terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

28 DE FEVEREIRO - ANDRÉ PREVIN

EFEMÉRIDE - André Previn, de seu verdadeiro nome Andreas Ludwig Priwin, compositor, pianista e maestro norte-americano, morreu em Nova Iorque no dia 28 de Fevereiro de 2019. Nascera em Berlim, Alemanha, em 6 de Abril de 1929.

Recebeu treze nomeações para os Oscars, vencendo por quatro vezes na categoria de Banda Sonora Original.

Andreas nasce numa família judaica. O seu irmão foi o realizador Steve Previn (1925/1993). Com a sua família, emigrou para os Estados Unidos em 1939, para escapar ao regime nazi.

Previn naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos em 1943 e cresceu em Los Angeles.

No Verão de 1946, graduou-se na Escola de Beverly Hills e começou a tocar em dueto com Richard M. Sherman: Previn tocava piano, acompanhando Sherman, que tocava flauta. Por coincidência, 21 anos depois, os dois ganharam um Oscare com filmes diferentes.

Em 1967, Previn tornou-se director musical da Orquestra Sinfónica de Houston. Em 1968, tornou-se o principal maestro da Orquestra Sinfónica de Londres, servindo neste posto até 1979. Durante seu mandato na Sinfónica de Londres, ele e a orquestra apareceram num programa de televisão chamado “André Previn’s Music Night”.

De 1976 até 1984, Previn foi o director musical da Orquestra Sinfónica de Pittsburgh e apareceu noutro programa de televisão: “Previn and the Pittsburgh”. Também foi o maestro principal da Orquestra Filarmónica Real.

Em 1984, foi nomeado director musical da Orquestra Filarmónica de Los Angeles, ficando à frente da orquestra, oficialmente, em 1985. O mandato de Previn com a orquestra foi musicalmente satisfatório, outros maestros, incluindo Kurt Sanderling, Simon Rattle e Esa-Pekka Salonen, fizeram diferentes trabalhos nos seus mandatos.

Previn fez muitas gravações com a Orquestra Sinfónica de Londres, incluindo três ballets completos de Tchaikovsky (“O Lago dos Cisnes”, “A Bela Adormecida” e “O Quebra Nozes”), e as sinfonias completas de Raplh Vaughan Williams.

Com a Orquestra Filarmónica de Los Angeles, fez gravações de obras de Sergei Prokofiev, Antonín Dvorak, William Kraft, John Harbison e Harold Shapero.

Em 2001, foi agraciado com o título de Cavaleiro do Império Britânico, uma das mais altas honras concedidas pela rainha Elizabeth II a indivíduos nascidos fora do Reino Unido.

André Previn foi casado cinco vezes. Os seus três primeiros casamentos foram com Betty Bennett, Dory Langdon e Mia Farrow (1970/1979). É o pai adoptivo de Soon-Yi Previn. Depois do seu 4º casamento (com Heather Sneddon em 1982, que durou até 2002), Previn casou-se com a violinista alemã Anne-Sophie Mutter, escrevendo posteriormente um concerto de violino para ela. Divorciaram-se em 2006 e continuaram a trabalhar juntos ocasionalmente.

Faleceu em 2019, aos 89 anos, na sua casa em Nova Iorque.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

27 DE FEVEREIRO - RUY BELO

EFEMÉRIDE Ruy Belo, de seu nome completo Rui de Moura Ribeiro Belo, poeta, ensaísta e tradutor português, nasceu em São João da Ribeira, Rio Maior, no dia 27 de Fevereiro de 1933. Morreu em Queluz, em 8 de Agosto de 1978.

Frequentou o Liceu de Santarém. Em 1951, entrou para a Universidade de Coimbra, como estudante de Direito, aderindo pouco depois à Opus Dei. Terminou o curso de Direito, já na Faculdade de Direito de Lisboa. No ano de 1956, partiu para Roma, onde estudou na Universidade S. Tomás de Aquino. Em 1958, com uma tese intitulada “Ficção Literária e Censura Eclesiástica (ainda inédita em Livro), obteve o doutoramento em Direito Canónico.

Regressado a Portugal, foi director literário da Editorial Aster. A seguir, foi chefe de redacção da revista “Rumo”. Em 1961, entrou como investigador na Faculdade de Letras de Lisboa, com uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian.

Em 1966, casou-se com Maria Teresa Carriço Marques, nascendo deste casamento três filhos. Exerceu, ainda que brevemente, um cargo de director-adjunto no então Ministério da Educação Nacional, mas o seu relacionamento com opositores ao regime da época, a participação na greve académica de 1962 e a sua candidatura a deputado, em 1969, pelas listas da Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, levaram a que as suas actividades fossem vigiadas e condicionadas.

Entretanto, abandonou a Opus Dei e trocou Lisboa por Madrid, aceitando o cargo de leitor de Português, que desempenhou desde 1971 até 1977. Regressado então a Portugal, foi-lhe recusado pelo regime democrático a possibilidade de leccionar na Faculdade de Letras de Lisboa, virando-se então para a Escola Secundária de Ferreira Dias, onde leccionava no ensino nocturno.

Apesar do curto período de actividade literária, Ruy Belo tornou-se um dos maiores poetas portugueses da segunda metade do século XX, tendo as suas obras sido reeditadas diversas vezes.

Os seus primeiros livros de poesia foram “Aquele Grande Rio Eufrates” de 1961 e “O Problema da Habitação” de 1962. Às colectâneas de ensaios “Poesia Nova” de 1961 e “Na Senda da Poesia” de 1969, seguiram-se obras cuja temática se prende ao religioso e ao metafísico, sob a forma de interrogações acerca da existência. É o caso de “Boca Bilingue” de 1966, “Homem de Palavra(s)” de 1969, “País Possível” de 1973, “Transporte no Tempo” de 1973, “A Margem da Alegria” de 1974, “Toda a Terra” de 1976, “Despeço-me da Terra da Alegria” de 1977 e "Homem de Palavra(s)”, 2ª edição de 1978.

O versilibrismo dos seus poemas conjuga-se com um domínio das técnicas poéticas tradicionais. Destacou-se ainda pela tradução de autores como Antoine de Saint-Exupéry, Blaise Cendrars, Raymond Aron, Montesquieu, Jorge Luís Borges e Federico García Lorca. De Antoine de Saint-Exupéry, traduziu: “Piloto de Guerra” e “Cidadela e Cidadela”; de Blaise Cendrars traduz: “Moravagine”; e de Jorge Luís Borges: “Os Poemas Escolhidos”.  

