sexta-feira, 31 de julho de 2020

31 DE JULHO - FRANCISCO JOSÉ


EFEMÉRIDE - Francisco José Galopim de Carvalho, cantor português, morreu em Lisboa no dia 31 de Julho de 1988. Nascera em Évora, em 16 de Agosto de 1924.  
Iniciou a sua carreira, ainda no liceu, cantando no Teatro Garcia de Resende. Profissionalizou-se aos 24 anos de idade, tendo interrompido o curso de engenharia, quando estava no 3º ano.
Quando começou a cantar, já finalista do curso, foi inscrito por colegas num programa de rádio que existia na altura, de Igrejas Caeiro. Foi a rampa de lançamento.
Teve grandes sucessos, como a balada romântica “Olhos Castanhos”, lançada em 1961. Em 1973, voltou a ter um enorme êxito com “Guitarra Toca Baixinho”. Em 1983, lançou o single “As Crianças Não Querem a Guerra”.
Veio a ser professor universitário, cargo que desempenhava na altura da sua morte. Era irmão do famoso geólogo Galopim de Carvalho, conhecido pela actuação em defesa dos vestígios (icnofósseis) de dinossáurios.
Francisco José, ao longo da sua carreira artística, lançou cerca de sessenta discos.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

30 DE JULHO - DAVID SANBORN


EFEMÉRIDE - David Sanborn, saxofonista norte-americano, nasceu em Tampa no dia 30 de Julho de 1945. Vencedor de seis prémios Grammy e um dos campeões mundiais de vendas neste género instrumental, com cerca de sete milhões de cópias, David já acompanhou - desde o final dos anos 1960 - artistas como Albert King, David Bowie, Eric Clapton, James Brown, James Taylor, Stevie Wonder e o grupo The Eagles, e Djavan, entre muitos outros.
Sanborn cresceu em Kirkwood, no Missouri. Sofria de poliomielite na sua juventude e começou a tocar saxofone devido a um conselho médico, para reforçar os músculos enfraquecidos do peito e melhorar a respiração.
Sanborn já tocava com os músicos de blues Albert King e Little Milton, com a idade de 14 anos, e continuou a tocar blues quando ingressou na Paul Butterfield’s band em 1967. Uma das primeiras aparições de Sanborn como convidado foi no álbum de David Bowie “Young Americans”.
Embora Sanborn esteja mais associado ao smooth jazz, ele explorou os horizontes do free jazz na sua juventude, estudando com Roscoe Mitchell e Julius Hemphill.
Na televisão, Sanborn é conhecido pelo seu saxofone a solo, na música-tema para o sucesso do canal NBC L.A.,Law”. Teve também algumas participações em filmes, como “Máquina Mortífera” e “Os Fantasmas Contra-atacam”. Em 1991, gravou “Another Hand”, que o “All Music Guide to Jazz” descreveu como um «regresso de Sanborn ao seu real e verdadeiro amor - um sem adorno (ou apenas parcialmente adornado) de jazz», que «balanceia as escalas», com o seu material de smotth jazz. No álbum produzido por Hal Willner, participaram músicos de fora do cenário do smooth jazz, como Charlie Haden, Jack DeJohnette, Bill Frisell, e Marc Ribot.
Em 1995, Sanborn participou em “A Celebration: The Music of Pete Townshend and The Who”. O evento, produzido por Roger Daltrey, da banda inglesa de rock The Who, consistiu em duas noites de concertos no Carnegie Hall, em comemoração do seu quinquagésimo aniversário. Em 1995, um CD e um vídeo VHS foram lançados e, em 1998, foi lançado um DVD.
Em 1995, participou no “The Wizard of Oz in Concert: Dreams Come True”, uma execução musical da popular história, no Lincoln Center, para beneficiar um fundo de ajuda a crianças, o Children’s Defense Fund. A performance foi originalmente transmitida na Turner Network Television e, depois, publicada em CD e vídeo (1996).
Sanborn trabalhou tanto na rádio como na televisão. Em finais dos anos 1980, foi convidado para ser membro regular da banda de Paul Shaffer, no programa de entrevistas “Late Night with David Letterman”. A partir de 1988/89, co-organizou, com Jools Holland, um programa musical na NBC. O programa, “Night Music”, seguindo uma abordagem ecléctica do produtor Hal Willner, apresentou Sanborn junto a muitos músicos famosos. Durante os anos 1980 e 1990, Sanborn organizou um programa de rádio, o “The Jazz Show with David Sanborn”.
Em 2004, ganhou uma estrela na Calçada da Fama em St. Louis. Sanborn fez uma tournée pelo Japão, tocando na cadeia de restaurantes Blue Note, em Nagoya, Osaka e Tóquio.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

FRANCISCO JOSÉ - "Olhos castanhos"

29 DE JULHO - MUSSUM


EFEMÉRIDE - Mussum, de seu nome António Carlos Bernardes Gomes, humorista, actor, músico, cantor e compositor brasileiro, morreu em São Paulo no dia 29 de Julho de 1994. Nascera no Rio de Janeiro em 7 de Abril de 1941.
Na indústria musical, integrou o grupo de samba Os Originais do Samba, em meados da década de 1960. Como humorista, fez parte do célebre quarteto Os Trapalhões, tendo sido o 3° mais antigo integrante da trupe e o segundo a falecer (quatro anos depois do Zacarias).
Filho de uma empregada doméstica, Mussum focalizou-se nos estudos, repassando os ensinamentos para sua mãe, concluindo o ensino primário em 1954. Não desejando interromper a sua educação, ingressou na Fundação Abrigo Cristo Redentor.
No Instituto Profissional Getúlio Vargas, uma das instituições pertencentes à Fundação Abrigo Cristo Redentor, Mussum foi aprovado numa prova selectiva para o programa “Nutrição Boa”. Em 1957, obteve o diploma de ajustador mecânico, junto com uma recomendação de trabalho. O recém-formado começou a trabalhar como aprendiz numa oficina na Zona Norte do Rio de Janeiro. Serviu na Força Aérea Brasileira durante oito anos, ao mesmo tempo que aproveitava para participar na Caravana Cultural de Música Brasileira de Carlos Machado. Mussum iniciou a sua carreira artística tocando reco-reco no grupo Os Modernos do Samba.
Fundou depois o grupo Os Sete Modernos, posteriormente chamado Os Originais do Samba. Com este grupo, gravou no total 13 álbuns e obteve vários sucessos. As coreografias e roupas coloridas tornaram-nos muito populares na televisão, nos anos 1970, tendo o grupo actuado em diversos países. Antes, nos anos 1960, foi convidado a participar num show de televisão, como humorista. De início, recusou o convite, justificando-se com a afirmação de que pintar a cara, como é costume dos actores, não era coisa de homem… Finalmente, estreou-se no programa humorístico “Bairro Feliz” (TV Globo, 1965). Consta que foi nos bastidores deste show que Grande Otelo lhe deu a alcunha de ‘Mussum’, que tem por origem, um peixe teleósteo sul-americano: - como o peixe, Mussum era escorregadio e liso, já que conseguia facilmente sair de situações estranhas.
Mussum participou, com Os Originais do Samba, num show realizado no Teatro Bela Vista, em São Paulo, ao lado de Baden Powell e Márcia. A gravação do show foi lançada em LP pela Philips, em 1968.
Em 1978, lançou o seu primeiro disco a solo “Água benta”. Em 1980 e 1983, foram lançados pela RCA Victor, dois LP intitulados “Mussum”. Também pela RCA Victor, lançou em 1981 um single e um compacto e, em 1982, um single com as músicas “O amigo da criança” e “Camisa 10”.
Em 1983, lançou, com a etiqueta EMI-Odeon, um compacto simples com Dedé Santana e Zacarias, que incluiu as faixas “Todo mundo deve ser mais criança” e “Vamos à luta”. Em 1987, lançou mais um LP intitulado “Mussum”.
Em 2014, foi lançada a biografia “Mussum forévis – Samba, mé e Trapalhões”, escrita pelo jornalista Juliano Barreto, para a editora Leya.
Mussum começara na TV em 1966, quando trabalhou em vários musicais da TV Globo e Excelsior, e onde conheceu Dedé Santana.
Em 1969, o director de Os Trapalhões, Wilton Franco, viu-o numa apresentação de cabaret com o seu conjunto musical e convidou-o para integrar o grupo humorístico, na época a actuar na TV Excelsior. Recusou. Entretanto, o amigo Dedé Santana conseguiu convencê-lo e Mussum passou a integrar a trupe em 1972. Antes de entrar para o grupo, porém, Mussum trabalhou na “Escolinha do Professor Raimundo”, com Chico Anysio.
Só quando Os Trapalhões já estavam na TV Globo e o sucesso o impedia de cumprir outros compromissos, é que Mussum deixou os Originais do Samba. Mas não se afastou da indústria musical, tendo gravado discos com Os Trapalhões e até três álbuns a solo dedicados ao samba.
Uma das suas paixões era a escola de samba Estação Primeira de Mangueira: todos os anos, a sua figura pontificava durante os desfiles da escola, no meio da Ala de baianas, da qual era director de harmonia.
Durante o casamento de um amigo em Riachuelo, no Grande Méier, conheceu a sua futura esposa, Leny Castro dos Santos, moça da Mangueira, com quem foi casado de 1965 a 1969. O seu segundo casamento foi com Neila da Costa Bernardes Gomes, que conheceu em 1972 e com quem permaneceu até ao fim da vida. Teve um filho de cada casamento.
Mussum, dedicou-se também às causas sociais:  - a favor dos portadores de deficiência visual, promovendo a doação de córneas em 1981, durante o especial “Os Trapalhões - 15 anos”;  a favor dos desabrigados da seca do Nordeste, de 1983 até 1985,  nos especiais “SOS Nordeste”; e também, a favor das crianças e dos adolescentes em todo o Brasil, promovendo o lançamento do show “Criança Esperança” em Dezembro de 1986, durante o especial “20 Anos Trapalhões - Criança Esperança”.
Mussum foi considerado, por muitos, o mais engraçado dos Trapalhões. No programa, popularizou um modo peculiar de falar. A personagem que vivia no programa Os Trapalhões tinha, como característica principal, o consumo constante de bebidas alcoólicas, em especial a cachaça.
Mussum faleceu aos 53 anos, vítima de complicações ocorridas após um transplante de coração. Foi sepultado no Cemitério Congonhas, em São Paulo. A escola de samba Mangueira decretou luto e relembrou que o humorista tocava samba com as crianças da Mangueira do Amanhã, nos seus dias de folga.
Nos anos 1970 e 1980, Mussum era um dos poucos artistas negros na TV brasileira. O humorista nunca foi esquecido pelo grande público que conquistou, permanecendo, até hoje, muito vivo e presente na memória dos seus admiradores, principalmente no Rio de Janeiro, tendo sido lembrado numa série de t-shirts lançadas na cidade com a imagem estilizada de Mussum e a inscrição «Mussum Forévis».

