"Escrita - Acto Solitário, mas que se deve Partilhar" - Gabriel de Sousa *** "Quanto mais envelhecemos, mais precisamos de ter que fazer" - Voltaire *** "Homens de poucas palavras são os melhores" - Shakespeare *** "Um Banco é como um tipo que nos empresta o chapéu-de-chuva quando está sol e que o pede assim que começa a chover" - Mark Twain
sábado, 31 de outubro de 2015
31 DE OUTUBRO - ANTÓNIO VILAR
EFEMÉRIDE
– António “Vilar” Justiniano dos Santos, actor de cinema português,
nasceu em Lisboa no dia 31 de Outubro de 1912. Morreu em Madrid, em 16 de Agosto
de 1995.
Foi
um dos mais disputados galãs do cinema europeu, sobretudo na década de 1950,
tendo trabalhado em Portugal, Espanha, França, Itália e Argentina. Foi o rosto
por excelência dos grandes espectáculos históricos e de co-produções
luso-espanholas, como “Inês de Castro” e “Rainha Santa”.
Personificou
Luís Vaz de Camões na película “Camões” (1946), antes de se fixar em
Espanha, onde viveu até ao fim dos seus dias.
Entre
1946 e 1978, protagonizou cerca de 40 filmes espanhóis, dos quais se salientam
“A Mantilha de Beatriz” (1946), “A Rainha Santa” (1947), “Una
Mujer Cualquiera” (1949), “Don Juan” (1950), “Alba de América”
(1951), “El Redentor” (1957), “Muerte Al Amanecer” (1959), “Fim-de-Semana
Com a Morte” (1967) e “Sinal Vermelho” (1973).
Interpretou
papéis marcantes no cinema espanhol como Don Juan em “Don Juan” e
Cristóvão Colombo em “Alba de América”. Voltou a Portugal para encabeçar
o elenco de “O Primo Basílio” (1959), realizado por António Lopes
Ribeiro.
Uma
das suas prestações mais elogiadas foi no filme “El Judas” (1952), em
que interpretou três personagens diferentes: Mariano Tormé (o homem que apenas
pensa no lucro), Judas e o próprio Jesus Cristo, sendo aclamado no Festival
de Veneza.
Na
Argentina tornou-se igualmente popular, interpretando três filmes: “La Quintrala ”
(1955), “Os Irmãos Corsos” (1955) e “Miercoles Santo” (1954). Em
Itália, protagonizou “Guarany” (1948), “Honra e Sacrifício”
(1949) e “Il Padrone Delle Ferriere” (1959).
Em
França filmou, com sucesso, “Bel amour” e “Le désir et l'amour”,
ambos de 1951. Contracenou com Brigitte Bardot em “A Mulher e o Fantoche”
(1959), interpretando o rico e orgulhoso Matteo Diaz
O
seu último filme foi “Estimado Señor Juez” (1978). Nos anos seguintes,
perseguiu o sonho de produzir, realizar e protagonizar um épico sobre Fernão de
Magalhães, tendo gasto a sua fortuna pessoal na pré-produção do filme, após as
recusas de subsídios governamentais por parte de Portugal e de Espanha. Para
esse efeito, conseguiu construir uma réplica duma nau da frota de Magalhães,
que foi oferecida à Comissão Nacional dos Descobrimentos Portugueses.
Recebeu
numerosos prémios durante a sua carreira, tendo sido considerado «um dos
melhores actores do mundo» pela revista norte-americana “Fame”. Era Oficial
das Ordens de Santiago e Espada e Militar de Cristo
(Portugal) e da Ordem de Isabel a Católica (Espanha). Foi-lhe atribuída
a Comenda da Legião de Mérito (Brasil).
sexta-feira, 30 de outubro de 2015
30 DE OUTUBRO - JACQUES AMYOT
EFEMÉRIDE
– Jacques Amyot, prelado e escritor francês, nasceu em Melun no dia 30 de
Outubro de 1513. Morreu em Auxerre, em 6 de Fevereiro de 1593. Foi um dos
tradutores mais eminentes da Renascença.
Nascido
numa família pobre, conseguiu no entanto ir estudar para Paris, no colégio
de Navarra, dando simultaneamente explicações aos estudantes ricos, para
poder subsistir.
Estudou
depois na Universidade de Paris, onde se licenciou, tornando-se mestre
de Artes. Decidiu continuar os estudos na Universidade de Bourges,
onde veio a ensinar grego e latim de 1536 a 1546. Tendo traduzido “Etiópias”
de Heliodoro, foi distinguido por Francisco I, que lhe deu a Abadia de
Bellozane e o encarregou de traduzir Plutarco para francês. Viveu, então, algum
tempo em Itália, onde compulsou manuscritos gregos e latinos e participou no Concílio
de Trento. Estudou os textos de Plutarco conservados no Vaticano.
Ao
voltar a França, foi nomeado preceptor dos futuros Carlos IX e Henrique III. Deve-se
a ele a tradução de sete obras de Diodoro de Sicília (1554). Publicou em 1559 a tradução de “Dáfnis
e Cloé” de Longo e as “Vidas Paralelas de Homens Ilustres” de
Plutarco. Capelão-mor de França em 1560 e bispo de Auxerre em 1570, dividiu o
resto da sua vida entre a diocese, onde combateu o protestantismo, e a
vida literária, traduzindo e publicando, entre outras, as “Obras Morais”
de Plutarco (1572). Fundou um colégio de jesuítas em 1584 (actual Liceu
Jacques Amyot em Auxerre).
Jacques
Amyot influenciou profundamente o espírito e a literatura do século XVI. Deu a
conhecer no seu país as obras de Plutarco e de outros escritores e, com a
beleza da sua escrita e a clareza e o vigor do seu estilo, anunciou a prosa
clássica. Montaigne (1533-1592) agradeceu-lhe, numa das suas obras, por «ele
ter ensinado aos seus contemporâneos como se devia escrever».
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
29 DE OUTUBRO - OMARA PORTUONDO
EFEMÉRIDE
– Omara Portuondo, cantora e dançarina cubana, cuja carreira se estendeu por
meio século, nasceu em Havana no dia 29 de Outubro de 1930.
Fez
parte da formação original do Cuarteto d'Aida (1952) e actuou com:
Ignacio Piñeiro, Orquesta Anacaona, Orquesta Aragón, Nat King
Cole, Adalberto Álvarez, Los Van Van, Buena Vista Social Club, Pupy
Pedroso, Chucho Valdés, Juan Formell e Maria Bethânia.
A
sua mãe tinha por origem uma família rica espanhola e, “normalmente”, deveria
ter casado com um homem da sua casta social. Preferiu porém um jogador de
basebol cubano de raça negra.
Omara
começou a sua carreira na Radio Cadena Habana, onde obteve vários
prémios.
Integrou
muitos shows famosos. Em 1959, gravou o seu primeiro álbum a solo – “Magia
Negra” – para a editora cubana Velvet. Em 1967, deixou o Cuarteto
d'Aida e lançou-se numa carreira a solo que a conduziria ao Olympia de
Paris e ao Carnegie Hall de Nova Iorque.
Sentia-se
à vontade em todos os géneros musicais, desde boleros até ao jazz, passando por
canções líricas. Em 1996, participou no célebre Buena Vista Social Club.
Com o grupo Síntesis interpretou “Sin ti no soy”. Recebeu a Medalha
Alejo Carpenter em 1988 e a Ordem Félix Varela em 2002. Completa
hoje 85 anos de idade.
quarta-feira, 28 de outubro de 2015
28 DE OUTUBRO - MANUEL PINHO
EFEMÉRIDE
– Manuel António Gomes de Almeida de Pinho, economista português,
nasceu em Lisboa no dia 28 de Outubro de 1954. Foi ministro da Economia
e da Inovação em 2005/09, não tendo filiação partidária. Abandonou a vida
política em 2009.
É
professor na Universidade de Columbia desde 2010 e professor visitante
na Faculdade de Estudos Internacionais de Pequim. Em 2012, foi também senior
fellow do Jackson Institute for International Affairs da Universidade
de Yale e ensinou no Yale College, Yale School of Management,
Universidade de Renmi e Beijing Foreign Studies University.
Presentemente, é professor visitante na Universidade de Queensland na
Austrália.
É
casado com Alexandra Pinho, curadora de arte contemporânea, vivendo entre Nova
Iorque e Lisboa.
