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terça-feira, 15 de julho de 2014
15 DE JULHO - ALPHONSUS DE GUIMARAENS
EFEMÉRIDE
– Alphonsus de Guimaraens, de seu verdadeiro nome Afonso Henrique da
Costa Guimarães, escritor brasileiro, morreu em Mariana (Minas Gerais) no dia
15 de Julho de 1921. Nascera em Ouro Preto, em 24 de Julho de 1870. Era filho de
Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula
Guimarães Alvim.
Matriculou-se
em 1887 num curso de Engenharia, que não finalizou. Perdeu
prematuramente a noiva Constança, que era simultaneamente sua prima, o que
muito o abalou moral e fisicamente.
Em
1894, foi para São Paulo, onde ingressou no curso de Direito da Faculdade
do Largo São Francisco. Voltou a Minas Gerais, licenciando-se em Direito
na Faculdade Livre que, na época, funcionava em Ouro Preto.
Em São Paulo, colaborou na
imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se
reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz
e Souza, poeta que já admirava e de quem se tornou amigo. Foi juiz
substituto em Conceição do Serro (MG). Em 1897, casou-se com Zenaide de Oliveira. Em 1899,
estreou-se na literatura com dois volumes de versos, ambos de nítida inspiração
simbolista.
Em
1900, passou a exercer a função de jornalista, colaborando em “A Gazeta”
de São Paulo. Em 1902, publicou “Kyriale”, sob o pseudónimo de Alphonsus
de Guimaraens. Em 1903, os cargos de juízes substitutos foram
suprimidos pelo governo do Estado e, consequentemente, Alphonsus perdeu também
o seu cargo, o que o levou a sérias dificuldades financeiras.
Após
recusar um posto de destaque no jornal “A Gazeta”, foi nomeado para a
direcção do jornal político “Conceição do Serro”, onde também
colaboraria Cruz e Souza. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana,
para onde se mudou.
A
sua poesia é marcadamente mística e envolvida em religiosidade católica. Os
seus sonetos apresentam uma estrutura clássica e são profundamente sensíveis,
na medida em que exploram o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e
da inadaptação ao mundo, manifestando aceitação e resignação diante da própria
vida, dos sofrimentos e das dores. Outra característica marcante da sua obra é
a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é – quase
sempre – considerada um anjo ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens foi
simultaneamente neo-romântico e simbolista, estando consagrado
como um dos principais autores simbolistas do Brasil.
Traduziu
vários poetas, entre eles o francês Stéphane Mallarmé. Em referência à cidade
em que passou parte da sua vida, ficou também conhecido como “o solitário de
Mariana”, isto apesar de viver com a esposa com quem teve quinze filhos.
segunda-feira, 14 de julho de 2014
14 DE JULHO - MIGUEL VENTURA TERRA
EFEMÉRIDE
– Miguel Ventura Terra, arquitecto português, nasceu em Seixas, Caminha, no
dia 14 de Julho de 1866. Morreu em Lisboa, em 30 de Abril de 1919.
Frequentou
o curso de Arquitectura da Academia Portuense de Belas Artes
entre 1881 e 1886. Em 1886, esteve em Paris como bolseiro do Estado na classe
de Arquitectura Civil, tendo estudado na École Nationale et Spéciale de Beaux-Arts. Foi discípulo
de Victor Laloux, arquitecto autor da Gare de Orsay, hoje Museu de
Orsay. O seu período de estudo em Paris foi prolongado através de um pedido
especial do Rei D. Carlos, para que pudesse receber do governo francês o
diploma de arquitecto de 1.ª classe. Em 1894, com 28 anos, ficou em
segundo lugar no concurso para o Monumento do Infante D. Henrique, no
Porto. Em 1896, regressou a Portugal integrando os quadros do ministério das Obras
Públicas como arquitecto da Direcção de Edifícios Públicos e Faróis.
Foi
autor de projectos para palacetes, habitações de rendimento mais qualificadas,
essencialmente na capital, construções ecléticas, cosmopolitas e utilitárias,
mas também de importantes equipamentos urbanos como a primeira creche lisboeta
(1901), da Associação de Protecção à Primeira Infância, a Maternidade
Dr. Alfredo da Costa (1908) e os Liceus Camões (1907), Pedro Nunes
(1909) e Maria Amália Vaz de Carvalho (1913).
Miguel
Ventura Terra projectou, igualmente, dois pavilhões da representação portuguesa
na Exposição de Paris de 1900, bem como a Igreja de Santa Luzia, em
Viana do Castelo (1903), a Sinagoga de Lisboa inaugurada em 1904, o
edifício do Banco Totta & Açores na Rua do Ouro (1906), em Lisboa,
que constituiu a primeira intervenção moderna na baixa pombalina, o Teatro
Politeama (1912/13) e o Palace Hotel de Vidago, concluído após a sua
morte.
Venceu
quatro vezes o Prémio Valmor de Arquitectura (1903, 1906, 1909 e 1911) e
teve uma Menção Honrosa em 1913. Todas as suas obras denotam o gosto do
artista por uma monumentalidade não exacerbada, por fachadas assimétricas e
pela utilização de novos materiais. Em 1908, foi eleito para a Câmara
Municipal de Lisboa, onde permaneceu durante a primeira vereação
republicana, até 1913.
Miguel
Ventura Terra foi um dos grandes responsáveis pela criação da Sociedade dos
Arquitectos Portugueses, em actividade desde 1903, da qual foi o primeiro
presidente e de onde nasceu o Anuário da Sociedade dos Arquitectos Portugueses
(1905/19) no qual colaborou. Exerceu ainda o cargo de vogal do Conselho dos
Monumentos Nacionais.
