domingo, 31 de maio de 2020

31 DE MAIO - SHIRLEY VERRETT


EFEMÉRIDE - Shirley Verrett, soprano e mezzo-soprano norte-americana, nasceu em Nova Orleães no dia, 31 de Maio de 1931. Morreu em Ann Arbor, em 5 de Novembro de 2010. 
Apesar de mostrar talento para a música desde a infância, Shirley Verrett teve uma educação estritamente religiosa, pois os pais eram adventistas. Sem contar com o apoio da família para a carreia lírica, passou a estudar na famosa Juilliard School de Nova Iorque. A sua estreia operística deu-se em 1957, no papel de Lucretia em “The Rape of Lucretia”, de Benjamin Britten. A sua estreia internacional teve lugar em Colónia, dois anos mais tarde, em “Rasputins Tod”, de Nicholas Nabokov. 
Em 1962, Shirley destacou-se como Carmen (Bizet) no Festival de Spoleto. Seguiram-se diversas actuações em teatros importantes, neste papel: Bolshoi (1963), La Scala (1964), Metropolitan Opera (1968) e Convent Garden (1973). A partir de então, passou a realizar apresentações regulares nestas e noutras casas de espectáculo de renome, tais como o Wiener Staatsoper, a Opéra de Paris e a San Francisco Opera. A cantora retirou-se dos palcos em 1990. 
Verrett também se tornou uma figura notável na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ao longo da sua carreira, foi protagonista de inúmeros incidentes envolvendo preconceitos raciais. O mais importante teve lugar em 1959, quando teve de declinar um convite do maestro Leopold Stokowski, com quem trabalhara, ainda como aluna da Juilliard School, para se apresentar em Houston, porque a orquestra sinfónica da cidade se recusou a tocar, tendo uma negra no papel principal de uma ópera. 
Um dos traços mais notáveis da carreira de Verrett foi a sua incrível versatilidade. O seu repertório era bastante incomum no cenário operístico internacional e incluía o bel canto (“La Favorita” e “Maria Stuarda”, de Donizetti), algumas obras-primas de Verdi e até óperas de compositores contemporâneos, como o já citado Benjamin Britten. 
Com uma extensão vocal excepcional, que recobria tanto o alcance de um mezzo-soprano quanto o de um soprano dramático, Verrett também se destacou por ter interpretado, em mais de uma ópera, dois papéis de registos vocais diferentes, tais como a Amneris ou a Aida de Verdi, ou a Adalgisa e a Norma, de Vincenzo Bellini. Em Outubro de 1973, entrou para a história do canto lírico, ao desempenhar, na mesma récita, as duas heroínas de “Les Troyens” (Berlioz), Cassandra e Dido, após Christa Ludwig, que teria sido sua parceira de palco, ter adoecido. 
Além de possuir uma voz brilhante e potente, Verrett também recebeu menções elogiosas da crítica especializada pelas suas habilidades dramáticas, demonstradas em papéis de intenso teor dramático, tais como Lady Macbeth ou Dalila em “Samson et Dalila” (Saint-Saëns).
De 1996 a 2010, foi professora na University of Michigan School of Music, Theatre & Dance e na James Earl Jones University. Faleceu com 79 anos. 

sábado, 30 de maio de 2020

RON WOOD - "Seven Days"

30 DE MAIO - CHARLOTTE BURTON


EFEMÉRIDE - Charlotte Burton, actriz norte-americana da era do cinema mudo e que actuou em mais de 130 filmes entre 1912 e 1920, nasceu em São Francisco no dia 30 de Maio de 1881. Morreu em Los Angeles, em 28 de Março de 1942. 
Charlotte assinou contrato com a American Film Company em 1912 e trabalhou para esta companhia durante vários anos. O seu primeiro filme foi a curta-metragem “The Would-Be Heir”. A partir de então, fez várias curtas-metragens para a companhia, entre elas duas séries, “The Diamond from the Sky” (1915) e “The Sequel to the Diamond From the Sky” (1916), ambas ao lado de William Russell. Em 1918, fez dois filmes para a William Russell Productions Inc.; em 1919, um filme para a Lewis S. Stone Productions Inc.; e em 1920, fez o seu último filme, “Polly of the Storm Country”, para a Chaplin-Mayer Pictures Company. 
Burton assinara km contrato com os Essanay Studios, que ela processou em 1919 reclamando 25 000 dólares por quebra de contrato. Ela assinara acreditando que estrelaria principalmente filmes dramáticos. Porém, acabou por protagonizar comédias.  Charlotte ganhou o processo na justiça, em 1920, e pôs fim à sua carreira artística. 
Em 1917, Burton casou-se com William Russell, em Santa Ana, na Califórnia, mas divorciaram-se em 1921. Casou novamente, dessa vez com Darrell Stuart, tendo tido uma filha. 
Charlotte Burton Stuart faleceu no Good Samaritan Hospital, em Los Angeles, vítima de um infarto agudo do miocárdio, aos 60 anos de idade.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

29 DE MAIO - DENNIS HOPPER


EFEMÉRIDE - Dennis Lee Hopper, actor, pintor, fotógrafo e realizador norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 29 de Maio de 2010. Nascera em Dodge City, em 17 de Maio de 1936. 
Ficou famoso mundialmente ao realizar e protagonizar, ao lado de Peter Fonda e Jack Nicholson, o filme “Sem Destino” (“Easy Rider”, 1969). Como actor, ele aparecera pela primeira vez no western “Johnny Guitar”, em 1954. 
Foi casado com a actriz Brooke Hayward, com quem teve uma filha chamada Marin e nascida em 1962. Foi depois casado com a também actriz Michelle Phillips, um casamento que teve a duração de oito dias. Em 1972, casou com a actriz Daria Halprin, casamento que acabou em 1976 e do qual nasceu uma filha, Ruthana, em 1974. Em seguida, Dennis casou com a actriz Katherine LaNasa com quem teve outro filho, Henry. Desde 1996, esteve casado com a actriz Victoria Duffy, com quem teve mais uma filha, Galen, nascida em 2003. 
Além de “Sem Destino”, marco da contracultura na década de 1960, Dennis interpretou um fotojornalista na longa-metragem “Apocalipse Now” (1979), dirigido por Francis Ford Coppola, e o vilão Frank Booth de “Veludo Azul” (1986), dirigido por David Lynch. Ao lado do seu amigo e mentor, James Dean, apareceu, na década de 1950, nos dramas “Juventude Transviada” e “Assim Caminha a Humanidade”. 
Ao longo da sua carreira, protagonizou 115 filmes. Além de ser também reconhecido como realizador, teve fotografias e quadros seus expostos, nomeadamente na Alemanha e nos Estados Unidos. 
Tem uma estrela no Passeio da Fama em Hollywood, inaugurada em Março de 2010.  
Em 2009, foi revelado que Dennis Hopper sofria de um cancro na próstata, em fase terminal. A doença tornara-se irreversível e o actor faleceu no ano seguinte. 

quinta-feira, 28 de maio de 2020

28 DE MAIO - GARY COLEMAN


EFEMÉRIDE - Gary Wayne Coleman, actor norte-americano, conhecido mundialmente pela série televisiva “Diff’rent Strokes”, morreu em Provo, Utah, no dia 28 de Maio de 2010. Nascera em Zion, Illinois, em 8 de Fevereiro de 1968. 
Foi adoptado por uma enfermeira e pelo seu marido, um manobrador de plataformas elevatórias.  
Devido a uma disfunção renal, que o impossibilitou de crescer (nunca ultrapassou 1,42), parecia ser uma criança de oito anos, desde o primeiro episódio de “Diff’rent Strokes” (1978) até ao último, em 1986. Gary chegou a receber 100 000 dólares por episódio. A sua fortuna chegou a ser avaliada em 18 milhões de dólares. Tornou-se rapidamente numa celebridade, aparecendo em filmes publicitários e sendo estrela, em 1982, do seu próprio desenho animado - “The Gary Coleman Show”.
Com o fim de “Diff’rent Strokes”, em 1986, Gary passou a fazer pequenas aparições em séries e filmes, até que foi sendo esquecido pelos produtores. 
Tentou o suicídio por duas vezes e, mais tarde, processou os pais adoptivos e o empresário, por o terem espoliado de todo o seu dinheiro. Quando estava num shopping de Los Angeles, esmurrou uma fã, que insistentemente queria o seu autógrafo. Foi preso e obrigado a pagar as despesas médicas da vítima. Fez uma rápida aparição em “The Fresh Prince of Bel-Air”. 
Em 2001, falido e com dívidas, arranjou um emprego como segurança num parking em Los Angeles. Em 2003, candidatou-se ao governo da Califórnia e perdeu para um outro actor, Arnold Schwarzenegger. Desde então, fez trabalhos esporádicas na TV. O último foi na série “Drake & Josh”, no episódio “The Gary Coleman Grill”. Gary também fez um pequeno papel em dois episódios da série “My Wife and Kids”. 
Morreu, aos 42 anos, na sua casa em Provo. Teria caído na escada e sofrido uma hemorragia cerebral. O corpo foi cremado, em cerimónia privada, segundo os seus desejos. 