terça-feira, 28 de julho de 2020

28 DE JULHO - SILVINA OCAMPO


EFEMÉRIDE - Silvina Inocência Ocampo, escritora argentina, nasceu em Buenos Aires no dia 28 de Julho de 1903. Morreu na mesma cidade em 14 de Dezembro de 1993.  
O seu primeiro livro foi “Viaje olvidado” (1937) e o último “Las repeticiones”, publicado postumamente em 2006.
Durante grande parte da vida, a sua figura foi ofuscada pela notoriedade da sua irmã Victoria (directora da revista “Sur”), do seu marido, o escritor Adolfo Bioy Casares, com quem se casou em 1940, e do seu amigo Jorge Luis Borges, mas - com o tempo - a sua obra veio a ser reconhecida e passou a ser considerada uma autora fundamental da literatura argentina do século XX.
Antes de se consolidar como escritora, Silvina Ocampo foi artista plástica. Estudou pintura e desenho em Paris, onde conheceu, em 1920, Fernand Léger e Giorgio de Chirico, pintores já reputados e precursores do surrealismo.
Enveredou definitivamente pela literatura e, durante a sua carreira, recebeu - entre outros - o Prémio Municipal de Literatura em 1954 e o Prémio Nacional de Poesia em 1953 e 1962. Teve várias das suas obras adaptadas ao cinema.
Faleceu no seu domicílio, aos 90 anos de idade. Deixou para a posteridade: 8 livros de contos, 4 antologias, 4 livros infantis, 10 livros de poesia, 3 novelas e uma peça de teatro.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

27 DE JULHO - PIERRE GRANIER-DEFERRE


EFEMÉRIDE - Pierre Granier-Deferre, realizador de cinema francês, nasceu em Paris no dia 27 de Julho de 1927. Morreu na mesma cidade em 16 de Novembro de 2007.
Foi casado (1967/1974) com a actriz britânica Susan Hampshire e era pai do realizador de filmes para televisão Denys Granier-Deferre  e do produtor Christopher Granier-Deferre.
Em 1954, finalizou os estudos no Instituto d Altos Estudos Cinematográficos, dando início à sua carreira.
Entre os seus filmes mais conhecidos, estão “Le chat” e “Adieu Bulle”. Foi nomeado para o Prémio César, em 1982, por “Une étrange affaire” (Melhor Rewalizador e Melhor Guião) e, em 1983, por “L’étoile du Nord” (Melhor Adaptação).
Realizador de formação clássica, Granier-Deferre foi assistente de Marcel Carné e de Jean-Paul Le Chanois. Posteriormente, dirigiu alguns dos mais importantes actores do cinema europeu dos anos 1960 e 1970, como Simone Signoret, Lino Ventura, Jean Gabin, Philippe Noiret, Michel Piccoli, Hanna Schygulla, Charlotte Rampling e Alain Delon.
Granier-Deferre era apaixonado pelos romances policiais ‘cult’ de Georges Simenon, o criador do comissário Maigret, personagem de vários dos seus filmes para a televisão.
Era também conhecido como um realizador que se opunham à chamada Nova Vaga, fazendo filmes de forma tradicional.
Até 2006, realizou mais de quarenta filmes e produções televisivas. Faleceu em 2007, aos 80 anos, depois de ter estado hospitalizado durante várias semanas. Foi sepultado, após cremação, no jazigo da família, no cemitério do Père Lachaise, em Paris.

domingo, 26 de julho de 2020

26 DE JULHO - BLAKE EDWARDS


EFEMÉRIDE - Blake Edwards, de seu verdadeiro nome William Blake Crump, actor, realizador, produtor e cenarista norte-americano, nasceu em Tulsa (Oklahoma) no dia 26 de Julho de 1922. Morreu em Santa Monica (Califórnia), em 15 de Dezembro de 2010.
O pai teria deixado a família antes do seu nascimento. A mãe voltou a casar-se, com o filho de um realizador do cinema mudo. A família mudou-se para Los Angeles em 1925.
Depois do colégio e do liceu em Los Angeles, começou a dedicar-se à representação, durante a Segunda Guerra Mundial. Trabalhou também nos guarda-roupas, período durante o qual se feriu severamente nas costas.
Depois de alguns segundos papéis no cinema, ainda nos anos 1940, Blake Edwards começou a actuar na televisão, enveredando mais tarde pelo cinema.
Ficou conhecido pela realização de diversas comédias de sucesso, das quais se destacam as da série “A Pantera Cor-de-Rosa”, estreladas por Peter Sellers. Outros êxitos foram: “Um convidado bem trapalhão” (também com Peter Sellers), “Uma Mulher de Sonho” e “Victor/Vitoria”, nos quais contou com a participação da sua segunda esposa Julie Andrews, com quem se casoiu em 1969. Dirigiu Bruce Willis, em “Um encontro às escuras”.
O seu conturbado e longo relacionamento profissional com Peter Sellers foi mostrado no filme de 2004, “Vida e Morte de Peter Sellers”.
Edwards faleceu aos 88 anos, após complicações provocadas por uma pneumonia. Em 2004, recebera um Oscar de Honra pelo conjunto da sua obra cinematográfica.