De
salientar também, entre os seus trabalhos, a Capela encomendada pela rainha
Maria Pia para o Palácio Nacional da Ajuda e a renovação do Palácio
de São Bento, nomeadamente da Sala das Sessões, da Sala dos
Passos Perdidos e o projecto inicial da Escadaria Nobre.
domingo, 13 de julho de 2014
13 DE JULHO - SOFIA MURATOVA
EFEMÉRIDE
– Sofia Ivanovna Muratova, ginasta russa que competia em provas de ginástica
artística em representação da União Soviética, nasceu em Leninegrado no dia
13 de Julho de 1929. Morreu em Moscovo, em 25 de Setembro de 2006. Entre os
seus principais êxitos, contam-se oito medalhas olímpicas e cinco mundiais,
sendo Bicampeã Olímpica por equipas e Tricampeã colectiva Mundial.
Internamente, conquistou 39 medalhas, sendo Tetracampeã individual geral.
Escolhida para a selecção soviética em 1949, teve uma longa carreira desportiva.
Juntamente
com a irmã, Sofia passou algum tempo fora da sua cidade, após o bloqueio de
Leninegrado em 1941. Radicada na cidade de Kuibyshev, ingressou na Escola Infantil de Desportos da localidade.
Três meses depois, participou numa competição local. Regressou no ano seguinte à
terra natal, onde continuou a treinar, então no Estádio dos Jovens Pioneiros.
Em 1945, subiu à categoria de juniores e, quatro anos mais tarde, ingressou na
selecção sénior.
Em
1951, casou-se com o também ginasta Valentin Muratov, com quem teve o primeiro
filho no ano seguinte. Em 1952, não pôde disputar os Jogos Olímpicos de Helsínquia,
devido a lesão numa perna e, em 1954, fracturou uma mão durante os Campeonatos
Mundiais de Roma. A sua estreia em Jogos Olímpicos
aconteceria em 1956 (Melbourne). Em 1960, lesionou-se novamente, mas não ficou
de fora dos Jogos Olímpicos de Roma, subindo ao pódio por três vezes. No
ano seguinte, teve o seu segundo filho. Em 1962, voltou aos treinos e disputou
uma nova edição dos Mundiais. Dois anos mais tarde, qualificou-se como
suplente para as Olimpíadas de Tóquio. Deu depois por finalizada a
carreira.
Em
1965, tornou-se treinadora. A sua mais bem sucedida pupila foi Olga Karasyova, medalhada olímpica,
europeia e mundial. Em 1999, afastou-se definitivamente do
desporto. Sete anos mais tarde (Setembro de 2006), faleceu com 76 anos de idade.
O marido morreria no mês seguinte.
sábado, 12 de julho de 2014
12 DE JULHO - MOUZINHO DA SILVEIRA
EFEMÉRIDE
– José Xavier Mouzinho da Silveira, jurisconsulto e político português,
nasceu em Castelo de Vide no dia 12 de Julho de 1780. Morreu em Lisboa, em
4 de Abril de 1849. Foi uma das personalidades mais importantes da Revolução
Liberal, operando – com a sua obra de legislador – algumas das mais
profundas modificações institucionais nas áreas da fiscalidade e da justiça.
Depois
dos primeiros estudos, partiu – em Outubro de 1796 – para a Porto, onde – até
Junho do ano seguinte – frequentou os preparatórios para entrar no Curso
de Leis, no qual se matriculou em Outubro de 1797. Licenciou-se em 1802.
Regressado
a Castelo de Vide, ocupou os anos de 1803 e 1804 em tarefas relacionadas com a
gestão do património familiar (o seu pai tinha morrido entretanto),
particularmente em demandas resultantes do falecimento da avó materna. Em
finais de 1804, partiu para Lisboa onde, na Corte, sustentou até 1807, com
êxito, a continuação naquele foro das demandas referentes ao património
familiar. Foi testemunha ocular da entrada em Lisboa do exército invasor
francês comandado por Junot, em Novembro de 1807.
Terminadas
as demandas que o tinham trazido a Lisboa, Mouzinho da Silveira optou por não
regressar a Castelo de Vide e ingressou na magistratura. Em Março de 1809, tomou
posse do lugar de juiz de fora de Marvão, localidade onde residiu nos
três anos seguintes, participando activamente nos preparativos para a defesa
daquela praça contra a ameaça napoleónica. Terminado o mandato, voltou para
Lisboa em Outubro de 1812.
Despachado
juiz de fora de Castelo Branco, tomou posse do cargo em Maio de 1813,
permanecendo nele até Novembro de 1816. Terá exercido também, desde Maio de
1814, as funções de juiz do Tombo dos Bens da Casa Real em Lisboa.
Foi depois
nomeado provedor da comarca de Portalegre. Chegado a Portalegre em Janeiro de
1817, tomou posse do cargo em Março, mantendo-se nele até Janeiro de 1821.
Em
Fevereiro de 1821, foi encarregue da diligência de arrecadação da Fazenda
em Estremoz e de visitar as comarcas de Évora e Ourique para determinar o
estado da arrecadação pública em todos os ramos, diligências que não
cumpriu por ter sido despachado em Abril administrador-geral da Alfândega
Grande do Açúcar, em Lisboa, cargo de que tomou posse em Maio.
Sendo
administrador da alfândega, foi nomeado – em Maio de 1823 – ministro da Fazenda.
Em virtude da Vilafrancada, que restabeleceu a monarquia absoluta,
foi demitido em Junho.
Voltou à alfândega.
Na
sequência da Abrilada, Mouzinho foi preso em 30 de Abril de 1824.
Encerrado no Mosteiro da Batalha, ali permaneceu até 14 de Maio, data em que
foi libertado juntamente com outros presos políticos.
Em
Agosto de 1825, Mouzinho foi elevado às honras de Fidalgo Cavaleiro da Casa
Real.
