sábado, 5 de outubro de 2024

5 DE OUTUBRO - RON NYSWANER

EFEMÉRIDE - Ronald “Ron” L. Nyswaner, guionista e realizador de cinema norte-americano, nasceu em Clarksville, Pensilvânia, no dia 5 de Outubro de 1956.

Ele foi nomeado para vários prémios, incluindo um Oscar, um BAFTA e um Primetime Emmy.

É conhecido pelos seus guiões de “Smithereens” (1982), “Filadélfia” (1993), “The Painted Veil” (2006), “Freeheld” (2015) e “My Policeman” (2022).

Ele também é conhecido como escritor e produtor das séries “Showtime Ray Donovan” (2013/2015), “Homeland” (2017/2018) e da série dramática histórica “Fellow Travelers”.

Nascido na Pensilvânia, frequentou mais tarde a Universidade de Pittsburgh e a Universidade Columbia.

Nyswaner escreveu o seu primeiro guião para o filme “Smithereens”, de Susan Seidelman. Depois de outros dois guiões notáveis, ​​para “Swing Shift” e “Mrs. Soffel”, estreou-se na direcção com “The Prince of Pennsylvania” em 1988, um filme com Keanu Reeves e Fred Ward.

Nyswaner, que é abertamente gay e um activista pelos direitos dos homossexuais, trabalhou frequentemente em filmes com temas como a homossexualidade, a homofobia e a AIDS.

Em 1993, ganhou destaque mundial pelo seu guião do filme vencedor do Oscar, “Filadélfia”, dirigido por Jonathan Demme. Isso rendeu-lhe nomeações para o Oscar, o Globo de Ouro e o BAFTA Award.

Depois de vários anos a trabalhar para a televisão, escreveu o guião do filme “The Painted Veil”, de 2006, baseado no romance de W. Somerset Maugham. Recebeu uma nomeação para o Independent Spirit Award e ganhou o prémio do National Board of Review em 2006.

De 2015 a 2017, foi produtor executivo da série de TV Showtime Homeland.

Em 2015, Nyswaner dirigiu o documentário “She’s the Best Thing in It”, com Mary Louise Wilson, que co-produziu junto com Jeffrey Schwarz e Neda Armian.

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

4 DE OUTUBRO - CLARISSE MACHANGUANA

EFEMÉRIDE - Clarisse Machanguana, jogadora de basquetebol profissional moçambicana, nasceu em Moçambique no dia 4 de Outubro de 1976.

Jogou internacionalmente nos Estados Unidos (WNBA, entre 1999 e 2002) e em Espanha (FC Barcelona desde 2003). Também representou Moçambique nos Jogos da Lusofonia 2006 em Macau, na China.

Clarisse começou a praticar basquetebol na escola primária, com seis anos de idade. Logo se integrou na modalidade, assimilando as regras da mesma e os modelos de treino.

Iniciou a carreira com nove anos, treinando no campo do Costa de sol, batendo bola, chegando a revelar-se no campo do Maxaquene.

Aos quinze anos, Clarisse foi jogadora da Selecção Nacional; aos dezoito anos de idade, conseguiu uma bolsa para Portugal, onde permaneceu dois anos jogando no UD Oliveirense.

Na mesma época, foi abordada por Scout, um olheiro norte-americano, que procurava por jovens atletas, levando-a para os Estados Unidos da América, onde fez os estudos universitários, formando-se em Justiça Criminal.

Clarisse jogou durante 10 anos na WNBA (Womens National Basketball Association) tendo representado emblemas como San Jose Lasers e Los Angels Sparks ate 2003, fazendo entre 3,1 pontos a 5,4 pontos, dentre 25 a 59 jogadas, no Milagre Orlando e Charlotte Sting entre outros.

No decorrer do ano de 2003, Clarisse foi para a Espanha, onde vestiu a camisola do FC Barcelona e, depois, foi jogar para o Napoli, na época de 2003/2004.

Em 2005, absteve-se de jogar por motivos de maternidade, mas depois voltou, indo jogar em Franca, no Brasil e na Coreia do sul.

Como jogadora da Selecção Nacional, contribuiu para a conquista da medalha de ouro, nos primeiros Jogos da Lusofonia, realizados em 2006, em Macau.