A sua obra, organizada em três volumes sob o título “Obra Poética de Ruy Belo” - em 1981- foi, entretanto, alvo de revisitação crítica, sendo considerada uma das obras cimeiras, apesar da brevidade da vida do poeta, da poesia portuguesa contemporânea.

Em 1991, foi condecorado, a título póstumo, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’iago da Espada.

domingo, 26 de fevereiro de 2023

26 DE FEVEREIRO - RITA FERRO

EFEMÉRIDE - Rita Maria Roquette de Quadros Ferro, escritora portuguesa, nasceu em Lisboa no dia 26 de Fevereiro de 1955.

É filha do escritor e filósofo António Quadros e de sua mulher Paulina Roquette Ferro, neta paterna da escritora Fernanda de Castro e do jornalista, escritor e político do Estado Novo António Ferro.

Estudou design e deu aulas no Instituto de Arte, Design e Empresa (IADE), que o seu pai fundara no ano de 1969. Entretanto, e durante cerca de dez anos, exerceu a função de copyright nas “Selecções do Reader’s Digest”.

Autora de mais de 20 romances, iniciou a sua carreira literária em 1990, com a publicação do romance “O Nó na Garganta”. Seguiram-se os livros “O Vestido de Lantejoulas” (1991), “O Vento e a Lua” (1992), “Uma Mulher Não Chora” e “Os filhos da mãe”.

Teve também colaboração dispersa na imprensa, nomeadamente na revista “LER” e nos jornais “Diário de Notícias” e “A Capital”.

A sua obra está publicada em Espanha, no Brasil e na Croácia. Miguel Real colocou Rita Ferro na categoria de Realismo Urbano Total, distinguindo-a da denominada Literatura Light.

Em 1994, apresentou - conjuntamente com Mário Zambujal - o programa “Quem conta um conto” na RTP2.

Está representada em algumas antologias, nomeadamente em “O Mistério de Lisboa”, selecção de textos de autores portugueses sobre Lisboa.

Em 2000, estreou em Valongo (Porto), a peça “O Menino dos Olhos Grandes”, de Júnior Sampaio, a partir de crónicas de sua autoria.

O romance “Uma Mulher não Chora” foi editado em 2002. Com a sua filha Marta Gautier, lançou o livro “Desculpe lá, Mãe”. Em conjunto com a sua irmã, Mafalda Ferro, elaborou a fotobiografia “Retrato de Uma Família: Fernanda de Castro, António Ferro e António Quadros”.

Em 2011, publicou o seu primeiro romance autobiográfico: “A menina é filha de quem?”, distinguido com o Prémio P.E.N. Clube Português de Novelística 2012.

Actualmente, é convidada habitual do programa “Conversa de Raparigas” na Antena 3.

sábado, 25 de fevereiro de 2023

25 DE FEVEREIRO - AMIN MAALOUF

EFEMÉRIDE - Amin Maalouf, escritor libano-francês, nasceu em Beirute no dia 25 de Fevereiro de 1949.

Morando em França desde 1976, os seus livros são em geral romances históricos, ambientados no Médio Oriente, em África e no Mediterrâneo.

O autor, multipremiado, já teve a sua obra traduzida para mais de 40 idiomas.

Entre os seus trabalhos de não-ficção, o livro “As Cruzadas vistas pelos árabes” (1983) é o mais conhecido.

Pelo seu livro “The Rock of Tanios” (1993), recebeu o Prémio Goncourt, bem como o Prémio Príncipe das Astúrias em 2010 pelo conjunto da obra. É membro da Academia Francesa desde 2011.

Maalouf nasceu em Beirute, mas cresceu na região metropolitana em Badaro. Era o segundo de quatro irmãos. O pai era libanês católico da região de Baskinta. A mãe, Odette Ghossein, era libanesa da vila de Ain el Qabou. Nascida no Egipto, morou lá durante muitos anos, antes de se mudar para o Líbano. Morou na França, perto do filho, até ao seu falecimento aos 100 anos, em 2021.

A sua mãe católica da Igreja Maronita enviou-o para estudar no Collège Notre Dame de Jamhour, uma instituição jesuíta. Ao concluir o ensino médio, ingressou no curso de Sociologia da Universidade São José de Beirute. Ele é tio do trompetista Ibrahim Maalouf.

Maalouf trabalhou como director do jornal baseado em Beirute “An-Nahar” até ao começo da Guerra Civil Libanesa, em 1975, quando se mudou para Paris, que se tornaria a sua residência permanente.

O seu primeiro livro, “As Cruzadas vistas pelos árabes”, analisa o período das cruzadas com base em fontes árabes.

Além de trabalhos de não-ficção, Maalouf escreveu inúmeros livros e composições. O seu livro “Un fauteuil sur la Seine” recorda brevemente as vidas daqueles que o precederam na Academia Francesa.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

24 DE FEVEREIRO - JOHNNIE RAY

EFEMÉRIDE - Johnnie Alvin Ray, cantor, compositor e pianista norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 24 de Fevereiro de 1990. Nascera em Dallas, em 10 de Janeiro de 1927.

Muito popular na maior parte da década de 1950, Ray foi citado pelos críticos como o principal precursor do que se tornaria o rock and roll, com a sua música influenciada pelo jazz e blues e a sua personalidade animada.

Tony Bennett chamou Ray de «pai do rock and rol» e os historiadores notaram-no como uma figura pioneira no desenvolvimento do género.

Criado em Dallas, Oregon, Ray, que era parcialmente surdo, começou a cantar profissionalmente aos quinze anos nas estações de rádio de Portland. Mais tarde, chamou a atenção do público local cantando em pequenas boîtes predominantemente afro-americanas em Detroit, onde foi descoberto, em 1951 e posteriormente contratado pela Columbia Records.

Ray saiu rapidamente do anonimato com o lançamento de seu primeiro álbum, “Johnnie Ray” (1952), e também com um single de 78 rpm, com ambos os lados a alcançarem as 100 melhores músicas da revista “Billboard” de 1952: “Cry” e “The Little White Cloud That Cried”.

Em 1954, Ray fez o seu primeiro e único filme importante,”There’s No Business Like Show Business”, no qual ele, Ethel Merman e Marilyn Monroe faziam parte do elenco.

A sua carreira nos Estados Unidos, sua terra natal, começou a declinar em 1957 e a sua gravadora americana abandonou-o em 1960.

