"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Sou animal acossado,
homem perdido,
com futuro ameaçado
e presente sem sentido.
Olho o céu sem fronteiras
e o mar profundo:
- apesar das canseiras
vou ter saudades do Mundo.
O dia vai nascer
e eu já saturado,
ninguém vai entender
este meu triste fado.
Calor abrasador
mas alma gelada:
- adeus, meu amor,
estou de abalada!
Meu tempo acabou,
já nem me reconheço:
- serei quem sou
ou aquilo que pareço?
Gabriel de Sousa
Monte Gordo, 2007-08-10
Ausentaram-se as cores
O silêncio é tumular
Surgem os temores
Por mais uma noite a chegar.
Luz apagada
Lâmina a retalhar
Perna torturada
De tanto penar.
Janela p’ra olhar
A lua e o espaço
Ondas a beijar
A areia e o cansaço.
O fim a chegar
Cada vez mais velho
A imagem a ficar
Plasmada num espelho.
Foi bom viver
Mas não quero mais voltar
Vive-se a correr
E morre-se devagar.
Gabriel de Sousa
Monte Gordo, 2007-07-31
sábado, 18 de agosto de 2007
Parece um hino de amor
Tem o seu historial
Nas lides do pescador!
Maria José Fraqueza
FUSETA
(Quadras com glosa)
O céu pintado de azul,
Um clima sem igual,
Bem virada para Sul
A minha terra natal
Fuseta fica bem perto,
De lá me chega o calor,
Seu coração bem aberto
Parece um hino de amor
Algarve tem muita fama,
É cantinho ideal,
Como tudo que se ama
Tem o seu historial
Já antes de ter turismo
Tinha muito esplendor:
- Via-se seu dinamismo
Nas lides do pescador!
Gabriel de Sousa
NB - Menção Honrosa nos 37ºs Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo – 2007 (Fuseta)
1
Minha Virgem Padroeira
Peço-te em nome dos Povos:
- Haja Paz na Terra inteira
E que venham Tempos novos! (a)
2
Se não te vir a meu lado
Minha Virgem Padroeira
- Triste será o meu Fado,
Sofrerei a vida inteira!
3
Minha Virgem Padroeira
Não quero esta Tristeza:
- Tanto Pobre à minha beira…
…Junto de tanta Riqueza!
Gabriel de Sousa
(a) - Menção Honrosa nos 37ºs Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo - 2007 (Fuseta)

Oh meu ardente Algarve impressionista e mole,
Meu lindo preguiçoso adormecido ao sol,
Meu louco sonhador a respirar quimeras,
Ouvindo, no azul, o canto das esferas
João Lúcio
MEU ALGARVE SONHADOR
Quem vem uma vez ao Algarve, vai sempre querer voltar. O clima é bom, as praias são boas, a areia é fina e branca, o mar é sereno, a água é tépida, as gentes são simpáticas e as mulheres são bonitas e têm olhos de encantar. No Verão, vê-se animação por todo o lado, mesmo nas localidades mais pacatas. O clima, consoante a localidade, sofre as influências do Continente Europeu ou do Norte de África, do Atlântico ou do Mediterrâneo.
É um paraíso terrestre mas, porque não queremos quedar-nos pelo turismo e pelo farniente, vamos falar do seu passado e da sua história, embora de maneira muito sucinta.
Em tempos muito distantes, aqui habitaram os cartagineses e os fenícios, que viviam sobretudo de actividades piscatórias, e os romanos e visigodos, que deixaram sinais da sua presença em várias localidades algarvias.
A ocupação mais importante foi, no entanto, a dos árabes que durou cinco séculos. Como é natural, após tão longo período, são inúmeros os vestígios e influências que aqui deixaram. Desde logo o próprio nome - Algarve (Al-Gharb) - e quase todas as palavras começados por “al”, as fisionomias, as típicas chaminés, os azulejos, a arquitectura, a agricultura e as técnicas de rega, as artes de pesca e de construção naval, as ciências e diversos hábitos e particularidades culturais. Aqui estiveram até 1249, sendo então o território conquistado pelos cristãos e passando os nossos monarcas a intitularem-se “Reis de Portugal e dos Algarves”.