quarta-feira, 27 de maio de 2020

27 DE MAIO - JOÃO RICARDO


EFEMÉRIDE - João Fernando Santos Ricardo, actor e encenador português, nasceu em 27 de Maio de 1959. Morreu em Lisboa no dia 23 de Novembro de 2017. 
No início dos anos 1980, começou por dedicar-se ao circo, tendo sido um dos primeiros alunos da escola circense Chapitô.
Estreou-se no Teatro A Barraca, a fazer uma substituição na peça “O Baile”. Em televisão, estreou-se em 1988, em “A Última Viagem” de Jaime Campos, peça inserida na série “Fados”. Em 1989, teve uma participação num dos episódios da série “Caixa Alta” da autoria de Tozé Martinho e Manuel Arouca. 
Em 1992, apareceu em “O Quadro Roubado” de José Carlos Oliveira. Também entrou em “Ideias Com História”, apresentado por Carlos Cruz, e num episódio da série francesa “Deux justiciers dans la ville”. Em 1996, protagonizou “Mistérios de Lisboa”, gravado para televisão.
No ano de 1997, desempenhou o papel de Zequinha na série “Lelé e Zequinha” da RTP. Apareceu igualmente num dos episódios de “Nós os Ricos”. Em 1999, entrou na série “Cruzamentos” da RTP e em “Todo O Tempo do Mundo” da TVI
No teatro, colaborou regularmente com o Teatroesfera, do qual foi um dos fundadores. Em 2002, encenou o monólogo “A Voz Humana” com Florbela Oliveira (Teatro da Trindade). 
Em 2003, entrou na telenovela “Coração Malandro” da TVI. Apareceu também no filme “A Passagem da Noite”, de Luís Filipe Rocha. Em 2004, protagonizou o filme “A Costa dos Murmúrios” de Margarida Cardoso. No ano seguinte, apareceu na curta-metragem “Os Meus Espelhos”, de Rui Simões. 
Em Outubro de 2005, nasceu o seu único filho, Rodrigo Ricardo, o grande amor da sua vida.
No Teatro Nacional D. Maria II, encenou as peças “Sonho de Uma Noite de Verão” (2004) e “A Ilha Encantada” (2005), de William Shakespeare. Interpretou peças como: “Ricardo II” (2007) e “Hamlet” (2007). Na TVI, fez, entretanto, as telenovelas “Mundo Meu” (2005), “Tempo de Viver” (2006), “Deixa-me Amar” (2007) e “Morangos com Açúcar”! (2008). 
Em 2007, apareceu no filme “Corrupção”. No ano seguinte, entrou no filme “A Corte do Norte”. Participou nas telenovelas “Podia Acabar o Mundo” (2008) e “Perfeito Coração” (2009), ambas na SIC
Apareceu no “Filme do Desassossego” de 2010. Participou na telenovela “Laços de Sangue” onde fez de Armando Coutinho, um dos papéis mais marcantes da sua carreira. Em Dezembro de 2010, assinou contrato de exclusividade com a SIC. Ainda se falou de uma sitcom com essa personagem e com Gi (Custódia Gallego). Abandonou, entretanto, a direcção do Teatro de Carnide. Armando Coutinho ainda aparecerá na telenovela “Rosa Fogo” de 2012. Entrou na peça “O Aldrabão”, encenada em 2013 pelo Teatro Nacional D. Maria II
Apareceu nos programas da SICVale Tudo” e “Splash! Celebridades”. Ao lado de Rita Andrade, apresentou em 2013, o programa “Não Há Crise!”. Lançou em 2013 o livro para a infância “Queres namorar comigo?”. Apresentou, em 2014, o programa “Os Vídeos Mais Loucos do Guiness”. 
Em 7 de Outubro de 2016, depois de se ter sentido mal durante o jantar, foi levado para o Hospital de Santa Maria onde, ainda nessa noite, foi operado de urgência a um tumor no cérebro, que se veio a revelar maligno. Faleceu no ano seguinte, com 58 anos. 

terça-feira, 26 de maio de 2020

26 DE MAIO - VIVIAN RICH


EFEMÉRIDE - Vivian Rich, actriz norte-americana, nasceu em Filadélfia no dia 26 de Maio de 1893.  Morreu em Hollywood, em 17 de Novembro de 1957. Actuou na era do cinema mudo, em 218 filmes (1912/1931).  
A família mudou-se para Boston, onde Vivian completou s sua educação na Boston Latin High School. Começou a trabalhar no teatro, em comédias musicais, através da American Film Company. Morou com a mãe, em Santa Bárbara, na Califórnia. 
Em 1912, assinou contrato com a Nestor Film Company e protagonizou mais de 200 filmes através de várias companhias, grande parte para a American Film Company. O seu primeiro filme foi a curta-metragem “Cupid’s Victory”, em 1912, para a Nestor Film, e o último foi “Hell's Valley” (1931), retirando-se da vida cinematográfica em 1931, após o casamento. 
A sua estreia no mundo do espectáculo fora no revivalCountry Girl”, no Herald Square Theatre, em Nova Iorque. Em seguida, juntou-se à Lux Company e foi para a costa do Pacífico. 
Tanto no teatro como no cinema mudo, Vivian Rich teve bastante sucesso, com o seu espírito vivaz, a sua forma cativante e a extrema beleza, que fizeram dela uma das principais actrizes famosas nos ecrãs. Alguns dos seus êxitos foram: “The Oath of Pierre”, “The Lost Sermon”, “Oil On Troubled Waters” e “Truth in the Wilderness”. 
Vivian era casada com o técnico de futebol universitário Ralph W. Jesson e teve três filhos. Faleceu num acidente de trânsito, em Hollywood. Foi sepultada no Valhalla Memorial Park Cemetery, em North Hollywood.

segunda-feira, 25 de maio de 2020

25 DE MAIO - BRADLEY NOWELL


EFEMÉRIDE - Bradley James Nowell, músico e compositor norte-americano, mais conhecido como guitarrista e vocalista da banda de ‘ska punk’ Sublime, morreu em São Francisco no dia 25 de Maio de 1996. Nascera em Long Beach, em 22 de Fevereiro de 1968.
Faleceu vítima de uma overdose de heroína, durante uma tournée e pouco antes do primeiro lançamento, por uma grande gravadora, de um trabalho do seu grupo, o álbum “Sublime”. Deixou esposa e um filho.
Bradley Nowell nascera e crescera em Long Beach (Califórnia), junto com os pais e a sua irmã Kelly. À medida que crescia, Nowell tornou-se uma criança problemática. O seu comportamento rebelde agravou-se aos 10 anos, quando os pais se divorciaram. 
Ao fazer uma viagem às Ilhas Virgens, juntamente com o pai, Bradley foi introduzido no ‘Reggae’ e, ao voltar, passou a aprender como tocar guitarra. Aos 13 anos, formou a sua primeira banda, os Hogan’s Heroes, juntamente com Eric Wilson, que mais tarde se tornaria baixista da banda Sublime
Nowell estudou na Wilson Classical High School em Long Beach e. mais tarde, frequentou a California State University de Long Beach. 
Bradley foi um músico que viria a influenciar muita gente em relação ao estilo musical e ao estilo de vida, sendo um ícone para toda a geração que partilhou um gosto comum pelo ‘skate’. 
Apesar das várias tentativas de desintoxicação que fizera, em meio hospitalar, Bradley desapareceu aos 28 anos de idade, quando havia ainda muito a esperar dele.

domingo, 24 de maio de 2020

24 DE MAIO - RON PARISE


EFEMÉRIDE - Ronald “Ron” Anthony Parise, astronauta e cientista norte-americano, nasceu em Warren no dia 24 de Maio de 1951. Morreu em Silver Spring, em 9 de Maio de 2008. Fez duas missões no ónibus espacial. 
Formado em Física, Matemática, Geologia e Astronomia, fez doutoramento na última cátedra, na Universidade da Flórida, em 1979. 
Foi seleccionado pela NASA em 1984, como especialista de carga, para os voos do novo sistema de observatórios espaciais ASTRO e, durante os doze anos que dedicou a este trabalho, em terra e no espaço, esteve envolvido no planeamento de missões, desenvolvimento de simuladores e de procedimentos de voo, assim como na análise de dados científicos. 
Após o complemento do programa ASTRO, Parise assumiu a direcção de um planeamento de engenharia de comunicações para diversos projectos de missões humanas no espaço, como a estação Mir, a Estação Espacial Internacional e o X-38
Foi ao espaço pela primeira vez como especialista de carga na missão STS-35 Columbia, em 2 de Dezembro de 1990, uma missão de nove dias destinada a fazer observações com o Astro-1, observatório do Spacelab constituído por quatro telescópios. A sua segunda missão foi em Março de 1995, como especialista de carga da STS-67 Endeavour, que levou ao espaço o Astro-2
Ron Parise faleceu em Maio de 2008, nas vésperas de completar 57 anos, após três anos de luta contra um cancro no cérebro.

