"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
sábado, 31 de maio de 2014
31 DE MAIO - PABLO ALBORÁN
EFEMÉRIDE
– Pablo Moreno de Alborán Ferrándiz, cantor espanhol, nasceu
em Málaga no dia 31 de Maio de 1989. Em 2011, foi três vezes nomeado para
os Latin Grammy Awards.
Interessou-se
desde muito cedo pela música, tendo praticado vários instrumentos musicais,
como piano e guitarra clássica. Aprendeu a cantar com músicos profissionais.
Aos 12 anos, começou a compor as primeiras canções. Algumas seriam incluídas no
seu primeiro álbum.
A
sua carreira artística começou pela mão de uma família flamenga que actuava num
restaurante de Málaga. Foi aqui que actuou sozinho pela primeira vez. Pablo
conheceu então o produtor musical Manuel Illán, tendo gravado um CD experimental que incluía uma versão da
canção “Deixe meu juízo” de Diana Navarro. Illán fez chega-lo a Diana,
que se tornou de imediato a madrinha musical de Alborán.
Divulgou
os seus trabalhos no You Tube, tornando-se bastante conhecido. Chegou
assim a um vasto público, tendo a cantora Kelly Rowland declarado mesmo que
tinha ficado muito impressionada com a sua voz. Foi visto por milhões de
pessoas.
Em
meados de Outubro de 2010, lançou em Espanha o seu primeiro single, “Solamente
tú”. Em Fevereiro de 2011, foi editado o seu primeiro álbum, “Pablo
Alborán”, que liderou os tops de venda espanhóis durante várias semanas
consecutivas.
Pablo
Alborán fez a sua primeira tournée mundial em Maio de 2011, apresentando-se em
Madrid, no Palacio de Vistalegre, e actuando seguidamente em vários
países da América Latina, incluindo Argentina, Chile e México. Em Novembro do mesmo
ano, lançou o seu segundo álbum, “En Acústico”, com músicas gravadas ao
vivo, incluindo “Perdóname” num dueto com a fadista portuguesa Carminho.
Foi nº 1 de vendas em Espanha (2011) e em Portugal (2012).
Em
2012 e 2014, foram publicados os seus 3º e 4º álbuns, respectivamente “Tanto”
e “TBA”.
sexta-feira, 30 de maio de 2014
30 DE MAIO - KARL FABERGÉ
EFEMÉRIDE
– Peter-Karl Fabergé, joalheiro russo de origem franco-dinamarquesa, nasceu em São Petersburgo no
dia 30 de Maio de 1846. Morreu em Lausana, Suíça, em 24 de Setembro de
1920. O seu nome de baptismo era Karl Socatelli Gustavovich Fabergé.
Em
Dresde, para onde tinha ido viver com os pais, frequentou a Escola de Artes
e Ofícios. Em 1864, decidiu realizar uma grande viagem pela Europa, para
completar a sua a sua formação junto de grandes joalheiros da Alemanha, de
França e da Inglaterra. Descobriu também objectos expostos nas galerias dos
grandes museus. Prosseguiu a sua viagem até 1872, ano em que regressou a São
Petersburgo.
Seguindo
os passos do pai, ele também joalheiro, tomou em mãos os destinos da Sociedade
Fabergé, que participava então na catalogação, reparação e restauração de
objectos do Museu Hermitage. Sob a gerência de Karl, diversificaram a
produção e começaram a executar objectos de fantasia para além das jóias. Em
1882, fizeram sensação na Exposição Panrussa, que se realizou em Moscovo. Receberam
a Medalha de Ouro e a Medalha de São Estanilau. Durante esta
exposição, Fabergé foi notado por Alexandre III, que lhe encomendou uns botões
de punho, decidindo que os objectos expostos fossem apresentados no Hermitage
como exemplos do artesanato russo contemporâneo.
Especializou-se
na confecção de obras com arranjos florais, grupos humanos e animais.
Actualmente, é mais conhecido pelos seus famosos ovos de Páscoa, conhecidos
como Ovos Fabergé, realizados para a família imperial russa e que os
czares russos ofereciam anualmente aos seus familiares.
Os Ovos
Fabergé eram obras-primas de joalharia, sendo produzidos com a combinação
de materiais como ouro, prata, cobre, platina e pedras preciosas. Estes ovos
são hoje disputados por coleccionadores de todo o mundo.
Além
de fornecedor da Corte Imperial Russa, Fabergé era igualmente reconhecido pelas
Cortes de Inglaterra, da Tailândia, da Suécia e da Noruega. Em 1914, a sua sociedade
fabricou mais de 100 000 objectos. Abriu duas filiais, uma em Moscovo e outra em Odessa. Um comité,
constituído pelos empregados da Cooperativa K. Fabergé, tomou a direcção
da sociedade no seguimento da Revolução Russa de 1917. Karl deixou a
Rússia em Setembro de 1918, tendo morrido dois anos depois. Está sepultado no
cemitério de Cannes.
Algumas
das suas peças prefiguram, de maneira insólita, a Arte Déco ou mesmo o Modernismo.
quinta-feira, 29 de maio de 2014
29 DE MAIO - BOB HOPE
EFEMÉRIDE
– Bob Hope, de seu verdadeiro nome Leslie Townes Hope, comediante
norte-americano de origem britânica, nasceu em Londres no dia 29 de Maio de
1903. Morreu em Los
Angeles, em 27 de Julho de 2003.
Formou,
na década de 1940, ao lado do cantor e actor Bing Crosby, uma das duplas
cómicas mais famosas do cinema.
Embora
nunca tenha ganho um Oscar, recebeu dois Oscars honorários pelas
suas contribuições para a 7ª arte. Foi, aliás, vinte vezes animador das
cerimónias de entrega destes prémios.
Fez
mais de oitenta filmes como actor e sete como produtor. Humorista talentoso,
foi enviado – em missão – para acompanhar os soldados americanos nos difíceis
momentos da Guerra do Vietname.
