 3-1, deu nova confiança à selecção nacional, que terminou o ano de 2010 no segundo lugar da fase de apuramento. Em 17 de Novembro, levou Portugal a uma vitória histórica sobre a Espanha, campeã do mundo, por expressivos 4-0, no Estádio da Luz, em Lisboa.
Conseguiu um apuramento sofrido para o Euro 2012, no qual Portugal ficou no “"grupo da morte”, com a Alemanha, Dinamarca e Países Baixos.
Foi o treinador mais jovem a participar nesta edição do Campeonato Europeu. Portugal conseguiu o apuramento para os quartos-de-final, onde jogou com a República Checa, com uma vitória por 1-0, passando às as meias-finais, onde jogou com a Espanha, conseguindo anular a Campeã do Mundo e da Europa com uma excelente exibição, perdendo apenas nos pênaltis.
Em Abril de 2014, a Federação Portuguesa de Futebol prolongou o seu contrato até ao fim da fase final do Euro 2016. Entretanto, em Setembro, após derrota contra à Albânia, em Aveiro, na primeira partida das qualificações para o Campeonato Europeu de 2016, a F.P.F. decidiu rescindir o contrato com ele.
Em Maio de 2016, o Cruzeiro EC do Brasil anunciou a sua contratação até Dezembro de 2017. Estreou-se na segunda volta do Campeonato Brasileiro de 2016, com um empate frente ao Figueirense FC. Duas jornadas depois, foi expulso do campo nos momentos finais da partida contra o América Mineiro, por discutir com o treinador adversário, que também foi expulso. Mesmo com a equipa ainda em formação e terminando a partida com oito jogadores em campo, Paulo Bento venceu o seu primeiro clássico estadual como treinador do clube.
Foi dispensado no mês seguinte, um dia após a equipa ser derrotada no seu estádio por 1–2, resultado que deixou o clube na penúltima posição do Campeonato Brasileiro, naquela jornada.
Em Agosto de 2016, Paulo Bento foi confirmado como treinador do Olympiacos FC, tendo saído em Março do ano seguinte.  
Em Agosto de 2018, foi contratado como novo treinador da Selecção Sul-Coreana.

sexta-feira, 19 de junho de 2020

19 DE JUNHO - GERVÁSIO BAPTISTA


EFEMÉRIDE - Gervásio Baptista, fotojornalista brasileiro, nasceu em Salvador no dia 19 de Junho de 1923. Morreu em Brasília, em 5 de Abril de 2019. Registou alguns dos mais importantes episódios da história brasileira e mundial.
Estreou-se no jornalismo aos doze anos, fotografando como assistente para o jornal “O Estado da Bahia”.
Na década de 1950, mudou-se para o Rio de Janeiro, a convite de Assis Chateaubriand, proprietário dos Diários Associados, para trabalhar em “O Cruzeiro”.
Em 1954, foi para a revista “Manchete”, onde permaneceu até ao encerramento da mesma, em 2000. Foi lá que registou, semana a semana, a construção da nova capital do Brasil. É de sua autoria a conhecida foto de Juscelino Kubitschek a acenar com a cartola para o povo, que apareceu na capa da “Manchete” sobre a inauguração de Brasília e correu mundo.
As suas fotos do enterro de Getúlio Vargas, em São Borja, Rio Grande do Sul, também geraram um número especial da revista.
Como fotógrafo oficial dos concursos “Miss Brasil” e “Miss Universo”, Gervásio viajou pelo mundo para retratar a beleza da mulher brasileira no período áureo daqueles eventos. Fotografou Fidel Castro, Che Guevara e fez um registo diferenciado da Revolução Cubana. Também deu a sua leitura sobre a Revolução dos Cravos, em Portugal. Acompanhou e registou a queda do presidente argentino Juan Domingo Perón e esteve em Saigão, para registar a Guerra do Vietname.
Durante a ditadura brasileira, teve várias passagens pela prisão, mas por não ter engajamentos políticos, foi sempre libertado rapidamente e sem maiores consequências. Em tais ocasiões, dividiu a sua cela com o ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes e com o advogado e activista político Francisco Julião, fundador da Liga Camponesa, entre outros.
Fotógrafo oficial de Tancredo Neves, fez, com exclusividade, a última foto do presidente, acompanhado da equipe médica do Hospital de Base do Distrito Federal.
Discípulo de Henri Cartier-Bresson, que conheceu pessoalmente, Gervásio continuou actuante mesmo depois de aposentado, contratado pela Empresa Brasil de Comunicação e prestando serviços ao Supremo Tribunal Federal, até 2015.  Ele foi citado como decano do fotojornalismo pela Associação Brasileira de Imprensa.
O Supremo Tribunal Federal homenageou Gervásio Baptista pelos 50 anos de dedicação ao fotojornalismo. Uma exposição, denominada “50 Anos de Fotojornalismo” ocupou o Hall dos Bustos do STF, de 12 de Março até 18 de Abril de 2008.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