Licenciou-se
em Economia no Instituto Superior de Ciências Económicas e
Financeiras da Universidade Técnica de Lisboa, em 1976, tendo-se
doutorado na Universidade de Paris-X, em 1983.
Foi
professor na Universidade Católica Portuguesa e no Instituto Superior
de Economia e Gestão, responsável pelo desk de Portugal no Fundo
Monetário Internacional (FMI), de 1984 a 1987, director-geral
do Tesouro e presidente da Junta do Crédito Público, de 1990 a 1993.
Em
1994, ingressou no Conselho de Administração do Grupo Banco Espírito Santo,
onde foi responsável pela área de mercado de capitais, ocupando também lugares
de administração em várias empresas participadas, designadamente a Espírito
Santo Investment, a Espírito Santo Activos Financeiros e a Espírito
Santo Research.
Em
2005, foi cabeça de lista do Partido Socialista no Círculo de Aveiro,
sendo eleito deputado à Assembleia da República. Com a vitória do PS,
foi nomeado Ministro da Economia e Inovação do XVII Governo
Constitucional, chefiado por José Sócrates.
Foi
o inspirador da agenda do Plano Tecnológico, responsável pela condução
da política de energia que levou Portugal a ser um dos líderes nas energias
renováveis e um dos pioneiros na mobilidade eléctrica, tendo sido também autor
da proposta que inspirou o Plano Tecnológico Europeu para a Energia. Em
2007, presidiu ao Conselho Europeu de Competitividade e da Energia, no
âmbito da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia.
Recebeu
várias condecorações de que se salienta a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a
Católica de Espanha (2007), a Grã-Cruz com Estrela da Ordem do Mérito da
Alemanha (2009) e a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Real da Noruega (2009).
terça-feira, 27 de outubro de 2015
27 DE OUTUBRO - MADAME SOLEIL
EFEMÉRIDE
– Madame Soleil, de seu verdadeiro nome Germaine Moritz, famosa
astróloga francesa, morreu em Paris no dia 27 de Outubro de 1996. Nascera na mesma cidade em 18 de Julho de
1913.
Começou
a ser conhecida nos meios mundanos, depois de ter aberto um consultório de
astrologia onde fazia previsões para o futuro a políticos e outras
personalidades de relevo.
O
presidente da República Francesa Georges Pompidou, respondendo a uma pergunta
que lhe era feita por um jornalista durante uma conferência de imprensa,
afirmou certo dia: «Eu não sou a Madame Soleil!», para justificar o
facto de não poder adivinhar a resposta que lhe era pedida...
Em
Setembro de 1976, lançou uma emissão radiofónica diária, em que respondia em
directo às perguntas dos ouvintes sobre o futuro. Apresentou igualmente cada
manhã e durante 23 anos o “Horóscopo” da mesma estação de rádio.
No
fim dos anos 1980, participou na célebre emissão dominical “Le monde
est à vous”, como vidente astróloga. Ocupou-se igualmente do programa
televisivo “Club Dorothée ” na TF1 (1988/94).
Na
mesma década, participou no Salão de Vidência, em que as receitas eram
destinadas à associação de beneficência “Restaurantes do Coração” em Orleães. Vários
canais de televisão cobriram o acontecimento. Faleceu em 1996, aos 83 anos de
idade.
segunda-feira, 26 de outubro de 2015
26 DE OUTUBRO - DI CAVALCANTI
EFEMÉRIDE
– Di Cavalcanti, de seu verdadeiro nome Emiliano Augusto Cavalcanti
de Albuquerque e Melo, pintor modernista, ilustrador e caricaturista
brasileiro, morreu no Rio de Janeiro em 26 de Outubro de 1976. Nascera na
mesma cidade em 6 de Setembro de 1897. A sua arte contribuiu significativamente
para a dignificação da arte brasileira e de diversos movimentos da época, com
as suas cores vibrantes, formas sinuosas e temas tipicamente brasileiros, como
o carnaval, as mulatas e o tropicalismo em geral.
Di Cavalcanti
é, juntamente com outros grandes nomes da pintura como Anita Malfatti, Tarsila
do Amaral e Graça Aranha, um dos mais ilustres representantes do modernismo
brasileiro.
Estudou
no Colégio Pio Americano. Começou a trabalhar fazendo ilustrações para a
“Fon-Fon”, uma revista que se dedicava sobretudo à caricatura política.
Em 1916, mudou-se para São Paulo e ingressou na Faculdade de Direito.
Continuou a fazer ilustrações e começou a pintar. Frequentou o atelier do impressionista
George Fischer Elpons.
Entre
11 e 18 de Fevereiro de 1922, idealizou e organizou a Semana de Arte Moderna
no Teatro Municipal de São Paulo, criando – para essa ocasião – as
peças promocionais do evento: o catálogo e o programa. Fez a sua primeira
viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Frequentou a Academia
Ranson. Expôs em diversas cidades, como Londres, Berlim, Bruxelas,
Amesterdão e Paris. Conheceu Pablo Picasso, Fernand Léger, Matisse, Jean
Cocteau e outros intelectuais franceses. Voltou ao Brasil em 1926 e ingressou
no Partido Comunista. Continuou a fazer ilustrações. Efectuou nova
viagem a Paris e criou os painéis de decoração do Teatro João Caetano no
Rio de Janeiro.
Iniciou
as suas participações em exposições colectivas e salões nacionais e
internacionais, como a International Art Center em Nova Iorque. Em
1932, fundou – em São Paulo
– com Flávio de Carvalho, António Gomide e Carlos Prado, o Clube dos
Artistas Modernos. Sofreu a sua primeira prisão em 1932, durante a Revolução
Constitucionalista de 1932. Casou-se com a pintora Noémia Mourão. Publicou
o álbum “A Realidade Brasileira”, série de doze desenhos satirizando o
militarismo da época. Em Paris, trabalhou na rádio Diffusion Française,
nas emissões "Paris Mondial".
Viajou
até Lisboa, onde expôs no salão “O Século”. Ao voltar ao Brasil, foi
preso novamente no Rio de Janeiro. Em 1936, escondeu-se na Ilha de Paquetá, mas
foi preso juntamente com Noémia. Libertado por influência de alguns amigos,
seguiu para Paris, onde permaneceu até 1940. Em 1937, recebeu uma Medalha de
Ouro pela decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição
de Arte Técnica em
Paris. Com a iminência da Segunda Guerra Mundial,
deixou Paris e voltou ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Um lote
de mais de quarenta obras suas, despachado da Europa, nunca chegou ao Brasil,
extraviando-se.
Viajou
para o Uruguai e Argentina, expondo em Buenos Aires. Em
1946, voltou a Paris em busca dos quadros desaparecidos, sem sucesso. Nesse
mesmo ano, expôs no Rio de Janeiro, na Associação Brasileira de Imprensa.
Ilustrou livros de Vinicius de Moraes e de Jorge Amado. Em 1947, entrou em
crise com a esposa, «uma personalidade que se bastava a si própria, uma
artista com um temperamento muito complicado...».
Expôs
na Cidade do México em 1949. Foi convidado e participou na I Bienal
Internacional de Arte de São Paulo em 1951. Fez uma doação generosa ao Museu
de Arte Moderna de São Paulo, constituída por mais de quinhentos desenhos.
Recebeu
o Prémio de Melhor Pintor Nacional na II Bienal de São Paulo,
prémio dividido com Alfredo Volpi. Em 1954, o Museu de Arte Moderna do
Rio de Janeiro realizou uma exposição retrospectiva dos seus trabalhos.
Publicou o livro “Viagem de minha vida”. Em 1956, participou na Bienal
de Veneza. Recebeu o 1º Prémio da Mostra Internacional de Arte Sacra de
Trieste. Os seus trabalhos fizeram parte de uma exposição itinerante por
países europeus. Recebeu uma proposta de Óscar Niemeyer para a criação de
imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada. Também
pintou “as estações para a via-sacra” da Catedral Metropolitana de Nossa
Senhora Aparecida, em Brasília.
Teve
direito a uma sala especial na Bienal Interamericana do México,
recebendo uma Medalha de Ouro. Viajou mais uma vez até para Paris e foi
a Moscovo. Participou na Exposição de Maio, em Paris, com a tela “Tempestade”.