Jogou
golfe com onze presidentes dos Estados Unidos, um privilégio honorífico sem
igual no mundo do espectáculo. Faleceu com 100 anos.
Entre
muitas homenagens recebidas, saliente-se ter sido dado o seu nome ao aeroporto
de Burbank na Califórnia e a um navio do Military Sealift Command. Foi
também criado o Bob Hope Humanitarian Award, um prémio para recompensar artistas
ou profissionais da televisão americana que se notabilizem por acções
humanitárias. Este prémio, quando atribuído, é entregue durante a gala dos Emmys.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
28 DE MAIO - CHIARA MASTROIANNI
EFEMÉRIDE
– Chiara-Charlotte Mastroianni, actriz de cinema francesa, nasceu em
Paris no dia 28 de Maio de 1972. É filha da actriz Catherine Deneuve e do
actor Marcello Mastroianni. É meia-irmã do actor Christian Vadim e de Barbara
Mastroianni.
Em
1979, teve uma pequena participação no filme “À nous deux” protagonizado
pela mãe e, em 1987, uma outra em “Les yeux noirs” protagonizado pelo
pai. Estas participações foram meramente fortuitas, mercê das visitas que ela
fazia aos pais durante as filmagens. Tanto o pai como a mãe não queriam que ela
seguisse uma carreira artística. Catherine desejava que ela fosse arqueóloga e
Marcello gostaria que ela fosse professora de italiano. Para o efeito, Chiara
obteve um bacharelato e frequentou a Universidade de Paris III, mas o
destino estava traçado.
O
seu primeiro grande papel no cinema surgiu em 1993 com “Ma saison préférée”
de Andre Téchiné, onde interpretou uma adolescente problemática cuja mãe era
interpretada pela própria Catherine Deneuve. Este filme foi nomeado para os Césars, o maior prémio do
cinema francês. No começo da sua carreira, também actuou ao lado do pai em “Prêt-à-porter”
e em “Trois vies et une seule mort”. Até agora, já protagonizou mais de quarenta
filmes, entre os quais “La
Lettre” de Manoel de Oliveira (1999).
Tem
um filho do escultor Pierre Torrenton, tendo-se casado com o músico Benjamin
Biolay, de quem tem igualmente uma filha. Divorciaram-se em 2005.
terça-feira, 27 de maio de 2014
27 DE MAIO - ARSENY TARKOVSKY
EFEMÉRIDE
– Arseny Alexandrovich Tarkovsky, jornalista, tradutor e poeta russo,
morreu em Moscovo no dia 27 de Maio de 1989. Nascera em Elisavetgrad na
Ucrânia, então fazendo parte do Império Russo, em 25 de Junho de 1907.
Trabalhou
muitos anos como jornalista. Estudou Literatura numa universidade de
Moscovo, onde conheceria a sua futura esposa, Maria Ivanova Vishnyakova. Com
ela teve dois filhos, um deles o conhecido cineasta Andreï Tarkovsky.
Os
seus onze livros de poesia foram publicados após os 50 anos de idade. A sua primeira
colectânea foi editada em 1962 (“Antes da Neve”). Ganhou, a título
póstumo, em 1989, o Prémio do Estado da URSS.
Tradutor
de turcomano, georgiano, arménio e árabe, passou para a língua russa obras de poetas
como Al-Maa’rri, Nizami Ganjavi, Magtymguly Pyragy, Mämmetweli Kemine,
Sayat-Nova, Vazha-Pshavela, Adam Mickiewicz, Mollanepes e Grigol Orbeliani,
entre outros.
Muito
conhecido na URSS, os seus trabalhos alcançaram o público mundial mercê do
filho, que utilizaria a sua poesia, lida pelo próprio, num dos seus filmes mais
marcantes (“O Espelho”, 1975), em que relembra as suas memórias de
infância, quando o pai deixou a família partindo para a frente da batalha
durante a Segunda Guerra Mundial. Ferido numa acção de combate em 1943,
Arseny Tarkovsky teve de ser amputado de uma perna. Poemas seus foram incluídos
ainda noutros quatro filmes.
segunda-feira, 26 de maio de 2014
26 DE MAIO - JACK KEVORKIAN
EFEMÉRIDE
– Jack Kevorkian, médico norte-americano mundialmente conhecido pela sua
luta para fazer do suicídio assistido um direito de todos, nasceu em
Pontiac no dia 26 de Maio de 1928. Morreu em Detroit, em 3 de Junho de
2011. Inventou a “máquina do suicídio”, dando apoio a mais de 130 doentes
terminais para pôr fim às suas vidas.
Era
filho único de refugiados arménios, tendo concluído o segundo grau do ensino
com 17 anos de idade. Ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de
Michigan, onde se licenciou em 1952 como médico patologista.
Ganhou
o epíteto de “Dr. Morte” logo no início da sua carreira, ao fotografar
os olhos de pacientes mortos para experiências. Defendia que os órgãos dos
pacientes mortos deviam ser retirados e utilizados em transplantes.
Em
1970, após publicar alguns trabalhos controversos, tornou-se chefe do Serviço
de Patologia do Hospital Geral de Saratoga, em Detroit. Permaneceu
nesse cargo até ao fim da década de 1970, ano em que abandonou a sua
carreira como patologista.
Nos
anos 1990, Kevorkian passou a dedicar-se a suicídios assistidos. A sua
ideia era que as pessoas tinham o direito de evitar uma morte sofrida e
demorada e terminar as suas vidas com a ajuda de um médico que lhe assegurasse
uma morte tranquila.