18 DE JUNHO - BLAKE SHELTON


EFEMÉRIDE - Blake Tollison Shelton, cantor norte-americano de música country, nasceu em Ada, Oklahoma, no dia 18 de Junho de 1976. O seu 6º álbum de estúdio, “Red River Blue”, alcançou a liderança da tabela musical Billboard 200, com 116 mil cópias vendidas na semana de lançamento. Actualmente, é um dos jurados do programa “The Voice USA”.
A mãe era proprietária a de um salão de beleza e o pai era vendedor de carros usados. Blake Shelton começou a cantar aos 12 anos de idade, quando recebeu o seu primeiro instrumento musical, uma guitarra, que um tio lhe ensinou a tocar. Aos 15 anos, escreveu a sua primeira canção e, aos 16, conquistou o seu primeiro prémio, o Denbo Diamond Award, no seu estado natal.
Em Novembro de 1990, perdeu o irmão Richie, de 24 anos, num trágico acidente de automóvel. Após a sua formatura aos 17 anos, mudou-se para Nashville, Tennessee, em busca de sucesso para a sua carreira. Conseguiu o primeiro emprego numa gravadora e, em 1997, com a ajuda de Bobby Braddock, assinou o seu primeiro contrato com a Sony Music.
Em 2001, o seu single “Austin” teve grande êxito, permanecendo cinco semanas em 1º lugar na classificação da Billboard Hot Country Songs. O seu primeiro álbum recebeu um Disco de Ouro, com duas canções que atingiram o Top20.  
Em Novembro de 2003, após um longo namoro, casou-se com Kaynette Gern. Separaram-se em 2006.
Em 2005, Shelton conheceu a cantora country Miranda Lambert, no Greatest Duets Concert. Em Maio de 2010, após quatro anos de relacionamento, pediu a aprovação e a bênção do pai de Miranda. Acabaram por se casar em Maio do ano seguinte, em Boerne, no Texas.
Em Janeiro de 2012, faleceu-lhe o pai, aos 71 anos.  Juntamente com Miranda, fez a música “Over You”, que recebeu inúmeros prémios, incluindo o de Música do Ano de 2012. Também foi premiada com o Single e Música do Ano, pela Academy of Country Music Awards, em 2013.
Em Julho de 2015, Shelton e Miranda anunciaram o divórcio. Fizeram uma nota a imprensa pedindo privacidade e respeito pelo difícil momento nas suas vidas pessoais.
Em Novembro de 2015, durante as gravações do “The Voice USA”, conheceu Gwen Stefani e vivem juntos desde então.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

17 DE JUNHO - VIOLETA ARRAES


EFEMÉRIDE - Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau, socióloga, psicanalista e activista política brasileira, morreu no Rio de Janeiro em 17 de Junho de 2008. Nascera em Araripe, Ceará, no dia 5 de Maio de 1926.
Era a mais nova de uma prole de sete filhos de um agricultor, pecuarista e industrial. Graduou-se em Sociologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Foi uma das figuras mais actuantes nos meios académicos da sua geração, sendo líder nacional da Juventude Universitária Católica, entre 1948 e 1951.
Violeta Arraes teve uma vida marcada pela acção cultural e política. Estagiou durante um ano em França, no Centro Internacional de Economia e Humanismo, dirigido pelo padre Lebret, onde conheceu o economista e militante socialista Pierre Maurice Gervaiseau, com quem se casou no Recife, em 1951, tendo tido três filhos.
De 1958 a 1964, residiu no Recife, onde participou nos movimentos de educação de base. Foi colaboradora de Dom Hélder Câmara, como militante do Secretariado Nacional da Acção Católica, e uma das iniciadoras do Movimento de Cultura Popular, juntamente com o pedagogo Paulo Freire. Estava também ligada ao Cinema Novo e ao mundo artístico e literário pernambucano. Nesse período, juntamente com o marido, cooperante francês na SUDENE, colaborou na acção política do seu irmão, o então governador de Pernambuco, Miguel Arraes, deposto e preso em Abril de 1964, durante o golpe militar.
Presa, juntamente com o marido, quando chegava ao Arcebispado para visitar D. Hélder Câmara, no seu primeiro dia de bispo de Recife e Olinda, foi expulsa do país com a família, quatro meses mais tarde.
Em França, onde residiu a partir de 1964, cursou a pós-graduação em Psicologia e actuou como psicoterapeuta, no serviço liderado por Daniel Widlöcher.
O seu apartamento no Bois de Boulogne era um abrigo ecuménico para os perseguidos pela ditadura. Como psicoterapeuta, ajudou muitos brasileiros traumatizados pela tortura, como revelou o historiador Luiz Felipe de Alencastro, professor da Universidade de Paris. Pela sua generosidade no acolhimento aos exilados políticos brasileiros em França, ficou conhecida como a “Rosa de Paris”.
Segundo Aloysio Nunes Ferreira Filho, exilado em França durante onze anos, «Violeta foi a alma da Frente Brasileira de Informações, fundamental para a denúncia dos crimes contra os direitos humanos cometidos pela ditadura. Como estava acima das divisões entre partidos e grupos políticos, conversava com todos, aglutinava todos». A Frente Brasileira de Informações foi articulada com a colaboração de Violeta e do seu irmão, Miguel Arraes.
A sua casa transformou-se numa referência para intelectuais e artistas perseguidos pelos militares. Depois, foi também referência para a divulgação da arte e da cultura brasileiras em França. Violeta ajudou também exilados chilenos, que começavam a chegar a França, após o golpe de Augusto Pinochet, e os movimentos anticolonialistas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
Em 1979, ano da amnistia, regressou ao Brasil, sendo convidada a trabalhar como adida ao Projecto França-Brasil, na embaixada brasileira em Paris. De 1984 a 1986, Violeta dedicou-se a elaborar e desenvolver o projecto, realizando vários eventos significativos, destacando-se a Exposição de Arte Popular Brasileira, no Museu de Arte Moderna.
Em 1988, a convite do governador Tasso Jereissati, assumiu a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará.
Em Novembro de 1996, foi nomeada reitora da Universidade Regional do Cariri, cargo que exerceu entre Março de 1997 e Junho de 2003.
Juntamente com o marido, criou a Fundação Araripe, para preservar a vegetação da Chapada do Araripe, uma vasta área que abriga a primeira Floresta Nacional do Brasil, situada entre os estados do Ceará, Piauí e Pernambuco.
Nos seus últimos anos de vida, Violeta morou no Rio de Janeiro e lutou contra um cancro que a vitimou.