Manteve
actividade na área da fiscalidade, sendo nomeado – em Novembro de 1825 – membro
da junta encarregada de elaborar um regimento da alfândega geral que se
pretendia criar em
Lisboa. Participou ainda nos trabalhos das juntas encarregadas
de propor a revisão dos tratados de 1810 com o Reino Unido e de 1825 com o
Brasil.
Nas
eleições de Outubro de 1826, foi eleito deputado pelo Alentejo, integrando a Comissão
da Fazenda da Câmara dos Deputados e centrando a sua actividade parlamentar
em matérias de fiscalidade e de gestão do património.
Sentindo
necessidade de se exilar, em Março de 1828 pediu licença para viajar durante um
ano, saindo de Lisboa em 3 de Abril e chegando a Paris em 15 do mesmo mês.
Permaneceu em Paris até 1832, desenvolvendo estudos sobre a fiscalidade e
mantendo intensa troca epistolar com amigos e familiares em Portugal. Durante
este período, a sua situação patrimonial começou a degradar-se seriamente,
reflexo da sua ausência e da profunda crise económica que afectava Portugal.
Regressado
a Portugal, sozinho, já que a esposa ficara em Paris por causa dos estudos do
filho, foi nomeado em Fevereiro de 1831 membro da comissão consultiva que
substituiu o Conselho de Estado junto da Regência em nome de D. Maria. Em Junho
do mesmo ano, foi convocado para fazer parte – como membro da Comissão da Fazenda
da Câmara dos Deputados – da comissão encarregue de angariar fundos e obter
os empréstimos necessários para subsidiar a causa liberal.
Acompanhou
D. Pedro IV à Ilha Terceira, na sua campanha pela implantação do liberalismo
em Portugal (Janeiro de 1832). Tomou posse do cargo de ministro e secretário de
estado dos Negócios da Fazenda e interino dos Negócios Eclesiásticos
e da Justiça em Angra (Março de 1832). Em Abril, acompanhou D. Pedro IV de
Angra a Ponta Delgada, cidade de onde em Junho partiu com a força
expedicionária a caminho do Mindelo. Enquanto esteve nos Açores, viu
promulgados 24 decretos e uma portaria por si propostos, tendo ainda
reformulado toda a administração das ilhas.
Desembarcou
no Mindelo em 8 de Julho, seguindo para o Porto, onde foi cercado pelas forças
de D. Miguel. Durante a sua permanência no Porto, prosseguiu a promulgação das
suas reformas, sendo publicados mais 20 decretos e uma portaria.
Em
Agosto, em completo desacordo com o andamento das finanças públicas e acossado
pelos seus correligionários que o acusavam de radicalismo e insensatez, pediu a
demissão dos cargos que ocupava, demissão que lhe foi concedida em Dezembro de
1832.
Deixou
um importante legado legislativo que lançou as bases da moderna fiscalidade
portuguesa e introduziu uma profunda reforma no sistema judiciário. Num curto
espaço de tempo e em plena guerra civil, Mouzinho afirmara-se como uma das
personalidades dominantes do liberalismo em Portugal.
Diversos
impostos, como o da sisa, mantiveram-se até há pouco, no essencial, semelhantes
ao que foi por ele estabelecido. A ele se deve ainda a fundação do Supremo
Tribunal de Justiça e a estruturação do Ministério Público.
De
Dezembro de 1832 a
Janeiro de 1833, foi encarregue de obter fundos para as forças liberais, participando
num cruzeiro à barra de Lisboa (a cidade estava ainda na posse das forças
afectas a D. Miguel) e desenvolvendo actividades em Vigo. Com o aprofundar
da sua discordância em relação à condução das finanças públicas, Mouzinho seria
demitido das suas funções de angariação de fundos e nomeado director da
Alfândega. Decidiu partir de novo para o exílio em Paris, em Março de 1833.
Voltou
a Portugal em Setembro de 1834, entrando para a Câmara dos Deputados,
onde permaneceu até 1836, com algumas intermitências, sempre na defesa
intransigente da legislação da sua autoria e mantendo uma constante intervenção
em matérias de fazenda pública. Nas eleições de 1835, foi reeleito deputado
pelo Alentejo.
Em
Agosto de 1836, recusou jurar a Constituição de 1822 e demitiu-se de director
da Alfândega. Foi preso e, quando libertado, exilou-se novamente em França. Novo regresso
ao País em 1839, entrando para a Câmara dos Deputados em Fevereiro. Permaneceu
naquela Câmara até 1840. Em Dezembro de 1844, foi encarregue de elaborar um
regulamento geral das alfândegas.
A
sua situação financeira melhorou em 1846, mas as expectativas colocadas no
filho foram goradas e a saúde ia-se deteriorando. A esposa permanecia em Paris. Mouzinho da
Silveira viria a morrer, ao que tudo indica vítima de um acidente ao subir as
escadas de casa.
Na Sala
dos Passos Perdidos, no Palácio de São Bento, Mouzinho da Silveira é
homenageado numa pintura a óleo de Columbano Bordalo Pinheiro. No Salão
Nobre da Câmara Municipal de Lisboa, Mouzinho figura numa pintura a óleo de
José Rodrigues, executada em 1866. O Museu Grão-Vasco, em Viseu, possui
também um retrato de Mouzinho da autoria de Columbano.
No
2º centenário do seu nascimento, em 1980, foi colocado em Castelo de Vide, sua
terra natal, um monumento em sua homenagem. Em muitas cidades do país, existem
arruamentos com o seu nome, o mesmo acontecendo com estabelecimentos de ensino.
sexta-feira, 11 de julho de 2014
11 DE JULHO - SUZANNE VEGA
EFEMÉRIDE
– Suzanne Nadine Vega, autora, compositora e intérprete
norte-americana, nasceu em
Santa Monica (Califórnia) no dia 11 de Julho de 1959.