Teve uma sala especial na VII Bienal de São Paulo. Recebeu indicação do
presidente brasileiro João Goulart para ser adido cultural em França. Embarcou
para Paris, mas não assumiu o cargo por causa do Golpe de 1964. Lançou
um novo livro, “Reminiscências líricas de um perfeito carioca” e
desenhou jóias para Lucien Joaillier. Em 1966, os seus trabalhos desaparecidos
no início da década de 1940, foram finalmente localizados nos armazéns
da embaixada brasileira.
Em
1971, o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou nova retrospectiva
das suas obras. Recebeu um prémio da Associação Brasileira dos Críticos de
Arte. A Universidade Federal da Bahia outorgou-lhe o título de doutor
honoris causa. A pintura “Cinco Moças de Guaratinguetá” foi
reproduzida num selo postal. Em 1997, ano do centenário do seu nascimento,
foram organizadas diversas exposições comemorativas e retrospectivas da sua
obra.
domingo, 25 de outubro de 2015
25 DE OUTUBRO - JOHN FRANCIS DODGE
EFEMÉRIDE
– John Francis Dodge, pioneiro norte-americano da indústria automóvel, co-fundador
na empresa Dodge, nasceu em Niles (Michigan) no dia 25 de Outubro de
1864. Morreu em Nova
Iorque , em 14 de Janeiro de 1920. A sua família era de
origem inglesa.
Quando
jovem, ele e o irmão Horace Elgin ajudavam o pai no comércio. Em 1886,
mudaram-se para Detroit e os irmãos tornaram-se os engenheiros com mais renome
na região.
Em
1894, Francis trabalhou como maquinista na Dominion Typograph Company de
Windsor (Ontario). Em
1897, associou-se com o irmão na manufactura de bicicletas, trabalhando depois
para a Ransom Eli Olds e mais tarde para a Ford na concepção de
automóveis. Entre 1903 e 1910, foi mesmo vice-presidente da firma de Henry
Ford.
Em
1910, os dois irmãos abriram uma nova fábrica em Hamtramck (Michigan) e, a
partir de 1914, a
Dodge começou a produzir as suas próprias viaturas.
Durante
a Primeira Guerra Mundial, construíram camiões para o exército
americano. Mais tarde, Dodge tornou-se membro activo do Partido Republicano
no Michigan.
Em
Dezembro de 1892, casou-se com a canadiana Ivy Hawkins (1864/1902) com quem
teve três filhos. Tornou a casar-se em Dezembro de 1902, divorciando-se cinco
anos depois. Teve ainda um terceiro casamento e mais três filhos. Em 1997, John
Francis foi incluído no Automotive Hall of Fame.
sábado, 24 de outubro de 2015
24 DE OUTUBRO - F. MURRAY ABRAHAM
EFEMÉRIDE
– (Fahrid) Murray Abraham, actor norte-americano, nasceu em
Pittsburgh, na Pensilvânia, no dia 24 de Outubro de 1939.
Filho
de pai assírio e de mãe norte-americana de origem italiana, estudou na Universidade
do Texas em El Paso ,
antes de seguir cursos de teatro nos HB Studios, em Nova Iorque , no bairro
de Greenwich Village.
Começou
a sua carreira profissional em
Los Angeles (1965), com a peça “The Wonderful Ice Cream
Suit”. Fez o primeiro filme em 1971, “They Might Be Giants”. Em
1984, contracenou com Sean Connery em “O Nome da Rosa”.
Obteve
o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Actor pelo papel desempenhado
na película “Amadeus” de Miloš Forman (1985). Participou em mais de
quarenta filmes, fez cerca de 12 trabalhos para televisão (telefilmes e séries)
e representou em variadíssimas peças de teatro.
Ensina
Arte Dramática, há vários anos, no Off-Theater na Broadway. É casado
com Kate Hannan desde 1962, tendo dois filhos.
sexta-feira, 23 de outubro de 2015
23 DE OUTUBRO - KATOUCHA NIANE
EFEMÉRIDE
– Katoucha Niane, top modelo francesa e uma das primeiras de origem
africana, nasceu em Conacri, Guiné, no dia 23 de Outubro de 1960. Morreu em
Paris, em 1 de Fevereiro de 2008. Trabalhou para o estilista Yves Saint
Laurent.
Katoucha
era filha do arqueólogo, escritor e historiador Djibril Tamsir Niane. Aos nove
anos, foi submetida à “tradicional” mutilação genital.
Sob
a ditadura de Sékou Touré, foi expatriada para o Mali durante algum tempo.
Abusada sexualmente por um tio, voltou aos doze anos para o seio do resto da
família que, entretanto, se encontrava em Dakar, no Senegal.
Aos
17 anos, ficou grávida. “Casaram-na” quando saiu do hospital, para assim poder
baptizar a filha. Embarcou mais tarde para Paris. Em França, iniciou a carreira
de modelo na casa Thierry Mugler, sendo depois contratada por Yves Saint
Laurent.
Chegou
a tentar a carreira de estilista, fazendo três desfiles com sucesso. Atravessou
depois maus momentos pessoais (problemas com álcool e perda da guarda dos três
filhos).
Abandonou
as passarelas em 1994 e criou uma pequena casa de pronto-a-vestir. Em 1998,
desfilou – com outras 300 modelos – numa retrospectiva de Yves Saint Laurent,
apresentada no Stade de France. Passara entretanto a dedicar-se acima de
tudo a combater a mutilação genital em África e escreveu um livro contando a
história da sua vida: “Em minha carne” (2007). Criou a associação KPLCE
(Katoucha Pela Luta Contra a Excisão), para apoiar às vítimas daquela
prática.
Desapareceu
na noite de 1 para 2 de Fevereiro de 2008. O corpo só seria encontrado vinte e
quatro dias depois, a boiar no rio Sena (Boulogne-Billancourt). A polícia
concluiu que ela se tinha afogado, após voltar embriagada de uma festa e ter
caído acidentalmente ao rio. Foi sepultada na sua cidade natal, em Março de
2008.
quinta-feira, 22 de outubro de 2015
22 DE OUTUBRO - FRANCISCO DOS SANTOS
EFEMÉRIDE
– Francisco dos Santos, desportista, escultor e pintor português, nasceu em
Paiões, Rio de Mouro, Sintra, no dia 22 de Outubro de 1878. Morreu em 27 de
Junho de 1930.
Filho
de um sapateiro pobre, ficou órfão de pai aos dois anos de idade. Por iniciativa
do pároco da freguesia, entrou para a Casa Pia de Lisboa em 1887,
revelando especiais aptidões para o desenho e para a escultura. Matriculou-se
na Escola de Belas-Artes de Lisboa em 1893, vindo a terminar o curso com
distinção cinco anos mais tarde. Neste período foi jogador de futebol,
inicialmente no Casa Pia AC e, mais tarde, no Sport Lisboa e no Sporting
CP.
Em
1903, partiu para Paris como bolseiro, para frequentar a Escola de
Belas Artes. A bolsa de estudo era magra e, na capital francesa, passou por
dificuldades financeiras. Frequentou o atelier de Charles Raoul Verlet e
desposou Nadine Dubose, de nacionalidade francesa.
Em
1906, graças a um subsídio concedido pelo visconde de Valmor, pôde partir para
Roma, onde prosseguiu os seus estudos e aprimorou a sua arte escultórica. Foi
aí que executou a estátua “Crepúsculo” (1906), actualmente no Museu
do Chiado em Lisboa.
Ainda a lutar com dificuldades económicas, e então já pai de
uma criança, leccionou francês e jogou futebol na equipa do SS Lazio, que
chegou a capitanear e onde se destacou, tornando-se no primeiro futebolista
português a jogar no estrangeiro.
Regressou
a Portugal em 1909. No ano seguinte, no contexto da implantação da República,
venceu o concurso promovido pela Câmara Municipal de Lisboa para a
escolha do busto feminino oficial da República portuguesa. No plano desportivo,
prosseguiu a sua carreira no Sporting, como jogador. Foi um dos
fundadores da Associação de Futebol de Lisboa e foi, também, árbitro de
futebol.