terça-feira, 16 de junho de 2020

BLAKE SHELTON - "Home" (Official Music Video)

16 DE JUNHO - PHILO McCULLOUGH


EFEMÉRIDE - Philo McCullough, actor de cinema norte-americano, nasceu em San Bernardino no dia 16 de Junho de 1893. Morreu em Burbank, em 5 de Junho de 1981.
Começou a sua carreira na era do cinema mudo, alcançou o cinema sonoro e protagonizou, no total, 407 filmes, entre 1914 e 1969.
Philo McCullough iniciou-se no cinema, contratado pela Selig Polyscope Company, em 1914, e o seu primeiro filme foi “Unto the Third and Fourth Generation”.
Inicialmente, desempenhou papéis de comédia leve. Em 1921, fez uma breve incursão na realização, em “Maid of the West”.
Os filmes sonoros fizeram diminuir as suas actuações. Apareceu como Assistant Exhausted Ruler em “Sons of the Desert” (1933), ao lado de Laurel e Hardy, e como Senador Albert no filme de Frank Capra “Mr. Smith Goes to Washington” (1939).  
Um dos seus papéis importantes na década de 1930 foi o de vilão principal na série “Tarzan the Fearless” (1933).
McCullough permaneceu activo até 1969, em muitos papéis não-creditados. Actuou então, ao lado de vários outros veteranos do cinema mudo, em “They Shoot Horses, Don’t They?”, que foi o seu último filme.
Philo McCullough foi casado com a actriz Laura Anson de 1912 até 1968, ano da morte dela. Faleceu aos 87 anos.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

15 DE JUNHO - HARRY LANGDON


EFEMÉRIDE - Harry Philmore Langdon, actor, produtor e guionista norte-americano, nasceu em Council Bluffs, no l'Iowa, em 15 de Junho de 1884. Morreu em Hollywood no dia 22 de Dezembro de 1944. Filho de um oficial, Harry subiu ao palco de um musical, aos dez anos de idade.
Fez inúmeras tournées, em circos e grupos de teatro burlesco. Em 1903, escreveu um número cómico intitulado “Johnny e a sua mova viatura”, que lhe fez viver razoavelmente durante perto de 20 anos, até ao dia em que encontrou Mack Sennett. Este adaptou o seu número ao cinema, o que teve grande sucesso.
Depois de inúmeras actuações em curtas-metragens mudas, fundou - em 1936 - a sua empresa de produção. Neste mesmo ano, conheceu Harry Edwards e Frank Capra, que o fizeram entrar em três filmes, que lhe valem ser considerado, em 1927, como uma das maiores vedetas de Hollywood. O sucesso, porém, foi de curta duração. Dedicou-se então a escrever, dirigir e interpretar os seus filmes, a exemplo de Chaplin. A experiência, porém, não lhe foi rentável. 
Actuou, entre 1903 e 1944, em mais de 95 filmes. Os seus filmes mais conhecidos são “The Strong Man” (1926) e “Tramp, Tramp, Tramp” (1926), ambos dirigidos por Frank Capra. Foi um grande parceiro de Oliver Hardy.
Harry Langdon faleceu aos 60 anos, vítima de hemorragia cerebral. O seu túmulo está localizado no Grand View Memorial Park, em Los Angeles.