Tornou-se conhecida mundialmente com a canção “Luka”, incluída no álbum
“Solitude Standing”.
Devido
à origem étnica do padrasto, um porto-riquenho, Suzanne cresceu e viveu grande
parte de sua juventude numa região de Manhattan, Nova Iorque, habitada
predominantemente por latinos.
Por
volta de 1968, com nove anos de idade, começou a escrever os primeiros poemas.
Com 14 anos, escreveu a sua primeira canção. Tempos depois, matriculou-se na High
School of Performing Arts, onde estudou dança moderna até meados de 1977.
Posteriormente, entrou no Barnard College, onde estudou literatura
inglesa. Começou a colaborar com um grupo de cantores, sendo influenciada pelo
compositor canadiano Leonard Cohen, de quem gravaria algumas músicas.
Dispondo
apenas de um violão, Suzanne apresentava as suas canções, com forte influência
do folk, em bares situados na Greenwich Village. Actuou algumas vezes no
Folk Club, um dos locais em que Bob Dylan também se apresentou nos primeiros
anos da sua carreira.
Os
bons desempenhos proporcionaram-lhe o seu primeiro contrato para gravação, em
1983. O resultado foi o seu álbum de estreia, lançado dois anos depois. Muito
elogiado pela crítica especializada dos Estados Unidos, o álbum foi disco de
platina no Reino Unido. No Canadá, foram vendidas aproximadamente 200 mil
cópias. O clip da canção “Marlene on the Wall” foi exibido em
vários canais de televisão, destacando-se o VH1 e a MTV.
A
fama mundial chegou com o álbum “Solitude Standing” de 1987, elogiado
pela crítica e pelo público. A canção “Luka” foi tocada nas rádios do
todo o mundo. Foram vendidas mais de um milhão de cópias, influenciando vários
artistas folk e rendendo uma tournée mundial.
Suzanne
casou-se nos anos 1990 com o produtor Mitchell Froom, sendo mãe dois
anos depois.
O
álbum “Nine Objects of Desire”, lançado em 1996 e composto de letras
simples, possibilitou novo sucesso e mais uma tournée. A canção “Caramel”
foi mesmo banda sonora do filme “The Truth About Cats and Dogs”. Dois
anos depois, em 1998, Suzanne divorciou-se de Mitchell Froom, que mantinha uma
relação extra-matrimonial com a cantora Vonda Shepard. Suzanne Vega só lançaria
novo disco em 2001 – “Songs in Red and Gray”. Três canções presentes no
disco causaram polémica por abordarem o rompimento do casamento da cantora.
No
fim dos anos 1990, publicou um livro intitulado “The Passionate Eye”.
Em 2003, foi lançado o álbum “Retrospective: The Best of Suzanne Vega”,
com duas versões: uma britânica (27 canções, entre elas seis gravadas ao vivo)
e uma norte-americana com 21 canções.
Em
2007, saiu o disco “Crime and Beauty” e, em 2014, um novo CD com canções
que ela tem vindo a cantar nos espectáculos ao vivo. O seu primeiro DVD tem 52
músicas.
Suzanne
Vega veio a Portugal em Julho de 2008, apresentando-se no Teatro Municipal
da Guarda. Em Outubro de 2010, actuou no Hard Rock Café em Lisboa.
quinta-feira, 10 de julho de 2014
10 DE JULHO - LOUIS DAGUERRE
EFEMÉRIDE
– Louis Jacques Mandé Daguerre, pintor, cenógrafo, físico e inventor
francês, morreu em Bry-sur-Marne no dia 10 de Julho de 1851. Nascera em Cormeilles-en-Parisi,
em 18 de Novembro de 1787. Foi autor da primeira patente para um processo
fotográfico (1835 - o daguerreótipo).
Começou
por ser pintor, antes de se dedicar à cenografia teatral. Conheceu o seu
primeiro sucesso graças ao diorama, um espectáculo concebido em 1822, em
colaboração com o seu sócio Charles Marie Bouton. Daguerre conheceu depois, em
1827, Joseph Nicéphore Niépce, graças a Vincent Chevalier que era o engenheiro
óptico que prestava serviço a ambos.
A
fotografia não foi inventada apenas por uma pessoa. Ela foi o resultado de
critérios científicos, observações afortunadas e intuição de algumas mentes
privilegiadas. Na sequência da parceria estabelecida com Joseph Nicéphore
Niépce e oficializada por contrato assinado em Dezembro de 1829, Daguerre
herdou em 1833 (ano da morte de Niépce) as invenções e os conhecimentos
adquiridos pelo seu parceiro.
Cada
um tinha trabalhado, de forma independente e por diferentes vias, tentando
atingir os mesmos fins. Niépce procurava teimosamente resolver o seu processo
com betume da Judeia, ao passo que Daguerre procurava modificar o processo e os
materiais usados a fim de reduzir o tempo de exposição, que ainda se mantinha
em cerca de uma hora. A imagem formada na chapa, depois de revelada, continuava
a ser sensível à luz do dia e tinha curta durabilidade. Daguerre solucionou
este último problema ao descobrir que, mergulhando as chapas reveladas numa
solução aquecida de sal de cozinha, este tinha um poder fixador, obtendo assim
uma imagem inalterável.
A
parceria de Daguerre com Niépce levou ao uso de placas revestidas a prata, cujo
primeiro uso é creditado a Niépce. Na sequência de numerosas experiências, um
novo produto químico foi introduzido e provou ser decisivo para o método de
Daguerre – o iodo.