A
sua obra adoptou, «numa situação tardo/naturalista, intenções simbolistas»,
que seriam desenvolvidas de outro modo por escultores do primeiro modernismo
nacional. Esculpiu “Salomé” (1913), “Beijo” (1915), “Nina”
(1917) – obras pertencentes ao Museu do Chiado – e “Prometeu”,
actualmente no Jardim Constantino em Lisboa. Foi ainda autor da escultura mortuária “Poeta”
para o túmulo de Gomes Leal, no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, e o
principal escultor do Monumento ao Marquês de Pombal, na praça do mesmo nome em
Lisboa, depois de vencer o concurso aberto em 1915 para selecção do melhor
projecto (em colaboração com os arquitectos Adães Bermudes e António do Couto).
Na pintura, assinale-se a sensualidade dos seus nus femininos.
quarta-feira, 21 de outubro de 2015
21 DE OUTUBRO - EUGENE ELY
EFEMÉRIDE
– Eugene Burton Ely, pioneiro da aviação americano, nasceu em
Williamsburg, Iowa, no dia 21 de Outubro de 1886. Morreu em Augusta,
Geórgia, em 19 de Outubro de 1911.
Passou
a infância e a adolescência em Davenport e frequentou a Iowa State University,
tendo-se diplomado em 1904. Após a licenciatura, mudou-se para São Francisco,
onde foi vendedor e esteve muito activo nas primeiras corridas de automóveis.
No início de 1910, foi para Portland, conseguindo um emprego como mecânico na
empresa de E. Henry Wemme, especializada em automobilismo e aviação.
Pouco
depois, Wemme comprou um avião Glenn Curtiss, um dos primeiros biplanos
com motor de quatro cilindros. Foi incapaz, no entanto, de o fazer funcionar.
Ely, acreditando que voar era tão fácil como conduzir um automóvel, ofereceu-se
para tentar. Acabou por ter um acidente e, sentindo-se responsável, comprou a
aeronave de Wemme. Alguns meses depois, já a tinha reparado e aprendido a
pilota-la.
Voou
intensamente na área de Portland, indo a Winnipeg para participar numa
exposição. Em Minneapolis, Minnesota – em Junho de 1910 – encontrou-se com o
próprio construtor Glenn Hammond Curtiss, para o qual começou a trabalhar como
piloto de exibições.
Em
Outubro de 1910, Ely e Curtiss associaram-se ao capitão Washington Chambers,
que tinha sido nomeado pelo secretário da Marinha para estudar usos
militares da aviação, na área naval. Isto levou a duas experiências conduzidas
por Eugene Ely. Foi o primeiro piloto a levantar voo de um navio em 14 de
Novembro de 1910. O navio era o cruzador USS “Birmingham”, ancorado em Hampton Roads , no
qual foi improvisada uma rampa para as descolagens. Pousou numa praia de
Willoughby Spit, depois de um voo de 5 minutos. Em 18 de Janeiro de 1911, a bordo de um Curtiss
modelo D IV, tornou-se também o primeiro piloto a aterrar num navio
ancorado. Descolara da pista de corridas de Tanforan e aterrou no USS “Pennsylvania”
ma baía de São Francisco.
Eugene
Ely faleceu em 19 de Outubro de 1911, quando o avião que pilotava se despenhou
durante um evento de aviação.
Em
1933, foi condecorado postumamente pelo presidente Roosevelt, com a medalha Distinguished
Flying Cross, em reconhecimento da sua contribuição para a aviação naval.
Foi dado o seu nome a uma exposição de antigas aeronaves, na Norfolk Naval
Air Station. Um marco de granito, em Newport News , frente
às águas onde aconteceu o histórico voo de 1910, recorda a «contribuição de
Eugene Ely para a aviação militar naval».
terça-feira, 20 de outubro de 2015
20 DE OUTUBRO - OSCAR DE LA RENTA
EFEMÉRIDE
– Oscar Arístides Ortiz de la Renta Fiallo ,
estilista e designer de moda dominicano, naturalizado norte-americano em 1971,
morreu em Kent no dia 20 de Outubro de 2014. Nascera em Santo Domingo , em 22
de Julho de 1932. Filho de mãe dominicana e pai porto-riquenho, mudou-se para
Espanha aos dezoito anos de idade. Trabalhou em diversas casas de moda, tais
como Cristóbal Balenciaga, António Castillo e Elizabeth Arden.
Em
Madrid, iniciou os estudos na Academia de San Fernando para se tornar
pintor, mas em breve mudaria de rumo e encarreirou-se para a Moda, ganhando
grande fama quando um vestido de sua criação foi usado pela filha do embaixador
dos EUA e apareceu na capa da revista “Life”.
Em
1973, fez um desfile em Paris, que constituiu o primeiro confronto entre
estilistas europeus (Hubert de Givenchy, Yves Saint Laurent, Emmanuel Ungaro,
etc.) e americanos (Oscar de la
Renta , Roy Halston, Anne Klein, Bill Blass e Stephen
Burrows), perante 700 personalidades, entre as quais a princesa Grace do
Mónaco, Andy Wahrol e Liza Minnelli.
A
partir de 1992, trabalhou para a Balmain, precisamente após ter
apresentado a sua própria colecção na Fashion Week de Paris. De 1993 a 2002, desenhou as
colecções da Balmain, tornando-se o primeiro designer de moda
norte-americano a conceber modelos para uma casa de costura francesa.
Oscar
de la Renta é
reconhecido como um dos grandes estilistas do mundo, nomeadamente com os seus
vestidos de noiva (como o de Amal Alamuddin, a esposa de George Clooney), os
vestidos para as estrelas das cerimónias dos Oscars e dos Globos de
Ouro e por ter vestido várias das primeiras-damas norte-americanas (Betty
Ford, Hillary Clinton, Jacqueline Kennedy, Nancy Reagan e Laura Bush).
Casou-se
em 1967 com Françoise de Langlade, chefe de redacção da “Voigue France”,
que morreu de doença oncológica em 1983. Voltou a casar-se, seis anos mais
tarde, com Annette Mannheimer. Oscar de la Renta faleceu em 2014, vítima também de cancro.
Em
1999, recebera a Medalha de Ouro de Mérito das Belas-Artes espanhola. A
República Dominicana outorgou-lhe também a Ordem de Mérito Juan Pablo Duarte
e a Ordem de Cristóvão Colombo.
Foi
membro do comité da Metropolitan Opera; da New York Opera House;
do Carnegie Hall; e do canal de televisão Thirteen/WNET. Participou
em várias obras de beneficência, como a New Yorkers for Children ou a The
America's Society, e foi presidente do Queen Sofia Spanish Institute
de Nova Iorque, que assegurava a promoção da língua e da cultura espanholas. No
seu país de origem, contribuiu para a construção de um orfanato em La Romana e de uma
escola em Punta Cana ,
onde não havia nenhum estabelecimento de ensino.
segunda-feira, 19 de outubro de 2015
19 DE OUTUBRO - ELZA GOMES
EFEMÉRIDE
– Elza Gomes, de seu verdadeiro nome Luísa dos Santos Gomes, actriz
brasileira, nasceu em Lisboa no dia 19 de Outubro de 1910. Morreu no Rio de
Janeiro em 17 de Maio de 1984.
Os
seus pais, João e Silvana dos Santos Gomes, eram actores de uma modesta
companhia de teatro em
Portugal. A familiaridade com o meio artístico levou Elza a
enveredar pela carreira de actriz ainda muito novinha.
O
pai de Elza morreu quando ela tinha oito anos e a mãe decidiu mudar-se para o
Brasil, mandando buscar as filhas três anos mais tarde. Fixaram-se
primeiramente na cidade da Paraíba (actual João Pessoa), onde Silvana Gomes
retomou a sua carreira. Em 1923,
a família mudou-se para o Rio de Janeiro, onde a mãe
fora contratada por uma companhia de teatro de revista que se apresentava no Teatro
Carlos Gomes. Neste mesmo ano, deu-se a estreia de Elza, como Juquinha,
na peça “A Capital Federal” de Artur Azevedo.
Entre
as cerca de 400 peças em que participou, destacam-se: “A dama do camarote”,
“Senhora na boca de lixo”, “My Fair Lady”, “Deus lhe pague”,
“A dama das camélias” e “Guerra mais ou menos santa”.
Na
televisão, participou em várias telenovelas, entre as quais “O Primeiro Amor”
(1972), “Pecado capital” (1975), “O casarão” (1976), “Saramandaia”
(1976), “Chega mais” (1980) e “Final feliz” (1982), que foi o seu
último trabalho como actriz e um grande sucesso interpretando a personagem Dona
Sinhá. Elza Gomes fez parte do elenco de quinze filmes e de mais de doze
telenovelas.