Em
1988, construíra a “máquina do suicídio” e denominara o aparelho de “Thanatron”
(de thanatos - morte, em grego). Ele possibilitava aos pacientes cometer
o suicídio, carregando num botão que libertava uma série de drogas no
organismo. Após as autoridades médicas de Michigan revogarem a licença médica
de Kevorkian em 1991, ele não pôde mais prescrever drogas e passou a usar o “Mercytron”
(de mercy - misericórdia, em inglês), um aparelho controlado pelo
próprio paciente para libertar um fluxo de monóxido de carbono numa máscara
buco-nasal.
Em
Junho de 1990, prestou assistência ao suicídio da sua primeira paciente, Janet
Adkins. Ela tinha 54 anos e sofria da doença de Alzheimer. Alguns dias depois,
um juiz de Michigan indiciou criminalmente Kevorkian. Em Dezembro de 1990, o
processo foi arquivado por falta de fundamentação legal, o que encorajou
Kevorkian a ajudar mais pessoas a morrer.
Um
dos casos que deixou muitas dúvidas na opinião pública quanto aos critérios
adoptados pelo médico foi o de Rebecca Lou Badger. Com 39 anos, era tida como
portadora de esclerose múltipla. Morreu assistida por Kevorkian. Feita a
autópsia, não foi constatada qualquer evidência da doença que tinha sido
evocada como justificação para terminar com a sua vida.
Legisladores
tentaram criar obstáculos às acções de Kevorkian. Em 1993, o Poder Legislativo
do Michigan publicou uma lei que considerava crime alguém fornecer
conscientemente a outra pessoa os meios para cometer suicídio, atribuindo-lhe
uma pena de quatro anos de prisão. A Suprema Corte de Michigan declarou em
Dezembro de 1994 que a lei era constitucional. Kevorkian enfrentou quatro vezes
julgamentos por denúncias de suicídio assistido, tendo sido absolvido em três
processos. O outro julgamento foi anulado por falhas processuais.
Em
Março de 1999, Kevorkian enfrentou um julgamento por acusação de homicídio em
vez de suicídio assistido. Thomas Youk estava a morrer de uma doença que não
lhe permitia administrar as drogas, o que foi feito por Kevorkian. O médico
documentou a morte do paciente em vídeo, que foi transmitido num dos programas
de maior audiência da televisão americana, o 60 Minutes. Kevorkian foi
acusado de homicídio qualificado três dias depois. Neste julgamento, ele
dispensou o advogado que o havia defendido nos casos anteriores e insistiu em
se defender pessoalmente. Quando o juiz decidiu que a viúva e o irmão de Thomas
Youk não podiam depor como testemunhas, Kevorkian ficou sem argumentos de
defesa e foi condenado a 25 anos de prisão por homicídio simples, mas com
direito a liberdade condicional a partir de 2007, tendo em conta a sua idade
avançada.
A
história de Kevorkian foi contada num documentário cinematográfico em 2005 e
num telefilme (com Al Pacino) em 2010. Em 2011, a sua máquina do
suicídio foi leiloada em
Nova Iorque por mais de 200 mil dólares.
domingo, 25 de maio de 2014
NO FIM DA CAMINHADA (quadra)
Pobre
pode ter azar
E
rico ter muita sorte,
Mas
quando a hora chegar
Ambos
vão temer a morte.
Gabriel de Sousa
25 DE MAIO - GENE TUNNEY
EFEMÉRIDE
– Gene Tunney, de seu verdadeiro nome James Joseph Tunney, pugilista
americano, Campeão Mundial de Pesos-Pesados entre 1926 e 1928, nasceu
em Nova Iorque
no dia 25 de Maio de 1897. Morreu em Greenwich, em 7 de Novembro de 1978.
Tendo
por origem uma família pobre, Tunney aprendeu a combater em brigas nas ruas de
Nova Iorque. Começou a sua carreira profissional em 1915, com uma vitória por KO
sobre Bobby Dawson.
Continuou
a sua carreira nos ringues de Nova Iorque até 1918, ano em que decidiu alistar-se
nos Fuzileiros Navais, quando da entrada dos Estados Unidos na Primeira
Guerra Mundial. Não chegou a estar envolvido na frente de batalha e,
baseado em França, ganhou um campeonato amador de boxe organizado pelas forças
expedicionárias americanas.
Regressado
a casa em 1919, após o fim da guerra, retomou a sua carreira profissional,
vencendo 11 combates consecutivos por KO. Foi então convidado para uma sessão
de boxe em que Jack
Dempsey e Georges Carpentier disputavam o combate principal. Assistiram
mais de 80 mil espectadores o que lhe deu uma grande visibilidade. Em seguida,
Tunney obteve mais 6 vitórias, antes de enfrentar o ex-Campeão Mundial de
Meios-Pesados Battling Levinsky, em 1922. Estava em jogo o título de Campeão
Americano da categoria. Levinsky foi assim o seu primeiro grande adversário
e venceu-o aos pontos, após doze rounds. Tunney não só se tornou Campeão Americano,
como também chamou sobre si a atenção do mundo inteiro.
Três
meses depois do seu sucesso diante de Levinsky, Tunney perdeu o título para
Harry Greb, num combate muito controverso, em que Greb fracturou o
nariz de Tunney com uma cabeçada. Perdeu aos pontos e sofreu assim a única
derrota da sua carreira. Na desforra, ocorrida no início de 1923, Tunney venceu
o combate aos pontos e recuperou o título. Posteriormente, no final de 1923, houve
um terceiro encontro entre Tunney e Greb, tendo Tunney voltado a vencer aos
pontos.
Terminados
os seus “duelos” com Greb, Tunney decidiu perseguir o título mundial e, para
tanto, entre 1924 e 1925, obteve vitórias expressivas contra adversários
valorosos, tais como Erminio Spalla, Georges Carpentier e Tommy Gibbons. Em
1926, finalmente, subiu ao ringue frente ao temível campeão Jack Dempsey, para
disputa do título mundial. Amplamente dominado por Tunney, ao longo dos dez
assaltos, Dempsey acabou por perder o seu cinturão.