Daguerre
tinha problemas financeiros e não conseguiu obter o apoio de industriais,
porque queria manter secreta a parte fundamental do seu processo. Após um
incêndio nas suas instalações em Março de 1839, foi-lhe concedida uma pensão
anual de 6 000 Francos. Em Agosto de 1839, no Instituto de França, foi finalmente
anunciado um novo processo fotográfico, o daguerreótipo, que se expandiria
rapidamente por toda a França, depois pela Europa e pelo mundo inteiro. Teve
grande sucesso durante uma dezena de anos, até ser destronado por outros
sistemas e procedimentos. A comercialização das câmaras escuras e do material
necessário para fixar as imagens fotográficas fizeram no entanto a fortuna de
Daguerre.
Publicou
dois livros: “História e descrição do daguerreótipo e do diorama” (1839)
e “Novo meio de preparar a camada sensível das placas destinadas a receber
imagens fotográficas” (1844).
Foi
distinguido com o grau de oficial da Legião de Honra. Em 1883, foi
inaugurado em Cormeilles-en-Parisi um monumento em sua memória. Em 1935, a União
Astronómica Internacional deu o nome de Daguerre a uma cratera lunar.
quarta-feira, 9 de julho de 2014
9 DE JULHO - FRANCISCO BARRETO
EFEMÉRIDE
– Francisco Barreto, militar português e 18º governador da Índia portuguesa,
morreu em Moçambique no dia 9 de Julho de 1573. Nascera em Faro, em 1520.
Ao
comando de uma pequena frota, partiu para a Índia portuguesa em 1547 e, cinco
anos depois, foi enviado para Cochim a fim de controlar o comércio da pimenta.
Em Junho de 1555, assumiu o cargo de governador da Índia, em substituição de D.
Pedro Mascarenhas, entretanto falecido.
Tinha
tomado posse apenas há uma semana – já em vésperas do dia de São João – quando
um foguete foi cair na ribeira, junto do galeão S. Mattheus, que estava
carregado de palha. Posicionado a barlavento de outras embarcações, o vento
forte fez com que o fogo se propagasse de barco em barco. O incêndio durou
toda a noite e consumiu seis galeões, quatro caravelas e duas galés. Um duro
revés para o começo do seu mandato.
Manteve-se
no cargo até 1558, ano em que partiu de regresso ao reino. Já em Portugal, foi
nomeado general das galés reais até 1569, ano em que foi enviado para Moçambique
a fim de conquistar as minas de ouro de Monomotapa. Morreu quatro anos mais
tarde, tendo os seus restos mortais sido trasladados para Portugal.
terça-feira, 8 de julho de 2014
8 DE JULHO - JORGE ÁLVARES
EFEMÉRIDE
– Jorge Álvares, explorador português, morreu em Sanchoão, na China, no dia 8 de Julho
de 1521. Nascera em Freixo de Espada à Cinta, em data desconhecida. Foi o
primeiro europeu a aportar em território chinês.
Fazia
parte do grupo de portugueses que, de Malaca, se dirigiram à China, em 1513, a mando de Jorge de
Albuquerque, governador de Malaca e sobrinho do conquistador Afonso de
Albuquerque. A esta visita seguiu-se o estabelecimento de algumas feitorias
portuguesas na província de Cantão, onde mais tarde se viria a situar o
entreposto de Macau. De acordo com os registos disponíveis, foi também o
primeiro europeu a alcançar e visitar o território que actualmente se chama
Hong Kong.
Possuía
um junco, com o qual se dedicava ao comércio entre Malaca e Cantão, juntamente
com Simão de Andrade e Rafael Perestrelo, pioneiros deste tipo de comércio, que
era considerado ilegal pelos chineses.
Participou
numa guerra contra o sultão de Bintão, capitaneando uma galé da Armada
Portuguesa. Com a abordagem de Tamang (Cantão), apesar da oposição do
mandarim local, conseguiu estabelecer-se numa praia da ilha de Sanchoão, onde
ergueu uma cabana que servia de refúgio aos comerciantes clandestinos e onde,
para se sentir como em terra portuguesa, fez assentar um padrão.
Passou
a ser considerado como feitor português de Tamang, continuando, no seu junco, a
navegar pelas Molucas. Nestas águas veio a ser atacado pelos indígenas de Ternate, sendo gravemente ferido.
Faleceu na sua cabana, não sem antes ter pedido para ser sepultado junto do
padrão que fizera erigir e onde já se encontravam as cinzas do filho, falecido
seis anos antes.
segunda-feira, 7 de julho de 2014
7 DE JULHO - JOSEPH MARIE JACQUARD
EFEMÉRIDE
– Joseph Marie Charles, conhecido por Jacquard, tecelão
francês e inventor do tear semi-automático, nasceu em Lyon no dia 7 de Julho de
1752. Morreu em Oullins, em 7 de Agosto de 1834. Em 1801, construiu um tear
semi-automatizado, que ficou conhecido por tear Jacquard e que podia
fazer mesmo os desenhos mais complicados. Este tear era programado através de
uma série de cartões perfurados, cada um deles controlando um único movimento
da lançadeira.
Filho
de tecelões, ele era aprendiz têxtil desde os dez anos de idade. Sentia-se
constrangido com a monótona tarefa que lhe era confiada desde a adolescência: -
alimentar os teares com novelos de linhas coloridas, a fim de formar desenhos
nos panos que estavam a ser trabalhados.
Como
toda a operação era manual, a tarefa de Jacquard e dos companheiros era
interminável. A cada momento, tinham que mudar os novelos, seguindo as
determinações previstas. Com o tempo, ele foi percebendo que as mudanças eram
sempre sequenciais. Inventou, então, um sistema de cartões perfurados, onde se
poderia registar, ponto a ponto, o programa para a confecção de cada tecido. O
seu tear podia ler os cartões e executar as operações nas sequências
programadas. A primeira demonstração prática do sistema aconteceu na viragem do
século XIX, em 1801. Os mesmos cartões perfurados, que mudaram a rotina da
indústria têxtil, teriam – poucos anos depois – uma influência também decisiva
nos primeiros computadores.