sábado, 25 de julho de 2020

25 DE JULHO - ELIAS CANETTI


EFEMÉRIDE - Elias Jacques Canetti, dramaturgo, romancista e ensaísta de nacionalidade búlgara/britânica, que escrevia em língua alemã, nasceu em Ruse no dia 25 de Julho de 1905. Morreu em Zurique, em 14 de Agosto de 1994. Foi laureado com o Prémio Nobel de Literatura em 1981.
Canetti era o filho mais velho de um casal de comerciantes judeus sefarditas. Passou o seu primeiro ano de vida na Bulgária e na Inglaterra. Teve um irmão que foi produtor musical e outro médico.  
Após a morte prematura do pai, em 1912, a família emigrou para Viena de Áustria. Em 1916, devido ao patriotismo que se instalou na Áustria com a Primeira Guerra Mundial, a mãe, uma irmã e ele mudaram-se para a Suíça, país neutral naquele conflito. Entre 1917 e 1921, frequentou o colégio Realgymnasium Rämibühl, em Zurique. Nesse último ano, partiu com os parentes para a Alemanha, onde concluiu o ensino médio em 1923, em Frankfurt.
A partir de 1924, voltou a viver em Viena. No ano seguinte, preocupou-se pela primeira vez com o fenómeno psicossocial das ‘massas’, tema que pesquisou durante toda a vida. Em 1928, conseguiu, em Berlim, durante o semestre de férias, um trabalho como tradutor para a editora Malik-Verlag. Após o doutoramento em Química, continuou a trabalhar como tradutor. Na época, concebeu um ciclo romanesco, cujo primeiro livro - “Auto-de-fé” (1931) - lançou em seguida.
Os seus dramas “O Casamento” (1932), “Comédia da vaidade” (1950) e “Os que têm a hora marcada” (1964) desmascaram o rosto de uma sociedade profundamente corrompida.
Colocou o fundamento teórico da sua obra no ensaio “Massa e Poder” (1960), que pôs em relevo o significado fundamental dessa fenomenologia para a realidade política. As suas obras posteriores - “A Língua Absolvida” (1977), “Uma luz em meu ouvido” (1980) e “O Jogo Dos Olhos” (1985) tecem comentários e interpretam uma história de vida e trabalho muito singulares.
A anexação da Áustria à pela Alemanha nazi, em 1938, obrigou-o a emigrar com a mulher, Veza Canetti, para Londres, onde permaneceu após a Segunda Guerra Mundial, tendo recebido a nacionalidade britânica em 1952. Foi, no entanto, aos poucos, trocando a Inglaterra pela Suíça, inicialmente nos anos 1970 e de vez nos anos 1980, vindo a falecer em 1994, em Zurique.
Entre outros prémios, recebeu o Grande Prémio Estatal Austríaco de 1967, o Prémio Georg Büchner de 1972 e a Condecoração Austríaca de Ciência e Arte de 1972. Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1981, pelo conjunto da sua obra.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

24 DE JULHO - SYLVIA ORTHOF


EFEMÉRIDE - Sylvia Orthof Gostkorzewicz, escritora brasileira de livros infantis, morreu em Petrópolis no dia 24 de Julho de 1997.  Nascera no Rio de Janeiro em 3 de Setembro de 1932.
Filha do pintor Gerhard Orthof e da pintora e ceramista Gertrud Alice Goldberg, um casal de judeus austríacos, era também sobrinha do compositor Arnold Schönberg.
A sua formação incluiu cursos de mímica, desenho, pintura, arte dramática e teatro. Na área de dramaturgia infantil, trabalhou como autora de textos, directora de espectáculos, pesquisadora e professora de teatro.
Viveu dois anos em Paris, aprendendo com Marcel Marceau a arte da mímica. De lá, voltou ao Brasil para trabalhar como actriz. Actuou no Teatro Brasileiro de Comédia e na TV Record, ambos em São Paulo. Mudou-se então para Nova Viçosa, desenvolveu actividades com teatro de bonecos com as crianças do local, utilizando materiais de uso comum na região.
Transferiu-se posteriormente para Brasília, onde leccionou Teatro na Universidade de Brasília e coordenou as actividades de teatro do SESI.
Em 1966, segundo o livro “Cães de Guarda”, de Beatriz Kushnir, foi convidada para ministrar um curso de teatro para aperfeiçoamento do corpo de censores em Brasília. Em Julho de 1969, leccionou a disciplina de Expressão Corporal, no Curso de Teatro do Festival de Inverno de Ouro Preto, vinculado à Universidade Federal de Belo Horizonte. Como produto do Curso, o grupo de alunos encenou o espectáculo teatral “Ciranda de Vila Rica”, dirigido e montado por Sylvia Orthof, com trechos do “Romanceiro da Inconfidência”, de Cecília Meireles.
Começou em 1979, a convite de Ruth Rocha, a colaborar com a “Revista Recreio”.
Publicou o seu primeiro livro infantil em 1981, escrevendo, a partir de então, cerca de 120 títulos para crianças e jovens, entre contos, peças teatrais e poesias.
Entre as muitas peças de teatro, destacam-se: “Eu chovo, tu choves, ele chove” e “Quem roubou meu futuro?”. Entre as histórias infantis - “Maria-vai-com-as-outras”, de 1982, que conta a história de uma ovelha chamada Maria que fazia tudo o que as demais faziam, até que um dia resolveu seguir o seu próprio caminho. Foi um enorme sucesso, junto da crítica e do público, bem como “Quem roubou o meu futuro?”, sobre uma menina de 13 anos, chamada Valéria, que deseja encenar uma peça, no que é impedida pela avó, que prefere que ela faça um curso de dactilografia.
Em 1989, criou, na cidade de Petrópolis, a Companhia de Teatro Livro Aberto, onde dirigiu oito dos seus textos. A Companhia manteve as suas actividades até aos dias de hoje, encenando os textos de Sylvia Orthof, sob a direcção de Fernando Vianna. Actualmente, o seu repertório é composto por vários espectáculos: “O Cavalo Transparente”, “A Viagem de Um Barquinho”, “Se as Coisas Fossem Mães”, “Ponto de Tecer Poesia”, “Ervilina e o Princês”, “Zé Vagão da Roda Fina”, “Sua Mãe Leopoldina” e “Lustrosa, Cantora Misteriosa”.
Em 2002, o músico, actor e compositor Marco Aurêh (que também foi um dos fundadores do TELIA) lança o CD “Cantando Sylvia Orthof”. O disco reúne uma selecção das melhores músicas compostas por Aurêh sobre as letras de Sylvia.
Ganhou inúmeros prémios pelas suas obras, entre os quais 13 títulos premiados com o selo Altamente Recomendável para Crianças pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil.
Viveu os seus últimos anos de vida em Petrópolis. Foi-lhe diagnosticado um cancro em 1996, falecendo no ano seguinte. 

quinta-feira, 23 de julho de 2020

23 DE JULHO - HELEN FERGUSON


EFEMÉRIDE - Helen Ferguson, actriz de cinema e de teatro norte-americana, da era do cinema mudo, nasceu em Decatur, Illinois, no dia 23 de Julho de 1901. Morreu em Clearwater, Flórida, em 14 de Março de 1977. Actuou em 62 filmes, entre 1914 e 1934. Posteriormente, deixou a carreira de actriz e tornou-se agente de actores famosos o que a tornou rica e poderosa.
Graduou-se na Nicholas High School, de Chicago, e na Academy of Fine Arts. Ferguson foi uma repórter jornalística, antes de assumir a carreira cinematográfica.
Ter-se-ia estreado no cinema aos 13 anos, em 1914, embora o seu primeiro crédito gravado tenha sido em 1917, numa comédia, ao lado de Max Linder, Max Wants a Divorce.  Em 1915, actuou em “The Tempter”, primeiro filme de Henry B. Walthall para a Essanay Studios, num papel não creditado. Samuel Goldwyn levou-a para Nova Iorque em 1919, para actuar em “Going Some” e Helen passou a trabalhar para as companhias cinematográficas da costa Leste.
Actuou ao lado de Hoot Gibson e Harry Carey, e estrelou filmes para a Fox Film Corporation em 1920, especialmente ao lado de Buck Jones. A sua carreira consolidou-se com filmes como “Hungry Hearts” (1922), para Samuel Goldwyn. Ela actuava principalmente em westerns, comédias e folhetins, sendo seleccionada como uma das WAMPAS Baby Stars, em 1922.
The WAMPAS Baby Stars foi uma campanha promocional, patrocinada pela United States Western Association of Motion Picture Advertisers, uma associação de anunciantes de cinema, que homenageava treze (quatorze em 1932) jovens mulheres em cada ano, as quais eles acreditavam estarem no limiar do estrelato cinematográfico. Elas foram seleccionadas a partir de 1922 e até 1934. Eram premiadas anualmente e homenageadas com uma festa chamada WAMPAS Frolic.
Helen casou-se com o actor William Russell em 1925, porém ele morreu de pneumonia em 1929. No ano seguinte, casou-se com o rico banqueiro Richard L. Hargreaves. Após o segundo casamento, ela deixou os filmes para se dedicar ao teatro, embora tenha alcançado um sucesso mais mitigado.
Em 1934, actuou no seu último filme, “Kid Millions”, num pequeno papel não creditado.
Em 1933, ao deixar a actividade artística, para se dedicar ao trabalho de agenciamento e publicidade, tornou-se muito bem-sucedida e com grande poder em Hollywood, pois foi representante de grandes estrelas como Henry Fonda, Barbara Stanwyck e Robert Taylor, entre outros. Ferguson representou também a actriz Loretta Young, durante mais de dezanove anos.
Em 1941, o seu segundo marido faleceu também. Ferguson reformou-se em 1967. Faleceu aos 75 anos, sendo sepultada no Forest Lawn Glendale, em Glendale, Califórnia.  Tem uma estrela na Calçada da Fama no Hollywood Boulevard, pela sua contribuição para o cinema.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