sábado, 23 de maio de 2020

23 DE MAIO - JOE PASS


EFEMÉRIDE - Joe Pass, de seu verdadeiro nome Joseph Anthony Jacobi Passalaqua, guitarrista de jazz norte-americano, morreu em Los Angeles no dia 23 de Maio de 1994. Nascera em New Brunswick, em 13 de Janeiro de 1929. Foi um dos maiores nomes da guitarra de jazz. 
Joe começou a tocar guitarra aos 9 anos de idade e, aos catorze, já tocava em conjuntos profissionais. Tocou, entre outros, com a banda de Tony Pastor. Tocou igualmente com Charlie Barnet em 1947 e depois foi prestar o serviço militar.
Após ser dispensado, passou os anos 1950 às voltas com o vício em drogas, tendo inclusivamente passado algum tempo na prisão por causa disso. 
Em 1962, livre das drogas, graças a um trabalho de reabilitação na Synanon Foundation, regressou ao mundo da música. 
Tocou com Gerald Wilson, Les McCann, George Shearing, Benny Goodman, Ella Fitzgerald, Count Basie, Duke Ellington e Dizzy Gillespie. 
Joe só se tornou verdadeiramente uma estrela, quando já era músico maduro. Teve a sorte de encontrar o maior produtor do jazz contemporâneo, Norman Granz, que o pôs em contacto com os monstros sagrados da música e na linha da frente do mundo artístico. 
Até 1970, Pass era um músico de estúdio quase anónimo, participando em formações de acompanhantes de dezenas de artistas. 
Depois, na gravadora Pablo, de Granz, gravou cerca de 20 discos individuais e 50 em dueto, trio ou em conjunto com outros músicos de nomeada. 
O estilo de Pass, que tocava com os dedos, sem palheta, era marcado em especial pela grande imaginação harmónica nas baladas românticas, embora o seu ritmo nos tempos rápidos também fosse apreciado pelo público.
Oriundo de uma família humilde, os discos que gravou renderam-lhe vários prémios, prestígio e dinheiro. Entre eles, “The Trio” (com Oscar Peterson e Niels Pedersen, que ganhou o Grammy em 1974), três duetos com Ella Fitzgerald e outros tantos com Sarah Vaughan. 
Outros grandes sucessos em disco foram: “Portraits of Duke Ellington” (1974), “We Will Be Together Again” (1985) e “Summer Nights” (1989). 
Apesar de tanto êxito nos discos, Joe Pass dizia preferir o trabalho ao vivo. O grande prazer da sua vida era tocar em clubes nocturnos, como fizera no início da carreira. 
Faleceu devido a um cancro no fígado, aos 65 anos de idade. Era casado com Ellen Pass e teve dois filhos.

sexta-feira, 22 de maio de 2020

22 DE MAIO - PHILIP ROTH


EFEMÉRIDE - Philip Milton Roth, escritor norte-americano, morreu em Nova Iorque no dia 22 de Maio de 2018. Nascera em Newark, Nova Jersey, em 19 de Março de 1933. Foi associado pela sua educação e temática literária à comunidade judaica. É considerado um dos maiores escritores norte-americanos da segunda metade do século XX. É conhecido sobretudo pelos romances, embora também tenha escrito contos e ensaios.
Entre as suas obras mais conhecidas, encontra-se a colecção de contos “Goodbye, Columbus” (1959), a novela “O Complexo de Portnoy” (1969) e a trilogia publicada na década de 1990, composta pelas novelas “Pastoral Americana” (1997), “Casei com um comunista” (1998) e “A Marca Humana”. 
Muitas das suas obras reflectem os problemas de assimilação e identidade dos judeus dos Estados Unidos, o que o vincula a outros autores norte-americanos como Saul Bellow, laureado com o Nobel de Literatura em 1976, ou Bernard Malamud, que também tratam nas suas obras a experiência dos judeus americanos. 
Grande parte da obra de Roth explora a natureza do desejo sexual e a auto-compreensão. A marca registada da sua ficção é o monólogo íntimo, dito com um humor amotinado, e a energia histérica por vezes associada com as figuras do herói e narrador de “O Complexo de Portnoy”, a obra que o tornou conhecido.
Recebeu o Prémio Pulitzer de Ficção com “Pastoral Americana” em 1998. É conhecido sobretudo pelo seu alter-ego Nathan Zuckerman, protagonista de diversos dos seus livros. É o único autor americano a ter as suas obras completas publicadas em vida pela Library of America, que tem como missão editorial preservar as obras consideradas como parte da herança cultural americana. 
Foi galardoado também com o prestigioso Prémio Internacional Man Booker, em 2011. 
Em 2012, foi o vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias de Literatura. Em Setembro do mesmo ano, em entrevistas a revistas francesas, anunciou que abandonava a carreira de escritor, sendo “Némesis” o seu último trabalho. Dedicou-se depois à produção da sua biografia escrita por Blake Bailey. 
Faleceu aos 85 anos, num hospital nova-iorquino, vítima de Insuficiência cardíaca.
Escreveu 26 romances, alguns adaptados ao cinema. 

quinta-feira, 21 de maio de 2020

21 DE MAIO - DR. AMORIM DA FONSECA


EFEMÉRIDE - Joaquim Augusto Amorim da Fonseca, médico português, morreu em Loriga no dia 21 de Maio de 1927. Nascera em Varziela, em 1862.  Exerceu a profissão em Loriga, onde desempenhou um papel de destaque, sendo recordado como um homem que deu a vida pelos seus pacientes. 
Após se licenciar em Medicina, casou com Urbana Madeira, natural de Poiares, no concelho de Arganil, estabelecendo-se nesta localidade até ser transferido para Loriga, em 1893, onde continuou a exercer a sua profissão, com o cargo de Médico Municipal, até à data da sua morte. 
Foi descrito como sendo um indivíduo gentil e cortês, com fortes valores morais e religiosos. Um homem e um profissional extremamente dedicado aos seus pacientes, independentemente da idade e da classe social, chegando a desesperar quando se via impotente perante o sofrimento que certas patologias originavam. 
Apesar das condições atmosféricas típicas desta zona do país, do relevo montanhoso e das más condições dos caminhos e estradas então existentes, o Dr. Amorim da Fonseca prestava assistência médica em todas as localidades vizinhas, deslocando-se a pé ou de mula, dispensando, por vezes, qualquer remuneração monetária pelos seus serviços. 
Todas estas razões levaram a que fosse amado e respeitado pelo Povo. A sua dedicação fez com que viesse a falecer, vítima da mesma epidemia que combatia diariamente a nível profissional e que dizimou uma parte da população loriguense, no final dos anos 1920 - o tifo epidémico (ou exantemático).
Os seus restos mortais foram trasladados posteriormente do cemitério de Loriga para o da Pedreira, em Felgueiras. 
Em 1979, para celebrar o cinquentenário da sua morte, e como prova de gratidão, a Junta de Freguesia de Loriga mandou erigir um busto em sua homenagem, num largo que passaria a ter o seu nome - Largo Dr. Amorim da Fonseca.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

20 DE MAIO - VLADIMIR SMIRNOV


EFEMÉRIDE - Vladimir Viktorovich Smirnov, esgrimista soviético, nasceu em Rubizhne, na Ucrânia, em 20 de Maio de 1954. Morreu em Roma no dia 28 de Julho de 1982. 
Com grande potencial, cedo foi colocado sob a alçada do mestre Victor Bykov e, em 1977, conquistou o primeiro título nacional. Dois anos depois, foi Campeão do Mundo por equipas.
Smirnov ganhou a medalha de ouro do florete nos Jogos Olímpicos de Moscovo em 1980, onde obteve igualmente a medalha de prata por equipas e a de bronze, igualmente por equipas, mas em espoada.  Foi Campeão Mundial de esgrima no ano seguinte (individual e por equipas). 
Durante o Campeonato do Mundo de 1982, que decorreu em Roma, num combate com o alemão Matthias Behr, no dia 19 de Julho, sucedeu um acidente fatal: - a lâmina do florete de Behr partiu-se e dirigiu-se directamente para a malha da máscara de Smirnov, atingindo uma órbita e o cérebro. Smirnov teve morte imediata, mas esteve ligado a máquinas até ser declarada a sua morte oficial nove dias depois. 
O acidente de Smirnov forçou à Federação Internacional de Esgrima a adoptar medidas de segurança na modalidade: - lâminas em aço maraging (em vez de aço liso carbono); uniformes em kevlar ou nylon balístico; e máscaras duas ou três vezes mais fortes do que aquelas que Smirnov usava. Surgiram igualmente outras regras de segurança, por causa desta fatalidade. Desde que estas novas medidas foram adoptadas, nunca mais se registou qualquer acidente em esgrima de alta competição.
Vladimir Smirnov deixou este mundo aos 28 anos de idade. 