Ao
longo da sua vida, sofreu de vários problemas cardíacos, que levaram à
instalação de um pacemaker, em 1976. Em 1983, após outra intervenção
cirúrgica, foi-lhe diagnosticado um cancro no pâncreas, um dos tipos mais
agressivos da doença e cujos sintomas são quase sempre descobertos tardiamente.
Em 9
de Maio de 1984, foi internada no Hospital São Lucas, situado em
Copacabana, onde passou os seus últimos dias. Já em estado grave, recebeu a
extrema-unção e, na mesma cerimónia religiosa, casou-se com o actor André
Villon, seu companheiro de há 46 anos. Veio a falecer na semana seguinte, sendo
velada no Teatro Glauce Rocha e sepultada no Cemitério Santa Cruz,
no Rio de Janeiro.
domingo, 18 de outubro de 2015
18 DE OUTUBRO - CHUCK BERRY
EFEMÉRIDE
– Chuck Berry, de seu verdadeiro nome Charles Edward Anderson
Berry, compositor, cantor e guitarrista norte-americano, nasceu em Saint-Louis, no dia 18 de
Outubro de 1926. É apontado como um dos pioneiros do rock and roll.
Chuck
Berry descobriu a música na igreja da sua localidade, onde os pais faziam parte
do coro. Estudou na Simmons Grade School e na Summer Grade School.
Aprendeu a tocar baixo e guitarra no clube musical Glee.
Passou
três anos num reformatório por ter feito um assalto à mão armada. Quando saiu,
empregou-se na General Motors e, mais tarde, foi barbeiro, só depois se
lançando na vida musical.
Berry
foi influenciado por Nat King Cole, Louis Jordan, Muddy Waters e Bill Haley, e
começou a tocar para uma editora chamada Chess Records. Embora ainda
existam controvérsias sobre quem lançou o primeiro disco de rock, as
primeiras gravações de Chuck Berry, como “Maybellene” (1955),
sintetizavam totalmente o formato rock and roll, combinando blues
com música country e versos juvenis sobre miúdas e carros, com uma
dicção impecável e diferentes solos de guitarra.
A
maioria das suas gravações mais famosas foi realizada juntamente com o pianista
Johnnie Johnson, o baixista Willie Dixon e o baterista Fred Below. Os quatro
constituíam uma verdadeira banda de rock.
Durante
a sua carreira, gravou baladas românticas e blues, mas foi no rock
que ganhou maior fama. Gravou mais de trinta canções que apareceram nos Top
10. As suas músicas tiveram versões de centenas de cantores de blues,
country e rock and roll. Entre as suas obras clássicas, pode
citar-se “Roll Over Beethoven”, “Sweet Little Sixteen”, “Route
66” , “Memphis, Tennessee”, “Johnny B.
Goode” (que possui provavelmente a mais famosa introdução de guitarra da
história do rock), e “Nadine”, entre outras.
Em
1961, teve novamente problemas com a justiça, quando convidou uma índia apache
de 14 anos, que havia conhecido no México, para trabalhar no seu clube nocturno
em St. Louis. A
garota acabaria por ser detida pela polícia, assim como Berry, que foi acusado
de entrar no Estado com uma menor e com propósitos sexuais. Foi condenado a 20
meses de prisão e multado em 5 000 dólares. Libertado em 1963, os seus dias de
glória quase que ficaram para trás. Mesmo assim, ainda obteve alguns sucessos.
Em 1966, gravou para a Mercury Records uma compilação de todos os seus
êxitos, utilizando técnicas mais modernas de gravação. A partir de então, Chuck
Berry raramente voltaria a lançar músicas inéditas, preferindo capitalizar a
aceitação que as suas antigas canções tinham junto do público.
Como
exemplo da sua influência profunda, podem referir-se as bandas inglesas dos
anos 1960. The Beatles, os Animals e os Rolling Stones,
entre outros, regravaram as músicas de Chuck.
Fez
tournées durante muitos anos acompanhado apenas da sua guitarra, seguro de que
poderia contratar uma banda que conhecesse as suas músicas em qualquer lugar.
Entre os muitos artistas que lhe serviram de apoio, estiveram Bruce Springsteen
e Steve Miller.
Depois
de tocar os seus maiores êxitos durante os anos 1970, lançando
inclusivamente um álbum ao vivo que foi um grande sucesso comercial (“London
Sessions”, 1972), Berry teve novamente problemas legais, em 1979, acusado
de evasão fiscal. Seria condenado a quatro meses de prisão e a cumprir 1 000
horas de trabalho comunitário, fazendo shows de beneficência.
Em
1986, o músico Keith Richards organizou para o seu ídolo confesso um grande
show para comemorar os 60 anos de Chuck. Nele foi filmado o documentário “Hail!
Hail! Rock 'n' Roll”, no qual Chuck Berry esteve acompanhado de Etta James,
Julian Lennon, Robert Cray e Eric Clapton, entre outros convidados. Foi o seu
último grande momento artístico, embora tenha continuado a fazer tournées nos
anos seguintes.
Chuck
Berry teve seis canções suas músicas incluídas na lista das 500 Melhores Canções
de Sempre da revista “Rolling Stone”. Em relação à sua música mais
famosa, “Johnny B. Goode”, há ainda a curiosidade de ser um dos sons
humanos levados para o espaço pelas naves Voyager 1 e 2, para
eventuais contactos com seres extraterrestres.
Em
1986, ele foi um dos primeiros músicos a entrar no Rock and Roll Hall of
Fame. Em 2009, o magazine “Time” considerou Chuck o 7º Melhor Tocador
de Guitarra Eléctrica de Todos os Tempos.
Berry
é casado desde 1948 com Themetta “Toddy” Suggs, com quem tem uma filha
nascida em 1950.
sábado, 17 de outubro de 2015
17 DE OUTUBRO - MÁRIO WILSON
EFEMÉRIDE
– Mário Wilson, ex-jogador e treinador de futebol português de origem
moçambicana, nasceu em
Lourenço Marques (actual Maputo) no dia 17 de Outubro de 1929.
Começou
por jogar na equipa “Os Fura Redes”, dirigida pelos seus dois irmãos.
Praticou também atletismo, voleibol e basquetebol. Defendeu depois o Desportivo
de Lourenço Marques (1948/49), actual Desportivo de Maputo, e mais
tarde o Clube Indo-Português.
Com
19 anos de idade, chegou a Lisboa para representar o Sporting CP,
substituindo o grande goleador Fernando Peyroteo, um jogador angolano que havia
terminado a sua carreira. No Sporting, ganhou o Campeonato Nacional
de 1951. Nas suas duas temporadas no clube (1949/51), fez 40 jogos e marcou 38
golos. De 1951/52 até 1963 alinhou pela Académica de Coimbra, onde mais
tarde passou a jogar como defesa.
Iniciou
a sua carreira de treinador na Académica de Coimbra (1964/68). O clube
sagrou-se Vice Campeão na época 1966/1967, um êxito inédito na sua
história. Na mesma temporada, alcançou a final da Taça de Portugal,
tendo perdido com o Vitória de Setúbal.
Treinou
depois o CF Belenenses (1968/70), o FC Tirsense (1971) e o Vitória
de Guimarães (1971/75).
Na
temporada 1975/76, destacou-se como o primeiro técnico português a ganhar o Campeonato
Nacional com o SL Benfica. Ficou famosa a dupla de avançados da
época – Jordão que apontou 30 golos e Nené com 29. No ano seguinte, foi
substituído pelo inglês John Mortimore.
Mário
Wilson passou a treinar o Boavista FC (1976/77) e de novo o Vitória
de Guimarães (1977/78). Entre Setembro de 1978 e Março de 1980, comandou a Selecção
Nacional de Portugal na campanha de qualificação para o Campeonato
Europeu, objectivo não atingido.
Entre
1980/95, treinou a Académica de Coimbra, o GD Estoril Praia (duas
vezes), o Boavista, o CD Cova da Piedade, o Louletano DC
(duas vezes), o SCU Torreense, o SC Olhanense, o RD Águeda,
o FAR de Rabat e o FC Alverca.