Ele nunca recuperou muitos seguidores e raramente apareceu na televisão americana a partir de 1973.

A sua base de fãs no Reino Unido e na Austrália, no entanto, permaneceram fortes até à sua morte, em 1990, por insuficiência hepática.

British Hit Singles & Albums observou que Ray foi «uma sensação nos anos 1950 e que influenciou muitos, incluindo Elvis Presley, e foi o principal alvo da histeria adolescente nos dias pré-Elvis».

As dramáticas performances de palco e as canções melancólicas de Ray foram creditadas pelos historiadores como precursoras para artistas posteriores como Leonard Cohen ou Morrissey.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

23 DE FEVEREIRO - CLAY ANDERSON

EFEMÉRIDE - Clayton Conrad Anderson, astronauta norte-americano, nasceu em Omaha no dia 23 de Fevereiro de 1959.

Actuou na NASA como engenheiro de voo substituto em terra das Expedições 12, 13 e 14 à Estação Espacial Internacional.

Em 10 de Junho de 2007, subiu ao espaço a bordo da nave Atlantis em direcção à ISS, para uma estadia de seis meses, onde substituiu, como membro da Expedição 15, a astronauta Sunita Williams.

Anderson voltou da missão na ISS junto com a missão STS-120, em Novembro de 2007, sendo substituído pelo astronauta Daniel Tani.

Em 5 de Abril de 2010, voltou ao espaço para uma missão de duas semanas de manutenção e montagem de módulos na ISS, como tripulante da STS-131 Discovery. 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

22 DE FEVEREIRO - KASTÜRBĀ GĀNDHI

EFEMÉRIDE - Kastürbā Gāndhi, também chamada por Ba, activista pela independência da Índia e, durante sessenta e um anos, a esposa de Mahatma Gandhi, morreu em ÍndiaPune no dia 22 de Fevereiro de 1944. Nascera em Gokuladas, em 11 de Abril de 1869.

Kastürbā juntou-se ao marido num protesto político. De 1904 a 1914, foi activa no estabelecimento de Phoenix próximo Durban.

Durante um protesto em 1913, pelas condições de trabalho dos indianos na África do Sul, Kastürbā foi presa e sentenciada a três meses de trabalho duro na prisão.

Mais tarde, na Índia, ficou várias vezes no lugar do marido, enquanto este estava preso.

Em 1915, quando Gandhi voltou à Índia, Kastürbā acompanhou-o. Ensinou a higiene, a disciplina, a leitura e a escrita às mulheres e às crianças.

Kastürbā sofreu de bronquite crónica, que quase evoluiu para uma pneumonia. Ela faleceu, devido a um ataque cardíaco severo, em Fevereiro de 1944.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

JOHNNIE RAY -- "Yes Tonight, Josephine"

21 DE FEVEREIRO - RUI PREGAL DA CUNHA

EFEMÉRIDE - Rui José Pregal da Cunha, músico e cantor português, nasceu em Macau no dia 21 de Fevereiro de 1963. Veio viver para Portugal com 4 anos de idade.

Foi fundador e vocalista da banda portuguesa de pop-rock Heróis do Mar.

Em conjunto com Paulo Pedro Gonçalves, seu colega na anterior banda, fundou os LX-90 que editaram o álbum “1 Revolução por Minuto”. Posteriormente, emigraram para Inglaterra e alteraram o nome do grupo para Kick Out of The Jams.

Em finais de 1999, foi um dos participantes no “www.invisivel.pt”, um álbum de música, mas com características multimédia inovadoras inserido no projecto “O Homem Invisível” que contou, entre outros, com Rui Reininho.

Após longa ausência do panorama musical, Rui Pregal da Cunha cantou, em 2010, na canção “Vá Lá Senhora” da banda Os Golpes.

Regressou aos concertos ao vivo participando em apresentações de grupos como Os Golpes e Nouvelle Vague.

Trabalhou em publicidade, como produtor executivo de audiovisual e, em 2012, abriu um restaurante (“Can the Can”) numa homenagem às conservas nacionais e ao fado.

Em 2013 foi, juntamente com Antony Millard, Pedro Abrunhosa e Victor Varela,  um dos pilares de “Diagnóstico: Dandy”, um documentário de Luís Hipólito estreado na RTP2.

Ao longo da década de 2010, foram vários os convites a Rui Pregal da Cunha para parcerias, quer em discos (como Ala dos Namorados, Os Capitães da Areia ou Rogério Charraz) quer em espectáculos (como “Ena Pá 2000” ou Miguel Ângelo).

Em 2014, Rui Pregal da Cunha participou numa homenagem a António Variações, que completaria 70 anos, com uma actuação, a 31 de Maio, no festival Rock in Rio Lisboa, juntamente com os Deolinda, os Linda Martini e Gisela João.

Em 2019, foi a voz da canção “Rapazes da Praia”, o hino do centenário do CF “Os Belenenses”, clube o qual é adepto.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

20 DE FEVEREIRO - DONELLA MEADOWS

EFEMÉRIDE - Donella H. Meadows, cientista ambiental, professora e escritora norte-americana, morreu em Hanover, New Hampshire, no dia 20 de Fevereiro de 2001. Nascera em Illinois - EUA, em 13 de Março de 1941.

Foi co-autora do livro “Os limites do crescimento”, traduzido para mais de 28 idiomas e tendo sido um best-seller mundial, influenciando o pensamento científico e social desde então.

Licenciou-se em Química no Carleton College em 1963 e, em 1968, obteve o doutoramento em Biofísica pela Universidade de Harvard, tendo mais tarde entrado no MIT como investigadora, onde trabalhou em estreita colaboração com Jay W. Forrester, o criador da dinâmica de sistemas, bem como o princípio de armazenamento de dados magnéticos para computadores. Desde 1972, leccionou na Faculdade de Dartmouth, durante 29 anos.

Em 1972, enquanto trabalhava no MIT, fez parte do grupo de pesquisa que criou o World3, um modelo computacional que simula as interacções entre população, crescimento industrial, a produção de alimentos e os limites dos ecossistemas da Terra, a pedido do Clube de Roma, e cujos resultados foram a base para o livro “Os limites do crescimento”.

O livro teve impacto mundial, servindo como despertar de consciências para os perigos que o crescimento desenfreado causaria no panorama ambiental e lançando as bases para o conceito actual de desenvolvimento sustentável. Foi traduzido para mais de 30 línguas, tornando-se um best-seller mundial.