22 DE JULHO - TERESA MACHADO


EFEMÉRIDE - Teresa Machado, atleta portuguesa especializada no lançamento de disco e do peso, nasceu na Gafanha da Nazaré em 22 de Julho de 1969. Faleceu no dia 28 de Fevereiro de 2020.
O seu primeiro clube foi o C. Galitos de Aveiro, mas onde obteve mais êxitos foi no Sporting CP, que representou entre 1986 e 2003, com um breve intervalo em 1992, quando representou a Junta de Freguesia de São Jacinto. Depois, ainda competiu pelo FC Porto, em 2008, tendo tido sempre como treinador, Júlio Cirino.
Teresa Machado, que é considerada a melhor lançadora portuguesa de todos os tempos, faleceu aos 50 anos, vítima de doença oncológica.  
Foi recordista nacional do lançamento de disco com 65,40 - em 1998 - e do lançamento do peso com 17,27 - no mesmo ano. 
Participou nos Jogos Olímpicos de 1992 a 2004 (4 edições).

terça-feira, 21 de julho de 2020

21 DE JULHO - DIOGO FREITAS DO AMARAL


EFEMÉRIDE - Diogo Pinto de Freitas do Amaral, professor universitário, jurisconsulto, político, diplomata e escritor português, nasceu na Póvoa de Varzim em 21 de Julho de 1941. Morreu em Cascais no dia 3 de Outubro de 2019.
Freitas do Amaral finalizou os estudos secundários no Liceu Pedro Nunes e ingressou aos 18 anos na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, onde - em 1963 - se licenciou em Direito.
Quando era estudante finalista da licenciatura, presidiu à Mesa da RGA (Reunião Geral de Alunos) da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, entre 1961 e 1962. Também colaborou na revista “Quadrante” (1958/1962), publicada pela AAFDL.
Discípulo de Marcelo Caetano, viria a dedicar-se à carreira académica na mesma Faculdade, especializando-se em Direito Administrativo. Em 1964, concluiu o Curso Complementar de Ciências Político-Económicas, com a dissertação “A utilização do domínio público pelos particulares”. Em 1967, obteve o doutoramento em Ciências Jurídico-Políticas, com a tese “A execução das sentenças dos tribunais administrativos”.
Prestou provas de agregação com um estudo intitulado “Conceito e Natureza do Recurso Hierárquico” (1983).
Chegou a professor catedrático em 1984 e cumpriu igualmente cinco mandatos como presidente do Conselho Científico da Faculdade de Direito de Lisboa.
Em 1977, iniciou a sua colaboração com a Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa.
Em 1998, depois de ter estado entre os fundadores da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, abandonou a Clássica, dedicando-se exclusivamente ao ensino na Nova, onde também presidiu à Comissão Instaladora, até 1999. No dia 22 de Maio de 2007, deu nesta Faculdade a sua última aula, com o tema “Alterações do Direito Administrativo nos últimos 50 anos”.
A partir de 2011, regeu - na Faculdade de Direito da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias - a disciplina de Direito Público da Economia, coordenando também o Centro Português de Estudos Lusófonos.
Autor de um Curso de Direito Administrativo, com diversas edições desde 1986, Freitas do Amaral é considerado, um dos principais doutrinários do Direito Administrativo da Escola de Lisboa, estando à cabeça de uma nova geração de cultores dessa disciplina, posteriores à Escola de Marcello Caetano, em que se encontram nomes como Maria da Glória Garcia, Luís Fábrica, Vasco Pereira da Silva, Maria João Estorninho, Paulo Otero e Carla Amado Gomes.
Defensor de uma Democracia cristã de matriz europeia para Portugal, Diogo Freitas do Amaral foi um dos fundadores do Partido do Centro Democrático Social, e seu primeiro líder, eleito no congresso fundador do CDS, após o 25 de Abril de 1974. Presidiu à Comissão Política Nacional até 1982 e, de novo, entre 1988 e 1991.
Pelo CDS, foi deputado à Assembleia Constituinte, eleito em 1975. Nesse período, o CDS foi o único partido a votar no Parlamento contra a aprovação da Constituição da República Portuguesa de 1976, dado o pendor socializante da sua versão originária. Seria depois deputado à Assembleia da República entre 1976 e 1983 e, novamente, de 1991 a 1993.
Foi também membro do Conselho de Estado, de 1974 a 1975.
Em 1979, constituiu com Francisco Sá Carneiro, líder do Partido Social Democrata, e Gonçalo Ribeiro Teles, líder do Partido Popular Monárquico, a coligação Aliança Democrática. A esta formação viria a juntar-se José Medeiros Ferreira, António Barreto e Francisco Sousa Tavares, do Movimento dos Reformadores, dissidentes do Partido Socialista, em defesa de uma solução governativa com autoridade e estabilidade.
A AD viria a ganhar com maioria absoluta as eleições legislativas de 1979, a primeira maioria absoluta da Democracia portuguesa, bem como as legislativas de 1980.
Na sequência daquele resultado, Freitas do Amaral fez parte do VI Governo Constitucional, como vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, desde Janeiro até Dezembro de 1980. Após a tragédia de Camarate, que vitimou o primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e os que o acompanhavam, coube a Freitas do Amaral anunciar na televisão e assumiu funções como primeiro-ministro interino do mesmo Governo. Sob a chefia de Francisco Pinto Balsemão, que sucedeu a Sá Carneiro no cargo de primeiro-ministro, integrou - meses mais tarde - o VIII Governo Constitucional, como vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa Nacional, de 1981 a 1983.
A revisão constitucional de 1982, conseguida através de um consenso com o PS de Mário Soares - o que resultou numa divisão interna dos socialistas, entre a facção de Soares e uma outra, mais próxima do general Ramalho Eanes, liderada por Salgado Zenha - foi um dos maiores feitos políticos do governo da Aliança Democrática, nessa altura já chefiado por Francisco Pinto Balsemão. A revisão constitucional de 1982 procurou diminuir a carga ideológica da Constituição, flexibilizar o sistema económico e redefinir as estruturas do exercício do poder político, tendo extinto o Conselho da Revolução e criado um novo sistema de fiscalização da constitucionalidade, da competência de um Tribunal Constitucional, então criado.
Entre 1981 e 1983, foi igualmente presidente da União Europeia das Democracias Cristãs. Em 1992, afastou-se do CDS, anunciando a sua retirada da política activa.
Foi até hoje o único português presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, o que sucedeu na 50ª Sessão desta organização internacional, em 1995/1996.
Candidato a presidente da República nas eleições de 1986, obteve o apoio do PSD e do CDS, atingindo 48,8% dos votos na segunda volta, próximos, mas insuficientes para a vitória, que coube a Mário Soares.
Embora se declarasse independente, a sua escolha como ministro dos Negócios Estrangeiros do XVII Governo, formado pelo Partido Socialista de José Sócrates, causou polémica, em Março de 2005. Nesse mesmo ano, afastou-se e demitiu-se de membro do Partido Popular Europeu, que considerou a sua militância incompatível com a sua condição de ministro num governo socialista. Por motivos de saúde, alegando cansaço, abandonou o cargo governativo em Junho de 2006.
Freitas do Amaral viria a falecer no Hospital da CUF, em Cascais, aos 78 anos, devido a um cancro ósseo. O funeral ocorreu no Mosteiro dos Jerónimos, de onde seguiu para o Cemitério da Guia, em Cascais, onde foi sepultado.
Foi também comentador televisivo esporádico, nomeadamente na SIC Notícias. Escreveu duas biografias, uma do rei D. Afonso Henriques e outra do rei D. Afonso III de Portugal, e uma peça de teatro sobre Viriato.
Era detentor de várias distinções e condecorações nacionais e estrangeiras. Estava casado com Maria José Salgado Sarmento de Matos, desde 1965. Tiveram dois filhos e duas filhas.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

20 DE JULHO - JOHN CASABLANCAS


EFEMÉRIDE - John Casablancas, empresário norte-americano, morreu no Rio de Janeiro em 20 de Julho de 2013. Nascera em Nova Iorque no dia 12 de Dezembro de 1942. Foi o fundador da agência de modelos Elite Model, em 1972, tendo ficado conhecido pela sua habilidade em descobrir e lançar supermodelos, designação a ele atribuída.
Filho de espanhóis da Catalunha, que se exilaram depois da Guerra Civil Espanhola, Casablancas passou a infância no México e na Europa. Estudou no Instituto Le Rosey, na Suíça, uma das instituições educacionais mais exclusivas do mundo, de onde saíram cabeças coroadas como o Príncipe Rainier III do Mónaco e o último Xá do Irão, Mohammad Reza Pahlavi.
Empresário perspicaz, conviveu com o fina-flor social, mas tornou-se internacionalmente conhecido como fundador da agência de modelos Elite, que lançou as mais famosas modelos e se expandiu por vários países. Depois de um período afastado do meio, por uma cláusula de não-competição no mercado, voltou em 2008, com a inauguração da Joy Model Management.
Até ao final de 2009, pretendia abrir filiais da sua nova agência noutros países.
Durante vinte e cinco anos à frente da Elite, como presidente, descobriu e representou algumas das mais famosas modelos mundiais.
John Casablancas era casado pela terceira vez, com a ex-modelo brasileira Aline Casablancas, vencedora do Elite Model Look de 1992. Teve cinco filhos, entre eles Julian, vocalista da banda The Strokes, fruto da união com Jeanette Chistiansen, que foi modelo e Miss Dinamarca.
John Casablancas faleceu aos 70 anos, na decorrência de um cancro.