terça-feira, 19 de maio de 2020

19 DE MAIO - NORA EPHRON


EFEMÉRIDE - Nora Ephron, jornalista e escritora. guionista, realizadora e produtora de cinema norte-americana, nasceu em Nova Iorque no dia 19 de Maio de 1941. Morreu na mesma cidade em 26 de Junho de 2012. 
Os pais eram os dramaturgos Henry e Phoebe Ephron e, desde cedo, acostumou-se a viver no meio de pessoas famosas e influentes. 
Diplomou-se em 1962, no Wellesley College, fazendo em seguida um estágio na Casa Branca durante a presidência de J. F. Kennedy. Iniciou depois uma carreira de jornalista no “New York Post”, onde ficou cunco anos. Paralelamente, ia escrevendo novelas e romances. 
Ficou muito conhecida pelos artigos que escreveu para a revista “Esquire”, na década de 1970. Esses artigos geraram o livro “Crazy Salad”, que se tornou um bestseller. 
A sua transição para o cinema aconteceu com o guião de “Silkwood - O retrato de uma coragem”, em 1983, e - menos de uma década depois - realizou o seu primeiro filme, “Sintonia de amor”. 
Foi casada com o novelista Dan Greenburg e com o jornalista de investigação Carl Bernstein, com quem teve dois filhos. Depois, esteve casada - desde 1987 - com o jornalista e cenarista Nicholas Pileggi, autor do guião do filme “Os bons companheiros”. 
Foi nomeada três vezes para os Oscars. Teve também sucesso com os seus romances. Faleceu aos 71 anos de idade, vítima de uma pneumonia, agravada por leucemia.
Um dos seus filhos, Jacob Bernstein, é igualmente realizador.  

segunda-feira, 18 de maio de 2020

18 DE MAIO - WALTER SISULU


EFEMÉRIDE - Walter Max Ulyate Sisulu, activista sul-africano contrário ao regime do Apartheid, nasceu em Ngcobo no dia 18 de Maio de 1912. Morreu em Joanesburgo, em 5 de Maio de 2003. Membro do Congresso Nacional Africano (CNA), serviu por vezes como secretário-geral e vice-presidente da organização. Esteve preso na Ilha Robben, onde ficou detido mais de 25 anos. 
A mãe, era empregada doméstica e o pai, que era branco, trabalhou no Departamento de Colónia do Cabo durante seis anos, entre 1903 e 1909, sendo transferido para o Gabinete do Chefe do Magistrado em Umtata, em 1910, para inspeccionar os trabalhadores que construíam uma estrada. Não desempenhou um papel na educação de Walter e da sua irmã, que foram criados pela família da mãe. 
Aos 15 anos, em 1928, mudou-se para Joanesburgo, com o objectivo de ganhar dinheiro para ajudar no sustento da família. Na capital, tornou-se líder sindical e, em 1940, filiou-se ao Congresso Nacional Africano. No ano seguinte, teve como vizinho Nelson Mandela, encorajando-o a ingressar no CNA
Sisulu era casado com Albertina Sisulu, com quem teve cinco filhos legítimos e quatro adoptivos. Juntou-se a Nelson Mandela (que se casou com uma prima sua, Evelyn Ntoko Mase) e a Oliver Tambo. Em 1944, co-fundaram a ANCYL (liga jovem do CNA). 
Em 1949, tornou-se secretário-geral do CNA, mesmo ano em que o ultra-direitista Partido Nacional fizera aprovar as leis segregacionistas do apartheid
Sisulu sofreu sucessivas interdições e prisões, após a proscrição do CNA. Foi um dos fundadores e líderes do MK (braço armado do CNA) e viveu na clandestinidade a partir de 1963. 
No Julgamento de Rivonia (1964), foi condenado q prisão perpétua, cumprindo pena na Ilha de Robben e em Pollsmoot, de onde saiu em Outubro de 1989, para negociar com o regime o fim do domínio branco no país.
Em 1992, foi agraciado com a mais alta honraria do CNA, o Isitwalandwe Seaparankoe. Uma filha adoptiva, Beryl Rose Sisulu, viria a ser embaixadora da República da África do Sul, na Noruega.
Walter Sisulu faleceu aos 90 anos. 

domingo, 17 de maio de 2020

17 DE MAIO - PAUL DI'ANNO


EFEMÉRIDE - Paul Di’Anno, de seu verdadeiro nome Paul Andrews, cantor inglês, ex-vocalista do grupo Iron Maiden, nasceu em Chingford no dia 17 de Maio de 1958
Paul cresceu em Chingford, subúrbio de Londres, e durante a adolescência cantou em várias bandas de rock, enquanto trabalhava como açougueiro e cozinheiro. Ingressou no Iron Maiden após a saída de Dennis Wilcock, sendo apresentado a Steve Harris pelo baterista Doug Sampson, um velho amigo de Steve que tocou com ele na banda Smiler. Foi nesta época que Paul adoptou o apelido ‘Di’Anno’, que depois usaria para afirmar que era descendente de italianos. 
O primeiro teste com Paul não ocorreu, porque Paul foi preso pela polícia ao ameaçar um homem com uma faca na via pública, mas Paul acabou por entrar na banda e gravou o primeiro álbum em 1980, “Iron Maiden”, que se tornou um clássico do género, misturando punk com riffs de heavy-metal e alguns elementos de rock progressivo. Em 1981, gravou o segundo álbum, “Killers”, e um EP, “Maiden Japan”. 
Algumas tensões começaram a surgir na banda, por causa do comportamento de Paul. Alguns shows chegaram a ser cancelados por falta de vontade ou pelo estado em que Paul se encontrava, pelo uso excessivo de bebidas alcoólicas e drogas. Por causa desses problemas, a banda resolveu substituí-lo por outro vocalista, que conseguisse cumprir os compromissos das tournées, e acabaram por escolher o ex-vocalista do Samson, Bruce Dickinson. 
Após a saída do Iron Maiden, Paul montou uma banda própria chamada Di’Anno, com Lee Slater e P.J. Ward nas guitarras, Kevin Browne no contrabaixo, Mark Venables nos teclados e Dave Irving na bateria. A banda durou dois anos, gravando apenas um álbum (“Di’anno”) em 1984. 
Em 1999 e 2000, Paul juntou-se a músicos brasileiros para gravação do CD “Nomad”. O CD teve uma tournée de lançamento no Brasil, mas outra tournée prevista para os EUA foi cancelada devido a problemas de Paul com a imigração.  
Em 1985, Di’Anno criara a banda Battlezone, com a qual fez shows durante quatro anos e gravou 3 álbuns: “Fighting Back”, “Children of Madness” e “Warchild”. 
Após o fim da Battlezone, Paul e Steve Hopgood decidiram formar uma nova banda, que Paul baptisou de Killers, em homenagem ao seu segundo álbum no Iron Maiden
Em 2011, Paul voltou a unir-se a músicos brasileiros para a formação de uma nova banda. Após um concurso na sua página no “MySpace”, a banda ganhou o nome de Rockfellas, iniciando uma tournée pelo Brasil. Após o Rockfellas, nas suas últimas tournées pelo Brasil, Paul teve o apoio da banda porto-alegrense Scelerata, nos seus shows. 
No ano de 2015, Paul voltou ao Brasil para apresentar “The Beast is Back”, afirmando que esta seria a sua última actuação no país. Posteriormente, por motivos de saúde, fez uma pausar na sua carreira, deixando vários projectos em standby.
Já em 2920, foi publicado um álbum a solo, “Hell Over Waltrop - Live In Germany”, gravação de um show ocorrido em 2006.