Fundou, em 1981 o INRIC (International Network of Resource Information Centres - Rede Internacional de Centros de Informação de Recursos), apelidado de Batalon group, um processo global de parcerias e troca de informações entre o mundo académico, investigadores e activistas do desenvolvimento sustentável, sendo coordenadora do projecto durante 18 anos.

Fundou igualmente o Instituto de Sustentabilidade, que combina a investigação sobre os sistemas globais com demonstrações práticas de vida sustentável, incluindo o desenvolvimento de “Ecovilas” e fazendas orgânicas.

domingo, 19 de fevereiro de 2023

19 DE FEVEREIRO - MALTA DA SILVA

EFEMÉRIDE - Amândio José Malta da Silva, futebolista português que se notabilizou ao serviço do SL Benfica, nasceu em Benguela no dia 19 de Fevereiro de 1943.

Jogava a defesa-central ou defesa-direito. Fez parte da equipa do Benfica que foi campeã invicta em 1972/1973.

Foi descoberto em Angola por olheiros do Benfica, chegando ao clube encarnado em 1964.

Com a chegada do treinador Jimmy Hagan, na época de 1970/1971, ganhou a titularidade no onze inicial e estreou-se na Selecção Nacional.

Após 12 temporadas no clube, foi para os Estados Unidos a fim de jogar mais uma temporada e acabar a sua carreira.

Em 1979, ocupou o lugar de treinador no Sport Benfica e Castelo Branco, onde ficaria 2 épocas.

Do sue palmarés fazem, parte cinco títulos de Campeão Nacional (1970/1971, 1971/1972, 1972/1973, 1974/1975 e 1975/1976) e três Taças de Portugal (1968/1969, 1969/1970 e 1971/1972).

sábado, 18 de fevereiro de 2023

HERÓIS DO MAR - "Paixão" - 1983

18 DE FEVEREIRO - DANIEL KENEDY

EFEMÉRIDE - Daniel Kenedy Pimentel Mateus dos Santos, futebolista e treinador guineense naturalizado português, nasceu em Bissau no dia 18 de Fevereiro de 1974.

Foi treinador da equipa principal do Leixões SC, na primeira liga portuguesa, tendo antes feito sucesso no SL Benfica e no CF Estrela da Amadora como jogador.

Actuou no Aias Salamina FC, clube da terceira divisão da Grécia.

O seu segundo nome (Kenedy, só com um N) é uma homenagem ao presidente norte-americano John Kennedy.

Em 2022, foi concorrente do “Big Brother Famosos”.

Jogou nos Jogos Olímpicos de Atlanta, representando a Selecção Portuguesa, que ficou em 4º lugar.

Embora convocado para o Mundial de 2002, Kenedy foi cortado da Selecção antes do início do torneio, após um controlo antidoping.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

17 DE FEVEREIRO - HUEY NEWTON

EFEMÉRIDE - Huey Percy Newton, revolucionário norte-americano, nasceu em   Monroe no dia 17 de Fevereiro de 1942. Morreu em Oakland, em 22 de Agosto de 1989.

Foi co-fundador, líder e inspirador dos Panteras Negras, uma organização política negra voltada para a luta pela igualdade racial nos Estados Unidos (fundada em 1966, na Califórnia).

Ainda estudante, Newton envolveu-se com a política, filiando-se na Organização Afro-Americana e foi uma figura-chave na introdução do primeiro curso de História Afro-Americana no currículo do Merritt College, onde estudava.

Inspirado em Malcolm X e outros pensadores de esquerda, Huey juntou-se ao colega Bobby Seale em Outubro de 1966, a fim de fundar o Partido Pantera Negra para Autodefesa, no qual ele assumiu as funções de «ministro da Defesa», enquanto Seale era o presidente.

A primeira iniciativa de Huey e Seale foi acabar com o abuso de poder cometido pela polícia branca contra os cidadãos da comunidade negra de Oakland. Newton conhecia o Código Penal da Califórnia e os seus artigos relativos ao uso de armas de fogo, e começou a persuadir os cidadãos negros da cidade a exercerem o seu direito legal de porte de armas em público, para defesa própria. Membros dos Panteras Negras carregando rifles e revólveres passaram a patrulhar locais onde a polícia era acusada de cometer crimes de motivação racial contra a comunidade negra, de maneira a acabar com os abusos policiais, e foram fortemente apoiados pela comunidade negra. Além das patrulhas armadas, Newton cuidou do lado social, criando um programa de alimentação matinal diária para as crianças negras pobres da região.

Na madrugada de 28 de Outubro de 1967, Newton foi parado, na sua patrulha pelos bairros negros de Oakland, pelo polícia John Frey, que tentava desarmar e desencorajar a utilização dessas patrulhas. Com a chegada do seu parceiro de ronda, Herbert Heanes, tiros foram disparados no local, com os três envolvidos caídos feridos no chão. Frey foi atingido por quatro tiros e morreu logo a seguir, enquanto Huey e o outro polícia foram feridos. Levado ao hospital, versões testemunhais afirmaram que ele foi espancado no leito até ficar inconsciente, por diversos polícias, mesmo ferido à bala.

Levado a julgamento pela morte de Frey, Huey Newton foi condenado por crime culposo, isto é, não intencional, cometido no calor de uma discussão, passível de pena entre dois e quinze anos de cadeia.

Em Maio de 1970, foi libertado após a Corte de Apelação da Califórnia ter ordenado outro julgamento, uma vez retiradas as acusações contra ele pela Promotoria do Estado da Califórnia.

Durante o início da década de 1970, desenvolveu uma estreita amizade com David Horowitz, na sua fase de militância à esquerda. Horowitz, mais tarde, retratou Newton como «um pouco de gangster, terrorista, intelectual e celebridade da imprensa». Como parte de seu trabalho em conjunto com Newton e os Panteras, Horowitz ajudou a arrecadar dinheiro e financiar uma escola para crianças pobres em Oakland.

Horowitz recomendou que Newton contratasse Betty Van Patter como contabilista dos Panteras  e os seus serviços foram aceites pela organização. Porém, em Dezembro de 1974, o corpo de Van Patter foi encontrado a flutuar no porto de São Francisco. Horowitz concluiu que os Panteras Negras estavam por detrás do seu assassinato e a sequência de factos levou-o a romper com a militância esquerdista e a tornar-se um ícone do conservadorismo americano.