domingo, 14 de junho de 2020

14 DE JUNHO - DAVID BUTLER


EFEMÉRIDE - David W. Butler, actor, guionista, realizador e produtor norte-americano, morreu em Arcadia, na Califórnia, em 14 de Junho de 1979. Nascera em São Francisco no dia 17 de Dezembro de 1894.
Filho de actores e sobrevivente do terremoto que devastou São Francisco em 1906, Butler entrou no mundo do espectáculo ao actuar na curta-metragem “The Death Lock”, em 1914.
Apareceu em inúmeros filmes de realizadores como D. W. Griffith, Tod Browning, John Ford e King Vidor. A sua estreia como realizador começou com “High School Hero” (1927), ainda no cinema mudo.
Dois anos depois, obteve o seu primeiro grande êxito com “Sonho Que Viveu” (“Sunny Side Up”, 1929), musical estrelado por Janet Gaynor e Charles Farrell. Mostrou também o seu talento nas fantasias “Just Imagine” (1930), “A Connecticut Yankee” (1931) e “Down to Earth” (1932).
Em 1934, a sua carreira teve um forte impulso ao ser apresentado à maior estrela da Fox, Shirley Temple, que na época tinha apenas seis anos de idade. Trabalharam juntos em quatro produções de sucesso: “Bright Eyes” (1934), “The Little Colonel” (1935), “The Littlest Rebel” (1935) e “Captain January” (1936). Butler também a dirigiu no último filme dela, “The Story of Seabiscuit” (1949).
O seu drama de 1938, “Kentucky”, estrelado por Loretta Young, deu a Walter Brennan o segundo dos seus três Oscars de Melhor Actor Coadjuvante.
A trajectória de Butler continuou vitoriosa nos anos 1940, quando dirigiu Bob Hope em vários filmes, entre eles “Caught in the Draft” (1941) e “Road to Morocco” (1942), este também com Bing Crosby. Mais para o fim da década, outra sociedade, agora com Dennis Morgan e Jack Carson, rendeu-lhe bons momentos, principalmente em “It's a Great Feeling” (1949), que já contava com a sua parceira seguinte, Doris Day. Com ela, Butler entraria com o pé direito na década de 1950, ao realizar uma série de comédias musicais como “Tea for Two” (1950) e “Calamity Jane” (1953).
Este último, filme, no entanto, marcou o fim do ciclo dos seus filmes típicos, caracterizados pela alegria, calor humano, leveza e, num outro prisma, pelo grande sucesso nas bilheteiras. Butler ainda teve alguns bons momentos, como “The Command” (1954), faroeste original com Guy Madison e “King Richard and the Crusaders” (1954), aventura na Idade Média com Rex Harrison, mas passou a dedicar-se - cada vez mais - à televisão, onde dirigiu muitas séries, entre as quais “The Deputy”, com Henry Fonda.
David Butler foi também produtor e cenarista. Faleceu na decorrência de um ataque cardíaco, aos 84 anos.

sábado, 13 de junho de 2020

13 DE JUNHO - RICHARD THOMAS


EFEMÉRIDE - Richard Earl Thomas, actor, produtor e realizador norte-americano, nasceu em Nova Iorque no dia 13 de Junho de 1951. É filho de um casal de bailarinos da New York City Ballet, de que eram proprietários.
Thomas iniciou-se cedo na carreira artística, numa peça na Broadway, “Sunrise at Campobello”, em 1958, aos sete anos de idade. Na televisão, estreou-se em 1969, ao lado de Paul Newman.
Na década de 1970, ficou conhecido mundialmente pela sua interpretação do personagem John-Boy, na premiada série de televisão “Os Waltons”, papel que lhe rendeu um Emmy Award de Melhor Actor e do qual se desligou em 1978, para se dedicar a outros projectos de teatro, cinema e TV, onde actua até hoje.
Thomas casou-se duas vezes. Primeiro, com Alma Gonzalez, de quem se divorciou em 1993, e com Georgina Thomas Bischoff, em 1994, com quem teve quatro filhos.
Em 2006, iniciou uma tournée pelos Estados Unidos com a peça “Doze homens em cólera” da escritora Reginald Rose, desempenhando o papel central.
Em 2008, deu voz às campanhas publicitárias da Mercedes-Benz. No mesmo ano, fez também publicidade para a cadeia de restaurantes Zaxby's.
Em 2009/2010, Richard Thomas fez parte do elenco de “Broadway in Race”, uma peça de David Mamet. Em 2017, recebeu o Tony Award de Melhor Actor.
Durante a sua longa carreira, já protagonizou 18 filmes, 54 telefilmes, 28 séries televisivas, um sem número de peças de teatro e fez ainda alguns trabalhos de produção e realização.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