domingo, 19 de julho de 2020

19 DE JULHO - MAX FLEISCHER


EFEMÉRIDE - Max Fleischer, pioneiro polaco-americano no desenvolvimento de desenhos animados, nasceu em Cracóvia no dia19 de Julho de 1883. Morreu em Los Angeles, em 11 de Setembro de 1972. A família emigrou para os Estados Unidos, quando ele tinha quatro anos.
Foi o responsável pela transformação de personagens de histórias aos quadradinhos em desenhos animados, como Betty Boop, Koko the Clown, Popeye e o Super-Homem.
Max Fleischer começou a trabalhar no seu próprio estúdio de animação, chamado Fleischer Studios, junto com os seus irmãos Dave e Joe. Fleischer criou um conceito para simplificar o processo de animar o movimento, traçando sobre quadros de filmes de acção ao vivo.
A sua patente para a Rotoscope foi concedida em 1915, apesar de Max e o seu irmão Dave terem feito o seu primeiro desenho animado com o sistema em 1914. O uso extensivo desta técnica foi feito em “Out Fleischer” da série “Inkwell” para os seus primeiros cinco anos da série, que começou em 1919.
Betty Boop, Bimbo e Koko the Clown foram os primeiros personagens dos Fleischer Studios. O seu criador, Max Fleischer, inventara o «método de produzir os desenhos animados de movimentação».
Em 1933, os Fleischer Studios firmaram contrato com o King Features Syndicate (gigante empresarial de banda desenhadas para jornais), a fim de produzir os desenhos animados do Popeye e para o lançamento sob licença de Betty Boop.
Mais tarde, em 1941, os Fleischer Studios formaram parceria com as National Publications, para a produção de desenhos animados do Super-Homem.
Produziram também as longas-metragens “As Viagens de Guliver” e “O Grilo Pula-Pula”, assim como os filmes do Popeye: “Popeye Contra Sindbad o Marujo”, “Popeye Contra Ali Babá e os 40 Ladrões” e “Popeye e a sua Lâmpada Maravilhosa”.
Em 1942, quando os seus fundadores Max, Dave e Joe Fleischer se aposentaram, a Paramount Pictures comprou os Fleischer Studios, mudando o seu nome para Famous Studios, tendo como proprietários os antigos animadores de Fleischer, Seymour Kneitel e Isadore Sparber.
Os Famous Studios produziram desenhos até 1967, com novos episódios de Popeye, Superam, Gasparzinho e muitos outros. 
Em 1960, os Famous Studios tinham mudado o seu nome para Paramount Cartoon Studios e, em 1967, fecharam portas, com a aquisição da Paramount pela Gulf+Western.
Max faleceu aos 89 anos.

sábado, 18 de julho de 2020

18 DE JULHO - IAN STEWART


EFEMÉRIDE - Ian Andrew Robert Stewart, pianista e tecladista de rock escocês, membro co-fundador dos Rolling Stones e membro dos Rockeet 88, nasceu em Pittenweem, East Neuk, Fife, em18 de Julho de 1938. Morreu em Londres, em 12 de Dezembro de 1985.
Esteve nos Rolling Stones de Junho de 1962 até à sua morte, mesmo tendo participado em gravações e algumas vezes no palco, a partir de 1960.
Fez participações especiais no Led Zeppelin em “Rock'n Roll” e “Boogie With Stu” e nos Yardbirds, em “Drinking Muddy Waters”.
Rocket 88 foi a única banda em que ele era também participante fixo. Nos Rolling Stones, foi membro fixo por pouco tempo, pois a banda, com ele, tinha 6 integrantes, o que era demais para a época, ficando então Ian Stewart para dar apoio e ser o responsável pelas deslocações da banda aos lugares de actuação. Fez arranjos ao piano, em várias músicas dos Stones.
Morreu repentinamente de ataque cardíaco, depois de se ter dirigido a uma clínica londrina, por sofrer de problemas respiratórios.  Tinha apenas 47 anos.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

17 DE JULHO - JAMILA MADEIRA


EFEMÉRIDE - Jamila Bárbara Madeira e Madeira, política portuguesa, nasceu em Alte, Loulé, no dia 17 de Julho de 1975.
Quando nasceu, o pai - Luís Filipe Madeira - era deputado da Assembleia Constituinte, sendo que a escolha do nome já tinha uma carga ideológica, surgindo para homenagear Djamila Beaupacha, pois o pai andava a ler um livro de Simone de Beauvoir sobre a história real de uma estudante argelina torturada pelos franceses.
Com família ligada à política, começou cedo a envolver-se e a militância política apareceu sem sobressaltos, embora refira que o pai nunca a empurrou para a política, mas foi-lhe dando um apoio discreto. Apesar do mérito, reconhece que o pai funcionou como uma garantia, como se tivesse um avalista.
Com dez anos, já andava na distribuição de propaganda, mas foi na altura da revolta estudantil contra a Prova Geral de Acesso (conhecida em Portugal como PGA) e quando estava no segundo mandato (cargo para que foi eleita presidente em 1989, com catorze anos) da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Loulé e a frequentar o 10º ano, que - apadrinhada pela irmã mais velha, Heloísa - se filiou na Juventude Socialista porque «já concordava com a ideologia socialista».
Em 1994, foi eleita comissária nacional da Juventude Socialista (cargo que abandonou em 2004) e, no ano seguinte foi eleita presidente da Mesa da Comissão Política Concelhia da JS/Loulé até 1997, ano em que foi eleita membro da Comissão Política Distrital da JS/Algarve (cargo que abandonou em 2005) e membro da Comissão Política Distrital do PS/Algarve. Foi ainda deputada municipal na Assembleia Municipal de Loulé, tendo sido, nas eleições autárquicas de 2009, candidata a presidente da Assembleia Municipal de Loulé contra o presidente em funções pelo PSD, Mário Patinha Antão.
Foi eleita entre 1994 e 2000 para a Comissão Política Nacional da Juventude Socialista e secretária nacional da Juventude Socialista, com a pasta das Relações Internacionais. Nessa qualidade, foi eleita vice-presidente da União Internacional de Juventudes Socialistas (IUSY) e membro do Bureau da Organização Europeia de Juventudes Socialistas (ECOSY).
Em Maio de 2000, no XII Congresso da Juventude Socialista, realizado em Espinho, foi eleita para o seu primeiro mandato como secretária-geral da Juventude Socialista. Ganhou frente a Ana Catarina Mendes, por um voto. No ano anterior, em Outubro de 1999, tinha sido eleita deputada para a Assembleia da República pelo círculo de Faro, cargo que decorre de ser comissária política nacional do Partido Socialista e comissária nacional do PS (cargos que abandonou em 2004).
Em 2001, foi membro, por inerência do cargo, da Comissão Política Nacional de recandidatura de Jorge Sampaio a presidente da República. Foi reeleita para um segundo mandato no XIII Congresso da Juventude Socialista, realizado na Figueira da Foz em Junho de 2002 (até Julho de 2004).
Em 2004, foi reeleita de novo como deputada à IX Legislatura, cargo a que renuncia em Julho de 2004, para assumir o mandato de deputada, para que foi eleita pelo PS nas eleições desse ano para o Parlamento Europeu.
Jamila é licenciada em Economia no Instituto Superior de Economia e Gestão, desde 1997. Desempenhou funções associativas na Associação de Estudantes do Instituto Superior de Economia e Gestão no mandato de 1994/1995 e, durante dois anos (entre 1994 e 1996), foi membro discente do Senado da Universidade Técnica de Lisboa.
Posteriormente, frequentou a pós-graduação em Corporate Finance no CEMAF/INDEG.
Foi quadro da Rede Eléctrica Nacional (REN) desde 1997. Suspendeu em 2009, por motivos políticos, as funções que exercia como economista do quadro permanente da Direcção de Planeamento do Sistema Produtor da REN, tendo antes pertencido ao planeamento económico da EDP.
Entre 2013 e 2016, foi directora para a Agenda Europeia de Energia da REN, tendo suspendido novamente as funções para assumir o mandato de deputada à Assembleia da República, na XIII legislatura.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