Em
Abril de 1805, Napoleão encontrou-se com ele, quando de uma estadia em Lyon e,
algumas semanas depois, Jacquard recebia da Academia de Lyon o Prémio
dos Inventores. A partir daí, foram muitos os prémios, honrarias e
recompensas que recebeu. Em Novembro de 1819, foi feito Cavaleiro da Legião
de Honra e, em 1826, foi nomeado conselheiro municipal de Oullins.
Em
Lyon, o tear Jacquard marcou os primeiros passos da revolução industrial, sendo
por vezes acusado de contribuir para o desemprego, em virtude de diminuir o
número de trabalhadores necessários para cada tarefa. Como acontece hoje ainda,
afinal, quando da aplicação da informática ou de outras automatizações em
diversas actividades.
Em
Agosto de 1840, foi inaugurada em Lyon a sua estátua em bronze, que foi substituída
– em 1947 – por uma estátua em
pedra. Para comemorar o centenário de Joseph Marie Jacquard,
os Correios Franceses emitiram, em 1943, um selo com a sua efígie.
domingo, 6 de julho de 2014
6 DE JULHO - JOAQUÍN RODRIGO
EFEMÉRIDE
– Joaquín Rodrigo Vidre, compositor e pianista espanhol,
morreu em Madrid no dia 6 de Julho de 1999. Nascera em Sagunto, em 22 de
Novembro de 1901. Apesar de cego desde os 4 anos, teve uma carreira de sucesso
e é considerado um dos compositores que mais popularizou a guitarra na música
clássica do século XX. O seu “Concerto de Aranjuez” é um dos expoentes
máximos da música espanhola.
Em
1905, Sagunto foi atingida por um surto de difteria que causou a morte de
muitas crianças. Joaquín Rodrigo sobreviveu, tendo porém perdido totalmente a
visão. O compositor comentaria mais tarde, sem amargura, que provavelmente fora
esse facto que o tinha conduzido à música.
A
família mudou-se para Valência, onde ele ingressou numa escola especial para
meninos cegos a fim de encetar a sua formação. Rapidamente, mostrou grande
apetência pela literatura e pela música. A família assistia a peças teatrais
musicadas, mas o jovem Rodrigo sentia-se particularmente atraído pela música
que acompanhava as representações. A partir daí, empenhou-se em ter aulas de
música com professores do Conservatório de Valência.
De
Rafael Ibañes, indicado pela família para o acompanhar como secretário e
copista, Rodrigo diria um dia: «Rafael emprestou-me os olhos que eu não tenho
e, através dele, conheci obras da literatura espanhola e trabalhos filosóficos,
ensaios, estudos e monografias variadas».
No
princípio dos anos 1920, Joaquín Rodrigo já era um excelente pianista e
um estudante de composição familiarizado com as correntes vanguardistas mais
importantes do mundo da arte. As suas primeiras composições foram escritas em
pequenas formas musicais. A primeira obra para grande orquestra, “Juglares”,
foi elaborada em 1924.
Em
1927, mudou-se para Paris, porque a capital francesa era – desde o princípio do
século – um núcleo cultural muito importante para os escritores, pintores e
músicos espanhóis. Estudou na École Normale de Musique durante cinco
anos. Ao chegar a Paris, Rodrigo e Rafael Ibañez, seu amigo e secretário,
tinham-se hospedado na casa do pintor Francisco Povo, que o apresentou a
numerosos artistas, músicos e editores, entre eles Manuel de Falla de quem se
tornou grande amigo.
Conheceu
entretanto a pianista turca Victoria Kamhi, com quem se casou em 1933. Ela foi
uma das influências mais decisivas na sua vida. Apesar de ser uma pianista
excelente, decidiu abandonar a carreira profissional para se dedicar
exclusivamente ao marido. O domínio de vários idiomas e um largo conhecimento
das culturas europeias fizeram de Victoria a sua companheira ideal.
Instalaram-se
em Valência. Rodrigo
recebeu o Prémio do Círculo de Belas Artes de Valência por uma das suas
composições. Graças ao apoio de Manuel de Falla, obteve uma bolsa de estudos
que lhe permitiu voltar a Paris, onde continuou a compor, assistindo também a
aulas de mestres franceses.
O
casal Rodrigo deslocou-se depois à Áustria para comentar o Festival de
Salzburgo, como correspondentes oficiais da revista “Le monde musical”
e do diário “Las províncias”.
Depois
de obter uma extensão da bolsa de estudos, decidiu – no começo de Junho de 1936
– partir um tempo para a Alemanha. Começou entretanto a Guerra Civil
Espanhola. Os três anos seguintes foram talvez os mais difíceis na vida de
Joaquín e Victoria, porque durante esse tempo a bolsa de estudos não foi
renovada. Decidiram dar aulas de espanhol e música, no quarto do asilo para
cegos de Friburgo, onde foram acolhidos como “refugiados espanhóis”.
Em
1938, foi convidado a dar aulas durante o Verão na Universidade de Santander,
que acabara de abrir as portas. De regresso a Paris, num almoço com o
guitarrista Regino Sainz de la
Maza e com o marquês de Bolarque, concordou com a ideia de
escrever um concerto para guitarra. Este trabalho viria a ser o “Concerto de
Aranjuez”.