12 DE JUNHO - WILLIAM ABBOT


EFEMÉRIDE - William Abbot, actor e dramaturgo inglês, nasceu em Chelsea, Londres, no dia 12 de Junho de 1790. Morreu em Baltimore, em 1 de Junho de 1843.
Abbot fez a sua primeira aparição nos palcos em Bath, Somerset, em 1806, com apenas 16 anos de idade. Permaneceu como integrante da companhia teatral de Bath, durante algumas temporadas. Apenas numa noite, apresentou no Haymarket Theatre, no Verão de 1808, por ocasião do acto de caridade em prol de Charles Young, actor de tragédias, voltando depois para Bath. Reapareceu no Haymarket em 1810 e foi contratado pela primeira vez para o Covent Garden, em 1812.
Abbot foi um artista de comédias leves e de tragédias juvenis, mas participou também em melodramas que estavam então em voga. Fez o papel de Lotário na primeira produção de “The Miller and his Men”, um melodrama romântico baseado na peça de Isaac Pocock (1762/1835).
Durante vários anos, continuou a ser um integrante da companhia do Covent Garden. Foi Pilades juntamente com William Macready, que interpretava Orestes, na peça “Distressed Mother” de Ambrose Philips, quando Macready fez a sua primeira aparição naquele teatro (1816).
Representou Ápio Cláudio em “Virginius” (1820) de James Sheridan Knowles e Modus no seu “Hunchback” (1832). Os críticos aplaudiram o espírito da sua actuação e o seu «senso agudo de exactidão da ênfase».
Em 1827, foi contratado, com um salário semanal de vinte napoleões, como director de cena da companhia inglesa em visita a Paris, com Harriet Smithson como protagonista. Ele fez o papel de Charles Surface na peça “The School for Scandal”, de Richard Brinsley Sheridan, entre outras participações, mas a peça foi pouco apreciada na Salle Favart.
Com a temporada encerrada em Paris, Abbot, e outros actores da companhia, tentaram realizar apresentações em algumas das principais cidades de França, mas a experiência foi totalmente um fracasso e a companhia dissolveu-se. Os actores ingleses, já passando por necessidades, resolveram voltar para casa, o mais rápido possível.
No seu regresso a Londres, em 1830, Abbot interpretou “Romeu e Fanny Kemble”, que fazia a sua primeira apresentação no Covent Garden.  
Abbot foi autor de dois melodramas: “Youthful Days of Frederick the Great” e “Swedish Patriotism, or the Signal Fire”, produzidos no Covent Garden, respectivamente em 1817 e 1819.
William Abbot deixou a Inglaterra para tentar a sorte na América. Morreu na pobreza em Baltimore, Maryland, aos 52 anos.

quinta-feira, 11 de junho de 2020

11 DE JUNHO - JACKIE STEWART


EFEMÉRIDE - Jackie Stewart, de seu verdadeiro nome John Young Stewart, ex-automobilista escocês, nasceu em Milton, West Dunbartonshire, no dia 11 de Junho de 1939.
É tricampeão mundial de Fórmula 1 e considerado um dos maiores pilotos da história do automobilismo mundial. Stewart correu também nas 24 Horas de Le Mans de 1965, nas 500 Milhas de Indianápolis de 1966 e 1967 e competiu na Can-Am em 1971 e 1972.
Stewart começou a sua carreira na F1, correndo pela BRM de 1965 a 1967; depois, foi para a estreante Matra, em 1968. No ano seguinte, conquistou o seu primeiro título mundial.
Em 1970, foi para a Tyrrell, onde conquistou mais dois títulos mundiais, em 1971 e 1973.
Teve 27 vitórias na Fórmula 1. Este era o melhor registo da categoria, até que - em 1987 - o francês Alain Prost venceu o Grande Prémio de Portugal e ultrapassou a marca do escocês.
Foi um dos pilotos a exigir mais segurança na Fórmula 1. Tudo começou num gravíssimo acidente que ele sofreu em 1966, na pista belga de Spa-Francorchamps. Uma tempestade atingiu o circuito e deixou seco unicamente o grid de largada. Na rápida Masta Straight, a BRM de Stewart girou, caiu numa vala e ele ficou preso no carro, com o macacão encharcado de gasolina, enquanto Graham Hill e Bondurant tentavam desaparafusar o volante para poderem retirar Stewart de dentro do monobloco avariado.
A partir daí, disse que não correria mais na equipa se não tivesse segurança no seu carro. Foi ele que idealizou o capacete que cobre toda a cabeça dos pilotos e o macacão anti chamas. Chegou a ser ridicularizado por aqueles que achavam que as competições deviam ter grandes riscos. Ficou inclusivamente conhecido como o «homem vacilante».
Sete anos depois, em 1973, durante os treinos de classificação no circuito de Patins Glena, disputando o Grande Prémio dos Estados Unidos, ocorreu um facto que levaria Jackie Stewart a abandonar as competições. O seu parceiro da Tyrrell na época, o piloto francês François Cevert sofreu um grave acidente. O carro saiu da pista, bateu no guard rail do lado direito e ricocheteou em direcção ao guard rail do lado esquerdo, virando-se de rodas para o ar e arrastando-se pela ‘lâmina’ de metal durante mais de cem metros. Cevert foi literalmente degolado e teve morte instantânea. Chocado com a morte de François Cevert, Jackie Stewart decidiu abandonar de forma definitiva a Fórmula 1.
O ex-Beatle George Harrison, amigo pessoal de Jackie, compôs a canção “Faster” e dedicou-a a Jackie Stewart, Niki Lauda, Jody Schekter e restantes pilotos da Fórmula 1 da época. No entanto, a canção serviu, essencialmente, para homenagear o piloto sueco Ronnie Petterson que morreu em pista.
Em 1997, Jackie fundou a sua equipa, a Stewart. Os melhores resultados da nova equipa foram a vitória de Johnny Herbert no Grande Prémio da Europa, disputado no circuito de Nürburgring, em Setembro de 1999, e a pole conquistada por Rubens Barrichello no Grande Prémio da França no mesmo ano. Nesse ano, a equipa alcançou a melhor classificação no mundial de construtores, o 4° lugar. No final de 1999, atolado em dívidas, Jackie vendeu a sua equipa à Jaguar.
Jackie Stewart ainda é lembrado e celebrado pelas suas conquistas na Fórmula 1. Completa hoje 81 anos de idade.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