16 DE JULHO - GEORGE A. ROMERO


EFEMÉRIDE - George Andrew Romero, escritor, cenarista e realizador de filmes de zombies norte-americano, morreu em Toronto no dia 16 de Julho de 2017. Nascera em Nova Iorque, em 4 de Fevereiro de 1940.   Entre os seus filmes, muitos ficaram célebres, como “A Noite dos Mortos Vivos”, “Despertar dos Mortos” e “Dia dos Mortos”.
Nascido no bairro do Bronx, George tinha pai cubano de origem galega e mãe lituana. Morando no Bronx, costumava ir até Manhattan, para alugar filme e assistir em casa, o que o influenciaria mais tarde a sua vida.
Formou-se na Carnegie Mellon University, em Pittsburgh, no estado da Pensilvânia. Em 1960, começou a trabalhar em curtas-metragens e filmes publicitários para a televisão.
Com alguns amigos, fundou a Image Ten Productions, no final dos anos 1960, e produziu “Night of the Living Dead”, em 1968. Realizado por Romero e co-roteirizado com John A. Russo, o filme tornou-se um clássico de culto e definiria o moderno cinema de horror.
Em 1978, retornaria ao género dos zombies, com “Dawn of the Dead”. Com um pequeno orçamento de 500 mil dólares, o filme facturou 55 milhões pelo mundo fora, recebendo o estatuto de filme de culto concedido pela “Entertainment Weekly”, em 2003.
Romero adaptou o seu guião original e produziu o remake de “Night of the Living Dead”, dirigido por Tom Savini para a Columbia/TriStar, em 1990. Savini foi também o responsável pela maquilhagem e efeitos especiais de muitos filmes de Romero, como “Dawn of the Dead”, “Day of the Dead” e “Creepshow, and Monkey Shines”.
Alguns críticos fizeram comentários sobre várias nuances sociais presentes no trabalho de Romero. “Night of the Living Dead”, por exemplo, é uma reacção aos turbulentos anos 1960. “Dawn of the Dead” seria uma crítica ao consumismo. “Day of the Dead” foi um estudo sobre o conflito entre ciência e militarismo, enquanto “Land of the Dead” seria um exame sobre o conflito de classes.
Romero apostou em remakes da sua obra e, assim, estreou em 2005 o filme “Land of the Dead”. Rodou o filme “Diary of the Dead”, lançado em 2007. O filme foi produzido com um orçamento menor que o de “Land of the Dead”.
George A. Romero, faleceu aos 77 anos, durante o sono, depois de uma batalha breve, mas agressiva, contra o cancro de pulmão, de que padecia. Adormecera, enquanto ouvia a partitura de um dos seus filmes favoritos, “The Quiet Man”, com a esposa, Suzanne e a filha Tina Romero ao seu lado. 

quarta-feira, 15 de julho de 2020

15 DE JULHO - ROSALÍA DE CASTRO


EFEMÉRIDE - Rosalía de Castro, de seu nome de baptismo María Rosalía Rita, poetisa e romancista galega, morreu em Padrón no dia 15 de Julho de 1885. Nascera em Santiago de Compostela, em 24 de Fevereiro de 183.7.
Considerada como fundadora da literatura galega moderna, o dia 17 de Maio, Dia das Letras Galegas, é feriado e coincide com a data de edição da sua obra em língua galega, “Cantares Galegos”.
Rosalía começou a sua formação junto da Sociedad Económica de Amigos del País, em Santiago de Compostela. Recebe formação musical, artística e literária; participou nas actividades do Liceo de la Juventud, lugar de encontro dos intelectuais comprometidos com o movimento provincialista. As correntes ideológicas, que impregnarão a obra de Rosalía, são o socialismo e o republicanismo.
Em 1856, foi para Madrid, onde viveu com uma prima. Começou a publicar trabalhos seus e em 1858, casou-se com Manuel Murguía, investigador, cronista e jornalista. A vida do casal tornou-se itinerante, devido às funções de Murguía. Em 1859, regressaram à Galiza, onde nasceu Alejandra, a sua primeira filha. Em 1861, de novo em Madrid, publicou obras em galego e castelhano. Depois de viverem uns anos na capital espanhola, mudaram-se para Lugo e. depois, voltaram a Madrid, onde nasceu Aura.
As actividades do marido levaram-nos a diferentes lugares: Simancas, Corunha, Santiago de Compostela, Lestrobe, Estremadura, Alicante... enquanto iam nascendo mais filhos: Gala e Ovídio, gémeos, nasceram em Julho de 1871, Amara em Julho de 1873, Adriano Honorato Alejandro em Março de 1875 e Valentina nascida-morta em Fevereiro de 1877.
Rosalía de Castro escreveu tanto em prosa como em verso, empregando o galego e o castelhano. A sua obra está profundamente marcada pelas circunstâncias que rodearam a sua vida: a sua origem, os problemas económicos, a perda d todos os seus filhos e a sua frágil saúde.
Em 1863, foi publicado em Vigo o seu primeiro grande livro, “Cantares Gallegos”, que fixa o começo de uma nova era para a poesia galega e que foi a base do Ressurgimento da literatura galega. “Cantares Gallegos” constituiu o primeiro livro escrito em galego, numa época em que a língua galega estava extinta como língua escrita. Muitos poemas do seu livro são glosas de cantigas populares. Nelas, Rosalía denuncia a miséria, a pobreza e a emigração massiva a que estavam obrigados os galegos, sem deixar de verter os seus sentimentos e vivências pessoais.
Em 17 de Maio daquele mesmo ano, Rosalía assinou a dedicatória da obra para Fernán Caballero (Cecilia Böhl de Faber y Larrea), sendo adoptada essa data, por ocasião do seu centenário, como Dia das Letras Galegas (1963).
Em 1880, a escritora publicou uma recolha de poemas, a que chamaria “Follas Novas”. Poemário diferente, espírito poético motivado pelo afastamento da terra, as desgraças familiares e as doenças físicas e morais. É uma poética que afunda nos sentimentos, na saudade e que tem frequentemente, por horizonte, a fronteira do próprio ser.
Em castelhano, publicaria “La flor” (1857), “A mi madre” (1863), “En las orillas del Sar” (1884) e o romance “El caballero de las botas azules” (1867), todos enquadrados no movimento romântico.
Encontra-se colaboração de sua autoria, publicada a título póstumo, na revista “A Leitura” (1894/1896).
Rosalía passou os derradeiros anos da sua vida em Padrón, onde a família alugara a “casa da Matanza”, que depois se tornaria em casa-museu. A morte acidental do seu filho mais novo, aos dois anos, e a sua doença amarguraram os seus últimos anos. Morreu de cancro no útero em 1885, aos quarenta e oito anos. Rosalía foi sepultada no campo-santo da Adina. Anos mais tarde, em 1891, os seus restos mortais foram transladados para o Panteão de Galegos Ilustres, no convento de São Domingos de Bonaval, em Santiago de Compostela.
Existe uma estátua em sua homenagem na Praça da Galiza, na cidade do Porto, Portugal (Setembro de 1954).
Em 1949, a Câmara Municipal de Lisboa homenageou a escritora, dando o seu nome a uma rua junto à Avenida da Igreja, em Alvalade.
A imagem de Rosalía de Castro figurou em notas espanholas de 500 pesetas.

terça-feira, 14 de julho de 2020

14 DE JULHO - ARTUR SOARES DIAS


EFEMÉRIDE - Artur Manuel Ribeiro Soares Dias, árbitro de futebol português, nasceu em Vila Nova de Gaia no dia 14 de Julho de 1979.  
Estudou no Instituto Superior de Línguas e Administração de Vila Nova de Gaia. É árbitro desde 1996, na primeira categoria desde a época 2004/2005. Faz parte da Associação de Futebol do Porto.
Participou no Campeonato Europa de Sub 17, na Sérvia, em 2011, e arbitrou a final da Supertaça Portugal de 2013.  
Participou no Campeonato do Mundo Sub 17, na Nova Zelândia, em 2015, e arbitrou a final da Taça de Portugal de 2016.
Participou no Campeonato do Mundo de Sub 20, na Índia, arbitrou a final da Supertaça de Portugal, participou no Mundial de Clubes em Abu Dhabi e foi o árbitro da final da Taça da Liga. Tudo em 2017.
Participou no Campeonato Mundo, na Rússia, em 2018, e no Mundial de Sub 20, na Polónia, em 2019.
Tem sido 1º classificado em vários anos, na Liga Portuguesa.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

