
Estudou em Moçambique e ingressou na Academia Militar de Lisboa aos dezanove anos.
Foi capitão em Angola (1961/1963) e na Guiné (1970/1973), sendo um dos dinamizadores da contestação ao Decreto-lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA (Movimento das Forças Armadas).
Foi o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir de um posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.
Foi graduado em brigadeiro e nomeado Comandante-adjunto do COPCON (Comando Operacional do Continente) e Comandante da Região Militar de Lisboa em 13 de Julho de 1974, tendo passado a Comandante do COPCON, com o posto de General, em 23 de Junho de 1975 (cargo que na prática já exercia). Foi afastado destes cargos, a seu pedido, após o golpe de estado de 25 de Novembro de 1975.
Fez parte do Conselho da Revolução desde que ele foi criado em 14 de Março de 1975 até Dezembro de 1975. A partir de 30 de Julho daquele mesmo ano integrou, com os Generais Costa Gomes e Vasco Gonçalves, um Directório em que os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram temporariamente os seus poderes.
Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de Novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976, voltando a concorrer quatro anos mais tarde. Em 1979 passou à Reserva com o posto de tenente-coronel e, na década de 1980, teria passado a liderar a “organização terrorista” FP-25 (Forças Populares 25 de Abril).
Em 1985 foi preso, julgado e condenado pelo seu papel na liderança das FP-25, responsáveis pela morte de várias pessoas nos anos 80. Foi libertado cinco anos mais tarde, após ter apresentado recurso, ficando a aguardar novo julgamento em liberdade provisória. Em 1996 a Assembleia da República aprovou um indulto, seguido de uma amnistia para os presos do chamado “Caso FP-25”.