10 DE JUNHO - JOE DEPIETRO


EFEMÉRIDE - Joseph “Joe” Nicholas DePietro, halterofilista norte-americano, nasceu em Paterson no dia 10 de Junho de 1914. Morreu em Fair Lawn, Nova Jérsei, em 19 de Março de 1999.
Joe DePietro venceu o Campeonato Mundial de 1947 (Filadélfia) e os Jogos Olímpicos de 1948 (Londres). Ganhou ainda a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1951, e foi nove vezes Campeão Nacional Americano.
Ele terminou no terceiro lugar no Campeonato Mundial de 1949 (Scheveningen), na categoria de ‘até 56 kg’.
Joseph DePietro faleceu aos 84 anos.

terça-feira, 9 de junho de 2020

9 DE JUNHO - JOÃO ELIAS


EFEMÉRIDE - Antônio João Elias de Oliveira, radialista, jornalista, artista plástico, actor, escritor e humorista brasileiro, morreu em Catanduva no dia 9 de Junho de 2017. Nascera na mesma localidade em 23 de Novembro de 1944.
O seu personagem mais conhecido é Salim Muchiba, que interpretou em programas como “Escolinha do Professor Raimundo” e “Escolinha do Barulho”. Em “Escolinha do Gugu”, interpretou o caipira Zé Bento.
Como humorista, começou a carreira na Rádio Difusora de Catanduva, em 1958. Um ano depois, participou no III Salão de Pinturas de Catanduva. Aos vinte anos, foi levado por Adoniram Barbosa para a TV Record, onde interpretou o personagem Zé Vitrola, no programa “Papai Sabe Nada”.
Como escritor, lançou a sua primeira obra em 1966, quarenta páginas com dezassete poemas.
Em 2013, foi homenageado pela Câmara Municipal de Catanduva pelo Dia do Comediante. No mesmo ano, lançou o livro “Tonico e Jesuíno – casos de um, piadas do outro”.
João Elias sofreu um acidente vascular cerebral no início de Março de 2017 e permaneceu internado desde então. Passou por uma cirurgia nas carótidas e não teve a recuperação desejável. De acordo com os familiares, o humorista chegou a ir para o quarto, mas teve uma recaída, falecendo dias depois, aos 72 anos, de pneumonia e choque séptico.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