Em 2013, Clarisse fez parte do grupo de atletas que qualificou Moçambique para o Campeonato Mundial, depois do segundo lugar no Afrobasket-2013, que se disputou na capital moçambicana, Maputo.

Aos 40 anos de idade, Clarisse Machanguana anunciou a sua retirada dos campos, tendo-se despedido na final do Afrobasket-2013, anunciando que se dedicaria aos jovens e adolescentes, em particular em questões ligadas à sexualidade, HIV e SIDA e desporto.

Em Outubro do mesmo ano, lançou o livro intitulado “A Estrela Luz da Minha Alma”.

Mãe de dois filhos, Clarisse tem estado, actualmente, a implementar projectos, com o objectivo de dar aos jovens, a mesma oportunidade que ela teve.

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

3 DE OUTUBRO - GUSTAV WAGNER

EFEMÉRIDE - Gustav Franz Wagner, oficial austríaco da SS nazi, morreu em   São Paulo no dia 3 de Outubro de 1980. Nascera em Viena, em 18 de Julho de 1911.

Gustav tornou-se notado pelos crimes que cometeu enquanto servia como segurança no comando do campo de concentração de Sobibór e por diversas acções durante a Operação Reinhardt, onde mais de 200 mil pessoas foram mortas.

Era chamado «a besta» pelos sobreviventes do Holocausto com quem teve contacto e ficou conhecido entre os prisioneiros judeus pelo seu sadismo.

Wagner nasceu na cidade de Viena, capital do Império Austro-Húngaro. Ele juntou-se ao Partido Nazi em 1931 como membro número 443 217. Após ser preso por agitação política, fugiu para a Alemanha, onde se alistou na Sturmabteilung (SA) e depois na Schutzstaffel (SS) no final dos anos 1930.

Em 1940, trabalhou no programa de eutanásia Aktion T4, em Hartheim, desempenhando funções administrativas. Pelo seu trabalho, acabou sendo transferido para o campo de concentração de Sobibor, em Março de 1942. Logo ascendeu ao posto de subcomandante, sob a liderança do capitão Franz Stangl.

Gustav cuidava da burocracia do processo de selecção da chegada dos prisioneiros ao campo de Sobibor, seleccionando aqueles que seriam enviados para trabalho forçado e os que seriam enviados para as câmaras de gás. Mais do que qualquer outro oficial em Sobibor, Wagner interagia directamente com os prisioneiros. Ele supervisionava o dia a dia e a rotina dos aprisionados e logo ganhou reconhecimento como um dos oficiais mais brutais da SS local. Sobreviventes do campo descreviam-no como um sádico de sangue frio.

Moshe Bahir, um dos prisioneiros que sobreviveu à guerra, descreveu Gustav Wagner como uma «besta selvagem» e com uma sede para matar, não fazendo distinção entre homens, mulheres e crianças. Erich Bauer, um oficial alemão da SS, disse que ouviu, numa conversa entre Karl Frenzel, Franz Stangl e Gustav Wagner, que o total de prisioneiros judeus mortos nas câmaras de gás em Sobibor tinha sido de 350 mil. Segundo Bauer, os três expressaram pesar com o facto de que o total de pessoas assassinadas em Sobibor havia sido menor do que em Bełżec e Treblinka.

Durante o encerramento de Sobibor, em Outubro de 1943, Gustav supervisionou a destruição do campo feita por um grupo de prisioneiros. Uma vez que o trabalho foi completado, Gustav matou todos os trabalhadores remanescentes.

Segundo Heinrich Himmler, Gustav Wagner foi um dos melhores oficiais ao serviço da Operação Reinhardt. Em 1944, foi transferido para Itália, onde supervisionou o transporte de milhares de judeus locais para campos de concentração.

Em 1945, com a queda do Terceiro Reich, Gustav tornou-se um fugitivo procurado, junto com outros oficiais nazis.

Foi julgado em absentia, sendo condenado à morte por crimes contra a humanidade. Contudo, ele fugiu, junto com Franz Stangl, para o Brasil.

Gustav conseguiu escapar graças ao Collegio Teutonico di Santa Maria dell’Anima, um grupo de clérigos conectados com o Vaticano que ajudavam nazis fugitivos a emigrar para fora da Europa.