Em
1939, Rodrigo recebeu uma carta de Manuel de Falla em que este lhe propunha o
lugar de professor de Música na Universidade de Granada ou na Universidade
de Sevilha. Por outro lado, foi-lhe oferecido igualmente um lugar no Departamento
de Música da Rádio Nacional. Como o casal se queria estabelecer na
capital espanhola, optaram pela segunda oferta. Voltaram assim a Espanha em
Setembro de 1939, dois dias antes de começar a Segunda Guerra Mundial.
Traziam consigo o manuscrito completo do “Concerto de Aranjuez”.
Em
1942, começou a trabalhar como crítico musical dos jornais “Pueblo”, “Marca”
e “Madrid”. As comemorações nacionais de 1948 dedicadas a Miguel de
Cervantes inspiraram-no a criar uma das suas obras mais importantes, sobre um
texto de “Don Quixote”: “Ausencias de Dulcinea”, que viria a
receber o Prémio Cervantes.
Em
1951, entrou para a Real Academia de Belas Artes de San Fernando. Dois
anos depois, foi eleito vice-presidente da secção espanhola da Sociedade
Internacional de Música Contemporânea. Em 1954, compôs – para o célebre
guitarrista Andrés Segóvia – a “Fantasia para un gentilhombre”, para
guitarra e orquestra, que se estreou no ano seguinte em São Francisco (EUA),
na sua presença. Durante todos estes anos, foram numerosos os prémios e
honraria que recebeu, tanto em Espanha como em diversos países estrangeiros.
Em
1963, mudou-se durante um ano para Porto Rico, onde regeu um curso de História
da Música, na Universidade de Rios Piedras.
Muitos
concertos, recitais e festivais dedicados às suas composições começaram a correr
mundo, tornando-o uma das figuras mais representativas da música clássica
contemporânea. Foi doutorado honoris
causa por várias universidades. Em 1991, o rei Juan Carlos I concedeu-lhe o
título de marquês dos Jardins de Aranjuez. Em 1996, foi-lhe atribuída
outra grande honra – o Prémio Príncipe das Astúrias, «pela
extraordinária contribuição para a música espanhola e a sua projecção universal».
Em
Julho de 1997, faleceu a sua esposa, companheira inseparável e colaboradora
incansável. Joaquín Rodrigo morreria dois anos depois.
sábado, 5 de julho de 2014
5 DE JULHO - EDIE FALCO
EFEMÉRIDE
– Edith “Edie” Falco, actriz norte-americana, muito popular
pelos seus papéis nas séries de televisão “The Sopranos” (2007) e “Nurse
Jackie” (2009), nasceu em
Nova Iorque no dia 5 de Julho de 1963. O pai era ítalo americano
e a mãe de origem sueca.
Nascida
no bairro de Brooklyn e filha de um baterista de jazz e de uma actriz, Edith
estava predestinada para seguir a vida artística, o que veio a acontecer depois
de se diplomar na Northport High School em 1981.
No
início, fez pequenas aparições em séries de televisão. Também participou no
filme “Leis da Gravidade”, em 1992. Depois, em 1997, teve grande sucesso
na série “Oz”.
Em
2007, ganhou os prémios Golden Globe, Emmy e SAG Award
pela sua actuação como Carmela Soprano na série “The Sopranos”. Ao longo
da sua carreira, de 1987 até agora, já protagonizou cerca de quarenta filmes e
séries de televisão. Fez também cinco peças de teatro.
Em
2003, foi-lhe diagnosticado um cancro na mama, ao qual sobreviveu. Edie Falco
tem dois filhos adoptivos.
sexta-feira, 4 de julho de 2014
4 DE JULHO - LOTHAR VON RICHTHOFEN
EFEMÉRIDE – Lothar Siegfried Freiherr von
Richthofen, piloto de caça alemão, creditado com quarenta vitórias na Primeira
Guerra Mundial, morreu em Fuhlsbüttel no dia 4 de Julho de 1922. Nascera em Breslau, em 27 de Setembro de 1894.
Quando
a guerra começou, Lothar estava na Escola de Guerra de Dantzig. Entrou no conflito, integrado
no seu regimento – o 4º Regimento de Dragões “von Bredow”.
Sob
proposta do irmão, igualmente um piloto célebre, foi transferido para a força
aérea em 1915, onde recebeu a respectiva formação. Depois de ter passado algum
tempo numa esquadrilha de bombardeamento, ingressou na Esquadrilha de Caça
Jasta 11, em Março de 1917.
Até
ao fim da guerra, obteve 40 vitórias aéreas e foi considerado um dos pilotos de
caça mais eficazes da Primeira Guerra Mundial, superior mesmo ao irmão,
tendo em conta o número de vitórias por missão.
Morreu
em 1922, aos comandos de um avião comercial, que deveria ligar Berlim a
Hamburgo e que se despenhou devido a uma falha do motor.
Recebeu
várias condecorações, entre as quais se salientam: a Insígnia de Piloto,
a Cruz de Ferro de 2ª e 1ª classe e a Cruz de Mérito.
quinta-feira, 3 de julho de 2014
3 DE JULHO - ANDY GRIFFITH
EFEMÉRIDE
– Andy Griffith, de seu verdadeiro nome Andrew Samuel
Griffith, actor, realizador e produtor norte-americano, morreu em Roanoke Island no
dia 3 de Julho de 2012, vítima de crise cardíaca. Nascera em Mount Airy, na Carolina
do Norte, em 1 de Junho de 1926.
Nos
anos 1940, o então jovem Andy queria tornar-se cantor de ópera. Para
isso, estudou música, que chegou também a ensinar. O encontro com a sua futura
mulher, a actriz Barbara Edwards, fez porém com ele direccionasse o seu
interesse para a arte de representar.
Ele
foi um verdadeiro ícone da televisão americana, tendo tido uma carreira de mais
de cinquenta anos, partilhada entre a música, o teatro, o cinema e a TV.