Uma
vez Campeão Mundial de Pesos-Pesados, Tunney concordou em conceder
a desforra a Dempsey, o que acabou por acontecer um anos depois. Este segundo
encontro de Tunney com Dempsey entrou para a história do boxe como um dos
combates mais polémicos de todos os tempos, em virtude da contagem do árbitro
ter começado cinco segundos depois de um possível KO de Tunney. Conseguindo
erguer-se, após uma contagem oficial de nove segundos, Tunney manteve a
luta sob controlo. No fim dos dez assaltos, a vitória foi-lhe dada aos pontos, mantendo
assim o seu título mundial.
Em
1928, Tunney fez a segunda defesa do título com sucesso, ao derrotar Tom Heeney
por KO técnico, naquele que acabaria por ser o último combate da sua carreira.
Afastando-se
dos ringues, Tunney casou com uma senhora da alta sociedade e transformou-se
num empresário de sucesso, tendo falecido aos 81 anos. Em 1932, escrevera as
suas memórias intituladas “A Man Must Fight”. Em 1990, entrou para
galeria dos Melhores Pugilistas de Todos os Tempos, actualmente imortalizados
no International Boxing Hall of Fame.
sábado, 24 de maio de 2014
24 DE MAIO - WILLIAM TREVOR
EFEMÉRIDE
– William Trevor Cox, tradutor, escritor, cenarista e editor
irlandês, nasceu em Mitchelstown, no Condado de Cork, em 24 de Maio de 1928.
Oriundo
de uma família de classe média protestante, viveu em várias cidades de
província, devido às mudanças de local de trabalho do pai, que era funcionário
do Banco da Irlanda. Estudou no St. Columba's College e no Trinity
College, ambos em
Dublin. Neste último colégio, diplomou-se em História. Dedicou-se
episodicamente à escultura.
Casado
com Jane Ryan desde 1952, deixou a Irlanda em 1954 para se instalar em Londres,
onde – durante alguns anos – foi redactor de uma agência de publicidade.
Em
1958, publicou o seu primeiro romance “A Standard of Behaviour”. A sua
arte e estilo de escrever, sobretudo novelas, fazem com que seja frequentemente
comparado a Tchekhov. Em 1989, publicou uma antologia de contos e novelas
irlandesas, “The Oxford Book of Irish Short Stories”. Em 1993, escreveu
a sua autobiografia, intitulada “Excursions in the Real World”.
É
autor de cerca de cinquenta livros. Foi laureado com numerosos prémios, tanto
na Irlanda como na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. É membro da Academia
Irlandesa e foi condecorado pela rainha Isabel II. Vive há vários anos, com
a sua esposa, no Devon (sudoeste de Inglaterra).
sexta-feira, 23 de maio de 2014
23 DE MAIO - CARL BLOCH
EFEMÉRIDE
– Carl Heinrich Bloch, pintor dinamarquês, nasceu em Copenhaga no dia
23 de Maio de 1834. Morreu na mesma cidade em 22 de Fevereiro de 1890, vítima
de cancro. Estudou na Real Academia Dinamarquesa de Arte, embora os pais
tivessem preferido que ele seguisse a carreira de oficial da marinha real.
Os seus
primeiros trabalhos foram inspirados em cenas da vida quotidiana rural. Entre
os anos 1859 e 1866, Bloch viveu em Itália onde estudou arte. Este período foi muito
importante para a evolução das suas pinturas históricas. Antes, passara pela
Holanda, onde se familiarizou com a obra de Rembrandt, que passou a ter grande
influência sobre ele. Em Roma, encontrou a sua futura esposa, Alma Trepka, com
quem casou em Maio de 1868 e com quem viveu até à sua morte prematura em
Janeiro de 1886.
Em
1865, teve o seu primeiro grande sucesso com a exposição, na capital
dinamarquesa, da obra “Die Befreiung des Prometheus”. Após a morte do
pintor Wilhelm Marstrand, foi Bloch quem terminou a decoração do salão de cerimónias
da Universidade de Copenhaga.
Contratado
para fazer 23 pinturas para a Capela do Castelo de Frederiksborg, todas
as cenas da vida de Cristo registadas neste conjunto (1865/79) se tornaram
muito populares, sendo frequentemente usadas
como ilustrações.
O
desgosto de ter perdido a mulher pesou imenso na sua vida, pois – para além do
mais – ficou só para tratar de oito filhos. Já após a morte de Carl Bloch, a Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias fez um uso intenso das suas pinturas,
em lugares de culto e em material impresso.
quinta-feira, 22 de maio de 2014
22 DE MAIO - LANGSTON HUGHES
EFEMÉRIDE
– James Mercer Langston Hughes, poeta, novelista, dramaturgo, contista e
colunista norte-americano, morreu em Nova Iorque no dia 22 de Maio de 1967, vítima de
cancro na próstata. Nascera em Joplin, no Missouri, em 1 de Fevereiro de
1902.
A
sua fama é devida, em grande parte, à implicação que teve no movimento cultural
Renascimento do Harlem, que abalou o Harlem nos anos 1920.
Os
pais divorciaram-se e o pai emigrou para Cuba e depois para o México, fugindo
ao racismo de que era vítima nos Estados Unidos. Depois da separação dos pais,
Langston foi viver com Mary, uma das suas avós, que habitava no Kansas. Depois
do falecimento da avó, juntou-se com uns amigos da família durante dois anos.
Todo este período da sua vida não foi particularmente feliz, mas influenciou
consideravelmente o futuro escritor. Mais tarde, voltou para junto da mãe. Na
escola secundária de Cleveland, participou num jornal estudantil e escreveu as
suas primeiras novelas, poesias e peças de teatro.