Voltou
algumas vezes ao comando do Benfica como “bombeiro de serviço", ganhando
as Taças de Portugal em 1980 e 1996.
Como
curiosidade, diga-se que a sua filha Ana foi Miss Portugal em 1982.
Mário Wilson foi feito Comendador da Ordem de Mérito em Julho de 1990.
Em Maio de 2012, apresentou a sua biografia “Mário Wilson o velho capitão”,
da autoria de Carlos Rias. Foi nomeado – em 2013 – Sócio Honorário do MIL
– Movimento Internacional Lusófono.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
16 DE OUTUBRO - CARMEN SEVILLA
EFEMÉRIDE
– Carmen Sevilla, de seu verdadeiro nome María del Carmen García
Galisteo, actriz, cantora, dançarina e apresentadora de TV espanhola, nasceu em
Sevilha no dia 16 de Outubro de 1930. Teve um enorme sucesso popular com a
sua interpretação na opereta filmada “A Bela de Cádiz”, ao lado de Luís
Mariano (1953).
A
sua beleza tipicamente mediterrânica levou-a a interpretar papéis em filmes
exóticos, musicais e por vezes folclóricos. Era também uma grande dançarina
cigana.
No
começo na sua carreira, em 1948, entrou na comédia musical do realizador
mexicano Fernando de Fuentes “Jalisco canta en Sevilla”. Em 1951, foi a
vedeta da opereta “Andaluzia”, novamente ao lado de Luís Mariano, com
realização de Robert Vernay.
A
sua notoriedade foi imensa, tendo sido uma actriz “na moda”, na Europa dos anos
1950. Muitas mulheres esforçavam-se mesmo por copiar o seu estilo e o
seu modo de estar.
Em
2008, recebeu a Medalha de Ouro do Mérito das Belas-Artes concedida pelo
ministério da Educação, da Cultura e dos Desportos espanhol. Completa hoje 85
anos de idade, sendo doente de Alzheimer. Ao longo da sua carreira, fez parte
do elenco de cerca de 40 filmes.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
15 DE OUTUBRO - JEAN PETERS
EFEMÉRIDE
– Elizabeth Jean Peters, actriz norte-americana, nasceu em Canton, Ohio, no
dia 15 de Outubro de 1926. Morreu em Carlsbad, na Califórnia, em 13 de
Outubro de 2000.
Estava
a estudar Letras na Ohio State University, quando os colegas
enviaram uma inscrição e fotos suas para o concurso de Miss Ohio de
1946. Jean aceitou o desafio e superou todas as outras onze candidatas, Como
prémio principal, ganhou uma série de testes em Hollywood. Acabou
por ser contratada pela 20th Century-Fox, que a escolheu para
contracenar com Tyrone Power em “Captain from Castile” (1947).
Brilhou depois em “Take Care of
My Little Girl” (1951); “Viva Zapata!” (1952), de Elia Kazan,
ao lado de Marlon Brando e Anthony Quinn; “Niagara” (1953), onde
contracenou com a sua grande amiga Marilyn Monroe; e nos westerns “Apache”
(1954), com Burt Lancaster; e “Broken Lance” (1954), com Spencer Tracy.
Jean
afastou-se do cinema, após se ter casado com o milionário texano Stuart W.
Cramer III, que conhecera quando filmava em Roma “Three Coins in the
Fountain” (1954).
Em
1957, já divorciada, uniu-se ao produtor Howard Hughes, dele também se
divorciando em 1971. Nesse mesmo ano, casou-se novamente, então com o executivo
da Fox Stanley Hough, que viria a falecer em 1990.
Jean
reencontrou-se com o cinema em 1973, no telefilme “Winesburg, Ohio”,
baseado num livro de contos de Sherwood Anderson. Encerrou a sua carreira em
1988, com um episódio da série “Murder, She Wrote”. Faleceu na
antevéspera de completar setenta e quatro anos, vítima de leucemia.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
14 DE OUTUBRO - CATHERINE JOHNSON
EFEMÉRIDE
– Catherine Johnson, escritora britânica, autora de diversos trabalhos para
teatro e televisão, nasceu em Suffolk no dia 14 de Outubro de 1957. Ela é
conhecida sobretudo por ser a autora do enredo do musical “Mamma Mia!”,
um dos maiores sucessos na história dos musicais. Escreveu igualmente o guião
do filme homónimo, que se tornou a película britânica recordista de bilheteira no
Reino Unido.
Catherine
foi expulsa da escola aos 16 anos, casou-se aos 18 e divorciou-se aos 24 anos. A
viver em Bristol, desempregada aos 29 anos, com um filho pequeno e grávida de
outro, leu um anúncio num jornal informando da realização de um concurso literário
organizado pela Bristol Old Vic, uma companhia de teatro da cidade. Ela
escreveu então a peça “Rag Doll”, usando o pseudónimo “Maxwell Smart”,
nome do principal personagem de uma série de televisão muito popular na época
(“Agente 86” ). A sua peça venceu a competição e foi levada aos
palcos do teatro local.
Assim
começou a sua nova carreira. Os trabalhos posteriores, antes e depois do
sucesso internacional de “Mamma Mia!” (1999), incluem peças para teatro
e guiões para filmes e séries da televisão.
terça-feira, 13 de outubro de 2015
13 DE OUTUBRO - ED SULLIVAN
EFEMÉRIDE
– Ed Sullivan, nome artístico de Edward Vincent Sullivan, famoso
apresentador de televisão norte-americano, morreu em Nova Iorque no dia 13
de Outubro de 1974. Nascera na mesma cidade em 28 de Setembro de 1901.
Tornou-se uma referência da cultura televisiva dos Estados Unidos, sobretudo
nas décadas de 1950 e 1960. O seu programa dos domingos “The
Ed Sullivan Show”, na rede de televisão CBS, teve início em 1948 e
só terminou em 1971. Por ele passaram os maiores nomes da música popular do
século XX: Elvis Presley, Beatles, Carpenters, Rolling Stones,
The Doors e The Bee Gees, entre muitos outros.
Ex-pugilista,
Sullivan começou a trabalhar na imprensa como jornalista desportivo do jornal “The
New York Evening Graphic”. Quando Walter Winchell, um dos colunistas
sociais mais populares da sua época, deixou o jornal, Sullivan passou a ser
colunista teatral. Mais tarde, escreveu no “The New York Daily News”, logo
se tornando conhecido no mundo do entretenimento.
Em
1948, o produtor Marlo Lewis] contratou Ed Sullivan para fazer um programa
dominical de variedades na CBS, “Toast of the Town”, que mais
tarde se tornou no “The Ed Sullivan Show”. Estreou em Junho de 1948,
transmitido dos estúdios da CBS. Em 1967, transferiu-se para o Broadway
Theatre, que mais tarde se passou a chamar Teatro Ed Sullivan.
Sullivan
inspirou uma canção do musical “Bye Bye Birdie” e, em 1963, apareceu a
protagonizar o seu próprio papel no filme “Adeus, Amor”.
Nos
anos 1950 e 1960, Sullivan foi um verdadeiro “fabricante” de
estrelas, com um grande número de artistas a tornarem-se famosos depois de
aparecerem no seu programa. Ele tinha, aliás, um jeito especial para descobrir
e promover talentos e pagava enormes cachets para garantir a presença deles no
seu show.
A
apresentação dos Beatles, em 1964, proporcionou-lhe a maior audiência,
sendo um dos programas mais assistidos de todos os tempos na história da TV
americana.
Foi
casado com Sylvia Weinstein, de 1930 até à sua morte em 1973. Ed Sullivan
morreria no ano seguinte, vítima de cancro no esófago. Ao seu funeral
assistiram mais de 3 000 pessoas na Igreja Católica de São Patrício, num
dia triste, frio e chuvoso. Ed Sullivan tem uma estrela na Calçada da Fama
de Hollywood.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
12 DE OUTUBRO - JOHN DENVER
EFEMÉRIDE
– John Denver, de seu verdadeiro nome Henry John Deutschendorf, Jr.,
cantor, compositor, músico e actor norte-americano, morreu em Pacific Grove no dia
12 de Outubro de 1997. Nascera em Roswell, em 31 de Dezembro de 1943.