sábado, 16 de maio de 2020

16 DE MAIO - MARGARET SULLAVAN


EFEMÉRIDE - Margaret Brooke Sullavan, actriz norte-americana, famosa pelos melodramas que protagonizou, nasceu em Norfolk, Virgínia, no dia 16 de Maio de 1909. Morreu em New Haven, Connecticut, em 1 de Janeiro de 1960. 
Margaret descobriu a paixão pelo teatro em Cambridge, Massachusetts, onde participou em várias peças. Estreou-se na Broadway em 1931, com “A Modern Virgin”. Dois anos depois, contratada pela Universal Pictures, estrelou o melodrama de sucesso “Nós e o Destino” (1933). O filme seguinte, o também melodramático “Vale a Pena Viver?” (1934), confirmou a sua capacidade de emocionar o público. Outros triunfos se seguiram, como “Três Camaradas” (1938), pelo qual foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz, “A Loja da Esquina” (1940), o terceiro dos seus quatro trabalhos ao lado de James Stewart, e “Esquina do Pecado” 1941), onde teve um dos seus desempenhos mais aclamados. 
Em 1931, casou com Henry Fonda, com quem trabalhara no teatro. O casamento durou poucos meses e terminou em divórcio, mas ficaram amigos para a vida. O segundo marido foi o realizador William Wyler, que a dirigiu em “A Boa Fada” (1935). Esta união durou menos de dois anos e também terminou em divórcio. 
Em 1936, Margaret desposou o agente Leland Hayward, com quem teve três filhos. Onze anos depois, estavam divorciados. Finalmente, em 1950, casou pela última vez, então com um homem de negócios, Kenneth Wagg, com quem ficou até à morte. 
De espírito rebelde, insegura e com fobia do estrelato, Margaret acabou por fazer uma carreira curta no cinema. Ela recusou-se reiteradamente a rodar um filme atrás do outro, razão pela qual as películas em que trabalhou totalizam apenas dezasseis. Em meados da década de 1940, com o agravamento de uma persistente surdez congénita, afastou-se do cinema. Ainda fez um filme em 1950, mas nessa época já ela se dedicava de corpo e alma à sua grande paixão - o teatro. 
Entretanto, deprimida com as críticas negativas ao seu último espectáculo, ingeriu uma dose excessiva de barbitúricos, no dia de Ano Novo. Em coma profundo, faleceu a caminho do hospital. Acidente ou suicídio?  Segundo o laudo oficial, a morte foi por acidente, mas essa conclusão é contestada por muitos. 
A actriz contava apenas cinquenta anos de idade. Encontra-se sepultada no Saint Mary’s Whitechapel Episcopal Churchyard, no Condado de Lancaster, Virgínia. Tem uma estrelça no Hollywood Walk of Fame, desde 1960.

sexta-feira, 15 de maio de 2020

15 DE MAIO - OSCARINO FARIAS


EFEMÉRIDE - Oscarino Farias Varjão, ventríloquo brasileiro com mais de 60 anos de carreira, nasceu em Rio Solimões no dia 15 de Maio de 1937. Morreu em Manaus, em 15 de Abril de 2018. Ficou conhecido sobretudo pelo seu personagem Peteleco.
Oscarino nasceu na comunidade Paraná do Xiborena, no Rio Solimões, actualmente um dos distritos de Iranduba, no Amazonas. De origem muito simples, a sua família mudou-se para Manaus em meados da década de 1950. Oscarino foi engraxate, no centro da capital amazonense e ajudava a mãe na venda de tapiocas no Mercado Municipal, quando confeccionou um boneco, que baptizou de Chiquinho, em 1953. Foi o seu primeiro personagem. 
Em 1957, aos vinte anos de idade, criou o boneco Peteleco, na casa da sua sogra, como forma de superar as dificuldades financeiras. Desde então, Oscarino passou a realizar apresentações em escolas, programas de rádio e TV, em várias localidades do país.
Reconhecido como um dos grandes mestres da sua arte, principalmente pela habilidade de se expressar sem mexer a boca, Oscarino chegou a conceder lima entrevista no “Programa do Jô”, na TV Globo, em Novembro de 2000. A sua obra também lhe rendeu um documentário chamado “Oscarino & Peteleco”. Em 2016, o seu personagem foi declarado Património Cultural Imaterial do Amazonas
A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas divulgou uma nota a informar que o artista era portador de diabetes, colelitíase, hipertensão arterial sistémica, possuía sequela de acidente vascular cerebral e asma. Oscarino foi internado no dia 13 de Abril de 2018, onde esteve entubado na emergência do Hospital, mas não resistiu e faleceu de paragem cardíaca 2 dias depois. O velório teve lugar no salão nobre do Centro Cultural Palácio Rio Negro e o seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, em Manaus.

quinta-feira, 14 de maio de 2020

14 DE MAIO - RÚBEN DIAS


EFEMÉRIDE - Rúben Santos Gato Alves Dias, futebolista português que joga como defesa no Sl. e Benfica, nasceu na Amadora em 14 de Maio de 1997.
Depois de uma formação inicial no CF Estrela da Amadora, Rúben foi para o centro de formação do Benfica em 2008, vindo a integrar a equipa de reservas em 2015 e a equipa principal em 2017.
Com os Sub-17, participou no Campeonato Europeu em 2014. Quando desta competição, jogou quatro encontros e a equipa nacional foi eliminada nas meias-finais, frente à Inglaterra. 
Foi seleccionado para os Sub-19, nos Campeonatos da Europa de 2016, em que foi capitão de equipa. 
Com os Sub-20, disputou a Taça do Mundo de 2017, novamente como capitão de equipa. Portugal foi eliminado nos quartos-de-final, frente ao Uruguai, com desempate por grandes-penalidades. 
A sua primeira selecção para a equipa A, ocorreu em Maio de 2018, num jogo de preparação para os Mundiais, frente à Tunísia. Fez parte da equipa de Portugal que esteve na Rússia, mas sendo o elemento mais jovem da equipa, não chegou a alinhar em qualquer jogo.  
Do seu palmarés fazem parte o título de Campeão Nacional de 2018/19 e a Supertaça Cândido de Oliveira de 2019, ambos os troféus pelo Benfica. Pela Selecção Nacional, venceu o torneio Liga das Nações da UEFA (2018/2019).
Tem sido cobiçado por vários clubes europeus de grande nomeada.

quarta-feira, 13 de maio de 2020

13 DE MAIO - TEATRO NACIONAL SÃO JOÃO


EFEMÉRIDE - O Teatro Nacional São João (TNSJ), localizado na Praça da Batalha, no centro histórico da cidade do Porto, foi inaugurado em 13 de Maio de 1798
Denominado originalmente como Real Teatro de São João, a sua primitiva edificação foi erguida em 1794, por determinação de Francisco de Almada e Mendonça, com projecto do arquitecto italiano Vicente Mazzoneschi, que havia sido cenógrafo do Teatro de São Carlos em Lisboa. 
Foi inaugurado com a comédia “A Vivandeira”, com o intuito de assinalar o aniversário do príncipe D. João (futuro D. João VI), motivo pelo qual, nos primeiros tempos, ainda lhe deram o nome de Teatro do Príncipe
A estrutura interior do original Real Teatro de São João era semelhante à do Teatro de São Carlos e a sua composição próxima dos teatros de tipo italiano que, na época, se tinham estabelecido como regra de sucesso. 
Em 11 de Abril de 1908, um violento incêndio destruiu completamente o edifício. Sem se conformar com a perda, logo uma comissão se constituiu para a sua reconstrução, que teve início em 1911, com projecto de Marques da Silva. Foi inaugurado em 7 de Março de 1920 (com a ópera “Aida” de Verdi) e, em 1992, foi adquirido pelo Estado português. 
Hoje, o edifício totalmente reconstruído é um dos principais edifícios da cidade e local de realização dos principais espectáculos culturais. 
Em 2012, o teatro foi reclassificado como monumento nacional. A reclassificação, aprovada em Conselho de Ministros, em 24 de Maio, foi publicada em “Diário da República” no dia 10 de Julho do mesmo ano. 
O actual edifício, de aspecto robusto, mas sem estilo definido, tem uma imponente frontaria guarnecida por quatro colunas jónicas, entre as quais se abrem três janelas de arco pleno e outras tantas portas. 
Internamente, a decoração da sala de espectáculos e principais salões ficou a cargo dos pintores Acácio Lino e José de Brito e dos escultores Henrique Moreira, Diogo de Macedo e Sousa Caldas, sendo estes dois últimos responsáveis pelas quatro figuras alegóricas colocadas no friso do entablamento e que representam a Bondade, a Dor, o Ódio e o Amor. 
Em 7 de Março de 2020, o edifício foi feito membro-honorário da Ordem do Mérito.

terça-feira, 12 de maio de 2020

12 DE MAIO - CLARIBEL ALEGRÍA


EFEMÉRIDE - Claribel Alegría, de seu verdadeiro nome Clara Isabel Alegría Vides, poetisa, romancista, contista e jornalista da Nicarágua, nasceu em Estelí no dia 12 de Maio de 1924. Morreu em Manágua, em 25 de Janeiro de 2018. Em 2006, recebeu o Prémio Literário Internacional Neustadt
Quando tinha nove meses de idade, o pai foi exilado devido a protestos pelos direitos humanos, durante a ocupação da Nicarágua pelos Estados Unidos. Como resultado, Claribel cresceu em Santa Ana, um município de El Salvador, que era a origem de sua mãe. Claribel Alegría considerava-se como nicaraguense-salvadorenha. 
Apesar da pouca idade para escrever e ler, começou a compor poesias aos seis anos e a ditá-las para sua mãe, que as registava. Alegría citava “Cartas a um jovem poeta”, obra de Rainer Maria Rilhe, como um ímpeto para a sua habilidade poética. 
Aos dezassete anos, publicou os seus primeiros poemas no “Repertorio Americano”, uma revista cultural da América Central. Tempos depois, o educador mexicano José Vasconcelos organizou a educação final de Alegría em Hammond, Luisiana.
Em 1943, mudou-se para os Estados Unidos e, em 1948, recebeu o diploma de bacharelado em Artes, Filosofia e Letras, na Universidade George Washington. Claribel mantinha comprometimento com a resistência não-violenta do seu país. Mantinha uma relação estreita com a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), responsável pelo derrube de Anastasio Somoza Debayle e pela tomada de controlo do governo nicaraguense em 1979. 
Regressou à Nicarágua em 1985, para ajudar na reconstrução do país. Anos depois, passou a viver em Manágua, onde veio a falecer em 2018, aos 93 anos de idade.
Em 1978, recebeu o Prémio Casa de las Américas, pela obra “Sobrevivo”.  Em 2017, foi galardoada com o Prémio Rainha Sofia, de Espanha.