8 DE JUNHO - ROBERT PRESTON


EFEMÉRIDE - Robert Preston Meservey, actor e cantor norte-americano, nasceu em Newton no dia 8 de Junho de 1918. Morreu em Montecito, em 21 de Março de 1987.
Celebrizou-se pelo seu papel de professor Harold Hill, no musical “The Music Man”, de 1957, e na sua adaptação para o cinema em 1962. Por ele, Robert Preston recebeu as suas primeiras duas nomeações para os Globos de Ouro. Foi nomeado igualmente para o Oscar de Melhor Actor Coadjuvante pelo seu papel em “Victor/Victoria” (1982).
Era filho de um funcionário da American Express. Depois de terminar o ensino médio em Los Angeles, na Abraham Lincoln High School, foi para a Pasadena Playhouse, estudar drama e actuação.
Após o ataque à base norte-americana de Pearl Harbor e com a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, Robert alistou-se na Força Aérea e serviu como agente da Inteligência no 9º Agrupamento Aéreo, com a patente de capitão do 386º Grupo de Bombardeio, com base em Sint-Truiden, na Bélgica. A sua função era receber relatórios da Inteligência, repassá-los ao quartel-general do 9º Agrupamento e actualizar as equipas de bombardeamento a respeito das suas missões.
Em 1940, casou-se com a também actriz Catherine Craig, com quem ficou casado até ao fim da vida.
Quando começou a fazer filmes, um executivo de estúdio pediu que ele deixasse de usar o segundo apelido da família, fixando assim o seu nome artístico. Fez vários filmes de estilo western, musicais e policiais.
O seu primeiro papel foi em “King of Alcatraz”, em 1938, pela Paramount. Participou em comédias e filmes de aventura de grande bilheteira, como “Beau Geste” em 1939; “North West Mounted Police” de 1940; “A Conquista do Oeste” de 1963; “S.O.B.” de 1981; “Victor/Victoria” de 1982, o seu maior sucesso; e “The Last Starfighter” (1984), o seu último papel em cinema.
Apesar de não ser conhecido como cantor, Robert actuou em diversas peças e musicais. O seu último papel na televisão foi no filme “Outrage!”, em 1986.
Faleceu aos 68 anos, vítima de cancro de pulmão.

domingo, 7 de junho de 2020

7 DE JUNHO - EMÍLIA DE SOUSA COSTA


EFEMÉRIDE - Emília da Piedade Teixeira Lopes de Sousa Costa, escritora e activista do feminismo, considerada pioneira da literatura infantil em língua portuguesa, morreu no Porto em 7 de Junho de 1959.  Nascera em Almacave, Lamego, no dia 15 de Dezembro de 1877.  
Em 5 de Outubro de 1904, com vinte e seis anos, casou na sua freguesia natal com o magistrado e escritor Alberto Mário de Sousa e Costa, autor dos “Grandes dramas judiciários” e de muitas outras obras. 
Emília de Sousa Costa foi defensora da educação feminina e uma das fundadoras da Caixa de Auxílio a Raparigas Estudantes Pobres. Foi professora na Tutoria Central de Lisboa, uma instituição vocacionada para a assistência a crianças delinquentes ou abandonadas, e pertenceu ao conselho central da Federação Nacional dos Amigos das Crianças
Como escritora, Emília de Sousa Costa dedicou-se principalmente à escrita de livros infantis. Escreveu também contos e novelas com índole mais diversificada e para públicos adultos. 
Em 1925, publicou o seu único diário de viagem, intitulado “Como eu vi o Brasil”. Este livro remete-nos para a viagem que a escritora fez ao Brasil, em 1923, cujo itinerário passou por Lisboa, Madeira e Cabo Verde, chegando finalmente ao Brasil. Ainda que horrorizada pela pobreza e pelas maleitas que assolavam Cabo Verde, Emília de Sousa Costa não deixa de se maravilhar com as paisagens brasileiras e, sobretudo, com a madeirense: «Surge enfim a Madeira, maravilhoso retalho do Éden, que os nossos olhos ávidos espreitam num embevecimento de admiração». 
Em 1933, publicou a novela “Quem tiver filhas no mundo...”, que incluía também vários contos. 
Em 1935, publicou um livro de contos de cariz histórico, intitulado “Lendas de Portugal”. A obra inclui um conjunto de vinte e seis curtos contos sobre lendas e narrativas portuguesas. 
Em 1947, publicou a obra “No reino do Sol”, em colaboração com Ofélia Marques. 
Emília de Sousa Costa foi uma grande divulgadora da obra dos irmãos Grimm (Jacob Grimm e Wilhelm Grimm) através da adaptação de muitos dos seus contos no idioma português. 
Nos seus últimos anos, Emília Sousa Costa e o marido viveram na casa conhecida por Conventinho de Contumil, onde faleceu aos oitenta e um anos de idade. 
Em 5 de Outubro de 2010, na comemoração do centenário da República Portuguesa, foram emitidos selos postais em homenagem a mulheres que, nos princípios do século XX, pelos seus escritos e acções, deram grandes contribuições sociais, culturais ou políticas para a defesa dos direitos das mulheres. Um dos selos foi dedicado à escritora Emília de Sousa Costa e à jornalista Virgínia Quaresma (1882/1973).