Formado em Direito pela Universidade da Califórnia em 1974, Newton foi acusado neste mesmo ano do assassinato de uma prostituta de 17 anos, Kathleen Smith. Caçado pelo FBI - que durante os anos de apogeu dos Panteras foi sempre o grande inimigo da organização - ele fugiu para Cuba, onde passou três anos em exílio. Voltou aos EUA em 1977 para enfrentar as acusações, segundo ele porque o clima político no país havia mudado e ele agora acreditava ser possível ter um julgamento justo. Como as provas da acusação contra ele eram apenas circunstanciais, Huey foi absolvido do assassinato da adolescente.

Em 1980, doutorou-se em Filosofia pela Universidade da Califórnia em Santa Cruz. Em 1984, foi internado por problemas relacionados com abuso de drogas.

Em 22 de Agosto de 1989, Huey Newton foi assassinado a tiros em Oakland. A versão policial é de que ele teria sido morto por um traficante de 25 anos, Tyrone Robinson, membro de um gang de rua chamado Black Guerrilla Family, com quem se envolvera durante a década de 1980, depois de deixar um ponto de drogas em Lower Bottoms, em West Oakland.

Ele foi transformado num ícone da cultura negra americana e de rappers mais combativos, que o homenageiam em diversas músicas e consideram a sua morte o resultado de um assassinato político, praticado pelas autoridades, contra o seu activismo.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

16 DE FEVEREIRO - JOHN SCHLESINGER

EMÉRIDE - John Richard Schlesinger, realizador de cinema britânico, nasceu em Londres no dia 16 de Fevereiro de 1926. Morreu em Palm Springs, em 25 de Julho de 2003.

Schlesinger nasceu numa família judia de classe média, filho de Winifred Henrietta (nascida Regensburg) e de Bernard Edward Schlesinger, um médico.

Trabalhou na televisão como actor, depois de se formar na Uppingham School e no Balliol College, na Universidade de Oxford.

Um dos seus primeiros filmes, o documentário “Terminus” (1960) rendeu-lhe um Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza e um BAFTA (o prémio da Academia Britânica de Cinema).

Os seus primeiros dois filmes, “A Kind of Loving” (1962) e “Billy Liar” (1963) lidavam com a vida de personagens do norte da Inglaterra.

O seu terceiro filme, “Darling” (1965) descrevia de maneira ousada o modo de vida urbano de Londres e foi um dos primeiros filmes sobre a chamada swinging London da década de 1960.

O filme seguinte de Schlesinger foi “Far From The Madding Crowd” (1967), uma adaptação do romance popular de Thomas Hardy.

O filme que se seguiu, “Midnight Cowboy” (1969), foi aclamado internacionalmente e venceu o Óscar de Melhor Director e Melhor Filme.

Alguns dos seus filmes posteriors, incluem “Sunday Bloody Sunday” (1971), “The Day of the Locust” (1975), “Marathon Man” (1976), “Yanks” (1979), “Pacific Heights” (1990), “A Question of Attribution” (1991), “The Innocent” (1993) e “The Next Best Thing” (2000).

Schlesinger também dirigiu a peça “Timon of Athens” (1965), de William Shakespeare, para a Royal Shakespeare Company, e o musical “I and Albert” (1972), no Piccadilly Theatre, em Londres.

A partir de 1973, tornou-se director-associado do Royal National Theatre.

Abertamente gay, Schlesinger lidou com a homosesxualidade em “Midnight Cowboy”, “Sunday Bloody Sunday” e “The Next Best Thing”.

Schlesinger também dirigiu uma propaganda política partidária para o Partido Conservador nas eleições gerais do Reino Unido de 1992, que mostrava o primeiro-ministro John Major retornando a Brixton, no sul de Londres, onde ele havia passado a sua adolescência, enfatizando as suas origens humildes (atípicas para um conservador tradicional). Schlesinger admitiu ter votado para todos os três principais partidos políticos do Reino Unido em algum momento da sua vida.

Schlesinger passou por uma ponte de safena quádrupla em 1998, antes de sofrer um derrame em Dezembro de 2000. Foi retirado do suporte à vida em 24 de Julho de 2003, no seu leito de hospital no Desert Regional Medical Center, em Palm Springs, após autorização do seu parceiro durante mais de 30 anos, o fotógrafo Michael Childers. Schlesinger morreu no início do dia seguinte, aos 77 anos.

Recebeu três nomeações para o Óscar de Melhor Realizador, por “Darling” (1965), “Midnight Cowboy” (1969) e “Sunday Bloody Sunday” (1971). Venceu com “Midnight Cowboy”.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

15 DE FEVEREIRO - ANTÓNIO DE ALMEIDA SANTOS

EFEMÉRIDE - António de Almeida Santos, advogado e político português, nasceu em Seia, Cabeça, no dia 15 de Fevereiro de 1926. Morreu em São Julião da Barra, Oeiras, em 18 de Janeiro de 2016.

Passou a infância em Vide, terra natural do pai. Aos 18 anos, ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito, em 1950.

Elemento da Tuna Académica, foi intérprete do canto e da guitarra de Coimbra, devendo-se-lhe umas conhecidas “Variações” em ré menor, bem como a gravação de vários temas tradicionais, como “Nossas mágoas são o fruto” ou “Balada do entardecer”, que registou num EP 45 RPM.

Estabeleceu-se como advogado em Lourenço Marques (actual Maputo) em 1953, onde viveu durante mais de 20 anos. Aqui, foi um dos mais importantes defensores dos presos políticos, juntando-se também à defesa da autodeterminação a partir do contacto com o activista nacionalista Filipe Mussongui Tembe Júnior, mais conhecido por Filipana.

Pertenceu ainda ao Grupo dos Democratas de Moçambique e foi candidato, por duas vezes, às eleições para a Assembleia Nacional, em listas da Oposição Democrática. Viu, em ambos os casos, anulada a sua candidatura por decisão da Administração Colonial.

Regressou a Portugal após a Revolução de 25 de Abril de 1974, a convite do presidente da República, António de Spínola. Iniciou então uma proeminente carreira política : foi ministro da Coordenação Interterritorial dos I, II, III e IV Governos Provisórios e ministro da Comunicação Social do VI Governo Provisório; ministro da Justiça, no I Governo Constitucional, altura em que aderiu ao Partido Socialista (PS); foi ministro-adjunto do primeiro-ministro, no II Governo Constitucional; desempenhou um papel determinante na revisão constitucional de 1982, que erradicou o Conselho da Revolução; foi ministro de Estado e dos Assuntos Parlamentares, no Governo do Bloco Central, de 1983 a 1985; cabeça-de-lista às eleições legislativas de 1985, pelo PS, tendo sido derrotado por Aníbal Cavaco Silva; participou, de novo, na revisão constitucional de 1988; foi membro do Secretariado Nacional do PS, a partir de 1990; presidente da Assembleia da República e membro do Conselho de Estado, de 1985 a 2002.