John
Denver é sobretudo conhecido pela balada “Annie's Song”, mas são
numerosos os seus sucessos mundiais. A título de exemplo, refira-se “Take Me Home”, “Country Roads”,
“Sunshine On My Shoulders”, “Perhaps Love” (em dueto com Plácido
Domingo), “Leaving on a Jet Plane”, “Don't Close Your Eyes Tonight”
e “Come And Let Me Look In Your Eyes”.
O
pai era oficial da Força Aérea Americana e instrutor de voo. Henry John
nasceu quando o pai estava em missão na base de Roswell e cresceu em várias
bases aéreas do sudoeste americano. Frequentou o curso secundário no liceu de
Fort Worth e, mais tarde, a escola Texas Tech.
A
sua introdução à música ocorreu aos 12 anos, quando a avó o presenteou com uma
guitarra acústica. Começou a tocar em clubes nocturnos quando cursava a
universidade, de onde saiu em 1964, mudando-se para Los Angeles. Juntou-se ao Chad
Mitchell Trio que, entretanto, foi rebaptizado Denver, Boise &
Johnson e que ele abandonou em 1969 para seguir uma carreira a solo, já com
o nome artístico com que ficaria famoso.
Em
1970, lançou o seu LP de estreia, “Rhymes and Reasons”. Os quatro álbuns
que se seguiram fizeram dele um dos artistas mais populares nos Estados Unidos.
Logo após seu primeiro sucesso, “Leaving on a Jet Plane”, mudou-se para
Aspen, no Colorado.
Paralelamente,
desenvolveu uma trajectória menor como actor. Em 1994, escreveu também a sua
autobiografia, intitulada “Take Me Home”. John Denver não foi
reconhecido apenas como artista, mas também pelo seu trabalho humanitário em
projectos de conservação de fauna, no Alasca, assim como em iniciativas contra
a fome em África. Fundou mesmo o seu próprio grupo ambiental, a Windstar
Foundation.
John
Denver teve duas grandes paixões na sua vida: cantar e voar. Piloto experiente,
possuiu e pilotou os seus próprios aviões, entre os quais os modelos Lear
Jet, mas também outros, com os quais praticava voos acrobáticos. Foi
justamente a paixão pelo voo que lhe tirou a vida nas águas do mar da
Califórnia, quando pilotava o seu avião feito em fibra de vidro, marca Rutan,
modelo Long-EZ. A imprensa publicou versões inconsistentes e
contraditórias para explicar a causa do acidente que, na verdade, resultou da
conjugação de muitos factores, como na maioria dos acidentes de aviação.
O
seu corpo foi cremado e as cinzas espalhadas nas Montanhas Rochosas no
Colorado.
domingo, 11 de outubro de 2015
11 DE OUTUBRO - MARÍA DE VILLOTA
EFEMÉRIDE
– María de Villota Comba, piloto de automobilismo espanhola, morreu
em Sevilha no dia 11 de Outubro de 2013. Nascera em Madrid, em 13 de
Janeiro de 1980. Era filha do ex-piloto de Fórmula 1 Emilio de Villota e
irmã de Emilio de Villota Jr., que competiu na Fórmula Palmer Audi. Em
Julho de 2012, María sofreu um grave acidente, durante testes realizados pela
equipa Marussia F1, perdendo o olho direito.
Competiu no World Touring Car
Championship e na ADAC Procar Series. Em Agosto de 2009,
assinou com o Atlético de Madrid para correr o resto da temporada de
2009 na Superleague Fórmula. Em Agosto de 2011, efectuou treinos para a Fórmula
1 no circuito Paul Ricard, em França, integrada na equipa Lotus
Renault GP.
No
dia 3 de Julho de 2012, sofreu um grave acidente durante os testes
aerodinâmicos realizados no aeroporto de Duxford, no leste de Londres. De
acordo com testemunhos visuais, bateu fortemente contra um camião que estava
parado na pista e feriu-se no rosto e na cabeça. No final da tarde, teve de submeter-se
a uma intervenção cirúrgica ao crânio, na qual perdeu o olho direito, assim
como os sentidos do gosto e do olfacto.
Em
2013, foi nomeada para um cargo no Conselho Supremo do Real Automóvil
Club de España, entidade vinculada à FIA e especializada em medidas
de segurança e assistência a motoristas nas estradas.
No
dia 6 de Março, a emissora espanhola TV Antena 3 anunciou a contratação
de Villota, como comentarista das provas de Fórmula 1. Foi anunciada
ainda a sua participação nas sessões a serem exibidas antes de todas as
corridas, chamadas “Safety Car”, para abordagem de temas relacionados
com a segurança dos pilotos.
Na
manhã de 11 de Outubro, foi encontrada morta num quarto de hotel pelos serviços
de emergência. Ela deveria usar da palavra numa sessão para promover o seu
livro “La vida es un regalo”, a realizar àquela hora em Sevilha Morreu
enquanto dormia, vítima de sequelas neurológicas deixadas pelo grave acidente
de 2012.
sábado, 10 de outubro de 2015
10 DE OUTUBRO - FERNANDO SANTOS
EFEMÉRIDE
– Fernando Manuel Costa Santos, ex-jogador e treinador de futebol
português, nasceu em Lisboa no dia 10 de Outubro de 1954. Actualmente treina a Selecção
Portuguesa.
Iniciou
a sua carreira de futebolista no SL Benfica, tendo passado depois pelo CS
Marítimo e pelo GD Estoril Praia. Licenciou-se em Engenharia de
Electrónica e Telecomunicações no Instituto Superior de Engenharia de
Lisboa (1977).
Anos
após ter deixado o futebol como jogador, voltou como treinador – ao serviço do Estoril
Praia (1987/94). Na época seguinte, foi contratado como técnico pelo CF
Estrela da Amadora, onde chamou a atenção de diversos clubes nacionais e estrangeiros
e onde logrou as melhores classificações de sempre. Este sucesso viria a levar
à sua transferência para o FC Porto na época 1998/99. Conquistou o
inédito penta-campeonato, tornando-se conhecido como o “Engenheiro do
Penta”. Permaneceu no clube até 2001, rumando depois ao campeonato grego para
orientar o AEK Atenas e conquistar o 2º lugar. No entanto, as dificuldades
financeiras do clube e a consequente fuga dos seus melhores jogadores levaram a
que Fernando Santos também rumasse para o rival da capital grega, o Panathinaikos
FC. Acabou por sair a meio da temporada por opção pessoal.
Em
2003/04, tornou-se treinador do Sporting CP, saindo no final da época. Foi
novamente para o AEK Atenas (então presidido pelo seu ex-jogador
Nikolaidis), para mais duas temporadas. Conseguiu colocar a equipa na Liga
dos Campeões, feito extraordinário para um clube praticamente na falência.
Após
a saída de Ronald Koeman do Benfica, assumiu o cargo de técnico do clube
que o viu nascer para o futebol e do qual sempre se assumiu como adepto e sócio.
Tornou-se assim no primeiro técnico português, e o terceiro a nível mundial, a orientar
os três grandes de Portugal. Em 2007, foi substituído inopinadamente pelo
espanhol José Antonio Camacho.
Em Setembro
de 2007, voltou novamente à Grécia, desta vez para treinar o PAOK de
Salónica. Em Julho de 2010, foi anunciado como novo treinador da Selecção Grega.
Na Euro 2012, a Selecção Grega sob o seu comando alcançou
os quartos de final da prova, tendo sido eliminada pela Alemanha.
Nas
eliminatórias do Mundial de 2014, os gregos obtiveram o segundo lugar no
seu grupo, sendo qualificados para a fase seguinte. Chegaram assim aos oitavos
de final, onde foram derrotados pela Costa Rica nas grandes penalidades. Neste
jogo, Fernando Santos foi expulso pelo árbitro no final do prolongamento. A FIFA
sancionou-o com oito partidas oficiais e rejeitou o seu recurso.
Em Setembro
de 2014, foi apresentado pela Federação Portuguesa de Futebol como
substituto de Paulo Bento na Selecção Portuguesa. A sua meta era obter a
qualificação para o Campeonato Europeu de 2016, o que acaba de conseguir
ao vencer a Dinamarca e colocando-se destacadamente no primeiro lugar do grupo.
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
9 DE OUTUBRO - FERNANDO DE SOUSA
EFEMÉRIDE
– Fernando Marcos Barbosa Rodrigues de Sousa, jornalista português,
morreu em Milão no dia 9 de Outubro de 2014. Nascera em 16 de Fevereiro de
1949.