Em
1919, esteve com o pai no México, por um curto período, mas a tensão entre
ambos levou-o a várias tentativas de suicídio. Depois de terminar o curso
secundário em Junho de 1920, foi de novo ter com o pai para o convencer a
financiar os seus estudos na Universidade de Columbia. As opiniões dos
dois divergiam: Langston queria ser escritor; o pai queria vê-lo seguir uma
carreira de engenheiro. Apesar de tudo, chegaram a um acordo, sendo decidido
que ingressaria na Columbia, estudando paralelamente engenharia. Em
1922, decidiu deixar a Universidade, não podendo suportar o racismo dos
seus colegas. Foi desde aí que passou a preferir as alegrias das ruas de
Harlem, negligenciando os estudos. arlem
Para
viver, executou pequenos ofícios até ser admitido como membro da tripulação de
um paquete que, em 1923, fazia o circuito das costas da África Ocidental e da
Europa.
Depois
de uma curta estadia em Paris, regressou aos Estados Unidos, juntando-se de
novo à mãe, que estava em
Washington. Voltou a executar pequenos trabalhos, tornando-se
finalmente assistente pessoal do professor Carter G. Woodson da Associação
Para o Estudo da Vida e da História do Povo Afro-Americano. Langston
passava no entanto o seu tempo a escrever. Acabou por abandonar o cargo, para
ir ocupar um lugar modesto num hotel, onde encontrou o poeta Vachel Lindsay. Impressionado
com os poemas que ele lhe mostrou, Vachel interessou-se pela sua publicação, se
bem que alguns já tivessem sido publicados em diversos periódicos e outros
fizessem parte de uma recolha em vias de finalização.
Os
estudos na Universidade de Lincoln, na Pensilvânia, que ele começara no
fim dos anos 1920, culminaram com o seu doutoramento em Literatura.
Interessado por viagens, multiplicou também as suas
expedições através do Mundo, se bem que se sentisse profundamente e sobretudo
um “homem do Harlem”.
Em
1926, publicou a sua primeira recolha de poemas “The Weary Blues”. Foi
uma figura fundamental do movimento Renascimento do Harlem, que fez
então surgir uma série de artistas negros. Escreveu no semanário político “The
Nation”, ainda em 1926, o texto “The Negro Artist and the Racial
Mountain”, que muitos consideram como um Manifesto de Engajamento
Artístico Negro.
Langston
descreve na maioria das suas obras a vida dos proletários negros, as suas
alegrias, desilusões e esperanças, tudo num ambiente de jazz e de blues. Ele
disse mais tarde «Procurei compreender e descrever a vida dos negros nos
Estados Unidos e, também, de um modo mais superficial, a vida de todos os
humanos». Com o seu trabalho, Hughes procurava mostrar a importância de uma
“consciência negra” e de um nacionalismo cultural que devia unir os homens em
vez de os separar. Este orgulho foi retomado por numerosos homens de letras, como
Nicolás Guillén, Léopold Sédar Senghor e Aimé Césaire, entre outros.
Depois
da publicação de múltiplas recolhas de poesias, de peças de teatro, de ensaios
e de guiões para cinema, L. Hughes escreveu ainda, encorajado pelos amigos,
duas autobiografias: “The Big Sea” e “I Wonder as I Wander”.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
21 DE MAIO - ALEXANDER POPE
EFEMÉRIDE
– Alexander Pope, um dos maiores poetas britânicos do século XVIII, nasceu
em Londres no dia 21 de Maio de 1688. Morreu em Twickenham, em 30 de Maio
de 1744.
A
sua mocidade foi cheia de contratempos, consequência de ser filho de um
comerciante católico. Foi mesmo proibido de frequentar escolas e universidades
mas, apesar disso, foi educado com esmero. Várias doenças e uma deformidade
física nos discos intervertebrais fizeram com que ele desenvolvesse um carácter
complicado.
A
principal contribuição de Pope para a literatura foi constituída por ensaios e
poemas, nos quais expôs as suas ideias estéticas e filosóficas. São obras
didácticas ou filosóficas, como o “Ensaio sobre a crítica”, livro de
doutrina neoclássica escrito aos 23 anos, no qual defende os seus pontos de
vista sobre a “verdadeira” poesia, e “Ensaio sobre o Homem” (1733/34),
no qual discute se é ou não possível reconciliar os males deste mundo com a
crença no criador justo e misericordioso. Compôs também uma sátira, “The
Dunciad”, em que declara vago o trono da torpeza, do aborrecimento e da
estupidez e propõe o nome dos seus inimigos para o ocupar. É a sua obra mais
conhecida. Foi aliás como satírico e moralista que se notabilizou na segunda
parte da sua vida, quando escreveu “O rapto da Madeixa”, em que
ridiculariza a extrema delicadeza da corte de Inglaterra.
Para
muitos, Alexander Pope foi o satírico britânico mais brilhante do seu tempo e
também o primeiro a ter fama internacional. Será o escritor inglês mais citado,
depois de Shakespeare. Segundo alguns estudiosos, teria pertencido à franco-maçonaria,
mas o facto não pôde ser confirmado.
terça-feira, 20 de maio de 2014
20 DE MAIO - CARLOS COELHO
EFEMÉRIDE
– Carlos Miguel Maximiano de Almeida Coelho, político português,
nasceu em Lisboa no dia 20 de Maio de 1960. Quando frequentava o Liceu
Nacional de Queluz, foi presidente da Associação de Estudantes, de 1976 a 1978, e membro dos Conselhos
Pedagógico e Directivo, de 1977
a 1978.
Aderiu
ao Partido Social Democrata (PSD) em Maio de 1978, tendo sido
eleito membro da Assembleia Municipal de Sintra e, depois, chamado a
substituir Natália Correia na Assembleia da República na I Legislatura,
em 1980. Nas III, IV e V Legislaturas, foi novamente deputado pelo Círculo de
Lisboa e, nas VI e VII Legislaturas, pelo Círculo de Santarém.