Gustav recebeu um visto de permanência e um passaporte, sob o nome de “Günther Mendel”, do governo brasileiro.

Ele viveu vários anos sem ser incomodado até ser exposto por Simon Wiesenthal, um caçador de nazis e sobrevivente do Holocausto, com o auxílio do jornalista brasileiro Mário Chimanovitch.

As autoridades brasileiras prenderam-no em 30 de Maio de 1978 e a sua identidade foi verificada por um outro sobrevivente do Holocausto, Stanislaw Szmajner.

Os governos de Israel, Áustria, Polónia e Alemanha Ocidental exigiram a extradição de Wagner, mas o procurador-geral brasileiro, Henrique Fonseca de Araújo, acatou apenas o pedido alemão com condições. Henrique Fonseca é pai do antigo ministro de Relações Exteriores do Brasil, o ex-chanceler Ernesto Araújo.

Em Junho de 1979, o Supremo Tribunal Federal rejeitou os pedidos de extradição por maioria, existindo votos favoráveis à extradição de Wagner para a Alemanha pelos ministros Xavier de Albuquerque e Cordeiro Guerra.

Em 1979, numa entrevista para a BBC, Gustav Wagner não expressou nenhum remorso pelos seus crimes, afirmando que trabalhar nos campos de concentração era «apenas mais um trabalho».

Em 3 de Outubro de 1980, Gustav Wagner foi encontrado morto com uma faca cravada no peito, em São Paulo. De acordo com o seu advogado, Wagner cometeu suicídio. Alguns, contudo, acreditam que ele foi assassinado. Muitos pensaram que foi o próprio Stanislaw Szmajner, mas o mesmo estava em Goiás junto com a esposa sem sair da cidade. De acordo com Argemiro Godoi, que foi a última pessoa que o encontrou vivo, Wagner estava completamente paranóico com uma faca na mão com impressão que os judeus estavam chegando ali e foi encontrado morto sozinho no banheiro, por Argemiro e a sua esposa, onde havia furos causados pela mesma faca que Wagner estava a usar. Comprovando assim que a morte de Gustav Franz Wagner foi por suicídio.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

2 DE OUTUBRO - GABRIEL MACCHI

EFEMÉRIDE - Gabriel Maximiliano Macchi, atleta paralímpico português que compete na categoria T12, nasceu em Buenos Aires no dia 2 de Outubro de 1975.

Gabriel Macchi começou a praticar o atletismo aos catorze anos, para acompanhar o pai que era um competidor da maratona.

Quando jovem, foi diagnosticado com glaucoma juvenil e a sua visão piorou progressivamente na sua vida adulta.

Começou a competir nas corridas de fundo em 2006 e, devido à sua deficiência visual, foi classificado como um atleta da classe T12.

Devido aos bons resultados conquistados nas competições, foi escolhido para representar Portugal no Campeonato do Mundo de Atletismo Paralímpico, realizado em Assen, nos Países Baixos, no ano de 2006, onde competiu nas corridas dos 5 000 e 10 000 metros, tendo terminado em sétimo lugar.

Em 2008, participou dos Jogos Paralímpicos em Pequim, na China, onde competiu nos 10 000 metros, mas não conseguiu finalizar a prova, e também competiu na maratona T11/12, onde terminou na décima quarta posição.

No Campeonato Mundial de Atletismo Paraolímpico de 2011, realizado em Christchurch, na Nova Zelândia, competiu na maratona, mas não conseguiu finalizar a corrida.

No Campeonato Europeu de Atletismo Paralímpico de 2012 em Stadskanaal, nos Países Baixos, conquistou uma medalha de bronze nos 5 000 metros, sendo a sua primeira medalha internacional.

Nos Jogos Paralímpicos de 2012 em Londres, no Reino Unido, competiu na maratona T12, tendo alcançado o sexto lugar.

No Campeonato do Mundo de Atletismo Paralímpico de 2013, realizado em Lyon, França, conquistou a medalha de bronze na maratona T12.