Foi presidente do Partido Socialista de 1992 a 2011 e presidente honorário do partido de 2011 até à data da sua morte.

É autor de mais de uma dezena de livros, incluindo ensaios jurídicos. Em 2006, publicou “Quase Memórias”, uma autobiografia em dois volumes, grande parte da qual dedicada ao processo de descolonização entre 1974 e 1975. Neste livro, avança uma explicação para a mudança de atitude de Samora Machel (que conheceu de perto) em relação aos portugueses. Com efeito, é quase consensualmente admitido que uma das principais razões do colapso da economia moçambicana após a independência foi a partida precipitada da maioria dos cerca de 200 000 portugueses residentes em Moçambique até ao 25 de Abril de 1974 e que esse êxodo terá sido provocado por uma mudança brusca de atitude por parte de Samora Machel. O governo de transição que iria dirigir Moçambique entre o acordo de cessar-fogo (assinado a 7 de Setembro de 1974 em Lusaca, pelo governo provisório português e pela Frelimo) e a independência (prevista para 25 de Junho do ano seguinte) tinha-se mostrado bastante conciliador. O primeiro-ministro, Joaquim Chissano (que se tornaria presidente da República depois da morte de Machel, doze anos mais tarde), conseguiu convencer a maior parte dos brancos de que somente os que tivessem graves responsabilidades nas páginas mais sombrias da época colonial poderiam recear o governo da Frelimo. Ora, um mês antes da independência, ou seja, em meados de Maio de 1975, Samora Machel entrou em Moçambique pela fronteira norte, vindo da Tanzânia, e encetou um périplo com destino à capital, situada no extremo sul, aonde deveria chegar na véspera da independência. Ao longo dessa viagem, inflamava literalmente as massas com os seus discursos, nos quais não cessava de repisar os aspectos mais odiosos e humilhantes do colonialismo (na perspectiva dos colonizados). O mal-estar instalou-se progressivamente entre a comunidade portuguesa, numerosos membros da qual decidiram ir refazer a vida noutras paragens.

Almeida Santos dá a seguinte explicação para esta aparentemente inusitada hostilidade: o presidente da Frelimo teria sido muito afectado por dois episódios de violência, o primeiro dos quais causado por um levantamento na capital, com tomada das instalações do Rádio Clube de Moçambique, na sequência da assinatura do acordo de Lusaca de 7 de Setembro de 1974, que previa a concessão exclusiva do poder ao movimento nacionalista: este levantamento foi dirigido pela FICO (Frente Integracionista de Continuidade Ocidental), um movimento maioritariamente branco ao qual se tinham aliado dissidentes da Frelimo e outros membros da comunidade negra que não viam com bons olhos a instauração de um regime de partido único em nome da Frelimo. Como represália, eclodiram então motins sangrentos nos bairros negros da cidade e, durante vários dias, milhares de habitantes, sobretudo portugueses, foram barbaramente massacrados por apoiantes da Frelimo. O segundo episódio de violência ocorreu poucas semanas mais tarde, a 21 de Outubro de 1974, na sequência de uma querela entre comandos portugueses e guerrilheiros da Frelimo, provocando também motins sangrentos nos bairros de maioria negra, com o assassinato de dezenas de brancos.

Segundo Almeida Santos, Machel ter-se-ia possivelmente convencido de que a presença de uma numerosa comunidade portuguesa em Moçambique constituiria sempre uma fonte de instabilidade e uma ameaça potencial contra o poder da Frelimo. A isso ter-se-iam juntado as pressões da União Soviética, para com quem a Frelimo tinha contraído uma pesada dívida, sobretudo política, e que teria interesse em se desembaraçar dos portugueses a fim de melhor exercer a sua influência a todos os níveis.

Ora, se os episódios de violência tinham ocorrido no início do período de transição (o primeiro eclodira mesmo antes da entrada em funções do governo presidido por Joaquim Chissano), a Frelimo teria, portanto, tomado a decisão de expulsar os portugueses no próprio momento em que o primeiro-ministro Chissano, por ela nomeado, parecia encorajá-los a ficarem.

No livro “Que Nova Ordem Mundial?”, de 2009, defendeu convictamente a nova ordem mundial e a globalização e propôs soluções que envolvem a globalização da política, não só do comércio.

Em Maio de 2007, defendeu a Ota como localização preferencial do novo aeroporto de Lisboa, argumentando que se o mesmo fosse construído na margem sul do Tejo, terroristas poderiam dinamitar as diversas pontes sobre o Tejo, cortando o acesso ao Aeroporto. Foi bastante criticado na altura.

Em Maio de 2011, defendeu que José Sócrates deveria demitir-se no caso de perder as eleições.

Foi presidente da Assembleia Geral da GEO Capital - Investimentos estratégicos S.A., com sede em Macau, cujos accionistas de referência são Jorge Ferro Ribeiro, Stanley Ho e Ambrose So.

Em 25 de Abril de 2004, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade; a 6 de Junho de 2008, com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo; e a 8 de Março de 2017 com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo.

Foi também membro da Maçonaria Portuguesa, com o grau máximo, o Grau 33.

Faleceu em 2016, pouco antes da meia-noite, aos 89 anos de idade, na sua casa de Oeiras, após uma indisposição sentida a seguir ao jantar, à qual não resistiu.

A sua morte ocorreu pouco depois de ter manifestado apoio à candidatura de Maria de Belém Roseira nas eleições presidenciais de 2016; já se encontrava afectado com uma gripe durante esta campanha.

Depois de ter sido cremado no cemitério do Alto de São João, as suas cinzas foram sepultadas no cemitério de Vide, no jazigo da sua família.

Entre várias condecorações estrangeiras, recebeu também - em 2003 - o Prémio Norte-Sul, atribuído pelo Conselho da Europa.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

14 DE FEVEREIRO - JOSÉ ANTÓNIO VIEIRA DA SILVA

EFEMÉRIDE - José António Fonseca Vieira da Silva, político português e antigo ministro, nasceu na Marinha Grande em14 de Fevereiro de 1953.

É licenciado em Economia pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa e é professor convidado do ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa da Universidade de Lisboa.