segunda-feira, 11 de maio de 2020

11 DE MAIO - LÚCIO MAURO


EFEMÉRIDE - Lúcio Mauro, de seu verdadeiro nome Lúcio de Barros Barbalho, actor e humorista brasileiro, um dos pioneiros da televisão no Brasil, morreu no Rio de Janeiro em 11 de Maio de 2019. Nascera em Belém no dia 14 de Março de 1927.  Passou pela TV Rio, Tupi, Excelsior e TV Globo. Era conhecido pelos personagens humorísticos que interpretava. 
Já actuava em teatro estudantil quando, com pouco mais de vinte anos, foi convidado para trabalhar na companhia teatral do actor Mário Salaberry.
Após o falecimento de Salaberry num acidente, Lúcio Mauro participou na companhia de teatro de Barreto Júnior. Nessa época, casou-se com Arlete Salles. Em 1960, com a inauguração da TV Rádio Clube de Pernambuco, fez o seu primeiro programa de humor na televisão, “Beco sem Saída”, contracenando com José Santa Cruz. Em 1963, Lúcio e Arlete mudaram-se para o Rio de Janeiro, indo trabalhar na TV Rio. Depois, foi para a TV Tupi, período em que actuou em episódios do “Grande Teatro Tupi”. Em 1966, estreou-se na TV Globo, no humorístico “TV0-TV1”. 
Lúcio Mauro foi conhecido principalmente pelas suas actuações em quadros de programas humorísticos de televisão, especialmente, nos programas de Chico Anísio, os quais lhe deram os seus dois personagens mais emblemáticos: Aldemar Vigário e Da Júlia. O primeiro era um aluno bajulador na “Escolinha do Professor Raimundo”, que gostava de inventar histórias a respeito do passado do professor com o intuito de lhe agradar, mas que geralmente o colocava em situações constrangedoras. O segundo personagem, que fazia parte do sketch do “Chico Anysio Show” e depois de outros programas, era o assistente que buscava orientar o actor Alberto Roberto (personagem de Chico), que, embora fosse considerado excepcional, era ignorante e arrogante. 
Outro personagem de sucesso apareceu em “Balança Mas Não Cai”: Fernandinho era um homem rico e sofisticado, cuja esposa, a ignorante Ofélia (Sônia Mamede), lhe causava grande constrangimento devido às suas gafes perante convidados ilustres. Em 1999, o quadro ganhou nova versão no extinto “Zorra Total” (actualmente “Zorra”), com Lúcio e Cláudia Rodrigues interpretando Fernandinho e Ofélia. 
Em 1980, entrou para o elenco da peça “Além da Vida”, escrita por Chico Xavier e Divaldo Franco. Em 2008, o humorista estreou a peça “Lúcio 80-30”, dividindo o palco com Lúcio Mauro Filho, autor e director do espectáculo, e com outros dois filhos, Alexandre e Luly. Em 2014, Lúcio Mauro e a filha Luly participaram no penúltimo episódio de “A Grande Família. Em 2015, o actor teve uma participação especial na releitura da “Escolinha do Professor Raimundo”, programa comemorativo que foi transmitido na Globo e no canal Viva
Entre 1958 e 1970, Lúcio foi casado com a actriz Arlete Salles, com quem teve dois filhos. Casou em 1974 com Ray Luiza Araujo Barbalho, com quem teve mais três filhos. 
Em 2012, Lúcio foi internado após ter caído num restaurante, passando por uma cirurgia para correcção de uma fractura no fémur. Em Abril de 2016, sofreu um derrame, que afectou uma área da garganta, comprometendo a fala e a mastigação. 
Lúcio Mauro faleceu aos 92 anos, numa clínica na zona sul do Rio de Janeiro, onde estava internado há dois meses para tratamento de problemas respiratórios.

domingo, 10 de maio de 2020

10 DE MAIO - DIMITRI NABOKOV


EFEMÉRIDE - Dmitri Nabokov, cantor de ópera e tradutor norte-americano, nasceu em Berlim no dia 10 de Maio de 1934. Morreu em Vevey, na Suíça, em 23 de Fevereiro de 2012. Era o único filho do escritor de origem russa Vladimir Nabokov e de sua esposa Véra. Foi o executor da propriedade literária de seu pai.
Devido à crescente repressão política e social na Alemanha nazi e à probabilidade do regime poder persegui-los (a mãe de Nabokov era judia), a família fugiu para Paris em 1937. Emigrou para Nova Iorque, em 1940. Posteriormente, Nabokov foi criado na área de Boston, durante os anos em que o seu pai leccionou no Wellesley College e serviu como curador de lepidopterologia no Museu de Zoologia Comparada da Universidade Harvard. Quando o pai foi professor na Universidade Cornell, Dmitri viveu em Ítaca. 
Em 1951, Dimitri entrou no Harvard College, onde era residente da Lowell House. Estudou História e Literatura. Embora tenha tido uma nota alta no LSAT e fosse aceite na Harvard Law School, Nabokov recusou a admissão, porque «estava ainda à procura de uma vocação».
Nabokov formou-se em 1955. Estudou canto (baixo) durante dois anos na Longy School of Music of Bard College. Em seguida, juntou-se ao Exército dos EUA, como instrutor em organização militar russa e como assistente de um capelão. 
Nabokov traduziu muitas das obras do seu pai, incluindo romances, contos, peças de teatro, poemas, palestras e cartas, em várias línguas. Uma das suas primeiras traduções, do russo para inglês, foi “Convite para uma Decapitação”, sob a supervisão do seu pai. Em 1986, publicou a tradução de uma novela anteriormente desconhecida do público. “O Encantador” (“Volshebnik”), escrita em russo, em 1939, foi considerada «um pedaço morto» por Vladimir Nabokov e ele pensava que havia sido destruída.
Também colaborou com o pai numa tradução do romance de Mikhail Lérmontov, “Herói do Nosso Tempo”. 
Em 1961 Nabokov fez a sua estreia na ópera, ao vencer o Concurso Internacional de Ópera de Reggio Emilia, divisão de baixo, cantando o papel de Colline em “La Bohème” (que também foi a estreia do seu colega de elenco Luciano Pavarotti como Rodolfo). Pavarotti venceu a competição de tenor. Entre os destaques da sua carreira operística, estão as performances no Grande Teatro do Liceu, com a soprano Montserrat Caballé e o tenor Giacomo Aragall. 
Em 1980, Nabokov, também foi piloto de um carro de corrida semiprofissional, um modelo de competição Ferrari 308 GTB. Teve um acidente e não só sofreu queimaduras de terceiro grau em mais de 40% do corpo, como também fracturou o pescoço. Os ferimentos sofridos no acidente encerraram a sua carreira operística. 
Como executor da propriedade literária do pai, Nabokov lutou durante 30 anos para publicar o seu manuscrito final, “O Original de Laura”. Foi publicado pela Knopfler em Novembro de 2009. 
Em comemoração do centenário de Vladimir Nabokov, em 1999, Dmitri apareceu como seu pai em “Dera Bonn, Dera Vologda”, de Terra Quinn, uma leitura dramática com base nas cartas pessoais entre Nabokov e o crítico literário e social Edmund Wilson. As performances tiveram lugar em Nova Iorque, Paris, Mainz e Ítaca. 
Várias publicações originais de Dmitri Nabokov foram escritas sob um pseudónimo que ele nunca revelou. 
Apesar de «ma colorida vida activa amorosa», Dmitri manteve-se solteiro ao longo da vida e não teve filhos. Faleceu a com 77 anos. 