Em
1986, foi eleito líder nacional da Juventude Social Democrata (JSD),
onde permaneceu até 1988. Foi membro da Comissão de Reforma do Sistema
Educativo, nomeado por João de Deus Pinheiro, em 1986, e membro do Conselho
Nacional de Educação, em 1990 e 1992.
Estreou-se
no Parlamento Europeu em 1994, sendo designado vice-presidente da Comissão
da Política Regional, Ordenamento do Território e Relações com o Poder Local.
Regressou no mesmo ano a Portugal, após ter sido nomeado subsecretário de
Estado da Educação, sendo ministra Manuela Ferreira Leite.
Em
1998, regressou ao Parlamento Europeu, substituindo António Capucho,
sendo reeleito deputado nas eleições europeias de 1999, 2004 e 2009. Foi
presidente da Comissão Especial sobre o Echelon, experiência que deu
origem ao seu livro “Os americanos espiam a Europa? O caso Echelon, dois
anos depois” (2004). Presidiu também à Comissão Temporária sobre a
alegada utilização pela CIA de países europeus para o transporte e a detenção
ilegal de prisioneiros. É director da Universidade de Verão e da Universidade
da Europa, iniciativas do PSD, da JSD, do Partido Popular
Europeu e do Instituto Francisco Sá Carneiro.
segunda-feira, 19 de maio de 2014
19 DE MAIO - NATHURAM GODSE
EFEMÉRIDE
– Nathuram Vinayak Godse, nacionalista indiano que assassinou Mahatma
Gandhi, nasceu em Baramati no dia 19 de Maio de 1910. Morreu enforcado na
prisão de Ambala, na província de Punjab, em 15 de Novembro de 1949. Achava que
Gandhi era responsável pelo enfraquecimento do novo governo indiano, ao
insistir no pagamento de certas dívidas ao Paquistão.
Pertencia
a uma família brâmane muito tradicionalista. Apesar de parecer estar vocacionado para um grande destino religioso, acabou por fracassar neste desígnio e teve mesmo
dificuldades em arranjar um emprego estável. Em 1947, era um simples alfaiate,
que se interessava sobretudo pela política. Sob a influência de Vinayak Damodar
Savarkar, político, filósofo e nacionalista hindu, tornou-se chefe de redacção do
semanário pró hindu “Mahasabha”.
Depois
da separação da Índia e do Paquistão em 1947, os hindus e os muçulmanos
afrontaram-se com violência. Gandhi tentou a reconciliação das duas
comunidades. No dia 1 de Setembro de 1947, as lutas recomeçaram. Gandhi morava
então na zona muçulmana, o que exasperou os extremistas hindus, que o ameaçaram
e lhe pediram para abandonar aquele bairro. Gandhi respondeu que faria uma
greve de fome até a violência acabar.
Mais
tarde, em Nova Deli,
em 15 de Janeiro de 1948, Gandhi começou uma greve de fome ilimitada «para
proteger a vida, os bens e a religião dos muçulmanos». Ele temia uma guerra
civil na nova Índia independente e queria também proteger os hindus que tinham
ficado no Paquistão. Obteve o apoio das comunidades religiosas e, três dias
depois, na presença do embaixador do Paquistão, pôs fim ao jejum. Obteve também
o pagamento de 550 milhões de rupias devidos ao Paquistão. Para muitos hindus,
isto era demais. Gandhi era um traidor. Em 30 de Janeiro, quando se dirigia
para as suas orações, Nathuram Godse matou-o com três tiros à queima-roupa.
Durante o processo que o conduziria à forca, Godse
reivindicou plenamente o seu acto, assegurando que, no entanto, não odiava
Gandhi e que, antes de disparar, o tinha mesmo saudado religiosamente juntando
as mãos em sinal de respeito, gesto que foi confirmado por diversas
testemunhas. Aceitou como «desejável» a pena que lhe foi imposta,
pedindo apenas que as suas cinzas fossem guardadas até ao dia em que o Indus,
rio do Paquistão, pudesse correr numa Índia unificada.
domingo, 18 de maio de 2014
18 DE MAIO - DIAS GOMES
EFEMÉRIDE
– Alfredo de Freitas Dias Gomes, romancista, dramaturgo, autor de
telenovelas e membro da Academia Brasileira de Letras, morreu em São Paulo no dia 18 de
Maio de 1999, vítima de um acidente de automóvel. Nascera em Salvador, em
19 de Outubro de 1922. Fez o curso primário no Colégio Nossa Senhora
das Vitórias e iniciou o secundário no Ginásio Ipiranga. Em
1935, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde prosseguiu o curso
secundário no Ginásio Vera Cruz e, posteriormente, no Instituto
de Ensino Secundário. Em 1943, ingressou na Faculdade de Direito do Rio
de Janeiro, abandonando o curso no 3º ano.
Foi
no ambiente radiofónico que Dias Gomes travou contacto pela primeira vez com
aquela que viria a ser a sua primeira esposa, a então desconhecida Jenete (Janete
Clair). Viúvo de Janete Clair, que morreu em 1983, casou-se no ano seguinte
com a actriz Bernadeth Lyzio.
Aos
15 anos, escreveu a sua primeira peça de teatro, “A Comédia dos Moralistas”,
com a qual ganharia o Prémio do Serviço Nacional de Teatro. Em 1941, a sua peça “Amanhã
Será Outro Dia” chegou às mãos do actor Procópio Ferreira que, empolgado
com a qualidade do texto, chamou o autor para «terem uma conversa».
Embora tivesse gostado do que lera (tratava-se de um drama antinazi), Procópio achava
arriscado levar à cena um espectáculo deste cariz em plena Segunda Guerra
Mundial. Quando questionado «se não teria uma outra peça, de comédia
talvez», Dias lembrou-se de “Pé de Cabra”, uma espécie de sátira ao
maior sucesso de Procópio até então, e não hesitou em levá-la ao grande actor
que, entusiasmado, comprometeu-se a encená-la.