De 2011 a 2015, foi deputado da Assembleia da República eleito pelo Partido Socialista, depois de ter encabeçado a lista do partido no círculo eleitoral de Setúbal.

Foi ministro do Trabalho e Solidariedade Social no primeiro governo de José Sócrates (2005/2009) e ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento no segundo governo de Sócrates (2009/2011).

Anteriormente, havia sido secretário de Estado da Segurança Social (1999/2001) e das Obras Públicas (2001/2002) do segundo governo de António Guterres (1999/2002), em ambos os casos sendo ministro Eduardo Ferro Rodrigues.

Foi também ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (2015/2019) no XXI Governo de António Costa.

É casado 2ª vez, com a deputada Sónia Fertuzinhos, e foi casado a primeira vez com a economista Margarida Guimarães, com a qual é pai de Mariana Vieira da Silva, sua colega no XXI Governo, como secretária de Estado Adjunta do Primeiro-Ministro.

Foi membro do Comité do Emprego e do Mercado do Trabalho da União Europeia.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

13 DE FEVEREIRO - FAIZ AHMAD FAIZ

EFEMÉRIDE - Faiz Ahmad Faiz, poeta paquistanês, nasceu em Sialkot no dia 13 de Fevereiro de 1911. Morreu em Lahore, em 20 de Novembro de1984, com 73 anos de idade.  

Ele foi um dos escritores mais célebres da língua urdu no Paquistão. Fora da literatura, foi descrito como «um homem de larga experiência», tendo sido professor, oficial do exército, jornalista, sindicalista e radialista.

Faiz foi indicado para o Prémio Nobel de Literatura e ganhou o Prémio Lenin da Paz.

Nascido em Punjab, Índia britânica, Faiz estudou no Government College e no Oriental College.  Ele passou a servir no Exército da Índia Britânica.

Após a independência do Paquistão, Faiz tornou-se editor do “The Pakistan Times” e um dos principais membros do Partido Comunista, antes de ser preso em 1951, como fazendo parte de uma suposta conspiração para derrubar o governo Liaquat e substituí-lo por um governo de esquerda.

Faiz foi libertado após quatro anos de prisão, tornou-se um membro notável do Movimento dos Escritores Progressistas e, eventualmente, um assessor da administração de Bhutto, antes de ser auto-exilado para Beirute.

Faiz era um marxista declarado e recebeu o Prémio Lenin da Paz da União Soviética em 1962.

O seu trabalho continua influente na literatura e nas artes do Paquistão. A obra literária de Faiz foi postumamente homenageada publicamente quando o governo do Paquistão lhe conferiu o mais alto prémio civil da nação, o Nishan-e-Imtiaz, em 1990.

domingo, 12 de fevereiro de 2023

12 DE FEVEREIRO - ISABEL SANTOS

EFEMÉRIDE - Maria Isabel Coelho Santos, técnica superior de relações internacionais e política portuguesa, nasceu em Valbom, Gondomar, no dia 12 de Fevereiro de 1968.

Depois de se licenciatura em Relações e Cooperação Internacionais, fez uma pós-graduação em Sociologia.

Militante do Partido Socialista, foi deputada na Assembleia da República entre 2005 e 2011 e entre 2015 e 2019.

Foi vice-presidente da Assembleia Parlamentar da OSCE, adjunta do Gabinete de Ápio à presidência da Câmara Municipal de Matosinhos, directora do Departamento de Recursos Humanos da mesma câmara, governadora civil do Distrito do Porto, vereadora da Câmara Municipal de Gondomar, secretária nacional adjunta do Partido Socialista, e vice-presidente e presidente da Comissão de Democracia, Direitos Humanos e Questões Humanitárias da Assembleia Parlamentar da OSCE.

Em 2019, foi eleita deputada ao Parlamento Europeu, para a IX legislatura (2019/2024).

sábado, 11 de fevereiro de 2023

11 DE FEVEREIRO - ALEXANDER McQUEEN

EFEMÉRIDE - Lee Alexander McQueen,  estilista britânico, morreu em Mayfair no dia 11 de Fevereiro de 2010. Nascera em Lewisham, em 17 de Março de 1969.

McQueen sucedeu a John Galliano na Givenchy, em 1996. Fazia parte do grupo formado por Galliano e Stella McCartney, que estudaram na Central Saint Martins.

Desenhou roupas para personalidades como Madonna, Björk, Beyoncé, Fergie, Rihanna, Janet Jackson, Mary J. Blige, Lady Gaga, Naomi Campbell, Sarah Jessica Parker, Br. Pionório, Cameron Diaz, Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anna Paquin, Katie Holmes, Camilla Belle, Michelle Obama e o rei Charles III.

No casamento de Guilherme, príncipe de Gales, e Catherine Middleton, a noiva usou um vestido da marca McQueen. Era branco off-white e foi criado por Sarah Burton, então directora-criativa.

Alexander McQueen deixou a escola aos 16 anos de idade e foi-lhe oferecido um estágio na tradicional alfaiataria de Savile Row Anderson em Shephard e, depois, em Gieves, ambas mestres na técnica de confecção da roupa. De lá, ele mudou-se para o figurinista teatral Angels and Bermans, onde dominou 6 métodos de padrão de corte, a partir do século XVI, para a melodramáticoa alfaiataria nítida que se tornou uma assinatura de McQueen.

Com idade de 20 anos, ele foi contratado pelo designer Koji Tatsuno, que também tinha as suas raízes na alfaiataria britânica. Um ano depois, McQueen viajou para Milão, onde foi empregado de Romeo Gigliï, como assistente de design. No seu retorno a Londres, ele completou um mestrado em Design de Moda no Central Saint Martins. Ele mostrou a sua colecção de MA em 1992, que ficou famosa, comprada na sua totalidade por Isabella Blow.

McQueen era assumidamente gay. No Verão de 2000, casou com o documentarista George Forsyth.

Alexander McQueen era conhecido pela sua força emocional e pelo uso de matérias-primas energéticas, bem como pela natureza romântica, mas decididamente contemporâneo nas colecções. Integral à cultura, McQueen era a justaposição entre os elementos contrastantes: a fragilidade e a força, tradição e modernidade, fluidez e intensidade. De um ponto de vista emocional e até mesmo abertamente apaixonado, fez tudo com um profundo respeito e influência para a tradição artística e artesanal. As colecções de Alexander combinam conhecimento profundo e trabalho de alfaiataria britânica sob medida, o fino acabamento dos ateliers franceses de alta costura e o acabamento impecável da fabricação italiana.