Jornalista
especializado em questões europeias, trabalhou na RDP, BBC, “Diário
de Notícias” e SIC. Foi correspondente em Londres, na Alemanha e em
Bruxelas.
Era
o mais antigo correspondente português em Bruxelas, onde abriu a primeira
delegação de um órgão de comunicação social português na capital belga, o “Diário
de Notícias”. Era também o jornalista português que mais cimeiras
acompanhou. Foi ainda co-apresentador de “Europa XXI” e “Os Europeus”,
dois programas transmitidos na SIC Notícias.
Em
Janeiro de 2006, foi condecorado pelo presidente da República Jorge Sampaio com
a Ordem do Infante D. Henrique. Fernando de Sousa dissera um dia «que
gostava de morrer em missão». Morreu, vítima de problema cardíaco
fulminante, na madrugada de 9/10/2014, em Milão – onde estava a cobrir uma
cimeira sobre o emprego. Foi cremado no Cemitério do Alto de São João, em
Lisboa, em 19 de Outubro de 2014.
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
8 DE OUTUBRO -. MARTA LYNCH
EFEMÉRIDE
– Marta Lía Frigerio Lynch, escritora argentina, morreu em Buenos Aires no dia 8
de Outubro de 1985. Nascera, também na capital argentina, em 8 de Março de
1925.
Marta
Lynch licenciou-se em Literatura na Universidade de Buenos Aires.
Casou-se com o advogado Juan Manuel Lynch, com quem teve dois filhos.
Viajou
e deu conferências na Europa e em vários países americanos, tais como México,
Cuba, Paraguai, Chile e Uruguai.
Colaborou
no periódico “La Nación ”
e em diversos outros jornais e revistas. Na Alemanha, Lynch foi considerada «uma
das maiores contistas da América do Sul».
Vítima
de uma grande depressão, que a deteriorou física e intelectualmente,
suicidou-se na sua casa com uma arma de fogo. Deixou-nos vários livros, o
último dos quais foi publicado no ano anterior ao seu falecimento (“No te
duermas, no me dejes”, 1984).
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
7 DE OUTUBRO - LUDMILLA TOURISCHEVA
EFEMÉRIDE
– Ludmilla Ivanovna Tourischeva, ex-ginasta russa, nasceu em Grózni no dia 7 de Outubro de 1952. Em representação da ex União Soviética,
ganhou nove medalhas em
Jogos Olímpicos (quatro de ouro), onze em Mundiais
(oito de ouro) e catorze em Europeus (oito de ouro).
Ludmilla
foi a única ginasta a ter sido simultaneamente campeã europeia, mundial e
olímpica, depois da checa Vera Caslavska. Depois dela, só a ucraniana Lilia
Podkopayeva repetiu o feito.
Tourischeva
iniciou-se na ginástica em 1965, aos treze anos de idade, e começou a competir
dois anos mais tarde, quando obteve a sua primeira medalha nos Campeonatos
da URSS, nos quais conquistou o ouro do concurso geral. Concorreu
nas Olimpíadas da Cidade do México, em 1968, competição em que recebeu a
primeira medalha num evento internacional de grande porte – o ouro por equipas.
No
ano seguinte, nos Campeonatos da URSS, subiu ao pódio por quatro vezes,
sendo bronze na classificação individual geral e prata nos saltos, trave
e solo. No Campeonato Europeu, conquistou a terceira posição no concurso
geral, nas barras assimétricas e no solo.
Em
1970, Tourischeva tornou-se líder da selecção nacional soviética. No Mundial
de Ljubljana, conquistou, além do ouro da individual geral, as
medalhas de bronze nos saltos, de prata nas paralelas assimétricas e de ouro no
solo. Em 1971, no Campeonato Europeu, foi ouro no concurso geral,
nos saltos e no solo, e prata nas barras assimétricas e na trave. No ano
seguinte, na sua segunda participação olímpica, nos Jogos de Munique,
conquistou o terceiro individual geral, além de vencer a disputa por
equipas e de conquistar duas medalhas – de bronze nos saltos e de prata no
solo. No ano de 1973, em nova edição do Campeonato Europeu, conquistou
todas as medalhas de ouro individuais. Em 1974, com 22 anos, no Mundial de
Varna, recebeu seis medalhas em seis provas disputadas. Em consequência das
suas apresentações e resultados, Ludmilla foi considerada o exemplo da
ginástica soviética: «graciosa, elegante, impecável e com uma técnica
arrojada».
No Campeonato
Europeu de 1975 teve uma actuação mais modesta, conquistando “apenas” a
medalha de bronze no solo. O ano seguinte foi a sua última temporada como
profissional. Disputou os Jogos de Montreal, no Canadá, encerrando a
participação com quatro medalhas. A primeira, de ouro, por equipas, seguida do
bronze no concurso geral e duas de prata nos saltos e no solo.
Em
1977, casou-se com Valeriy Borzov, sprinter ucraniano, duas vezes
medalhado olímpico em 1972. No ano de 1981, foi eleita membro do Comité
Técnico da Ginástica Artística Feminina da FIG e começou a trabalhar
como treinadora da equipa da Ucrânia, país onde ainda permanece como técnica,
embora já não treinando a selecção nacional.
Em
1998, Tourischeva passou a estar representada no International Gymnastics
Hall of Fame.
terça-feira, 6 de outubro de 2015
6 DE OUTUBRO - PIZZI
EFEMÉRIDE
– Pizzi, de seu verdadeiro nome Luís Miguel Afonso Fernandes, jogador
de futebol português, nasceu em Bragança no dia 6 de Outubro de 1989.
Contratado
pelo SC Braga, foi sucessivamente emprestado ao GD Ribeirão
(2008/09), ao Sporting da Covilhã (2009/10) e ao FC Paços de
Ferreira (2010/11).
Em
2011, assinou pelo C. Atlético de Madrid e, dois anos depois, foi
contratado pelo SB Benfica. Em 2014, foi de novo emprestado – então ao
RCD Espanyol – ate ao fim da época 2013/14. Voltou depois ao Benfica.
Pelo
Atlético de Madrid, conquistou a Liga Europa de 2011/12. No
segundo regresso ao Benfica, já conquistou a Primeira Liga e a Taça
da Liga 2014/15 e a Super Taça Cândido de Oliveira 2014.
Em
Agosto de 2012, foi chamado pela primeira vez à Selecção Nacional pelo
então treinador Paulo Bento.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
5 DE OUTUBRO - MAGDA SZABÓ
EFEMÉRIDE
– Magda Szabó, escritora húngara, nasceu em Debrecen no dia 5 de Outubro de
1917. Morreu em Kerepes, em 19 de Novembro de 2007. Escreveu poesia,
romances e ensaios.
Oriunda
de uma família da burguesia, acabou os seus estudos de Húngaro e de Latim
na Universidade de Debrecen em 1940, iniciando-se como professora na sua
terra natal. Mais tarde, ensinou no Liceu Protestante de Hódmezővásárhely.
A partir de 1945, trabalhou no ministério da Religião e da Educação,
onde esteve até 1949.
Em
1947, casou-se com o escritor Tibor Szobotka. Escreveu entretanto duas recolhas
de poemas: “Bárány” e “Vissza az emberig”. Os seus primeiros livros
foram publicados depois da Segunda Guerra Mundial.
Seguiu-se
um longo silêncio literário, por razões políticas, no último período do
estalinismo. Reatou a sua carreira no fim dos anos 1950, conhecendo um
largo sucesso. Recebeu vários galardões de que se destaca: Prémio Attila
József em 1959, Prémio Lajos Kossuth em 1978, Prémio Pro Urbe
Budapest em 1983, Prémio Csokonai em 1987, Prémio Getz em
1992, Prémio Déry em 1996 e o Prémio Agnes Nemes Nagy em 2000.
O
seu romance “A Porta” (1987) obteve o Prémio Betz Corporation
(Estados Unidos) em 1992 e o Prémio Femina Estrangeiro (França) em 2003.
Em 2007, recebeu o Prémio de Melhor Romance Europeu com “Rua Katalin”.
O
primeiro volume da sua autobiografia “Für Elise” foi publicado em 2002,
mas Magda não chegou a acabar o segundo volume, porque a morte a surpreendeu
aos 90 anos de idade. Ela é um dos escritores húngaros mais traduzidos no
mundo.
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