Sob
a alegação de que a peça possuía alto conteúdo marxista, “Pé de Cabra”
foi proibida no dia da estreia. Curioso notar que, embora anos depois o autor
viesse a filiar-se no Partido Comunista Brasileiro, até então Dias Gomes
nunca havia lido uma só linha de Karl Marx. Graças à sua influência, Procópio
conseguiu “libertar” a peça, mediante o corte de algumas passagens, e a mesma
acabou por ser levada à cena com grande sucesso. No ano seguinte, Dias Gomes
assinaria com Procópio aquele que seria o primeiro grande contrato da sua
carreira, no qual se comprometia a escrever em exclusividade para o actor.
Desse período nasceram “Zeca Diabo”, “João Cambão”, “Dr.
Ninguém”, “Um Pobre Génio” e “Eu Acuso o Céu”. Infelizmente,
nem todas as peças foram encenadas, pois Dias Gomes e Procópio desentenderam-se
por sérias divergências políticas. Reflectindo o pensamento da época, Procópio
não concordava com as preocupações sociais que Dias insistia em discutir nas
suas peças. Tais diferenças levariam o autor a afastar-se temporariamente dos
palcos, passando a dedicar-se à rádio.
De 1944 a 1964, Dias Gomes
adaptou cerca de 500 peças teatrais para o rádio, o que lhe proporcionou um
apurado conhecimento da literatura universal. Em 1960, voltou aos palcos com
aquele que viria a ser o maior êxito da sua carreira e pelo qual se tornaria
internacionalmente conhecido: “O Pagador de Promessas”. Adaptado ao
cinema, foi o primeiro filme brasileiro a receber uma nomeação para os Oscars
e o único a ganhar uma Palma de Ouro em Cannes.
Em
1965, assistiu, perplexo, à proibição da sua peça “O Berço do Herói”, no
dia da estreia. Adaptada para a televisão com o nome de “Roque Santeiro”,
seria proibida uma década depois, também no dia da estreia. Somente em 1985,
com o fim do Regime Militar, o público veio a assistir a esta peça.
Com
a implantação da Ditadura Militar no Brasil em 1964, Dias Gomes passara a ter
as suas peças censuradas. Demitido da Rádio Nacional, não lhe restou
outra saída senão aceitar o convite de Boni, então presidente da Rede Globo,
para escrever para a televisão.
De 1969 a 1979, Dias Gomes
dedicou-se exclusivamente à TV, na qual demonstrou grande talento. Em 1973,
escreveu a primeira novela a cores da televisão brasileira, “O Bem Amado”.
Em 1974, já falava em ecologia e no crescimento desordenado das cidades,
em “O Espigão”. Em 1976, com “Saramandaia”, abordou o realismo
fantástico, então em moda na literatura. O fracasso de “Sinal de Alerta”,
em 1978, levou-o a afastar-se temporariamente do género telenovela.
Ao
longo da década de 1980, Dias Gomes voltou a dedicar-se ao teatro,
escrevendo para a televisão só esporadicamente. Datam desse período os seriados
“O Bem Amado” e “Carga Pesada”, e a novela “Mandala”. Nos
anos 1990, virou as costas de vez as telenovelas, dedicando-se única e
exclusivamente às mini-séries. Foi eleito para a Academia Brasileira de
Letras em Abril de 1991.
sábado, 17 de maio de 2014
17 DE MAIO - ANDREA CORR
EFEMÉRIDE
– Andrea Jane Corr, cantora irlandesa, vocalista da banda The
Corrs, formada no princípio dos anos 1990 por ela e mais três
irmãos, nasceu em Dundalk no dia 17 de Maio de 1974. Andrea toca também tin
whistle (flauta tradicional irlandesa) e piano.
Como
as suas irmãs, estudou no Convento de Dun Lughaidh, onde foi considerada
uma das melhores alunas da sua classe. Estudou também francês, que fala
correctamente.
Com
a banda, lançou cinco álbuns de estúdio, dois de grandes sucessos, um de remix
e dois ao vivo. Grande parte dos textos das canções é de sua autoria. Em 1999,
foi eleita a Mulher Mais Sexy da Irlanda, o mesmo vindo a acontecer em
2005.
Aproveitando
uma pausa da banda, em virtude dos irmãos terem uma vida familiar muito
ocupada, Andrea iniciou uma carreira a solo em 2006, lançando o álbum “Ten
Feet High”, a que se seguiram outros, todos com grande sucesso. Em 2011,
foi editado “Lifelines”, composto de canções importantes da sua vida
desde a infância.
Envolvida
em actividades de caridade, ela e a banda fizeram vários concertos em prol de
instituições como Pavarotti & Friends e 46664, o número que
Nelson Mandela tinha durante os 25 anos em que esteve preso e denominação de
uma série de concertos para ajudar a Fundação, que tem o nome do ex líder
sul-africano, a obter fundos para o tratamento da SIDA em África.
No
cinema, Andrea interpretou pequenos papéis em vários filmes, tendo em 2002
desempenhado finalmente o seu grande papel em “The Boys and Girl From County
Clare”, a que se seguiram “The Bridge” (2005) e “Broken Thread”
(2006).
Está
casada desde 2009 com um executivo do mercado financeiro britânico, Brett
Desmond, filho do multimilionário irlandês Dermot Desmond. Têm dois filhos,
nascidos respectivamente em 2012 e 2014 (Janeiro).
sexta-feira, 16 de maio de 2014
16 DE MAIO - RONALD DE CARVALHO
EFEMÉRIDE
– Ronald de Carvalho, poeta e político brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro
em 16 de Maio de 1893. Morreu na mesma cidade em 15 de Fevereiro de 1935,
com 41 anos de idade, vítima de acidente de automóvel. Fez o Curso
Secundário no Colégio Naval. Ingressou depois na Faculdade Livre
de Ciências Jurídicas e Sociais do Rio de Janeiro, precursora da
actual Faculdade Nacional de Direito, fazendo o bacharelado em 1912.