Apareceu também, como convidado, em numerosos shows. Foi nomeado para um Emmy
Award em 1981, graças ao telefilme “Murder in Texas”.
Entrou
como actor em cerca de cinquenta filmes e séries (a maioria na televisão),
tendo produzido uma dezena. O seu último trabalho ocorreu em 2001, num episódio
de “Dawson's Creek”. Recebeu, em Novembro de 2005, a Medalha
Presidencial da Liberdade, das mãos do então presidente americano George W.
Bush.
quarta-feira, 2 de julho de 2014
2 DE JULHO - MARIO PUZO
EFEMÉRIDE
– Mario Gianluigi Puzo, escritor e guionista norte-americano, morreu em Bay Shore no dia 2 de
Julho de 1999, vítima de ataque cardíaco. Nascera em Manhattan, Nova
Iorque, em 15 de Outubro de 1920. Escreveu algumas obras sob o pseudónimo de Mario
Cleri.
Tinha
por origem uma família de imigrantes napolitanos, que morava em Hell's Kitchen. Criado
num bairro pobre e violento de Manhattan e atraído desde muito cedo pelo jogo,
paixão que nunca abandonou, desenvolveu também o gosto pela literatura, tendo-se
licenciado na Universidade de Nova Iorque. Quando anunciou à família o
seu projecto de se tornar escritor, a declaração foi tomada como uma
demonstração de insanidade mental.
Ingressou
na Força Aérea dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial,
tendo prestado serviço na Ásia e na Alemanha.
Publicou
o seu primeiro conto, “O último Natal”, na revista “American Vanguard”
em 1950. Cinco anos mais tarde, procurando avidamente o sucesso, publicou “The
Dark Arena”, um vigoroso romance sobre a vida de um veterano de guerra,
desambientado num país em paz.
O livro, porém, embora muito bem recebido pela crítica,
passou despercebido junto do grande público.
Em
1965, escreveu “The Fortunate Pilgrim”, com idêntico resultado.
Surgiu-lhe então uma oferta irrecusável – um adiantamento de cinco mil dólares
para escrever um livro sobre a Máfia. O resultado foi “O Padrinho”,
publicado em 1969. Narrando a emocionante e violenta história de Don Vito
Corleone, um dos chefes da Máfia, o romance transformou o autor numa celebridade
literária. A obra foi depois adaptada ao cinema pelo realizador Francis Ford
Coppola, numa série de três filmes, lançados em 1972, 1974 e 1990, que tiveram
igualmente grande sucesso e ganharam diversos Oscars (nove prémios no
total). Puzo escreveu os guiões juntamente com Coppola.
Mario
Puzo foi autor de quinze livros, tendo os dois últimos sido publicados
postumamente. “O Padrinho”, a sua obra-prima, foi em parte baseado em
reportagens, trabalhos e pesquisas que fizera como jornalista.
terça-feira, 1 de julho de 2014
1 DE JULHO - PAMELA ANDERSON
EFEMÉRIDE
– Pamela Denise Anderson, actriz e modelo canadiana, nasceu em Ladysmith
no dia 1 de Julho de 1967. É muito conhecida sobretudo desde a exibição da popular
série televisiva “Marés Vivas” (1992).
Embora
de origem muito modesta, diplomou-se na Highland Secondary School em 1985.
Mudou-se então para Vancouver, onde ensinou fitness. Foi “descoberta”
aos 20 anos, durante uma partida de futebol, quando uma das câmaras do estádio a
filmou em grande plano. Foi contratada por uma empresa de lingerie, com
a finalidade de posar para os seus catálogos. Rapidamente surgiria o convite
para posar igualmente para a revista masculina “Playboy” (1989). Neste
mesmo ano, decidiu instalar-se em Los Angeles, onde foi contratada para vários
programas de televisão. Em 1995, foi editado um vídeo intitulado “The
Best-Of Pamela Anderson”, que ficou no top de vendas dos Estados Unidos durante
três meses. Seguiu-se um atribulado casamento no México com Tommy Lee,
baterista dos Mötley Crüe, com quem teve dois filhos. Divorciaram-se em
1998. Em 2002, Pamela informou que era portadora do vírus da hepatite C,
contraído por ter partilhado uma agulha de tatuagem com o ex-marido.
Casou-se
de novo, em 2006, com o cantor Kid Rock. A cerimónia teve lugar a bordo de um
iate, perto de Saint-Tropez. Divorciaram-se quatro meses depois. Finalmente, em
2007, consorciou-se em Las Vegas
com Rick Salomon, casamento que durou um ano.
Em
2008, Pamela causou polémica ao fazer striptease durante o aniversário dos 82
anos de Hugh Hefner, proprietário da revista “Playboy”. Segundo Pamela, «tinha
sido apenas uma prenda sua para Hugh».
Pamela
é vegetariana e uma activa defensora dos direitos dos animais. Naturalizou-se
norte-americana em 2004, mantendo no entanto a cidadania canadiana. Em 2010, foi
considerada a Personalidade do Ano pela PETA (People for the
Ethical Treatment of Animals), devido ao trabalho realizado em defesa dos
direitos dos animais.
Em
Setembro de 2011, participou como convidada, durante alguns dias, no programa Big
Brother Reino Unido. Em Novembro de 2013, correu a Maratona de Nova Iorque
em 5 horas e 41 minutos para ajudar a granjear fundos para a J/P Haitian
Relief Organization, um grupo humanitário criado pelo actor Senn Penn para ajudar
a construir casas e facilitar cuidados de saúde e alimentação para as pessoas
afectadas pelo sismo de 2010 no Haiti.
Publicou
em 2004 o seu livro autobiográfico “Star”. Pamela é recordista de capas
na revista “Playboy” (doze só na edição americana e muitas outras nas trinta
diferentes edições estrangeiras).
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