O Algarve viria a ter uma importância fundamental na época dos Descobrimentos, sendo um dos principais portos de partida, sobretudo nas rotas para África. Foi de Sagres que o Infante D. Henrique fez o seu quartel-general, fundando um Centro de Estudos, onde foi construído o primeiro observatório astronómico europeu. Foram realizados muitos avanços tecnológicos, tanto nas aéreas da navegação marítima como na própria construção de barcos.
Com o decorrer dos anos, o Algarve foi-se tornando também numa das mais importantes zonas piscatórias portuguesas, com saliência para Olhão, desenvolvendo igualmente a indústria de conservas. Infelizmente, com o andar dos tempos e com o comércio livre, decorrente da entrada na Comunidade Europeia, esta actividade foi enfraquecendo. Continua a ser, no entanto, também neste aspecto, um encanto para os olhos e um prazer para o paladar de quem o visita. Os barcos lá estão, com cores alegres e nomes curiosos, e nos mercados e restaurantes continuamos a poder encontrar o marisco e o peixe fresquíssimo, algumas espécies sendo quase desconhecidas no resto do País. Isto, sem esquecer o Festival do Marisco, que se realiza em Olhão todos os anos pelo mês de Agosto e que atrai muitos milhares de forasteiros.
Voltando ao turismo, razão que traz a maioria dos visitantes à Região, tanto portugueses como estrangeiros, o Algarve Louco e Sonhador também faz sonhar quem aqui vem de férias. E não só na Primavera e no Verão. É curioso o número de pessoas da terceira idade, a maioria estrangeiras, que procuram no Outono e Inverno algarvios, o clima ameno que não encontram nos seus países. Durante todo o ano, de um extremo ao outro, e também no interior, sabe bem estar no Algarve. Quem gosta de água do mar mais quente, escolhe quase pela certa, a zona compreendida entre Olhão e Vila Real de Santo António, passando por Tavira e Monte Gordo. Um saltinho até Espanha, Ayamonte ou mais longe, também fará parte do roteiro do turista, sobretudo o português. Os que escolhem locais mais perto da raia chegam a deslocar-se a Espanha, para fazer certas compras e meter gasolina. Mas para praias, para o peixe e no que concerne à população, quem sabe escolher, fica no Algarve. Aqui encontramos, também, tudo o necessário para ocupar o tempo quando não estamos na praia. Consoante as localidades, temos animações de rua, festivais de música, feiras, parques aquáticos, discotecas, bares, actividades culturais e desportivas, mesmo o futebol. Mil e uma razões para se passar as férias cá dentro e, de preferência, no Algarve.Gabriel de Sousa
NB - Menção Honrosa nos 37ºs Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo - 2007 (Fuseta)
Meu lindo preguiçoso adormecido ao sol,
Meu louco sonhador a respirar quimeras,
Ouvindo, no azul, o canto das esferas
João Lúcio
MEU ALGARVE SONHADOR
Quem vem uma vez ao Algarve, vai sempre querer voltar. O clima é bom, as praias são boas, a areia é fina e branca, o mar é sereno, a água é tépida, as gentes são simpáticas e as mulheres são bonitas e têm olhos de encantar. No Verão, vê-se animação por todo o lado, mesmo nas localidades mais pacatas. O clima, consoante a localidade, sofre as influências do Continente Europeu ou do Norte de África, do Atlântico ou do Mediterrâneo.
É um paraíso terrestre mas, porque não queremos quedar-nos pelo turismo e pelo farniente, vamos falar do seu passado e da sua história, embora de maneira muito sucinta.
Em tempos muito distantes, aqui habitaram os cartagineses e os fenícios, que viviam sobretudo de actividades piscatórias, e os romanos e visigodos, que deixaram sinais da sua presença em várias localidades algarvias.