Em menos de 10 anos, McQueen tornou-se um dos estilistas mais respeitados do mundo. Em Outubro de 1996, foi nomeado designer-chefe do francês Givenchy Haute Couture Casa, onde trabalhou até Março de 2001. Em Dezembro de 2000, 51% de Alexander McQueen foi adquirida pelo Grupo Gucci, onde permaneceu como director criativo.

As colecções incluem mulheres pronto-a-vestir, pronto-a-vestir masculino, acessórios, óculos e fragrâncias (Reino MyQueen 2003 e 2005). Expansão seguida e retomada com abertura de lojas próprias em Nova Iorque, Londres, Milão, Las Vegas e Los Angeles. Os seguintes prémios reconheceram Alexandre McQueen e suas realizações na Moda: Designer britânico do ano de 1996, 1997, 2001 e 2003; International Designer do Ano pelo Conselho da Fashion Designer of America (CFDA), em 2003; mais um comandante Os britânicos do Empireï (CBE) pela rainha de Inglaterra em 2003; e GQ Designer Masculina do Ano em 2007.

A exposição Alexander McQueen: Savage Beauty foi concebida em 2010, após a morte do estilista e estreou em Nova Iorque, onde atraiu 661 509 visitantes entre 4 de Maio e 7 de Agosto de 2011. A mostra foi a exposição de moda mais visitada do Costume Institute do Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque.

Segundo informações cedidas por investigadores, McQueen sofria de uma forte pressão no ambiente trabalho e estava passando por uma grande depressão devido à morte de sua mãe. O cadáver do estilista foi encontrado no apartamento dele no bairro elegante de Mayfair, em Londres, no dia 11 de Fevereiro, um dia antes do funeral de sua mãe. Posteriormente, foi revelado durante o inquérito que McQueen tinha um histórico de depressão, ansiedade e insónia e havia tentado o suicídio várias vezes.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

10 DE FEVEREIRO - MARY RAND

EFEMÉRIDE - Mary Denise Rand (apelido original Bignal), atleta britânica, nasceu em Wells no dia 10 de Fevereiro de 1940.

Foi a primeira britânica a conquistar uma medalha de ouro de atletismo dos Jogos Olímpicos e é a única a ter conquistado três medalhas olímpicas numa única edição dos Jogos.

Atleta multidesportiva, desde a adolescência se destacou no salto em altura, salto em comprimento, corrida com barreiras e no pentatlo.

Em 1956, aos 16 anos, foi convidada a participar em treinos no campo de treinos da equipa britânica de atletismo que iria aos Jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrália, e derrotou as melhores saltadoras britânicas no salto em altura.

Aos 17 anos, bateu o recorde nacional britânico do pentatlo, na primeira vez em que disputou essa especialidade e, nos Jogos da Commonwealth de 1958, aos 18 anos, conquistou uma medalha de prata no salto em comprimento.

Depois de conquistar duas medalhas de bronze no Campeonato Europeu de Atletismo de 1962, em Belgrado, participou pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em Roma 1960, onde bateu mais um recorde britânico na eliminatória, mas, sem conseguir repeti-lo na final, ficou sem medalhas.

Em Tóquio 1964, viria a ganhar três medalhas olímpicas, de ouro, prata e bronze. Rand conquistou o ouro no salto em comprimento - 6,76 m - novo recorde mundial, derrotando a até então recordista mundial Tatyana Shchelkanova, da URSS, que ficou com o bronze. Conquistou também uma prata no pentatlo e um de bronze integrando a estafeta 4x100 m britânica.

Em 1965, foi agraciada com a comenda da Ordem do Império Britânico (MBE) e eleita como a BBC Sports Personality of the Year de 1964.

Após as vitórias em Tóquio, o seu ritmo de treinos ficou menos intenso, com menos competições, mas ela ainda venceu o salto em comprimento nos Jogos da Commonwealth de 1966.

Lesionada, não conseguiu lugar na equipa britânica para os Jogos da Cidade do México 1968 e, em Setembro desse ano, retirou-se do atletismo.

Rand também foi extra-oficialmente a recordista mundial do triplo-salto, entre 1959 e 1981; as marcas eram extra-oficiais porque recordes femininos nesta modalidade não foram reconhecidos pela IAAF até 1990.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

9 DE FEVEREIRO - BETTY DAVIS

EFEMÉRIDE - Betty Davis (nascida Betty Gray Mabry), cantora e compositora de música funk norte-americana, morreu em Homestead no dia 9 de Fevereiro de 2022.  Nascera em Durham, Carolina do Norte, em 26 de Julho de 1944.

Foi considerada uma das vozes mais influentes do estilo e aclamada como “Rainha do Funk”.

Davis é lembrada pelas suas letras controversas e performances marcantes nos seus shows ao vivo.

Além disso, foi um grande ícone da moda na década de 1970, precursora do estilo afro-futurista.

O sobrenome Davis decorreu do curto casamento com o astro do jazz Miles Davis, entre 1968 e 1969, mantido mesmo depois da separação.

Aos 77 anos de idade, Davis faleceu, na sua residência em Homestead, na Pensilvânia, de causas naturais.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

8 DE FEVEREIRO - JOE RAPOSO

FEMÉRIDE – Joseph “Joe” Guilherme Raposo Jr., músico e compositor luso-americano, nasceu em Fall River no dia 8 de Fevereiro de 1937. Morreu em Bronxville, em 5 de Fevereiro de 1989. Foi o autor do tema principal do programa “Rua Sésamo”.   

Joseph Guilherme Raposo era filho de pais naturais de S. Miguel, Açores: José Soares e Maria da Ascenção. O pai era pianista, violinista e flautista.

Desde cedo, aprendeu a tocar piano. Estudou música na Universidade de Harvard e, mais tarde, passou dois anos a estudar em Paris na École Normale de Musique com Nadia Boulanger.

Após regressar de Paris, Joe dirigiu o departamento de Teatro Musicado do Conservatório de Boston.

Em 1965, conheceu Jim Henson, criador da “Rua Sésamo” e dos “Marretas”, tendo sido contractado em 1969 para escrever a música da série “Marretas”.

Raposo tornou-se director musical do programa “Rua Sésamo”.

Escreveu mais de 350 canções que foram gravadas por Frank Sinatra, Barbra Streisand, Tony Bennett, The Carpenters, Paul Williams, Lena Horne, José Feliciano e Tom Jones.

Joe Raposo morreu em 1989, vítima de um linfoma.

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