sábado, 9 de maio de 2020

9 DE MAIO - LUCIAN BLAGA


EFEMÉRIDE - Lucian Blaga, filósofo, teólogo, tradutor, diplomata, poeta, dramaturgo e romancista romeno, nasceu em   Lancrăm no dia 9 de Maio de 1895. Morreu em Cluj-Napoca, em 6 de Maio de 1961. 
Foi considerado um dos maiores poetas romenos do século XX (identificava-se com o expressionismo) e o primeiro filósofo romeno a desenvolver um sistema próprio. Foi eleito membro da Academia Romena em 1936 e, em 1956, foi nomeado para o Prémio Nobel de Literatura
Lucian Blaga foi uma personalidade forte da cultura romena do período interbellum. Foi um filósofo e escritor aclamado pela sua originalidade, um professor universitário e um diplomata. 
O pai era sacerdote ortodoxo. Lucian descreveria a sua infância num trabalho autobiográfico, “A Crónica e a Canção dos Anos”. 
A sua educação elementar foi em alemão em Sebeș (1902/1906), tendo depois frequentado a Escola Secundária Andrei Șaguna, em Brasov (1906/1914). Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, iniciou os estudos teológicos em Sibiu, onde se formou em 1917. 
O seu primeiro artigo filosófico foi sobre a Teoria de Bergson. De 1917 a 1920, frequentou cursos na Universidade de Viena, onde estudou filosofia e obteve o doutoramento. 
Ao voltar à Transilvânia, agora uma parte da Roménia, contribuiu para a imprensa romena, sendo editor das revistas “Cultur” de Cluj e “Banat” em Lugoj. 
Em 1926, envolveu-se na diplomacia, ocupando sucessivos cargos nas legações da Roménia em Varsóvia, Praga, Lisboa (1938/1939), Berna e Viena. Sendo eleito membro titular da Academia Romena, em 1936, o seu discurso de aceitação foi intitulado “Em louvor da aldeia romena”.
Em 1939, tornou-se professor de filosofia cultural na Universidade de Cluj, temporariamente localizada em Sibiu, nos anos seguintes à Segunda Arbitragem de Viena. Durante a sua estadia em Sibiu, editou - desde 1943 - a revista anual “Saeculum”. 
Foi demitido da sua posição de professor universitário em 1948, porque se recusou a expressar o seu apoio ao regime de Nicolae Ceauşescu e foi trabalhar como bibliotecário no Instituto de História da Academia Romena. Foi proibido de publicar novos livros e, até 1960, foi autorizado apenas a publicar traduções. Completou a tradução do “Fausto”, a obra-prima de Goethe, um dos escritores alemães que mais o influenciaram. 
Foi-lhe diagnosticado um cancro e faleceu aos 65 anos. Foi sepultado no dia do seu aniversário, no cemitério da aldeia de Lancrăm. 
A Universidade de Sibiu tem o seu nome até hoje. Existe uma estátua em sua homenagem, no Estoril, em Portugal.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

8 DE MAIO - MARIA PADILHA


EFEMÉRIDE - Maria Padilha Gonçalves, actriz e produtora brasileira, nasceu no Rio de Janeiro em 8 de Maio de 1960.
Começou por actuar em peças infantis. Fez inúmeros trabalhos no teatro, cinema e televisão. Foi capa da revista “Playboy” em Março de 1994. Na TV, destacou-se em novelas da Rede Globo, como “Água Viva”, “Mico Preto”, “O Dono do Mundo”, “Anjo Mau”, “O Cravo e a Rosa”, “Mulheres Apaixonadas” e “Lado a Lado”. 
Estudou no Colégio Andrews e teve aulas de teatro em O Tablado, com Louise Cardoso. Nessa época, participou na montagem da peça “Maroquinhas Fru-Fru” de Maria Clara Machado. 
Em 1978, começou a cursar a Escola de Desenho Industrial da UERJ, a ESDI. Nesse mesmo ano, fez um curso no Teatro dos Quatro, com Sérgio Britto, Amir Haddad, Hamilton Vaz Pereira e Eric Nielsen. Foi quando a profissão de actriz entrou em definitivo nos seus horizontes. 
No final de 1978, foi convidada para actuar numa adaptação do texto “A Revolução dos Bichos” de George Orwell: “As quatro patas no poder” com direcção de Clóvis Levi. Aqui, Maria encontrou Miguel Falabella e Paulo Reis. Os três adoravam a peça “O Despertar da Primavera”, de Wedekind, e começaram a tentar montar o espectáculo. Em paralelo, com Miguel e outros actores, convidou Marília Pêra, que nunca tinha dirigido teatro antes, para dirigir “A Menina e o Vento”. 
Em 1979, deixou a faculdade. Estreou “A Menina e o Vento” em Abril e “O Despertar da Primavera” em Outubro. Decidiu viver do ofício. Além do teatro, começou a dar aulas no Colégio Andrews, com Falabella, onde montou clássicos como “O Tempo e os Conways” de J. B. Priestley, “Sonho de uma Noite de Verão” de Shakespeare e “Ubu-Rei” de Alfred Jarry. No final de 1979, foi convidada para fazer a telenovela “Água Viva” de Gilberto Braga. 
Pela actuação em “O Despertar da Primavera”, foi finalista do Prémio Mambembe como Actriz Revelação. A montagem foi um grande sucesso e o grupo ganhou o nome de O Pessoal do Despertar. Maria actuava e produzia os espectáculos junto com a companhia. Em 1981, foi finalista do Prémio Mambembe como Melhor Actriz pelo trabalho na peça “Happy End” de B. Brecht e K. Weill. Em 1982, o grupo encenou “A Tempestade” de Shakespeare e, ainda durante a temporada, foi convidada por Ivan Albuquerque e Rubens Corrêa para participar, no Teatro Ipanema, na peça “Quero”, o primeiro texto para teatro de Manoel Puig. 
A parceria com O Pessoal do Despertar durou até 1984. O grupo tinha, além de Falabella e Maria, Paulo Reis, Daniel Dantas, Fábio Junqueira, Rosane Gofman, Ângela Rebello e Zezé Polessa, entre outros. O grupo montou ainda “O Círculo de Giz Caucasiano” de Bertolt Brecht. 
Na década de 1980, continuou a actuar em espectáculos dirigidos por grandes nomes da cena teatral: “As you like it” de Shakespeare e “A Bandeira dos 5 mil réis” de Geraldo Carneiro, “Amor por Anexins” de Arthur Azevedo e “Lucia McCartney” de Rubem Fonseca. Nos anos 1990, actuou em “La Ronde” de Arthur Schnitzler, “O Mercador de Veneza” de Shakespeare e “As Três Irmãs” de Tchecov. 
Em 1994 produziu e actuou na peça “A Falecida” de Nelson Rodrigues. Ganhou os Prémios Sharp e Sated de Melhor Actriz
No ano de 1995, Maria fez o curso The Actor and the Text ministrado por Cicely Berry, na Royal Shakespeare Company em Stratford-upon-Avon. 
De 1999 a 2001, assumiu a direcção artística do Teatro Glória no Rio de Janeiro. Aqui co-produziu muitas peças teatrais e criou diversos projectos, entre eles um ciclo de leituras de textos escritos nos anos da ditadura militar no Brasil. 
Em 2000, interpretou uma das personagens mais marcantes na teledramaturgia brasileira, a interesseira Dinorá em “O Cravo e a Rosa”, novela de Walcyr Carrasco para a Rede Globo. No enredo, a sua personagem era casada com Cornélio (Ney Latorraca), filha de Josefa (Eva Todor) e irmã do vilão Heitor (Rodrigo Faro). A novela foi um êxito nas audiências. 
A estreia no cinema, deu-se em “Das Tripas Coração” (1982), da realizadora Ana Carolina. Em 1995, chegou aos ecrãs na comédia “Sábado” de Ugo Giorgetti. Em 1998, ganhou o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Miami e o de Melhor Actriz Coadjuvante no Festival de Cinema de Natal, pela actuação no filme “Os Matadores”. Em 2009, conquistou o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Cinema de Pernambuco, com “Praça Saens Peña”. Em 2012, recebeu o Prémio de Melhor Actriz no Festival de Cinema do Maranhão, com o filme “País do Desejo”.
Ainda em 2012, esteve presente no elenco da telenovela “Lado a Lado”, vencedora do Emmy Internacional, dando vida à personagem Diva Celeste. Em 2015, voltou à televisão, em “A Regra do Jogo”, da Rede Globo

quinta-feira, 7 de maio de 2020

7 DE MAIO - DOMINIK MOLL


EFEMÉRIDE - Dominik Moll, realizador e cenarista francês, nasceu em Bühl, na Alemanha Ocidental, em 7 de Maio de 1962.
Filho de pai alemão e de mãe francesa, Dominik cresceu em Baden-Baden, antes de ir estudar na Universidade de Nova Iorque e, depois, no Instituto de Altos Estudos Cinematográficos (IDHEC), onde realizou várias curtas-metragens. 
Quando da sua passagem pelo IDHEC, encontrou os seus primeiros parceiros artísticos, Laurent Cantet e Gilles Marchand. 
Em 1983, rodou oficialmente a sua primeira curta-metragem, “The Blanket”, baseada numa novela de Charles Bukowski. 
Em 2000, co-escreveu e realizou “Harry, un ami qui vous veut du bien”, um thriller seleccionado em competição no 53º Festival de Cannes e premiado com quatro Césars no ano seguinte, entre os quais o de Melhor Realizador e o de Melhor Actor (Sergi López). 
Em 2005, o seu filme fantástico de suspense “Lemming”, com Charlotte Gainsbourg, André Dussollier e Charlotte Rampling, fez a abertura do 58º Festival de Cannes
Em 2011, pôs em cena “Le Moine”, com Vincent Cassel no papel proincipal.
No Festival Internacional do Filme de Tóquio (2019), recebeu o Prémio do Público, com o filme “Seules les bêtes”. 
Além dos filmes que tem realizado e encenado, tem-se multiplicado, ao longo da vida, noutras actividades referentes ao cinema, desde montador até actor, passando por assistente e consultor técnico.