Competiu na maratona T12 dos Jogos Paralímpicos de 2016, realizados no Rio de Janeiro, Brasil.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

1 DE OUTUBRO - AL OERTER

EFEMÉRIDE - Alfred Adolf Al Oerter Jr., atleta norte-americano, tetracampeão olímpico e ex-recordista mundial do lançamento de disco, morreu em Nova Iorque no dia 1 de Outubro de 2007. Nascera em Astoria, em 19 de Setembro de 1936.

Em 2012, foi imortalizado no Hall da Fama do atletismo, criado no mesmo ano como parte das celebrações pelo centenário da IAAF.

Al Oerter começou a sua carreira de atleta por acaso, aos 15 anos, caminhando num parque, quando um disco caiu perto dos seus pés e ele lançou-o de volta ao grupo que praticava o lançamento, mas o disco caiu muito depois do local onde eles se encontravam. Incentivado pelo facto, começou a treinar a modalidade ao mesmo tempo que passou a cursar a Universidade do Kansas em 1954.

Ao lado do dinamarquês Paul Elvstrøm (Vela), do norte-americano Carl Lewis (Salto em comprimento) e do britânico Ben Ainslie (Vela), são os únicos tetracampeões olímpicos de uma prova individual em quatro edições consecutivas.

Tendo um talento natural para a modalidade (1,93 m e 127 kg), Oerter começou a destacar-se nos torneios universitários e, em 1956, conseguiu a qualificação para representar os Estados Unidos nos Jogos de Melbourne. Entrando na competição sem ser o favorito da prova, Al lançou o disco a 56,36m, o seu melhor lançamento até então, e conquistou a medalha de ouro.

A sua carreira parecia acabada, aos vinte anos de idade, quando sofreu um grave acidente automobilístico no ano seguinte e quase morreu. Entretanto, conseguiu com muito esforço recuperar a tempo de participar nos Jogos de Roma em 1960, onde teria que competir com o seu compatriota favorito ao ouro e então recordista mundial, Rink Babka. Perdendo para Babka até ao quarto lançamento e aconselhado pelo companheiro antes do quinto, Oerter lançou o disco a 59,18 m, batendo o recorde olímpico e ganhando novamente a medalha de ouro.

Em 1964, após bater o recorde mundial em 1962, era o franco favorito para uma terceira medalha nos Jogos de Tóquio, mas uma contusão no pescoço pouco antes das Olimpíadas fê-lo participar na prova sob fortes dores, impedindo-o de realizar o último lançamento. Mesmo assim, a sua qualidade como lançador na época era tão superior aos demais, que Al conseguiu vencer a prova batendo o seu próprio recorde olímpico com um lançamento de 61,00 m e a conquistar o tricampeonato olímpico.

Ele voltou uma última vez às Olimpíadas, de 1968 na Cidade do México, mas já havia sido superado pelo compatriota Jay Silvester. Aos 32 anos, Al era dado como acabado para uma competição do nível das Olimpíadas, e jamais tinha lançado o disco às mesmas distâncias em que Silvester tinha conseguido nos anos anteriores.

Todavia, aqueles eram os Jogos Olímpicos, onde Al Oerter se sentia em casa, era o maior nome da história do lançamento do disco e o tricampeão olímpico. Na prova, a experiência e a raça de Al falaram mais alto e ele derrotou o seu compatriota com um lançamento de 64,78 m, novamente recorde olímpico, tornando-se o primeiro atleta do mundo a conquistar quatro medalhas de ouro consecutivas na mesma modalidade do atletismo.

Retirou-se do atletismo em 1968, mas voltaria ainda a assombrar o mundo do lançamento do disco doze anos mais tarde, em 1980, quando aos 43 anos tentou novamente a qualificação para os Jogos de Moscovo ficando em quarto lugar e conseguindo o melhor lançamento da sua vida, 69,43 m, alguns meses mais tarde (no sistema de qualificação norte-americano, disputado num torneio Pré-Olímpico (Olympic Trials) específico para cada modalidade, os três primeiros de cada prova estão classificados para disputar as Olimpíadas e o quarto fica como reserva).

Ele recebeu a sua última honraria internacional quando foi escolhido para ser um dos condutores da tocha olímpica dentro do estádio olímpico de Atlanta nos Jogos de 1996, aos 59 anos de idade.

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