Desde 1910 que já trabalhava como jornalista no “Diário de Notícias”.
Veio
depois para a Europa, estudando Filosofia e Sociologia em Paris. Ao voltar para o
Brasil, entrou para o Itamaraty. Em 1922, participou na Semana de Arte
Moderna, que decorreu em 13, 15 e 17 de Fevereiro de 1922 no Teatro
Municipal de São Paulo e foi um momento determinante do Modernismo brasileiro.
Em
1924, dirigiu a Secção dos Negócios Políticos e Diplomáticos na Europa. Esteve
também no México, como hóspede de honra do governo mexicano. Em 1926, foi
oficial de gabinete do ministro Otávio Mangabeira.
Em
1930, o seu poema “Brasil” foi entusiasticamente lido na conferência Poesia
Moderníssima do Brasil, apresentada pelo professor Manoel de Souza Pinto,
da cadeira de Estudos Brasileiros da Faculdade de Letras de Coimbra.
Exerceu cargos diplomáticos de relevância, servindo durante dois anos na
Embaixada em Paris e depois em Haia. Regressou a Paris e, em 1933, foi
transferido para o Rio de Janeiro. Foi secretário da Presidência da República,
cargo que ocupava quando faleceu.
Em
concurso realizado pelo “Diário de Notícias” em 1935, foi eleito Príncipe
dos Prosadores Brasileiros. Colaborou, com destaque, em “O Jornal” e
também se encontra colaboração sua nas revistas “Alma nova” (1914/30) e
“Atlântida” (1915/20).
Na
biblioteca da Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, existe um exemplar do
livro “Luz Gloriosa – Poema de Ronald de Carvalho”, que foi oferecido a
Fernando Pessoa pelo autor. O livro tem uma dedicatória escrita pelo punho de
Ronald de Carvalho. Em Fevereiro de 1915, Fernando Pessoa escreveu ao autor,
agradecendo o livro que este lhe oferecera e fazendo a sua apreciação: «O
seu Livro é dos mais belos que recentemente tenho lido ……. ».
A
crítica de Fernando Pessoa parece tê-lo influenciado a aderir ao modernismo,
destacando-se a sua intervenção na Semana de Arte Moderna. Cinco anos
mais novo que Fernando Pessoa, Ronald de Carvalho viria a morrer, por
coincidência, no mesmo ano do escritor português.
Ronald
de Carvalho foi, em conjunto com Luís de Montalvor, director do primeiro número
da revista literária “Orpheu”, publicada em Lisboa em Março de 1915.
Esta revista, de que se publicaram apenas dois números, foi uma das mais
importantes no panorama literário português, contribuindo decisivamente para a
introdução do modernismo em Portugal e exercendo uma duradoura influência
na literatura portuguesa do século XX. Para além destes dois escritores, “Orpheu”
publicou trabalhos de grandes nomes das letras portuguesas, como Fernando
Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e José de Almada-Negreiros.
quinta-feira, 15 de maio de 2014
15 DE MAIO - MAX FRISCH
EFEMÉRIDE
– Max Frisch, arquitecto e escritor suíço de língua alemã, nasceu em Zurique
no dia 15 de Maio de 1911.Morreu na mesma cidade em 4 de Abril de 1991,
vítima de doença oncológica.
As obras
literárias de Max Frisch são influenciadas sobretudo pelo existencialismo
e por Brecht. Nos seus romances e peças de teatro, teve como temas principais os
efeitos da sociedade moderna sobre os indivíduos, ao tratar das crises
intelectual, moral e social do seu tempo. A
ironia era uma das suas características mais significativas: «Pior
que o ruído das botas, é o silêncio das pantufas» é uma célebre frase sua. Membro
do Grupo Olten, é considerado um dos importantes escritores da língua
alemã do pós-guerra.
Em
1930, começou os seus estudos em germanística na Universidade de
Zurique, mas teve de os abandonar por razões financeiras devidas à morte do
pai em 1933. Trabalhou então como correspondente do jornal “Neue Zürcher
Zeitung”. Entre 1934 e 1936, fez várias viagens através da Europa de Leste
e do Sudeste, indo pela primeira vez à Alemanha em 1935. O seu primeiro livro, “Jürg
Reinhart: Eine sommerliche Schicksalsfahrt”, foi publicado em 1934.
De 1936 a 1941, estudou
arquitectura na Escola Politécnica Federal de Zurique. Durante a Segunda
Guerra Mundial, fez o serviço militar no exército suíço (1939/45).
O
seu primeiro projecto de arquitectura concretizou-se em 1942, quando ganhou um
concurso para a construção de uma piscina pública no centro de Zurique, a Letzigraben,
rebaptizada depois Max-Frisch-Bad, tendo actualmente o estatuto de
“monumento histórico”. Abriu então o seu próprio atelier de arquitectura.
Em
1947, conheceu pessoalmente Bertolt Brecht e Friedrich Dürrenmatt, que tiveram
uma influência importante na sua produção literária. Em 1951, recebeu uma bolsa
da Fundação Rockefeller, tendo passado um ano nos Estados Unidos. Em 1964,
fechou o seu atelier para se dedicar exclusivamente à literatura. Em 1960, mudou-se
para Roma, onde viveu durante cinco anos. Teve, ao longo da sua vida, várias
relações amorosas e dois casamentos.
Max
Frisch é cidadão de honra da vila de Berzona, na Suíça, localidade onde
trabalhou durante vários anos e onde, em 1964, adquiriu uma casa que depois remodelou.
Escreveu trinta livros (1934/90), tendo recebido o Prémio Georg-Büchner
e o Prémio Charles Veillon em 1958. Em 1976, foi distinguido com o Prémio
da Paz dos Livreiros Alemães.
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