A ocupação mais importante foi, no entanto, a dos árabes que durou cinco séculos. Como é natural, após tão longo período, são inúmeros os vestígios e influências que aqui deixaram. Desde logo o próprio nome - Algarve (Al-Gharb) - e quase todas as palavras começados por “al”, as fisionomias, as típicas chaminés, os azulejos, a arquitectura, a agricultura e as técnicas de rega, as artes de pesca e de construção naval, as ciências e diversos hábitos e particularidades culturais. Aqui estiveram até 1249, sendo então o território conquistado pelos cristãos e passando os nossos monarcas a intitularem-se “Reis de Portugal e dos Algarves”.
O Algarve viria a ter uma importância fundamental na época dos Descobrimentos, sendo um dos principais portos de partida, sobretudo nas rotas para África. Foi de Sagres que o Infante D. Henrique fez o seu quartel-general, fundando um Centro de Estudos, onde foi construído o primeiro observatório astronómico europeu. Foram realizados muitos avanços tecnológicos, tanto nas aéreas da navegação marítima como na própria construção de barcos.
Com o decorrer dos anos, o Algarve foi-se tornando também numa das mais importantes zonas piscatórias portuguesas, com saliência para Olhão, desenvolvendo igualmente a indústria de conservas. Infelizmente, com o andar dos tempos e com o comércio livre, decorrente da entrada na Comunidade Europeia, esta actividade foi enfraquecendo. Continua a ser, no entanto, também neste aspecto, um encanto para os olhos e um prazer para o paladar de quem o visita. Os barcos lá estão, com cores alegres e nomes curiosos, e nos mercados e restaurantes continuamos a poder encontrar o marisco e o peixe fresquíssimo, algumas espécies sendo quase desconhecidas no resto do País. Isto, sem esquecer o Festival do Marisco, que se realiza em Olhão todos os anos pelo mês de Agosto e que atrai muitos milhares de forasteiros.
Voltando ao turismo, razão que traz a maioria dos visitantes à Região, tanto portugueses como estrangeiros, o Algarve Louco e Sonhador também faz sonhar quem aqui vem de férias. E não só na Primavera e no Verão. É curioso o número de pessoas da terceira idade, a maioria estrangeiras, que procuram no Outono e Inverno algarvios, o clima ameno que não encontram nos seus países. Durante todo o ano, de um extremo ao outro, e também no interior, sabe bem estar no Algarve. Quem gosta de água do mar mais quente, escolhe quase pela certa, a zona compreendida entre Olhão e Vila Real de Santo António, passando por Tavira e Monte Gordo. Um saltinho até Espanha, Ayamonte ou mais longe, também fará parte do roteiro do turista, sobretudo o português. Os que escolhem locais mais perto da raia chegam a deslocar-se a Espanha, para fazer certas compras e meter gasolina. Mas para praias, para o peixe e no que concerne à população, quem sabe escolher, fica no Algarve. Aqui encontramos, também, tudo o necessário para ocupar o tempo quando não estamos na praia. Consoante as localidades, temos animações de rua, festivais de música, feiras, parques aquáticos, discotecas, bares, actividades culturais e desportivas, mesmo o futebol. Mil e uma razões para se passar as férias cá dentro e, de preferência, no Algarve.Gabriel de Sousa
NB - Menção Honrosa nos 37ºs Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo - 2007 (Fuseta)
sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Seja qual for a remada,
Leva sonhos à partida,
Traz decepções à chegada!
Armando das Neves Marques
O BARCO DA VIDA
(Quadras com glosa)
Eu sei que vou acabar,
Sinto-me ave perdida,
Agora que vou deixar
O barco da nossa vida.
Ao longe já vejo o fim,
Sinto que a hora é chegada,
Sei que será mesmo assim,
Seja qual for a remada.
Pouco a pouco se descobre
Quanto a vida é sofrida,
Mesmo aquele que é pobre
Leva sonhos à partida.
Eu vi anos a passar
Trazendo nada e mais nada,
O tempo ao desfilar
Traz decepções à chegada!
Gabriel de Sousa
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