quarta-feira, 6 de maio de 2020

6 DE MAIO - ERROL BROWN


EFEMÉRIDE - Lester Errol Brown, cantor e compositor britânico, ex-vocalista do grupo Hot Chocolate, morreu em Nassau no dia, 6 de Maio de 2015. Nascera em Kingston, em 12 de Novembro de 1943. 
Jamaicano de nascimento, mudou-se para o Reino Unido aos 12 anos de idade. Iniciou a carreira musical em 1969, gravando uma versão em reggae de “Give Peace a Chance”, de John Lennon, com alguns amigos. Brown preferiu não mudar a letra sem a permissão de Lennon, enviando uma cópia à gravadora Apple e a versão foi aprovada pelo Beatle.
Com a canção “It Started With a Kiss”, de 1982, Brown destacou-se na carreira quando era o vocalista do Hot Chocolate, onde permaneceria até 1986, quando decidiu seguir uma carreira a solo, tendo coleccionado sucessos como “You Sexy Thing”, “Emma”, “So You Win Again” e “Brother Louie”. 
Ligado ao Partido Conservador, onde chegou a fazer parte de uma conferência, Brown foi convidado para o casamento do príncipe Carlos com a princesa Diana, em 1981. 
Pelas suas contribuições para a música britânica, Brown foi agraciado com a Ordem do Império Britânico, em 2003. 
Errol Brown faleceu aos 71 anos, em Nassau, Bahamas. Lutava contra um cancro no fígado, tendo deixado a esposa, Ginette, e duas filhas (Colette e Leonie). Em 2004, recebera o Prémio Ivor Novello, pela sua contribuição para a indústria da música. 

terça-feira, 5 de maio de 2020

5 DE MAIO - MALAM BACAI SANHÁ


EFEMÉRIDE - Malam Bacai Sanhá, político da Guiné-Bissau, nasceu em Empada no dia, 5 de Maio de 1947. Morreu em Paris, em 9 de Janeiro de 2012. 
Foi presidente-interino da Guiné-Bissau, de Maio de 1999 a Fevereiro de 2000, sendo eleito em 2009, após vencer as eleições presidenciais, pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Anteriormente, fora presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, de 1994 a 1999. 
Membro desde longa data do PAIGC, Sanhá serviu como governador das regiões de Gabú e Bafatá, antes de se presidente da Assembleia Nacional Popular
A Guerra Civil na Guiné-Bissau eclodiu em Junho de 1998, entre elementos do exército leais ao general Ansumane Mané e os elementos leais ao presidente Nino Vieira. Em 26 de Novembro de 1998, Sanhá dirigiu a primeira sessão da Assembleia Nacional Popular desde o início da guerra. Embora tenha sido um crítico tanto dos rebeldes como de Nino Vieira, concentrou as suas críticas mais neste último. 
Logo a seguir ao exílio de Nino Vieira, em 7 de Maio de 1999, Sanhá foi nomeado presidente-interino pela junta militar liderada por Mané (11 de Maio). A sua nomeação para suceder a Vieira foi interpretada como sendo de acordo com a constituição, permanecendo no poder até que as eleições se pudessem realizar. Sanhá fez o juramento em 14 de Maio, prometendo paz e o fim das perseguições políticas.
Perdeu as eleições realizadas em 1999/2000, a favor de Kumba Ialá (na 2ª volta). Veio a ser eleito nas presidenciais de 2009 e a junta militar, liderada por Mané, apoiou a sua investidura. 
Faleceu na capital francesa, quando ainda era presidente, vítima de doença não divulgada publicamente. A nível interno, assumia o lugar de presidente da República - Raimundo Pereira, que era o chefe de Governo em funções, durante a enfermidade de Bacai Sanhá.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

ERROL BROWN - "You Sexy Thing - Top of the Pops" - 28th November 1997

4 DE MAIO - DOM DELUISE


EFEMÉRIDE - Dominick “DomDeLuise, actor, realizador e produtor de cinema norte-americano, morreu em Santa Monica, na Califórnia, em 4 de Maio de 2009. Nascera em Brooklyn, Nova Iorque, no dia 1 Agosto de 1933.
De origem italiana, era casado com a actriz Carol Arthur e pai do pianista, actor, realizador e escritor Peter DeLuise e dos actores David DeLuise e Michael DeLuise. 
Protagonizou vários filmes realizados por Mel Brooks, uma série de filmes com o seu melhor amigo Burt Reynolds e fez dobragens de vários filmes de animação de Don Bluth. 
Ao longo da sua carreira, fez 64 filmes (1964/2004) e 26 telefilmes e séries de TV (1966/2000). 
DeLuise faleceu aos 75 anos de insuficiência renal, no Saint John’s Health Center, em Santa Mônica. Lutava contra um cancro há mais de um ano.

domingo, 3 de maio de 2020

3 DE MAIO - MARY ASTOR


EFEMÉRIDE - Mary Astor, de seu nome original Lucile Vasconcellos Laghanke, actriz norte-americana, nasceu em Quincy no dia 3 de Maio de 1906. Morreu em Los Angeles, em 25 de Setembro de 1987.
Era filha de um imigrante alemão, e de uma americana de Illinois, descendente de portugueses e irlandeses. Iniciou a sua carreira no cinema com pequenas participações (desde os quinze anos), muitas vezes não creditada.  
Fez pequenos papéis, até que - em 1924 - John Barrymore a impôs como sua parceira, no filme “Beau Brummel”. 
Teve uma vida agitada: um tempestuoso caso com Barrymore; quatro casamentos; foi vítima do alcoolismo; e tentou suicidar-se. Quando foi ao tribunal lutar pela custódia da filha, na década de 1930, a revelação do seu diário íntimo foi um dos grandes escândalos da época e a sua carreira sofreu uma queda. 
Teve uma filha com o segundo marido e um filho do terceiro casamento, com Manuel del Campo. 
Escreveu duas autobiografias: “My Story” e “Life on Film”, que foram bestsellers. Após uma doença cardíaca, começou a escrever romances (publicou cinco), num lar para artistas, onde passara a residir, na Califórnia. 
O trabalho dela, seja como heroína ou como vilã, misturava sempre a sua beleza sombria e a sua sensualidade. A consagração veio em 1941, com o Oscar de Melhor Actriz coadjuvante pela actuação no filme “A Grande Mentira”.
Trabalhou no cinema (mudo e falado), na televisão e no teatro, até 1960. Retirou-se definitivamente em 1964. Ao longo da sua carreira, protagonizou 121 filmes.

sábado, 2 de maio de 2020

2 DE MAIO - ATAULFO ALVES


EFEMÉRIDE - Ataulfo Alves de Sousa, compositor e cantor de sambas brasileiro, nasceu em Miraí no dia 2 de Maio de 1909. Morreu no Rio de Janeiro em 20 de Abril de 1969. Era um dos sete filhos de um tocador de violão, acordeonista e repentista da Zona da Mata, conhecido por “Capitão” Severino.
Aos oito anos de idade, já escrevia versos. Foi leiteiro, condutor de bois, carregador de malas, moço de recados, engraxate, marceneiro e lavrador, ao mesmo tempo que frequentava a escola. Aos dez anos, perdeu o pai.
Aos dezoito anos fixou residência no Rio de Janeiro, acompanhando um médico para quem trabalhava dia e noite como ajudante de farmácia. Aos dezanove anos, já tocava violão, cavaquinho e bandolim. Casou-se com Judite e o casal teve cinco filhos. 
Aos vinte anos, começou a compor e tornou-se director de harmonia do Fale Quem Quiser, bloco organizado pelos habitantes do bairro. 
Em 1933, Almirante gravou “Sexta-feira”, a sua primeira composição a ser lançada em disco. Dias depois, Carmen Miranda, gravou “Tempo Perdido”, garantindo a sua entrada no mundo artístico. Em 1958, apareceu no filme “Meus Amores no Rio”. 
A sua musicografia ultrapassa 320 canções, sendo uma das maiores da música popular brasileira. Intérpretes importantes, como Clara Nunes e os grupos Quarteto em Cy e MPB-4, fizeram versões das suas músicas. 
Faleceu em decorrência do agravamento de uma úlcera, após uma intervenção cirúrgica, poucos dias antes de completar 60 anos de idade. Foi sepultado no Cemitério do Catumbi, na zona norte da capital fluminense.
Tem sete discos publicados, dois postumamente. 

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