sábado, 6 de junho de 2020

6 DE JUNHO - PAUL GIAMATTI


EFEMÉRIDE - Paul Edward Valentine Giamatti, actor norte-americano, nasceu em New Haven (Connecticut) no dia 6 de Junho de 1967
Paul Giamatti é filho de A. Barllet Giamatti, que foi professor da Universidade de Yale e, depois, chegou a director da universidade e foi comissário da Liga Principal de Basquetebol, sendo também professora da Hopkins School
Paul estudou no Instituto Hhumberside Collegiate. Foi mestre de artes na Yale School of Drama. Começou a sua carreira na década de 1990. Casou-se com Elizabeth Cohen, em 1997. Têm um filho, nascido em 2001.
Começou por protagonizar papéis secundários de filmes importantes, nomeadamente em “Negociador” (1998), contracenando com Kevin Spacey e Samuel L. Jackson. De salientar também: “É preciso salvar o soldado Ryan” de Steven Spielberg (1998); “The Truman Show” (1998) com Jim Carrey, Ed Harris e Laura Linney; e “Man on the Moon” de Miloš Forman, em 1999. 
Mas se obteve o seu primeiro papel importante com “Duos de um dia”, foi somente com “Sídeas” que obteve a consagração. 
Em 2007, foi cabeça de cartaz de vários filmes de sucesso. No ano seguinte, foi recompensado com o Emmy Award, pela sua interpretação numa mini-série de John Adams.  Em 2013, fez “Twelve Years a Slave” de Steve McQueen. 
Entre várias nomeações e outros prémios, conquistou dois Globos de Ouro de Melhor Actor em 2009 e 2011.

sexta-feira, 5 de junho de 2020

5 DE JUNHO - HÉLDER PROENÇA


EFEMÉRIDE - Hélder Proença, escritor, professor e político da Guiné-Bissau, morreu em Bissau no dia 5 de Junho de 2009. Nascera, também em Bissau, em 1956.  Lutou na guerra da independência, na década de 1970.
Desde a adolescência que escrevia poemas, naquele tempo sobretudo sobre a temática anticolonialista, que resultou na publicação, em 1977, da primeira antologia poética guineense, sob a sua coordenação, entre outros, e que também prefaciou.
Não concluiu os estudos, havendo participado nas lutas pela independência do país. Mais tarde, completou a formação no Rio de Janeiro, integrando os quadros do Ministério da Cultura do seu país e principiando o magistério em História. Havia, antes, sido o responsável pela educação, em Bolama.
Na política, foi deputado na Assembleia Nacional Popular e membro do Comité Central do PAIGC. Ocupou, também, o cargo de ministro da Defesa
Como escritor, publicou em vários periódicos, como “Raízes” (de Cabo-Verde) e “África” (Portugal), e nos panfletários “Libertação” e “O Militante”, ligados ao PAIGC. Em 1982, publicou o livro “Não posso adiar a palavra”, que reuniu os seus versos dos tempos da guerrilha. 
A morte de Proença foi confirmada pelo ministro da Defesa guineense, horas depois do anúncio do seu assassinato por tropas leais do candidato a presidente Baciro Dabó.  Segundo a versão oficial, Proença seria instigador de um golpe de estado e morrera no seu carro, junto ao motorista e a um segurança, após troca de tiros com os soldados que iam prendê-lo. 

quinta-feira, 4 de junho de 2020

4 DE JUNHO - LANE CHANDLER


EFEMÉRIDE - Lane Chandler, actor de cinema norte-americano, que iniciou a sua carreira na era do cinema mudo, actuando também na era sonora e na televisão, nasceu em Culbertson no dia 4 de Junho de 1899. Morreu em Los Angeles, em 14 de Setembro de 1972. 
Especializado em westerns, trabalhou em 389 filmes, entre 1921 e 1971. O seu verdadeiro nome era Robert Chandler Oakes. Era filho de um criador de cavalos. Ainda era criança, quando a família se mudou para Helena, Montana, onde ele estudou. Frequentou o Montana Wesleyan College e, mais tarde, passou a fazer parte do Rocky Mountain College, mas saiu para ir conduzir um autocarro de turismo, no Yellowstone National Park
No início dos anos 1920, mudou-se para Los Angeles e começou a trabalhar como mecânico. Mediante as suas experiências de vida, crescendo num rancho de cavalos, começou a actuar em pequenos papéis de westerns em 1925, pela Paramount Pictures
Os executivos do estúdio sugeriram a mudança de nome para Lane Chandler e actuou ao lado de estrelas da época, como Clara Bow, Greta Garbo, Betty Bronson e Esther Ralston. A sua primeira actuação, ainda como extra, tinha sido em “The Idle Class”, de Charles Chaplin, em 1921, mas o seu primeiro papel creditado foi em “Open Range”, de 1927, ao lado de Betty Bronson. 
Durante a era muda, teve papéis importantes. Porém, com a chegada do cinema sonoro, começou a trabalhar mais em papéis coadjuvantes, como em “The Great Mike”, de 1944. Com o advento da televisão, actuou em várias séries, tais como “The Lone Ranger”, “The Adventures of Wild Bill Hickok”, “Lawman”, “Have Gun - Will Travel”, “Rawhide”, “Maverick”, “Cheyenne” e “Gunsmoke”. Continuou a actuar na TV e nos filmes durante 1966, até se aposentar confortavelmente, devido a sua participação em trabalhos de publicidade. 
O seu último filme foi “One More Train to Rob”, lançado em Junho de 1971, em que fez um pequeno papel não creditado. 
Faleceu vítima de doença cardiovascular, aos 73 anos.

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