13 DE JULHO - IDA MARIA


EFEMÉRIDE - Ida Maria Børli Sivertsen, cantora e guitarrista de rock norueguesa, nasceu em Nesna no dia 13 de Julho de 1984. É também autora-compositora-intérprete da banda Ida Maria.
Obteve notável sucesso no seu país natal, em 2007, após ganhar dois concursos nacionais para artistas desconhecidos, Zoom urørt 2006 e Urørtkonkurransen 2007. Fez ainda concertos no Festival Anual da Indústria da Música Norueguesa, nos anos de 2007 e 2008.
Os seus singles “Oh My God” e “Stella” foram muito tocados na emissora de rádio norueguesa NRK P3. A sua popularidade expandiu-se até ao Reino Unido, onde apareceu no programa musical “Later with Jools Holland”. Foi entrevistada pelo jornal “The Times” e participou no Festival de Glastonbury.
Actuou, ainda, em vários festivais, incluindo o BT Digital Music Awards 2008, onde chegou a concorrer pela categoria de Melhor Artista de Rock/Indie. Em Fevereiro de 2009, um trecho do seu single “Oh My God” foi usado numa promoção da popular série americana “Gossip Girl”.
Ida Maria sofre de uma patologia neurológica, conhecida por sinestesia, que, a faz ver cores quando ouve música. Escreveu no Twitter, que gostaria de fazer diversos shows no Brasil (Porto Alegre, São Paulo e Curitiba).

domingo, 12 de julho de 2020

12 DE JULHO - BEAH RICHARDS


EFEMÉRIDE - Beah Richards, de seu verdadeiro nome Beulah Elizabeth Richardson, actriz de teatro, cinema e televisão, poetisa e dramaturga norte-americana, nasceu em Vicksburg, Missouri, no dia 12 de Julho de 1920. Morreu na mesma localidade em 14 de Setembro de 2000.
A mãe era costureira e militante da Associação de Pais e Mestres. O pai era um pastor baptista. Em 1948, licenciou-se na Universidade Dillard, em Nova Orleães, e - dois anos mais tarde - mudou-se para Nova Iorque.
A sua carreira começou verdadeiramente em 1955, quando interpretou uma avó de 84 anos, na peça off-BroadwayTake a Giant Step”. Ela continuaria a interpretar papéis de mãe e avó, em boa parte da sua carreira. Richards apareceu nas produções originais da BroadwayPurlie Victorious”, “The Miracle Worker” e “A Raisin in the Sun”.
Foi nomeada para um Tony Award em 1965, pela sua performance em “The Amen Corner”, de James Baldwin. Em 1967, foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante pela sua interpretação como mãe do personagem de Sidney Poitier, em “Guess Who’s Coming to Dinner”. Richards teve outros papéis notáveis em “Hurry Sundown” (1967), “No calor da noite” (1967), “The Great White Hope” (1970) e “Beloved” (1998).
Fez igualmente vários trabalhos em séries de televisão, incluindo papéis recorrentes em “The Big Valley”, “The Bill Cosby Show”, “Sanford and Son”, “Benson, Designing Women” e “The Practice”.
Venceu dois Emmy Awards de Melhor Actriz Convidada, numa série de televisão, um em 1988 pela sua participação em “Frank’s Place” e o outro em 2000 pela sua participação em “The Practice”.
No último ano de vida, Beah foi objecto de um documentário dirigido pela actriz Lisa Gay Hamilton. Intitulado “Beah: A Black Woman Speaks”. O filme foi criado a partir de mais de 70 horas de conversas filmadas, entre as duas, e recebeu o Grande Prémio do Júri no AFI Film Festival.
Beah Richards faleceu vítima de um enfisema, aos 80 anos de idade.

sábado, 11 de julho de 2020

11 DE JULHO - NETINHO DE PAULA


EFEMÉRIDE - Netinho de Paula, de seu verdadeiro nome José de Paula Neto, apresentador de televisão, cantor, compositor e político brasileiro, nasceu em São Paulo no dia 11 de Julho de 1970. Em 2008, foi eleito vereador por São Paulo.
Em 1986, começou a sua carreira na banda de pagode romântico Negritude Júnior. Como vocalista deste grupo, criado no bairro onde morava, alcançou grande êxito e projecção nacional, com vários sucessos na década de 1990, entre eles “Cohab City” e “Tanajura”. Afastou-se da banda em 2001 e partiu para uma carreira a solo. Foi aí então que surgiu a oportunidade de apresentar um programa de televisão.
Em 2014, Netinho de Paula, Lino, Waguininho e Fabinho uniram-se e formaram o grupo Negritudeando. Contudo, devido a uma acção movida pelos actuais integrantes do Negritude Júnior, alegando que o nome do novo grupo prejudicaria a carreira da banda. O nome foi alterado para Família Cohab City.
Em 1998, quando ainda era integrante do Negritude Júnior, apresentou o programa “Planeta Xuxa” durante a licença por maternidade de Xuxa. No ano seguinte, apresentou, junto com Salgadinho e Kelly Key, o programa “Samba, Pagode & Cia”. na Rede Globo, que durou apenas 2 meses.
Em Novembro de 2005, Netinho fundou a TV da Gente, em parceria com empresários brasileiros e angolanos. O objectivo era mostrar a diversidade étnica brasileira, dando maior espaço aos negros na TV. O canal tinha transmissão em São Paulo, Ceará e Bahia.
Em Março de 2009, assinou contrato com o SBT, onde apresentou, a partir de Maio, um programa de 3 horas de duração, aos sábados à tarde, sob a direcção de Marlene Mattos, o programa “Show da Gente”, exibido até Março de 2010, substituindo a edição de sábado do “Cinema em Casa”.
Em Fevereiro de 2012, estreou o “Programa da Gente” na Rede TV!, uma produção independente, gravada nos estúdios da sua própria produtora. O programa resumia-se ao quadro “Banco dos Sonhos”, uma releitura de “Um Dia de Princesa”, que apresentava muitas histórias de vida emocionantes.
Em Julho de 2018, assinou contrato com a Band e estreou o “Brasil da Gente”, substituindo José Luiz Datena, que se candidatara a senador. O programa mostrava o concurso “Caixa de Talentos”, com a presença de grandes nomes da música nacional. Com apenas duas edições, o programa foi interrompido, pois Datena desistira da sua candidatura a senador e, por isso, reassumiu o seu programa, “Agora É com Datena”.
Em 2019 fez uma nova parceria com a Rede! para dirigir o “Programa É da Gente”, aos domingos.
Em 2008, Netinho foi eleito vereador na cidade de São Paulo. Em 2012, foi reeleito.
Em Julho de 2013, por determinação do desembargador José Carlos Garcia, os bens de Netinho foram congelados. Era acusado de obter reembolsos da Câmara de Vereadores, apresentando notas fiscais de empresas fantasmas.
Em Novembro de 2015, Netinho teve o mandato de vereador cassado por infidelidade partidária. Os juízes determinaram que o suplente de Netinho deveria ser empossado dez dias após a publicação no Diário da Justiça.
Netinho de Paula teve uma relação atribulada com a política e com a justiça. Nada de melhor que voltar a dedicar-se por inteiro à vida artística.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

10 DE JULHO - JAIME MAGALHÃES


EFEMÉRIDE - Jaime Fernandes Magalhães,        ex-jogador de futebol português, actuando como médio, nasceu no Porto em 10 de Julho de 1962.  Foi várias vezes campeão nacional, entre o início da década de 1980, e meados da década de 1990.
Representou sempre o FC Porto, exceptuando a época de 1995/96, onde jogou pelo Leça FC.
Do seu palmarés fazem parte: uma Taça dos Campeões Europeus (1986/87), uma Taça Intercontinental (1987), uma Supertaça Europeia (1987/88), seis Campeonatos Nacionais (1984/85, 1985/86, 1987/88, 1980/90, 1991/92 e 1992/93), quatro Taças de Portugal (1983/84, 1987/88, 1990/91 e 1993/94) e oito Supertaça Cândido de Oliveira (1980/81, 1982/83, 1983/84, 1985/86, 1989/90, 1990/91, 1992/93 e 1993/94).  Foi ainda finalista vencido, na edição de 1983/84 da Taça das Taças, em Basileia.
Foi internacional “A” 20 vezes, entre 1981 e 1992.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

9 DE JULHO - MANUEL DAMÁSIO


EFEMÉRIDE - Manuel Damásio Soares Garcia, empresário e dirigente desportivo português, nasceu em Lisboa no dia 9 de Julho de 1940.
Foi presidente do Sport Lisboa e Benfica entre 1994 e 1997, sucedendo a Jorge de Brito.
Foi eleito, para 2º presidente da Direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e, por inerência, vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol. Tomou posse de imediato, em 28 de Outubro de 1994, e ocupou o cargo até 13 de Julho de 1995.
É casado com Margarida Prieto, desde os anos 1970.
Em 2016, teve problemas com a justiça por alegadas práticas de branqueamento de capitais e tráfico de influências.
Completa hoje 80 anos de idade.

quarta-feira, 8 de julho de 2020

8 DE JULHOI - CHARLES CONRAD


EFEMÉRIDE - CharlesPeteConrad Jr., astronauta norte-americano, com quatro missões espaciais e terceiro homem a pisar na Lua, morreu em Ojai no dia 8 de Julho de 1999. Nascera em Filadélfia, em 2 de Junho de 1930.  
Sofria de dislexia desde a infância, uma condição ainda pouco conhecida na época. Considerado uma criança esperta e inteligente, Charles nasceu numa família rica, que perdeu quase todas a fortuna durante a Grande Depressão. O pai acabou por deixar a família. Ele cursou a Harverford School para o ensino básico, mas a dislexia fez com que tivesse grandes dificuldades nos estudos e acabou por ser expulso por repetição de ano.
A mãe recusou-se a admitir que o filho não tinha capacidades e matriculou-o numa escola mais apropriada para lidar com o seu problema, a Darrow School, no distrito de Columbia, onde ele aprendeu uma maneira de lidar melhor com a doença e se formou com louvores, sendo admitido na Universidade de Princeton, para os estudos superiores e ainda conseguindo uma bolsa de estudos completa para o Naval Reserve Officers Training Corps.
O seu contacto com a aviação começou aos 15 anos, quando trabalhou durante as férias de Verão no Aeroporto de Paoli, na Pensilvânia, aparando relva, varrendo o chão e fazendo outros pequenos serviços, tendo horários ocasionais de instrução. Foi aprendendo mais sobre a mecânica e o funcionamento de aeronaves e dos seus motores. Em seguida, graduou-se em pequenos trabalhos de manutenção. Aos 16 anos, Conrad dirigiu quase 60 km, para ajudar um instrutor de voo, cujo avião tinha sido forçado a fazer uma aterragem de emergência. Consertou o avião sozinho. Depois disso, o instrutor deu-lhe as lições de voo de que ele precisava para obter o brevet de piloto. Conseguiu a qualificação, antes mesmo de se formar no ensino médio.
Continuou a voar durante o tempo na universidade e formou-se em Wngenharia Aeronáutica em 1953. Foi enviado para treinos na Estação Aeronaval de Pensacola, na Flórida, onde se qualificou como aviador naval em 1954. Serviu em porta-aviões e como instrutor de voo de caças da marinha, em bases no Golfo do México.
Em 1957 inscreveu-se e foi aceite pela reputada Escola de Pilotos de Teste Navais dos Estados Unidos, em Patuxent River, Maryland, onde conheceu e teve como colegas de classe os seus futuros companheiros astronautas Walter Schirra e Jim Lovell.
Mo ano seguinte, tornou-se piloto de testes da marinha. Durante o seu período na escola de pilotos, foi convidado para fazer parte do primeiro grupo de selecção de astronautas para a recém-criada NASA – o “Mercury Seven” – e como os demais candidatos, passou por vários dias do que eles consideraram ser testes médicos e psicológicos invasivos, humilhantes e desnecessários e, ao contrário dos demais, ele rebelou-se contra o regime. Ao fim do processo de selecção, foi recusado com a anotação de «não-adequado para voos de longa duração».
Após este episódio no seu primeiro contacto com a NASA, Conrad voltou para a Marinha e serviu no USS Ranger, como piloto de F-4 Phantom. Tempos depois, a NASA iniciou um segundo processo de selecção de astronautas e Conrad foi procurado pelo seu amigo Alan Shepard, um veterano do projecto Mercury, que o reputava como grande piloto naval e de testes, e que o convenceu a reinscrever-se. Desta vez, Conrad achou os testes médicos menos invasivos e, em Julho de 1962, passou a fazer parte do corpo de astronautas da agência espacial. No momento da sua admissão, ele tinha acumulado mais de 6 500 horas de voo, 5 000 delas em caças a jacto.
Conrad entrou para a equipa de astronautas da NASA em 1962 e logo foi considerado um dos melhores pilotos do grupo, o que o levaria a ser seleccionado para integrar o projecto Gemini, sucessor do Mercury e onde cada nave espacial levaria dois homens ao espaço.
Foi ao espaço pela primeira vez em Agosto de 1965, na Gemini V, junto com o comandante Gordon Cooper, outro veterano do Mercury, e onde estabeleceram o então recorde de permanência no espaço, num total de oito dias, suplantando em cinco dias o recorde soviético e chegando ao tempo considerado necessário para uma viagem de ida-e-volta à Lua.
Em Setembro de 1966, voltou ao espaço comandando a Gemini XI, que se acoplou em órbita com o foguetão Agena, em treino para um futuro acoplamento entre o módulo de comando das Apollo com o módulo lunar. Nesta missão, ele também estabeleceu outro recorde, o de maior apogeu em órbita terrestre, com um total de 1 369 km.
Em Dezembro de 1966, Conrad foi designado para comandar a tripulação-reserva do primeiro voo em órbita terrestre do projecto Apollo completo, incluindo o módulo lunar. Com os atrasos na finalização do módulo, esta missão tornou-se a Apollo 8, a primeira a entrar em órbita lunar, sem módulo acoplado. Com isso, ele passou a comandar a tripulação-reserva da Apollo 9, cuja tripulação principal faria o voo orbital com o módulo. A prática de Donald Slayton, chefe do Departamento de Astronautas e responsável pela escalação e rodízio de tripulações, determinava que a tripulação-reserva de um voo fosse a tripulação titular do voo seguinte. Não houvesse o atraso anterior e a mudança de tribulações-reservas entre as Apollo 8 e Apollo 9 e Conrad teria sido o primeiro homem a pisar na Lua, comandando a Apollo 11 no lugar de Neil Armstrong.
Em 14 de Novembro 1969, no comando da Apollo 12, junto com os astronautas Alan Bean e Richard Gordon, foi lançado em direcção à Lua e, cinco dias depois, realizou a primeira alunagem num local pré-determinado pela NASA, a cratera onde havia descido anos antes a sonda espacial não-tripulada Surveyor 3, para recolher os seus equipamentos expostos há dois anos às condições lunares, e trazê-los de volta para estudo na Terra. A sua frase ao pisar na Lua é a mais divertida da saga espacial. Baixo, com 1,69 de altura, em contraste com a solenidade de Neil Armstrong no voo anterior, Conrad exclamou: «Este pode ter sido um pequeno passo para Neil, mas para mim é enorme».
Mais tarde, ele revelaria que disse aquilo para ganhar uma aposta de 500 dólares com a jornalista italiana Oriana Fallaci, que acreditava que as palavras ditas pelos astronautas naqueles momentos não eram próprias, mas parte de um guião pré-escrito pela NASA. Fallaci nunca pagou a aposta.
Após a saga lunar, Conrad voltou ao espaço pela quarta vez para comandar a tripulação da Skylab 2, a primeira estação espacial tripulada em órbita dos Estados Unidos. A estação lançada antes sem tripulação havia sido danificada quando um escudo contra micrometeoritos se partiu, levando dois painéis solares com ele e danificando o restante que não conseguiu abrir. Ele e a sua tripulação consertaram o dano em duas caminhadas espaciais. Eles também ergueram um “pára-sol” no escudo, de maneira a proteger a estação da intensa radiação solar, função que era do escudo perdido. Sem isso, a estação não teria condições de operar. Por este feito, em 1978 o presidente Jimmy Carter condecorou-o com a Medalha de Honra Espacial do Congresso.
Conrad aposentou-se da NASA e da Marinha e foi trabalhar na iniciativa privada, como vice-presidente de operações da American Television and Communications Company, que desenvolvia um novo sistema de operações de TV por cabo. Em 1976, aceitou o convite para trabalhar na McDonnell Douglas, onde chegou ao cargo de vice-presidente executivo. Em 1996, com o seu espírito de aventura ainda presente, fez parte da tripulação de um Learjet, que bateu o recorde de tempo de voo ao redor do mundo (49 h 26 min 8 s).
Menos de três semanas antes das comemorações do trigésimo aniversário do primeiro pouso na Lua, em Julho de 1999, Conrad que - aos 69 anos - ainda pilotava motocicletas em viagens com amigos, sofreu um acidente fatal, caindo de uma delas, numa estrada da Califórnia, e morreu de hemorragia interna seis horas depois. Foi sepultado, com honras oficiais, no Cemitério Nacional de Arlington, em Washington, com a presença de vários astronautas da era Apollo.

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